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quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

Naparamas acusados de afronta contra o Estado em Cabo Delgado


 

As autoridades governamentais da província de Cabo Delgado estão preocupadas com os actuais níveis de desinformação sobre cólera, nos distritos afectados pela doença, escreve o sítio da Rádio Moçambique.

Face à situação, os conselhos de representação do Estado e executivo provincial convocaram líderes comunitários, políticos, religiosos e da AMETRAMO, para juntos procurarem caminhos para a solução do problema.

O secretário de Estado na província, António Supeia, disse que o problema está a ganhar novos contornos, com a entrada dos Naparamas nessa onda de desinformação, numa autêntica afronta ao Estado moçambicano.

E, porque o mal corta-se pela raiz, a delegada provincial da AMETRAMO, Albertina Navaya, disse que já falou a curandeira que, supostamente, dá poderes mágicos aos Naparamas, a quem mandou terminar de o fazer.

No ano passado, a província de Cabo Delgado registou catorze tumultos relacionados com a desinformação sobre cólera, que resultaram na morte de três líderes comunitários e destruição de cinquenta casas.


SEIS MORTOS NOS ÚLTIMOS DIAS

Lembre-se que, recentemente, cinco pessoas morreram na sequência de uma onda de desinformação sobre a cólera no país, segundo avançou o comandante-geral da polícia, Bernardino Rafael.

As vítimas eram maioritariamente líderes locais e técnicos de saúde, mortos por populares sob alegações de estarem a levar casos de cólera às comunidades, explicou Bernardino Rafael, durante um comício em Chiure, na província de Cabo Delgado.

“Pedimos à população para não acatar esta mensagens e denunciar as pessoas que propagam desinformação em relação à cólera”, declarou, na altura, o comandante-geral da Polícia da República de Moçambique.

Os casos foram registados sobretudo nos distritos de Chiure, Montepuez e Namuno, na província de Cabo Delgado, onde as autoridades registaram metade dos 26 casos de violência registados no país devido a desinformação.

O fenómeno também está a ser registado em alguns pontos recônditos dos distritos das províncias de Nampula, no norte de Moçambique, e Zambézia, no centro, avançou.

Entretanto, 16 pessoas foram detidas, entre Maio e Novembro do ano passado, na província de Sofala, por passarem informações erróneas sobre a cólera, anunciou o ministro do Interior.

Os boatos sobre a origem da doença “atentam contra a integridade física daqueles que se predispõem a ajudar na solução desta problemática, além de causarem danos em infraestruturas públicas e privadas, tais como postos de saúde, postos policiais e residências comunitárias”, declarou, em novembro, o ministro do Interior moçambicano.

⛲: O país 

Médicos ingleses realizam greve mais longa da história por questões salariais



A paralisação ocorre em um dos períodos mais movimentados do ano para o Serviço Nacional de Saúde, financiado pelo estado. Os médicos procuram melhores salários para compensar o aumento do custo de vida.

Milhares de médicos juniores na Inglaterra iniciaram uma greve de seis dias, que será a mais longa nos 75 anos de história do Serviço Nacional de Saúde (NHS).

A ação trabalhista começou às 7h00 locais (07h00 GMT) de quarta-feira e deve terminar no mesmo horário do dia 9 de janeiro.

Por que os médicos estão em greve?

A greve ocorre em meio a uma longa disputa salarial com o governo do Reino Unido e foi anunciada pela Associação Médica Britânica (BMA) em dezembro, após o último colapso das negociações.

As negociações fracassaram depois que uma oferta de aumento salarial de 8 a 10% foi considerada insuficiente pela BMA, que busca um aumento de 35% para compensar a inflação.

Os médicos juniores entraram em greve de três dias pelo mesmo assunto na semana anterior ao Natal.

Segundo a BMA, os médicos que representam sentem-se “desencantados” e debatem se querem permanecer no sector da saúde.

“Acrescentando a isto anos de erosão salarial, não é de admirar que o moral na linha da frente nunca tenha estado tão baixo”, afirmou o sindicato num comunicado.

Os médicos juniores entraram em greve pelo menos sete vezes desde março. 

Como os serviços de saúde serão impactados?

De acordo com o NHS, financiado pelo estado, haverá “um impacto significativo em quase todos os cuidados de rotina” como resultado da paralisação.

Os médicos juniores, que estão nos primeiros anos de carreira e constituem a espinha dorsal dos cuidados hospitalares e clínicos, representam quase metade da força médica do SNS.

A greve ocorre num momento em que os serviços de saúde estão particularmente ocupados, enfrentando uma pressão crescente devido às doenças respiratórias do inverno

“Este mês de janeiro pode ser um dos inícios de ano mais difíceis que o NHS alguma vez enfrentou”, disse o diretor médico nacional do NHS, Stephen Powis, num comunicado.

“A ação não só terá um enorme impacto nos cuidados planeados, mas também se somará a uma série de pressões sazonais, como a covid, a gripe e as ausências do pessoal devido a doenças”.

Em 2023, o SNS teve de cancelar 1,2 milhões de consultas devido a greves .

Atualmente, mais de 7,7 milhões de pacientes aguardam procedimentos e consultas.

O que o governo está dizendo?

O governo do Reino Unido supervisionou novos acordos salariais com enfermeiros e médicos seniores nos últimos meses, mas opõe-se a novos aumentos salariais, alegando preocupações com a inflação.

O gabinete do primeiro-ministro Rishi Sunak apelou ao fim das greves, enfatizando a justiça nas negociações.

“Procurámos chegar a uma resolução justa – justa para o contribuinte, justa para os médicos e profissionais de saúde que trabalham duro”, disse um porta-voz de Sunak aos jornalistas.

"Conseguimos isso na maioria dos casos... estamos dispostos a ter mais discussões. Mas obviamente a primeira coisa a fazer é pararq de fazer greves."

⛲ Dw

Renamo contesta resultados da repetição da votação

 


A Renamo diz que não reconhece os resultados da repetição da votação, divulgados pelo Conselho Constitucional. O partido acusa a instituição de apadrinhar fraude eleitoral, em colaboração com a Polícia da República de Moçambique, a favor da Frelimo. 

Quatro dias após o Conselho Constitucional anunciar os resultados da repetição das eleições autárquicas, em Marromeu, Gurué, Milange e Nacala-Porto, que dão vitória ao partido Frelimo, a Renamo chamou a imprensa, esta quarta-feira, para pronunciar-se sobre o assunto. 

O partido considera que, mais uma vez, a instituição dirigida por Lúcia Ribeiro validou resultados “fraudulentos” e por isso acusa o Conselho Constitucional de “insultar a consciência colectiva e o Estado”. 

“Sem dúvida, a parcialidade e o apadrinhamento da fraude eleitoral pelo Conselho Constitucional representa um autêntico golpe do Estado de Direito Democrático e à Soberania dos moçambicanos. É questionável até que ponto as eleições são a via da assunção do poder ou se não é uma mera legitimação de um partido”, disse o porta-voz do partido Renamo, que falava aos órgãos de comunicação social. 

A Perdiz disse ainda que não se justifica que o Conselho Constitucional tenha validado os resultados das eleições, mesmo com as irregularidades denunciadas pelas organizações da sociedade civil.

A actuação da polícia foi também apontada por José Manteigas como a responsável por grande parte das irregularidades no dia da votação, pois segundo explicou “a polícia posicionou-se nas assembleias de voto para promover um autêntico terrorismo, ferindo e matando cidadãos civis e indefesos. Estranhamente, isso foi ignorado pelo Conselho Constitucional”. 

O partido de Ossufo Momade voltou a apelar ao Governo para que repense no período de realização do recenseamento eleitoral, para as eleições presidências que terão lugar este ano, alegando que de 01 de Fevereiro a 16 de Março é um período chuvoso, o que poderá comprometer o processo.

⛲ O País 

Bernardino Rafael defende que insegurança não continuar a ser argumento para paralisação das actividades da TotalEnergies



Em 2021, a TotalEnergies tornou público que retornaria a Cabo Delgado assim que fossem acauteladas todas as condições de segurança. Para o Comandante – geral da Polícia da República de Moçambique, Bernardino Rafael, a insegurança já não é um argumento convincente para a multinacional francesa não retomar as actividades no seu projecto de exploração de gás natural em Afungi.

Com a chegada das tropas amigas, as Forças de Defesa e Segurança alcançaram êxitos na luta contra o terrorismo o que, de certa forma, fez renascer a esperança sobre um possível retorno da TotalEnergies.

Tal como aconteceu em 2022, no ano passado a multinacional francesa voltou a adiar o reinício das actividades no seu projecto de exploração de gás natural apesar da insegurança fazer parte do passado.

De acordo com o Comandante – geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernadinho Rafael, as questões de segurança já não são argumentos convincentes para as multinacionais não retomarem os projectos de exploração de gás natural em Cabo Delgado.

Rafael referiu, recentemente, que já foram criadas condições para a TotalEnergies retomar as suas actividades. “A falta de segurança já não pode continuar a ser argumento para a paralisação das actividades da TotalEnergies na área de Afungi no distrito de Palma, ademais, a mesma nunca foi atacada; sempre esteve segura”, afirmou Rafael numa parada das Forças de Defesa e Segurança”.

⛲ Evidências

Vitória russa seria "prego no caixão" da ordem internacional

 


O ministro dos Negócios Estrangeiros português identificou hoje a Rússia como a maior ameaça à segurança global e advertiu que uma vitória russa seria "um prego no caixão da ordem internacional", pedindo um "apoio infatigável" na defesa da Ucrânia.

"ARússia representa a principal ameaça à segurança global, porque pretende usar a força bruta para introduzir uma nova ordem, na qual seria precisamente a capacidade de exercer força bruta que constituiria o principal fator ordenador", sustentou hoje João Gomes Cravinho, na sessão de abertura do Seminário Diplomático, encontro anual com diplomatas portugueses para debater as prioridades da política externa que vai decorrer em Lisboa até quinta-feira.

Na sua intervenção, o chefe da diplomacia portuguesa elencou as principais dificuldades da cena mundial do século XXI, que, sustentou, justificam questionar se "não será hoje mais realista falar de desordem internacional".

Sobre a invasão da Ucrânia, Gomes Cravinho alertou que "uma vitória russa em 2024 ou 2025 representaria um prego no caixão da ordem internacional, e a abertura da porta para um período de desordem antes do estabelecimento de uma nova ordem que dificilmente será benévola para os países europeus e para a aliança transatlântica".

O ministro sublinhou a necessidade de a orientação, em Portugal, na Europa e na aliança transatlântica, ter de ser "de apoio infatigável na defesa da Ucrânia".

"A questão central, onde se joga o futuro desta guerra, tem evidentemente a ver com a clarividência dos aliados ocidentais, e muito em particular do sistema político em Washington", referiu.

O apoio ocidental, continuou, "é essencial para a Ucrânia, e se esse apoio for aquilo que pode ser, resultará numa clara derrota para a Rússia".

"Nestes últimos meses vimos demasiados jogos político-partidários em torno daquilo que é uma questão de enorme consequência estratégica. As eleições nos Estados Unidos são evidentemente um fator crucial a este respeito", disse, sublinhando estar em causa "a sobrevivência ou não da ordem internacional na qual os Estados Unidos têm tido um papel preponderante".

O Seminário Diplomático decorre em Lisboa entre hoje e quinta-feira, contando esta edição com intervenções do chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, e do ministro dos Negócios Estrangeiros de Singapura, Vivian Balakrishnan.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

⛲ Ao Minuto

EUA retiram Uganda do acordo comercial de Agoa

 


O Uganda já não é beneficiário da Lei de Crescimento e Oportunidades para África (Agoa), depois de os Estados Unidos terem afastado o país no final de Dezembro. **

Os Estados Unidos também retiraram três outros países africanos, a República Centro-Africana, o Gabão e o Níger, de Agoa, a partir de 1 de Janeiro.

O decreto do Presidente dos EUA, Joe Biden, de 29 de Dezembro, acabará efectivamente com a capacidade de Kampala de exportar certas mercadorias para os EUA sem impostos adicionais.

Poderá ter um impacto grave na economia do Uganda, que beneficiou significativamente do programa desde a sua criação em 2000. 

“Graves violações dos direitos humanos”

A decisão foi tomada depois de o Uganda ter aprovado no ano passado a sua controversa Lei Anti-Homossexualidade, uma lei que poderia impor prisão perpétua ou mesmo pena de morte por conduta entre pessoas do mesmo sexo.

Em Outubro, Biden disse que a remoção do Uganda de Agoa se devia a “graves violações dos direitos humanos reconhecidos internacionalmente”.

“Apesar do intenso envolvimento entre os Estados Unidos e a República Centro-Africana, o Gabão, o Níger e o Uganda, estes países não conseguiram responder às preocupações dos Estados Unidos sobre o seu não cumprimento dos critérios de elegibilidade de Agoa”, disse Biden numa carta ao orador. da Câmara dos Representantes dos EUA. 

Impacto econômico

A Agoa dá aos países elegíveis da África Subsaariana acesso isento de impostos aos EUA para mais de 1.800 produtos.

O prazo está previsto para expirar em dezembro de 2025, embora os EUA tenham sinalizado intenções de prorrogá-lo.

Nos termos do acordo, o Uganda exportou principalmente produtos agrícolas, bem como têxteis, isentos de impostos para os Estados Unidos. 

Mais de 80 por cento das exportações deste país da África Oriental para os EUA provinham do sector agrícola, que emprega cerca de 72 por cento da força de trabalho. 

A sua expulsão de Agoa poderá agora levar à perda de milhares de empregos e ao declínio do crescimento económico. 

Nos 12 meses até Junho de 2023, as exportações do Uganda para os EUA ao abrigo de Agoa ascenderam a 8,2 milhões de dólares, cerca de 11,5 por cento do total das suas exportações para os EUA no mesmo período, totalizando 70,7 milhões de dólares.


⛲ África News 

Moçambique importou um milhão de euros por dia em automóveis em 2023



Importações de viaturas ascenderam em nove meses a 314,2 milhões de dólares (286 milhões de euros).

Moçambique importou o equivalente a um milhão de euros por dia em automóveis em 2023, perspetivando-se um crescimento face aos anos anteriores, indicam dados do banco central compilados hoje pela Lusa.

De acordo com um relatório estatístico do Banco de Moçambique, com dados de três trimestres de 2023, as importações de viaturas ascenderam em nove meses a 314,2 milhões de dólares (286 milhões de euros).

Em todo o ano de 2020 (quatro trimestres) essas importações atingiram os 253,8 milhões de dólares (231,8 milhões de euros), no ano seguinte totalizaram 345,5 milhões de dólares (315,6 milhões de euros) e em 2022 foram 369,3 milhões de dólares (337,3 milhões de euros).

⛲ Cm

Professores ameaçam boicotar abertura do ano lectivo 2024

 


A Associação Nacional dos Professores, ANAPRO ameaça boicotar as cerimónias do arranque do ano lectivo 2024 caso não sejam pagos os mais de 13 meses de horas extras em atraso e atribuem toda a responsabilidade à Ministra da Educação e Desenvolvimento Humano a quem a acusam de faltar com a verdade.

Os professores expressam a sua indignação através de dísticos e também canções. Dizem basta de serem humilhados e por isso decidiram sair esta quarta-feira à rua para manifestar publicamente a indignação.

“Estamos cansados de ser qualquerizados, exigimos o que é nosso por direito. Não estão a pagar as horas extras. Exigimos melhorias das condições de trabalho. Estamos a dizer que se o Governo não responder às nossas reivindicações não vamos estar para abertura do ano lectivo em todo país”, disse Isac Marengula, Presidente da Associação Nacional dos Professores.

São professores provenientes da Cidade e província de Maputo, incluindo alguns que são de outras províncias e que se encontram em gozo de férias em Maputo e Matola. Este grupo de professores acusa a ministra da Educação e Desenvolvimento Humano de faltar com a verdade.

“A ministra mentiu, disse que iam pagar horas extras e ninguém dos que está aqui recebeu”, disse um dos queixosos.

A PRM tentou inviabilizar a “passeata” dos professores alegando que não deviam passar por edifícios do Governo provincial, incluindo as direcções provinciais de Educação e Desenvolvimento Humano e das Finanças, depois de negociações e cedências a marcha aconteceu com acompanhamento e protecção da polícia.

⛲ O país 

Rússia disparou 300 mísseis e 200 ‘drones’ contra a Ucrânia nos últimos dias

 


 A Rússia lançou cerca de 300 mísseis e 200 ‘drones’ contra a Ucrânia desde 29 de dezembro, denunciou hoje o Presidente ucraniano, lembrando aos aliados que cada sistema de defesa aérea e míssil adicional permite salvar mais vidas.

“Antes da Ucrânia, nenhum país do mundo tinha alguma vez repelido com sucesso tais ataques combinados com a utilização de ‘drones’ [aparelhos não tripulados] e mísseis, incluindo mísseis balísticos lançados do ar”, detalhou Volodymyr Zelensky, numa publicação na rede social X.

Zelensky agradeceu a todos os países que estão a fornecer armamento para a defesa dos ataques aéreos das forças russas, mas lembrou que “cada sistema de defesa aérea e míssil adicional salva mais vidas”.

“É aqui, na Ucrânia, e com a nossa defesa aérea, que devemos demonstrar que as democracias são capazes de proteger vidas de todos os tipos de terrorismo”, apontou.

O Presidente ucraniano já tinha denunciado, mais cedo, a campanha de terror da Rússia na Ucrânia, após os ataques maciços russos que ocorreram na manhã de hoje.

Na habitual mensagem diária noturna em vídeo divulgada nas redes sociais, Zelensky apontou cinco mortos como resultado dos bombardeamentos e acrescentou que os 130 feridos estão a receber tratamento.

O governante advertiu ainda a população a prestar atenção aos alertas de ataques aéreos.

A Rússia disparou na manhã de hoje “99 mísseis de vários tipos” contra a Ucrânia, 72 dos quais foram abatidos pela defesa aérea ucraniana, declarou o comandante do Exército ucraniano, Valery Zaluzhnyi.

As forças ucranianas “destruíram 72 alvos aéreos”, incluindo 10 mísseis hipersónicos Kinjal e três mísseis de cruzeiro Kalibre, bem como 59 mísseis de cruzeiro Kh-101, Kh-555 e Kh-55, referiu o general ucraniano na rede social Telegram.

Esta nova série de ataques ocorre um dia depois de o Presidente russo Vladimir Putin ter ameaçado “intensificar” os ataques na Ucrânia em retaliação ao ataque de escala sem precedentes na cidade russa de Belgorod, no sábado, que deixou 25 mortos e 109 feridos.

⛲ Lusa 

Bispo de Pemba preocupado com a normalização do terrorismo em Cabo Delgado

 


Cabo Delgado corre o risco de conviver com o terrorismo para sempre e tornar-se zona de violencia extrema, caso se continue a considerar-se normal a situação de segurança e a desvalorizar as mortes que não param de ocorrer na província.

O alerta é do Bispo de Pemba que está preocupado com a forma como as autoridades moçambicanas e uma parte do mundo têm estado a tratar o assunto do terrorismo em Cabo Delgado, uma província em conflito armando há quase sete anos

“Há um certo tipo de discurso crescente que pode trazer uma atitude de comodismo da nossa parte quando se diz que a situação em Cabo Delgado está controlada ou vamos controlar. Isso me preocupa porque não podemos domesticar uma situação de violência. Nós temos a nossa história, nossa cultura e nossas conquistas, e não podemos dizer que o terrorismo não acaba e o que devemos fazer é apenas controlar. Esse tipo de discurso não nos mobiliza para a busca de novos caminhos para ultrapassar as dificuldades. Pelo contrário, pode-nos levar a ficar cómodos e passarmos a conviver com esta situação”, explicou Dom Juliasse.

Outra situação que preocupa o Bispo de Pemba está relacionada com a minimização do fenómeno terrorismo, que supostamente é tido como um problema apenas da província de Cabo Delgado.

“Quando falam da guerra, dizem que é Cabo Delgado. Afinal, Cabo Delgado onde é? Moçambique precisa de entender que a unidade nacional significa que o problema que afecta uma parte do país é problema de todo o país”, criticou o Bispo de Pemba.

Além da suposta tendência de normalização do terrorismo que alegadamente é considerado como uma situação particular de Cabo Delgado, o Bispo de Pemba está chocado com a constante violação dos direitos humanos na província, onde quase diariamente são registadas mortes de pessoas consideradas inocentes.

“As pessoas continuam a morrer em Cabo Delgado. Se não morre a população, morrem os militares. Algumas pessoas não sentem a dor quando escutam que morreram cinco militares, mas esses militares são filhos de uma família e são moçambicanos como eu e como outros. Se morrem também os insurgentes, alguns podem não sentir por serem insurgentes ou causadores do mal, mas são seres humanos e são moçambicanos. A guerra provoca morte e destruição e não podemos ficar contentes com isso”, lamentou Dom Juliasse.  

Uma outra preocupação do Bispo de Pemba está relacionada com a crise humanitária, que tem estado a obrigar alguns deslocados a regressar às suas zonas de origem apesar da existência de focos de ataques terroristas.

Segundo contou Dom Juliasse, ninguém pode viver como deslocado durante quatro, cinco a sete anos. O próprio povo entendeu que não pode viver como deslocado por muito tempo e alguns optaram por voltar à proveniência e conviver com o risco.

Com o terror, a crise humanitária e o suposto conformismo ou aparente rendição por parte da autoridades moçambicanas e de parceiros internacionais que apesar da continuidade das mortes e destruições consideram Cabo Delgado de uma zona segura, o bispo de Pemba prevê que além do prolongamento dos ataques terroristas, a província venha a registar num futuro próximo, o aumento da violência extrema

“O que mais me preocupa como bispo desta diocese é que esta situação venha a tornar-se num sistema crónico de violência e com picos de ataques”, alertou Dom Juliasse.

Desde que iniciaram os ataques terroristas em Cabo Delgado, a 05 de Outubro de 2017, já foram confirmados cerca de quatro mil mortos e mais de um milhão de deslocados. 

⛲ O País