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quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Polícia inviabiliza feira de saúde organizada pelos médicos grevistas por alegada falta de autorização

 


A Polícia da República de Moçambique (PRM) junto da Polícia Municipal inviabilizou nesta terça-feira, 08 de Agosto, a realização de uma feira de saúde organizada pela Associação Médica de Moçambique (AMM), numa altura em que a classe entroui em greve desde 10 de Julho último. A feira que teria lugar no Campo Municipal do Zimpeto, na Cidade de Maputo foi interrompida alegadamente porque os médicos não tiveram a autorização do Conselho Municipal da Cidade de Maputo (CMCM) o que a associação desmente.

“Parece-me que há pessoas contra o facto de os médicos poderem prestar serviços à população moçambicana de forma gratuita e aberta e, infelizmente, é uma situação que penaliza bastante a população. Esta feira tinha este objectivo”, disse Napoleão Viola, porta-voz da AMM.

Segundo a AMM, a feira foi autorizada pela Direcção Municipal de Saúde, que inclusive cedeu algum material, entre mesas e cadeiras, para a realização das actividades.

“Não estaríamos aqui sem a autorização daqueles que têm a autoridade”, acrescentou Viola, referindo que a feira estava a ser realizada também pelo facto de haver uma redução da assistência médica nos hospitais, em resultado da greve da classe, que tem estado só a prestar serviços mínimos no sistema nacional de saúde.

De acordo com a AMM, faziam parte da feira médicos de diversas áreas, entre as quais clínica geral e dentistas, que pretendiam prestar cuidados gratuitos à população, “quer de diagnóstico, como de tratamento de algumas pequenas patologias”.

De referir que os médicos moçambicanos estão em greve desde 10 de Julho, cumprindo apenas com a observância dos serviços mínimos nas unidades de saúde, protestando sobretudo contra cortes salariais, no âmbito da aplicação da nova tabela salarial da função pública, e falta de pagamento de horas extraordinárias.

E no último sábado, quase duas centenas de médicos marcharam pela melhoria das condições para o diagnóstico e tratamento dos pacientes, protestando, contra a possível anulação do seu estatuto, a falta de material cirúrgico, medicamentos, comida e água nos hospitais.

A aplicação da nova tabela salarial na função pública está a ser alvo de forte contestação por parte de várias classes profissionais, com destaque para os médicos, juízes e professores.

E sobre a inviabilização da feira de saúde, a polícia municipal prometeu pronunciar-se em breve sobre o assunto.

⛲ Evidências 

41 imigrantes morrem em naufrágio perto de Lampedusa, na Itália



Um grupo que se acredita ser de migrantes da Tunísia a bordo de um precário barco de madeira

Quarenta e um migrantes morreram em um naufrágio na ilha italiana de Lampedusa, disseram sobreviventes à mídia local em um relatório na quarta-feira citando relatos de sobreviventes.

Alguns sobreviventes disseram aos socorristas que estavam em um barco que partiu de Sfax, na Tunísia, e afundou a caminho da Itália.

Os quatro sobreviventes, originários da Costa do Marfim e da Guiné, teriam chegado a Lampedusa na quarta-feira

Eles disseram à Guarda Costeira que 45 deles deixaram Sfax, incluindo três crianças, às 10h da quinta-feira, informou a ANSA.

Em seus relatórios, eles disseram que o barco virou devido a uma grande onda e todos os migrantes a bordo acabaram no mar

Segundo os quatro, mesmo os únicos 15 que usavam colete salva-vidas, também morreram, informou a ANSA.

Ele segue dois outros naufrágios na ilha italiana no sábado, que deixaram uma mulher e seu bebê mortos, enquanto mais de 100 migrantes tiveram que ser resgatados da água.

As águas no Estreito da Sicília têm estado extremamente agitadas nos últimos dias, tornando difícil para os barcos da Guarda Costeira italiana chegarem aos migrantes retidos.

Mais de 2.000 pessoas chegaram a Lampedusa nos últimos dias, depois de serem resgatadas no mar por barcos de patrulha italianos e grupos de ONGs.

A Itália está passando por um forte aumento na migração marítima, com quase 92.000 chegadas registradas até agora este ano, de acordo com dados do Ministério do Interior atualizados pela última vez na sexta-feira, em comparação com mais de 42.600 no mesmo período de 2022.

Segundo relatos, mais de 1.800 pessoas perderam a vida até agora este ano na travessia do norte da África para a Europa.

Nos últimos dias, barcos de patrulha italianos e grupos de caridade resgataram outras 2.000 pessoas que chegaram a Lampedusa.

⛲ África News 

Ataque a hospital faz três mortos na República Democrática do Congo

 


Três pessoas morreram e outras três ficaram feridas, feridas num ataque do grupo rebelde Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo (CODECO) contra um hospital no nordeste da República Democrática do Congo. O anúncio foi feito pela Organização das Nações Unidas.

O ataque, ocorrido na noite de segunda-feira, também obrigou à fuga de um número desconhecido de civis, que se refugiaram na base de MONUSCO, naquela localidade, segundo escreve a imprensa internacional.

Após o ataque, a missão da ONU decidiu ampliar as suas patrulhas na área para garantir a proteção dos civis.

Na segunda-feira, os capacetes azuis e o exército da República Democrática do Congo já tinham repelido outro ataque da mesma milícia na cidade vizinha de Largu.

Partes da província de Ituri têm assistido a uma grave escalada de ataques de grupos armados desde 2022, principalmente da CODECO, que representa a comunidade Lendu (agricultora) e foi formada como uma milícia em 2018 para combater os abusos do exército.

⛲ O País 

Médico é chamboqueado sem piedade em Cabo Delgado, escreve Marcelo Mosse

 


Macomia, 28 de Junho de 2023. A manhã já está ensolarada, com nuvens dispersas no horizonte. JS (sigla de nome fictício), um médico formado na Faculdade de Medicina da UEM (Universidade Eduardo Mondlane), contorce-se de febre no seu beliche encrustado num canto da camarata reservada ao pessoal médico que serve o Comando do Teatro Operacional Norte (TON), que luta contra o terrorismo em Cabo Delgado.

Na tarde anterior, um teste de malária foi-lhe administrado coercivamente por ordens de Francisco Maurício Assane, Brigadeiro do exército (Forças Armadas de Defesa de Moçambique). O teste deu negativo. “Só pode ser um falso negativo”, conjecturou o médico para seus botões, em surdina. 

No meio daquela manhã, já sem o orvalho que borbulhava sobre as folhas da madrugada, no meio das dores e entre um piscar de olhos, ele vislumbrou cinco militares no seu encalço, sisudos, de boca hirta. Arrastaram-no sem conversa para o pátio central do quartel de Macomia.

Cá fora, dezenas de militares enfileirados assistem à cena. JS tenta soltar-se, espreguiça-se em vão. Num lugar central da improvisada formatura, com palanque montado para o generalato do exército governamental, JS é estendido de barriga sobre a areia. 

Quatro soldados grandalhões (contraste com o protótipo físico da tropa moçambicana) seguram-nos pelas extremidades dos membros, impedindo-o movimentos.

No chão frio de Junho em Macomia, JS inicia uma longa viagem por entre os carreiros espinhosos da dor, suas nádegas estremecendo aos solavancos. Pah! Pah! Pah!....Do palanque soltam-se gargalhadas. Uma voz de homem inicia a numeração aritmética das chambocadas, dos cassetetes penetrando abundantemente nas nádegas do médico.

Pah! Pahhhaaaa! JS geme, grita, chora!

Pahhhaaaaaa!

Ele suplica, grita, mas todos fazem ouvidos de mercador. Lá no longe, um tiro é disparado solitariamente. Aqui, à sua volta, ele sente a presença em plateia de todo o quartel chamado para assistir a um médico sendo chamboqueado em pleno Teatro Operacional Norte, não sob as ordens de Bonomade Machude Omar, o líder dos terroristas, mas por um Brigadeiro das Forças Armadas de Defesa de Moçambique.

A saga começou três dias antes. A 26 de Junho, JS, que era o responsável daquela unidade operativa, tinha autorizado, nesse dia, a saída para fora de Macomia de uma equipa de um dos turnos médicos, em dispensa. Entre os dispensados, estava um Técnico de Medicina. Mas, por ordens militares, este Técnico de Medicina devia fazer parte de um regimento que iria para o mato, ao encalço dos terroristas, no dia seguinte.

Mas a requisição para o Técnico se juntar à tropa chegara tarde. As guias de despensa já tinham sido passadas e o Técnico deixou o quartel na madrugada do dia 27 de Junho, mesmo que JS ainda tivesse tentado reverter a despensa. E a turma militar também avançara para o mato sob a liderança de um Coronel. Sem Técnico de Medicina, o Brigadeiro responsável pelo quartel ficou furioso. E, para os seus botões, prometeu vingança, daquelas que se servem friamente. Se o Técnico de Medicina se tivesse “escapulido”, com a autorização do médico, este devia ir para o teatro de guerra

Mas, na manhã de 28, JS acordou com dores febris. Ele assumiu que era malária depois de um teste apropriado e ficou acamado, pedindo a um colega que o representasse na reunião matinal de ocorrências que iria acontecer pelas 7h00.

Sua ausência nessa reunião aumentou a zanga do Brigadeiro, que o mandou chamar. JS arrastou-se, dorido, para o lugar do encontro. E o chefe castrense obrigou-o a novo teste de malária, mas o quadro clínico encontrado foi negativo. JS disse para si mesmo: mais um falso negativo, dos muitos que acontecem no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Para o Brigadeiro, o médico mentira, descaradamente. Desmesuradamente. Pah! Pahaaaaaaaa! As dores eram intensas. A festança no palanque é imensa. Ele tinha contado 54 chambocadas. Suas nádegas haviam inchado. Ele não andava. Quatro homens levaram-no à caserna. Ele não conseguia deitar-se. Sentia dores e formigueiro imparável. 

Seu mundo se apagara. A vida não fazia sentido. Era como se o terrorismo tivesse perfurado as entranhas da sua alma com aquelas baionetas que decapitam impiedosamente em Cabo Delgado.

As horas passaram lentamente. E quando a noite caiu, JS arrastou-se, com um moto-taxi, para a Clínica dos Médicos Sem Fronteira, onde foi prontamente atendido. O auto médico na posse da “Carta” registou seguinte diagnóstico:

Resultado de exame clínico (natureza e localização das lesões e feridas): pancadas com cassetete em nádegas, colateralmente com região endurecida e dolorosa à palpação.

Circunstâncias materiais: Vítima de agressão física por orientação do Comandante, com uso de cassetete, tendo causado contusões repentinas em nádegas e coxas. Actualmente com limitações para deambular e sentar-se.

O diagnóstico médico é datado do dia 28, o mesmo da cruel agressão. Dois dias depois, na madrugada, JS conseguiu ludibriar a guarda, rastejando até uma paragem, onde subiu um “chapa” para Pemba, viajando acocorado, tinha bolhas nas nádegas. Foi no dia 30. Ele não estava a ter qualquer apoio no quartel e saiu sem se despedir. Há vários meses servindo num teatro de guerra, ele aprendera a ludibriar o inimigo. Agora, seu inimigo em Macomia era um inimigo interno, gente que ele tratara com zelo.

“Carta” sabe que JS já viajou para Maputo, onde chegou há dias. Veio para capital para se tratar e exigir Justiça: ele vai exigir uma indemnização pelos danos causados. E conta com o apoio da Associação Médica de Moçambique. Uma queixa já deu entrada na Procuradoria Geral da República, em Cabo Delgado. (M.M.)

⛲ Cartamoz 

Frelimo organiza gala milionária na Matola


Quando faltam pouco mais de dois meses para a realização das VI Eleições Autárquicas, a terem lugar no próximo dia 11 de Outubro, a Frelimo desdobra-se à busca de fundos para financiar a sua campanha eleitoral, nas 65 autarquias do país.

Tal como acontece em todos os anos eleitorais, na próxima sexta-feira, 11 de Agosto de 2023, o partido no poder vai organizar uma “gala milionária”, na sua Escola Central, no Município da Matola, província de Maputo. O evento vai iniciar pelas 19:00 horas e promete muita música, dança e alegria, mas também promete gerar muito dinheiro.

Informações recolhidas pela “Carta” indicam que os lugares são limitados e que o acesso é feito mediante a compra de bilhetes, cujos preços variam entre 10.000,00 e 250.000,00 Meticais. Pelo meio, diga-se, há também bilhetes de 25.000,00 Meticais, 50.000,00 Meticais e 100.000,00 Meticais.

A promoção da gala está a ser feita em círculos restritos, com os sports publicitários a serem enviados a membros e empresários devidamente identificados. O evento irá juntar membros do partido de todo o país, pelo que cada província foi orientada a realizar a sua campanha.

Na província de Sofala, por exemplo, “Carta” apurou que a campanha está a ser coordenada por Tânia Bulha, filha de Lourenço Bulha e Delegada das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) naquele ponto do país.

Refira-se que esta tem sido uma prática recorrente do partido Frelimo em anos eleitorais, tal como em anos de realização do Congresso. Trata-se de eventos em que, para além de angariar fundos através da venda bilhetes, a Frelimo arrecada milhões de Meticais com a venda, em forma de leilão, de artigos com símbolos do partido.

Em 2019, por exemplo, Miguel Matabele, então PCA da empresa pública Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM), comprou uma camisa autografada por Filipe Jacinto Nyusi a 8 milhões de Meticais, uma compra que levantou sérias questões sobre probidade. Em 2014, chegou-se a vender, a 500 mil Meticais, lugares nas mesas em que sentava Filipe Nyusi, então candidato presidencial. Entretanto, os valores arrecadados nunca foram divulgados.

⛲ Cartamoz 

terça-feira, 8 de agosto de 2023

Eleições gerais convocadas para 9 de Outubro de 2024

 


O Presidente da República, Filipe Nyusi, sob proposta da Comissão Nacional de Eleições e ouvido o Conselho de Estado, marcou a realização das eleições Presidenciais, Legislativas, das Assembleias Provinciais e do Governador da Província, simultaneamente, em todo o território nacional, em único dia, 9 de Outubro de 2024.

O Chefe do Estado convocou também a realização das eleições Presidenciais e Legislativas no estrangeiro para o dia 9 de Outubro de 2024.

Manuel de Araújo anuncia requalificação do Mercado Central de Quelimane até próxima semana

  


O Mercado Central de Quelimane foi severamente afectado na passada terça-feira. Os últimos dados disponibilizados pelo Corpo de Salvação Pública indicam que o fogo que deflagrou mais de 500 barracas foi originado por um curto-circuito. Manuel de Araújo fala de mais de quatro mil pessoas directamente afectadas.

O projecto de requalificação do Mercado Central já foi aprovado pelo Conselho Municipal de Quelimane, depois de uma equipa técnica que esteve a trabalhar no assunto. O plano foi antes avaliado por várias equipas interessadas, incluindo a Comissão dos Comerciantes Informais. O edil Manuel de Araújo fez a sua primeira intervenção pública no Mercado Central, onde visitou os comerciantes. De Araújo garantiu no máximo até dentro da próxima semana o início da reconstrução.

“As nossas primeiras palavras são de solidariedade com os comerciantes que operam neste mercado, porque sofreram brutalmente com o incêndio. Nós ficamos chocados com a situação e, por isso, estamos aqui para dar a nossa força e dizer que estamos igualmente preocupados com a situação. Os incêndios estão a ser recorrentes nos nossos mercados e isso mexe, sobremaneira, nas nossas contas, porque de lá tiramos as nossas receitas. Ou seja, não são só os comerciantes que são directamente afectados com esta dura realidade, o conselho municipal também fica”, disse Manuel de Araújo.

O edil fez saber que, ao todo, são 223 barracas fixas e mais de 300 móveis que não escaparam ao incêndio da passada terça-feira. “Nós estamos a trabalhar no processo de requalificação, não só deste mercado como também de outros desde o da FAE no aeroporto e Brandão. Vamos contar com o apoio do Banco Mundial para o mercado do Aeroporto”, disse De Araújo.

Para já, o trabalho que se segue será entre o município e o Serviço Nacional de Salvação Pública (SENSAP) para a sensibilização dos comerciantes para evitar futuros casos. Manuel Cumaio, chefe do Controlo Estatal, fez saber que “só a construção que obedece aos parâmetros de segurança, como vias de acesso, que permitam a movimentação de pessoas com comodidade, espaçamento necessário das barracas, entre vários outros cenários, pode reduzir os casos de incêndio”, disse.

Na mesma ocasião, o edil de Quelimane fez saber que o Conselho Municipal vai criar o seu Corpo de Salvação Pública para permitir melhor intervenção nos casos similares. Explicou que a edilidade já lançou o concurso público para a contratação e posterior formação dos candidatos que irão ser apurados.

⛲ O País 

Nova constituição Centro Áfricano abre portas para o terceiro mandato de Touadera



Presidente da República Centro-Africana Faustin-Archange Touadera acena para jornalistas ao chegar ao Aeroporto Internacional de Pulkovo para participar do Russia Africa Sum

Os eleitores da eternamente inquieta República Centro-Africana aprovaram de forma esmagadora um projeto de constituição que abre caminho para Faustin Archange Touadera buscar um terceiro mandato como presidente, disse o órgão nacional de votação na segunda-feira.

Um dos países mais pobres e problemáticos do mundo, a nação sem litoral foi tomada por conflitos e turbulências políticas durante a maior parte de sua história após a independência da França em 1960.

Os rivais de Touadera dizem que ele quer permanecer "presidente vitalício" - sob a proteção cada vez mais visível do grupo mercenário privado russo Wagner, que se destacou pela primeira vez na RCA em 2018.

Os eleitores votaram 95,27 por cento a favor e 4,73 por cento contra, com uma participação de 61,10 por cento no referendo de 30 de julho, disse o presidente da Autoridade Eleitoral Nacional, Mathias Morouba.

Esses resultados "provisórios" devem ser ratificados pelo tribunal constitucional, que deve publicar o resultado definitivo em 27 de agosto.

A nova constituição estenderia o mandato presidencial de cinco para sete anos e aboliria o limite de dois mandatos.

Não há mais obstáculos para impedir que o chefe de Estado de 66 anos se candidate à presidência pela terceira vez em 2025. Se eleito, pode passar 16 anos no comando.

A votação foi boicotada pelos principais partidos da oposição e organizações da sociedade civil, bem como por grupos rebeldes armados.

A oposição reclamou da falta de um registro eleitoral atualizado e disse que as instituições encarregadas de garantir um voto livre e justo não eram independentes.

Oficiais do governo persuadiram e ameaçaram os oponentes do referendo, diz a Human Rights Watch, e as autoridades também proibiram uma manifestação da oposição na capital em uma tentativa de conter a hostilidade à votação.

"É uma comédia... todos nós vimos que as pessoas não foram votar e isso não reflete a vontade do povo centro-africano" , disse Crepin Mboli-Goumba, coordenador da coalizão de oposição BRDC.

Touadera foi eleito pela primeira vez em 2016 quando o país, com a ajuda da França e da ONU, emergiu de uma guerra civil que se desenvolveu em linhas sectárias após um golpe.

Em 2020, Touadera conquistou um segundo mandato de cinco anos, após uma votação interrompida por várias incursões de grupos rebeldes armados. Ele também teve que superar as acusações de fraude.

O Tribunal Constitucional em setembro de 2022 desferiu um golpe humilhante em Touadera, anulando o estabelecimento de um comitê encarregado de redigir a nova constituição.

O presidente do tribunal, Daniele Darlan, foi alvo de violentos ataques verbais de torcedores de Touadera e, em janeiro deste ano, foi aposentado à força.

Desde dezembro de 2020, centenas de combatentes de Wagner e tropas ruandesas foram mobilizados para enfrentar uma ofensiva liderada por uma aliança dos grupos rebeldes mais poderosos do país, que se viram empurrados para áreas rurais.

⛲ África News 

Estudantes angolanos pedem intervenção de PR para travar aumento das propinas

 


"Temos uma taxa de desemprego na ordem dos 32,5%, elemento bastante para que seja vista a subida de preços galopante nas instituições de ensino como inoportuna", refere o MEA.

O Movimento de Estudantes Angolanos (MEA) pediu a intervenção do Presidente angolano para travar o aumento de preços nos estabelecimentos de ensino privado devido às dificuldades socioeconómicas das famílias.

Numa carta dirigida a João Lourenço, o MEA pede que sejam dadas orientações às ministras da Educação, do Ensino Superior e das Finanças para que não sejam efetuadas alterações nos preços das propinas, face ao "contexto socioeconómico bastante difícil".

"Temos uma taxa de desemprego na ordem dos 32,5%, elemento bastante para que seja vista a subida de preços galopante nas instituições de ensino como inoportuna", refere o MEA.

Por outro lado, sustentou, as instituições de ensino privado não cumprem os critérios de qualidade e qualificação previstos na lei de base do sistema de educação e ensino vigente em Angola, pelo que o MEA considera que está a ser violada a lei.

Acrescenta ainda que o Estado "não tem capacidade de garantir escolas para todos e a respetiva gratuidade", sendo as instituições de ensino privado que vêm "pôr cobro a esta incapacidade".

"O MEA apela ao máximo rigor no que diz respeito aos preços vigiados nas instituições de educação e ensino, nos termos do n.º 3 do artigo 99.º da lei de base do sistema de educação e ensino", afirmam os estudantes.  

Para o MEA, "com o aumento galopante dos preços nas instituições de educação e ensino privado quer geral como universitário", estão criadas condições para que muito mais crianças e jovens venham a ficar fora do sistema de educação e ensino.

"É desejo do Movimento de Estudantes Angolanos que este ano letivo, que está prestes a arrancar, não venhamos a constatar mais crianças fora do sistema de educação e ensino. De lembrar que no ano letivo passado tivemos um total de seis mil crianças fora do sistema de educação e ensino", sublinha a associação estudantil, pedindo ao Presidente que exija às instituições "o cumprimento escrupuloso da lei e consequentemente o recuo da subida do valor das propinas".

⛲ Cm

GREVE DOS MÉDICOS :AMM pede apoio dos parceiros de cooperação internacional do sector da saúde para a resolução do diferendo com o governo

 


A Associação Médica de Moçambique (AMM), na sequência da 3ª Greve Nacional da Classe Médica ainda em curso devido as más condições salariais e de trabalho, cujo caderno reivindicativo apresentado ao Governo de Moçambique, este não responde positivamente, decidiu interpelar os vários parceiros de cooperação internacional do Estado moçambicano no Sector da Saúde com vista a persuadir o Governo a satisfazer as reivindicações apresentadas pelos médicos o mais breve possível para a efectivação do direito à saúde de qualidade e em tempo útil para todos os cidadãos, conforme preconizado na Constituição da República de Moçambique e nos instrumentos do direito internacional assumidos por Moçambique e que relevam para o sector.

A AMM também recorre ao parceiros de cooperação internacional abaixo indicados devido a atitude do Governo que se traduz em ignorar os acordos alcançados na mesa das negociações, bem como ameaçar e/ou intimidar os médicos em greve, pondo em prática actos de represália contra os mesmos e recorrendo a uma estratégia de pretender vencer a classe ora pelo cansaço, ora pela intimidação e/ou ameaças pela marcação de faltas, instauração ilegal de processos disciplinares, denegação de renovação de contratos e de nomeação definitiva, contratação de novos médicos para substituir os que se mantêm em greve, bem como proferição de alegações de que a greve é ilegal, quando de trata de uma greve que está sendo levada a cabo dentro do quadro constitucional para o efeito.

Acresce a essas atitudes maléficas em prejuízo do direito à saúde, o facto do Governo pretender levar a cabo a revisão do Regulamento do Estatuto do Médico na Administração Pública com vista a retirar os direitos adquiridos, sem fundamento bastante para o efeito.

O comportamento do Governo de Moçambique, mais do que ser contrário ao princípio da promoção dos direitos dos agentes da função pública e a obrigação da Administração Pública respeitar os direitos humanos e a legalidade, contraria os princípios que determinam a lógica das relações entre os parceiros de cooperação e o Governo de Moçambique para o desenvolvimento do Sector das Saúde, o que inclui boas condições de trabalho e motivação da classe médica, sem as quais não é possível alcançar os objectivos traçados nos memorandos de cooperação, assim como não é possível o acesso à saúde de qualidade para o grosso da população que é pobre.

São, pois, os motivos supra que levaram a AMM a pedir a interpelação por carta a Organização Mundial da Saúde (OMS), a União Europeia (EU), a União Africana (UA) por via da Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos (CADHP), as Embaixadas dos Estados Unidos da América (USAID), do Canadá, da Itália, da Espanha e da Irlanda para a resolução do problema em questão, com o devido respeito pelo princípio diplomático da Associação Médica de Moçambique Conselho de Direcção não intromissão nos assuntos internos. Mas em defesa do slogan governamental: “O nosso maior valor é a vida.”

⛲ INTEGRITY