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sábado, 16 de dezembro de 2023

Presidente da República angolano pede empenho ao novo ministro da Economia para "melhor estruturação" do setor

 


João Lourenço procura para a economia do país reduzir as importações e aumentar as exportações, "assim como garantir, cada vez mais, um maior número de postos de trabalho".

O Presidente angolano pediu "empenho" ao novo ministro da Economia e Planeamento, Victor Hugo Guilherme, para organizar e estruturar a economia, permitindo a redução das importações e a criação de mais emprego para a juventude.

"A economia é algo que é fundamental para nós. Todo o nosso trabalho, toda a nossa luta, é no sentido de organizarmos o melhor possível a nossa economia, diversificando as fontes de receitas e procurando produzir, cada vez mais, bens e serviços internamente", afirmou hoje João Lourenço, na cerimónia de posse do novo ministro.

O chefe de Estado assinalou que o trabalho para a organização da economia angolana visam também reduzir as importações e aumentar as exportações, "assim como garantir, cada vez mais, um maior número de postos de trabalho", em particular para os jovens.

"Portanto, esta é a missão principal do Executivo. É organizar melhor e estruturar melhor a nossa economia", frisou.

Victor Hugo Guilherme, que exercia o cargo de secretário do Presidente angolano para os Assuntos Económicos, foi nomeado na quarta-feira para o cargo em substituição de Mário Caetano João, que era o titular da pasta desde 2021.

João Lourenço empossou ainda o novo secretário de Estado do Ambiente, Yuri Walter de Sousa Santos.

"Em relação à economia, quer em relação ao ambiente, contamos muito com o vosso saber, com o vosso empenho", pediu aos recém-empossados.

Sobre o ambiente e dirigindo-se especialmente ao secretário de Estado, o Presidente recordou a sua participação na 28.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP28).

"É opinião unânime em como o nosso planeta está ameaçado pelos excessos dos homens, das indústrias que, no fundo, são os homens, as pessoas. Estamos a sentir as consequências desses excessos que ao longo de muitos anos, talvez séculos mesmo, temos vindo a fazer, agredindo o ambiente", notou.

O novo ministro da Economia e Planeamento de Angola é o quinto responsável a ocupar o cargo na governação de João Lourenço, desde 2017.

Em declarações aos jornalistas, Victor Hugo Guilherme prometeu "dar continuidade" às ações em curso no setor, destacando "três grandes instrumentos", nomeadamente a Estratégia de Longo Prazo Angola 2050, o Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027 e o recente aprovado Orçamento do Estado para 2024.

"As prioridades estão definidas, sobretudo a agricultura para gerar rendimento e dar emprego, porque a economia nacional está aí com grandes desafios pela nossa frente e nós estamos aqui para trabalhar e dar o melhor", afirmou o governante.

Além de Mário Caetano João, exonerado na quarta-feira, já ocuparam o cargo Pedro Luís da Fonseca (2017-2019), Manuel Neto da Costa (2019-2020) e Sérgio Santos (20

20-2021).


⛲ CM

Membros da Associação dos Profissionais de Saúde em “guerra”


Os profissionais da saúde, que ainda estão numa batalha com o Governo para melhorar as suas condições de trabalho, estão em estado de guerra. O Presidente da Associação dos Profissionais de Saúde submeteu uma providência cautelar contra seu colega Horácio Nhoca por alegada usurpação de poderes.

A medida surge poucos dias depois de Horácio Nhoca se ter apresentado como porta-voz dos profissionais de saúde, uma organização composta por motoristas, administradores, auxiliares, entre outros. Nhoca chegou a convocar uma conferência de imprensa para exigir a mudança da equipa negocial da Associação dos Profissionais de Saúde com o Governo, alegadamente, por esta não satisfazer as expectativas dos associados.

Para desfazer os equívocos, o Presidente da Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM), Anselmo Muchave, submeteu uma Providência Cautelar ao Tribunal Administrativo (AT) para anular toda a informação partilhada à imprensa por Horácio Nhoca, por este não representar a associação e nem estar credenciado para falar em nome da mesma nos órgãos de comunicação social. 

“O Horácio não é membro da APSUSM e nem o conheço. Ele apareceu numa das televisões a dizer que é líder e porta-voz da associação. Isso não corresponde à verdade. Posso me ter cruzado um dia desses com ele como pessoa normal, mas não é membro e nem faz parte de nenhum órgão da associação. O Horácio apareceu para falar à imprensa depois de ter sido agitado por indivíduos que nem fazem parte da associação. Na altura, eu estava fora do país e fiquei assustado quando alguém me enviou uma foto dele e de um grupinho que foi submeter um documento no Ministério da Saúde em nome da associação”, explicou Muchave.

Em conversa com a “Carta”, Muchave disse que a Providência Cautelar contra Horácio é uma das formas que a associação encontrou de “eliminar” pessoas que agem por agitação. “O que motivou este grupo a procurar os órgãos de informação é a ganância de chefia, de querer ser presidente e é por esta razão que eles exigem a substituição do Presidente e da equipa negocial. Eles nem sabem que o Ministério da Saúde não responde pela associação e nem define quem deve ou não negociar com o Governo. Não podemos permitir que as pessoas agitem os membros”, disse. 


⛲ Cartamoz 

Manuel de Araújo denuncia plano para o seu assassinato em Guruè

 


O edil de Quelimane já estava de malas aviadas para Guruè, onde pretendia fiscalizar a repetição das eleições autárquicas. Contudo, decidiu ficar na capital da Zambézia porque foi informado de que havia planos para o seu assassinato em Gurué.

Foi à margem marcha realizada, na quarta-feira, 13 de Dezembro, em solidariedade com os municípios onde a onde a Renamo contesta os resultados eleitorais que Manuel de Araújo tornou público que cancelou a viagem para acompanhar a repetição das eleições autárquicas.

“Eu poderia ter ido à Gurué para fiscalizar as eleições, mas alguém entre eles disse há esquadrões da morte lá porque estão à procura do vosso filho. Ontem, um do Marromeu ligou pra aqui a perguntar o Araújo está hospedado em que casa, nós queremos reforçar a segurança dele, alguma vez eles reforçaram a minha segurança? ”, questionou de Araújo.

Ainda na sua intervenção, o edil de Quelimane teceu resgados elogios ao autarca de Nacala, Raul Novinte, por ter mobilizado a população para ficar em casa no dia da repetição das eleições naquele município da província de Nampula porque se travava de “uma brincadeira”.

⛲ Evidências

Jornalista João Chamusse é encontrado morto na sua residência na KaTembe

 


João Chamusse, jornalista moçambicano, editor do diário eletrônico “Ponto por Ponte” e comentador da TV Sucesso, foi encontrado morto na madrugada de hoje na sua residência no bairro Ka-Elisa, na KaTembe. 

Vizinhos e uma fonte familiar confirmaram a ocorrência. Seu corpo foi encontrado estatelado no chão do seu quintal, com marcas de sangue ao lado e sinais de golpes na cabeça. Suspeita-se que ele tenha sido assassinado. Durante a nossa apuração dos factos nesta manhã, soubemos que a Polícia estava a caminho do local. 

O incidente terá acontecido depois que o jornalista deixou o recinto de um convívio com amigos, não muito longe da sua residência. Por volta da 1 hora, ele despediu-se dizendo que ia dormir. Horas depois foi encontrado sem vida. 

Chamusse era comentador na Tv Sucesso. Ele usava uma linguagem simples para exprimir sua crítica, com um registo onde expunha as incongruências e os excessos da governação. De resto, ele nutriu ao longos dos anos uma mágoa intensa contra o regime. Antes de ser jornalista, Chamusse estudou na Escola de Aeronáutica Civil e formou-se como piloto comercial em Lisboa, tendo regressado ao país em 1985. 

Estava integrado na LAM. Mas quando voltou, em vez do cockpit, foi-lhe apontada uma cadeira numa sala de Centro de Comando Operacional da companhia aérea, em Mavalane. Ele zangou-se! E suspeitou que a razão dessa “marginalização” só podia ser motivada pela cor da sua pele.

Em 1997, quando Carlos Cardoso deixou a edição do mediaFax (e a Mediacoop) para fundar o “Metical”, Chamusse entrou para a redacção do diário, que passou a ser editado por Fernando Veloso. Mais tarde os dois, mais o jornalista Luís Nhachote, fundaram o semanário Canal de Moçambicano, através de uma sociedade denominada Imprel.

Nos últimos anos, Chamusse, cuja mulher, Conceição Vitorino, também era jornalista, morava na KaTembe, e tornou-se uma face conhecida nas redes sociais por causa dos seus comentários jocosos na TV Sucesso. 

Se a suspeita do seu assassinato se concretizar, Chamusse nunca desconfiava que isso lhe pudesse acontecer. Em costumava elogiar Katembe por ser um distrito urbano quase sem criminalidade. Como exemplo, ele contava aos amigos que, a uns 200 metros da sua casa existe um Posto Policial onde raramente fica um agente de plantão. Também, normalmente, não há guardas rondando nas ruas. No Posto Policial, os agentes penduram seus contatos de telemóvel nas paredes para quem lhes queira contactar. Ele ria-se dessa imagem quase cinematográfica.

⛲ Cartamoz 

sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Eleições 2023: Não há condições para declarar o vencedor em Marromeu

 


Enquanto a Renamo reclama vitória em Marromeu e os órgãos eleitorais de nível distrital declaram a Frelimo como vencedora do escrutínio do passado domingo, o Consórcio Eleitoral Mais Integridade entende não haver condições para se declarar, com certeza e credibilidade, a lista vencedora naquela vila autárquica da província de Sofala.

Em causa, explica aquela plataforma de observação eleitoral, estão as graves irregularidades registadas na votação de 10 de Dezembro que não permitem, aos órgãos eleitorais, partidos políticos e nem observadores eleitorais declarar, com qualquer credibilidade e certeza, qual foi a lista vencedora.

“As irregularidades incluíram interrupção da contagem de votos, em muitas Mesas, para os respectivos presidentes realizarem ‘consultas’ entre si e com representantes do partido Frelimo antes de concluírem o processo e preencherem os editais; a saída de presidentes de várias Mesas com os editais sem os afixarem; o excessivo número de votos nulos que é maior do que a diferença de votos entre as duas listas mais votadas, entre outras, que colocam em causa a integridade, transparência e a credibilidade do processo”, descreve a fonte.

Por exemplo, na EPC 25 de Junho, conta o Consórcio Eleitoral Mais Integridade, os MMV das sete Mesas instaladas pararam de fazer contagem às 20h24min, quando a Renamo ia na dianteira e os respectivos presidentes foram reunir-se num canto da escola “com uma senhora identificada como ‘quadro local’ do partido Frelimo”.

“Enquanto a contagem esteve paralisada, a Polícia expulsou os observadores das Mesas 050331-01, 050331-03 e 050331-05, justificando que era para «deixar os presidentes e os seus elencos trabalharem à vontade». Em duas destas Mesas, 050331-01 e 050331-05, e ainda na Mesa 050331-07, pelo menos até às 3h00 da manhã, os editais não tinham sido afixados”, narra a plataforma, em relatório divulgado na última quarta-feira.

O Consórcio Eleitoral Mais Integridade, que esteve a observar 72 Mesas de Voto, das 75 que foram ordenadas a repetir a votação pelo Conselho Constitucional, afirma ter realizado o apuramento paralelo dos resultados em apenas 39 Mesas da autarquia vila de Marromeu, visto que em duas (050331-01 e 050331-05, todas da EPC 25 de Junho,) os observadores foram expulsos pelos Presidentes das Mesas, “exactamente quando iam iniciar as operações de contagem”

Do apuramento paralelo, revela a fonte, a Renamo teve maioria de votos em 24 Mesas e a Frelimo em 15, porém, “nas Mesas onde a Frelimo teve maioria, teve-a por grandes margens. “Assim, o apuramento resulta numa vantagem de 219 votos da Frelimo sobre a Renamo – apenas 1,6%. A taxa de participação foi de 50%”, avança a fonte.

Em termos concretos, de acordo com a contagem paralela realizada pelo “Mais Integridade” nas 39 Mesas, a Frelimo obteve 6.693 votos (48,5%), contra 6.474 votos (46,9%) conseguidos pela Renamo. O MDM arrecadou 506 votos (3,7%), enquanto a Revolução Democrática teve 138 votos (1%).

Lembre-se que dados da Comissão Distrital de Eleições de Marromeu, produzidos pelo Secretariado Técnico da Administração Eleitoral, dão vitória à Frelimo com 55,74%, contra 40,26% dos votos obtidos pela Renamo e 4,0% conquistados pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM).

Por sua vez, a Renamo afirma ter ganho as eleições em Marromeu com 59% dos votos, contra 32% da Frelimo e 9% do MDM. Já a contagem da “Sala da Paz” dá vitória à Renamo com 56%, contra 38% da Frelimo e 5% do MDM.


⛲ Cartamoz 

quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

Presidente da República cabo-verdiano visita Portugal entre quinta-feira e sábado

 


Visita vai contar com o encontro entre José Maria Neves e o homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, para debater relações bilaterais e europeias.

O Presidente cabo-verdiano, José Maria Neves, realiza, entre quinta-feira e sábado, uma visita de trabalho a Portugal, durante a qual se encontrará com o homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, para debater relações bilaterais e europeias.

José Maria Neves será recebido ao início da tarde de sábado no Palácio de Belém, para um encontro em que os dois chefes de Estado "analisarão as relações bilaterais, na linha do compromisso contínuo com a cooperação e diálogo entre as duas nações", anunciou a Presidência cabo-verdiana.

"A oportunidade servirá, também, para falarem da cooperação multilateral, no âmbito da Parceria Especial com a União Europeia", acrescentou.

Ainda antes, na sexta-feira, José Maria Neves participará na cerimónia de atribuição do título Doutor Honoris Causa ao antigo chefe de Estado cabo-verdiano Pedro Pires, pelo ISCTE

⛲ Cm

António Costa com João Lourenço e Filipe Nyusi e visita tropas portuguesas em Moçambique

 


Encontros do primeiro-ministro vão ocorrer no âmbito da deslocação a Moçambique, que se destina a visitar no período de Natal as forças militares nacionais ali destacadas.

O primeiro-ministro reúne-se na segunda-feira de manhã, em Luanda, com o Presidente angolano, e nessa tarde com o chefe de Estado moçambicano, em Maputo, antes de fazer uma visita de Natal às tropas portuguesas em Moçambique.

Estes encontros de António Costa com os presidentes João Lourenço, em Luanda, e Filipe Nyusi, em Maputo, vão ocorrer no âmbito da sua deslocação a Moçambique e que se destina a visitar no período de Natal as forças militares nacionais ali destacadas.

"À semelhança do que tem feito anualmente, em que tem visitado, por esta época natalícia, os militares portugueses destacados em missão no estrangeiro, António Costa estará em Maputo na próxima segunda-feira, dia 18 de dezembro", refere o executivo português.

Em Luanda, a caminho para Moçambique, o primeiro-ministro português fará apenas uma curta escala, mas, mesmo assim, reúne-se com o Presidente de Angola ao início da manhã no Palácio Presidencial.

Pouco depois de chegar a Maputo, ao início da tarde, António Costa é recebido por Filipe Nyusi no Palácio Presidencial. Após este encontro com o chefe de Estado moçambicano, segundo o Governo português, a deslocação centra-se na questão militar, com uma visita ao armazém do comando da Marinha de Guerra de Moçambique.

Depois, então, o primeiro-ministro encontrar-se-á com as Forças Nacionais Destacadas em Moçambique. Durante o encontro, está prevista a realização de uma videochamada com os militares destacados em Nampula e Chimoio.

⛲ Correio da Manhã 

Frelimo viabiliza criação do Fundo Soberano da “discórdia”

 


Finalmente, o Estado moçambicano terá o almejado Fundo Soberano, a instituição que será responsável pela gestão das receitas provenientes da exploração do gás natural da bacia do Rovuma, na província de Cabo Delgado. O novo “saco azul” do país estava em discussão há mais de quatro anos, sendo que a proposta de lei para a sua criação estava nas mãos dos deputados desde Janeiro último.

O Fundo Soberano de Moçambique, uma entidade que divide opiniões sobre sua utilidade e modelos de poupança e de gestão, foi viabilizado esta quarta-feira pela bancada parlamentar da Frelimo, que aprovou, na generalidade, a proposta de lei da sua criação.

Segundo o deputado Momade Juízo, a Frelimo aprovou a proposta de lei que cria o Fundo Soberano por se tratar de um instrumento que vai assegurar a maximização dos ganhos do gás natural para a economia nacional.

Para Juízo, com o Fundo Soberano, “o povo será cada vez mais bem servido”, visto que “será gerido observando os princípios de inclusão, transparência, responsabilização, independência e em linha com as melhores práticas internacionais”.

Segundo o Governo, a criação do Fundo Soberano visa maximizar os ganhos decorrentes da exploração e desenvolvimento dos recursos naturais, defendendo-se contra a elevada volatilidade que caracteriza os preços internacionais dos mesmos e com objectivo primordial de beneficiar as gerações presentes e futuras.

Assim, diz o Executivo, as receitas do Fundo Soberano serão provenientes, primeiro, da produção de gás natural liquefeito das Áreas 1 e 4, Offshore da Bacia do Rovuma e futuros projectos de desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural; e, segundo, do retorno dos investimentos das receitas da instituição.

O Ministro da Economia e Finanças estima que as exportações anuais do gás do Rovuma poderão atingir 91.7 mil milhões de USD ao longo do seu ciclo de vida, sendo que as receitas anuais do Estado atingirão um pico de 6 mil milhões de USD por ano, na década de 2040.

No entanto, tais argumentos não convencem a bancada parlamentar da Renamo, que votou contra a proposta de lei que cria o Fundo Soberano. A “perdiz” entende que a proposta exclui outros mega-projectos (da área dos recursos minerais), o que a torna perigosa, porque “pode criar uma dependência excessiva das receitas do gás natural, que são voláteis e incertas e finitas”.

“O Fundo Soberano, nos moldes em que foi concebido, pode incentivar o Governo a gastar mais do que deve e a negligenciar outras fontes de receita e a desviar fundos para fins ilícitos”, defendeu a deputada Ivone Soares, sublinhando que a proposta “não tem um consenso nacional, o que reflecte a falta de diálogo, consulta e envolvimento dos diferentes actores da sociedade”.

De acordo com a proposta submetida pelo Governo ao Parlamento, nos primeiros 15 anos de operacionalização do Fundo Soberano, as receitas projectadas serão repartidas em 40% para a Conta Única do Fundo (CUF, a ser aberta no Banco de Moçambique em USD) e 60% para o Orçamento do Estado; e, a partir do 16º ano de operacionalização, 50% das receitas serão destinadas à CUF e 50% para o Orçamento do Estado.

A bancada parlamentar do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), que também votou contra a proposta de criação do Fundo Soberano, diz não se sentir confortável em relação à forma como serão gastos os 60% que transitam para o Orçamento do Estado, pelo facto de não haver garantias de que estes recursos serão aplicados em sectores sociais, como a educação, agricultura e abastecimento de água.

“A proposta não garante a máxima transparência do Fundo Soberano, porque não apresenta as percentagens para a estabilização da economia e poupança para as futuras gerações, o que não possibilita o seu acompanhamento”, defende o “galo”, que ataca igualmente o modelo de gestão proposto pelo Governo.

De acordo com a proposta submetida pelo Executivo, refira-se, o Fundo Soberano será gerido por três instituições, nomeadamente, a Assembleia da República, o Governo (representado pelo Ministério que superintende a área das Finanças) e o Banco de Moçambique.

Nesta estrutura, o Governo será responsável pela gestão global do FSM (elaborando Política de Investimento do Fundo e estabelecendo o Conselho Consultivo de Investimento); o Parlamento será fiscalizador do funcionamento e desempenho do Fundo Soberano (através de um Comité de Supervisão); e o Banco de Moçambique será o gestor operacional do Fundo, por delegação do Governo.

O MDM entende que o Banco Central é uma entidade que opera na escuridão, o que não permite o seu escrutínio, “agravado pelo facto de ter sido o mesmo Banco de Moçambique a colaborar para a contratação das dívidas ocultas”, sublinhou o porta-voz daquela bancada, Fernando Bismarque.

O “galo” diz ainda que a proposta confere ao regulador do sistema financeiro moçambicano a competência de contratar gestores externos sem concurso público, uma faculdade que abre espaço para a contratação de “amigos e camaradas” com histórico já conhecido “no mundo do desvio dos fundos públicos”.

O MDM, que diz reconhecer a importância do Fundo Soberano como mecanismo de gestão das receitas provenientes da exploração do gás natural, diz não entender porque se quer poupar dinheiro, enquanto as actuais gerações enfrentam diversos desafios, como a pobreza.

Refira-se que, à luz da proposta submetida pelo Governo, a cada três meses, o Executivo irá disponibilizar, ao público (na página da internet do Banco de Moçambique e em outros canais que se julgue conveniente), relatórios de investimento e, anualmente, os relatórios e contas auditadas do Fundo Soberano.

Já as transferências a serem efectuadas, em cada exercício fiscal, pelo Fundo Soberano para a CUF, só podem ter lugar, primeiro, após a publicação da Lei Orçamental, ou quaisquer alterações à mesma, no Boletim da República, confirmando o montante da dotação aprovada para esse exercício fiscal; e, segundo, após a apresentação à Assembleia da República do Relatório Anual e Contas do Fundo Soberano, respeitante ao exercício fiscal imediatamente precedente.

⛲ Cartamoz 

Três mortos por descargas atmosféricas em Gorongosa

 


Três pessoas da mesma família morreram e outra ficou gravemente ferida em consequência de descargas atmosféricas na madrugada desta quarta-feira, no distrito de Gorongosa, província de Sofala. A informação foi avançada por Aristides Armando, delegado do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres em Sofala.

Trata-se de uma mãe, dois filhos menores e um cunhado que foram surpreendidos por um raio no interior da residência.

As autoridades locais referem que a província de Sofala registou sete óbitos por descargas atmosféricas em menos de um mês. No fim do mês passado quatro pessoas morreram vítima daquele fenómeno natural no distrito de Nhamatanda.

⛲ O país 

Reino Unido e Moçambique reforçam parceria de negócios



O Comissário de Comércio para África do Reino Unido , John Humphrey, liderou uma conversa de alto nível com o Grupo Estratégico de Negócios do Reino Unido em Moçambique. O encontro apoiado pelo ABSA, reuniu executivos das principais empresas britânicas a operar em Moçambique, tais como Globeleq, Vodacom, Gemfields, Arc Power, Intertek, Gemfields, Maragra Sugar, Kenmare, Altona Minerals e Lloyds Register e o Governo de Moçambique para discutir, entre outros assuntos, o Pacote de Aceleração Económica.

O evento teve lugar à porta fechada em Maputo, segundo um comunicado enviado a nossa redacção permitiu identificar os desafios e oportunidades do mercado moçambicano, bem como apresentar soluções para um envolvimento mais frutífero entre o sector privado e o Governo.

A visita de cinco dias de John Humphrey a Moçambique antecede a Cimeira de Investimento África-Reino Unido, que terá lugar no Reino Unido em 2024. A visita incluiu reuniões com o Ministro dos Recursos Naturais e Energia – Carlos Zacarias, a Vice-Ministra da Indústria e Comércio Ludovina Bernardo e o Vice-Ministro dos Transportes e Comunicações Amilton Alissone, representando as áreas prioritárias de cooperação entre os dois países.

O comércio entre o Reino Unido e Moçambique cresceu 92 milhões de dólares no periodo entre junho de 2022 e junho de 2023, representando um aumento de cerca de 33% face ao período anterior, refere a nota.

⛲ Opais