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terça-feira, 5 de março de 2024

Mais de 150 escolas estão temporariamente encerradas em Moçambique devido a Ataques Terroristas



Conflito já fez um milhão de deslocados e cerca de quatro mil mortes.

As incursões de rebeldes que desde 2017 assolam Cabo Delgado provocaram o encerramento temporário de 157 escolas de um total de 978 que existem na província, afirmou o diretor provincial de Educação.

O distrito de Chiùre, assolado por uma nova vaga de ataques nas últimas semanas, tem o maior número de escolas encerradas (40), seguido por Macomia, com 35 instituições, avançou Ivaldo Quincardete, citado pela Rádio Moçambique.

"Neste momento, estão a funcionar 821 escolas. O distrito com maior enfoque, por enquanto, é Chiùre e nós acreditamos que muito brevemente essas escolas vão retomar ou grande parte delas poderá retomar", observou o diretor provincial de Educação.

A nova vaga de ataques em direção ao sul de Cabo Delgado obrigou milhares de pessoas a abandonarem as suas aldeias, principalmente em Chiùre, mas as autoridades avançam que há melhorias, com o número de deslocados a desder de 67 mil para 45 mil, segundo o primeiro-ministro moçambicano, Adriano Maleiane.

"Neste momento, a prioridade é acomodar as pessoas. É isso que está sendo feito. Estava a ser um exercício muito grande, numa assentada, receber as pessoas. Algumas pessoas estão em escolas outras em tendas, mas temos de dar alguma coisa para se alimentarem", declarou esta segunda-feira à comunicação social, em Maputo, Adriano Maleiane.

Os populares que fugiram nesta nova vaga são sobretudo moradores de Mazeze, Chiúre-Velho, Mahipa, Alaca, Nacoja B e Nacussa, maioritariamente pontos do interior de Chiùre, onde milhares de pessoas abandonaram as respetivas aldeias percorrendo quilómetros ao longo da estrada Nacional 1 (N1) em direção à sede de Chiùre ou atravessando o rio Lúrio para o distrito de Eráti, na província Nampula, vizinha de Cabo Delgado.  

A província de Cabo Delgado enfrenta há seis anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Daesh.

A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de 2021, com o apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul da região.

O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de quatro mil mortes, segundo o Projeto de Localização de Conflitos Armados e Dados de Eventos (ACLED, na sigla em inglês).

⛲ Cm

segunda-feira, 4 de março de 2024

Assinado acordo de co-financiamento do projecto de reabilitação do sistema de drenagem na Beira

 


O Governo, através do Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, e o Reino dos Países Baixos assinaram, sexta-feira, 1 de Março, na cidade de Maputo, um acordo de co-financiamento da segunda fase do projecto de reabilitação do sistema de drenagem da cidade da Beira, província de Sofala, no valor de 33.9 Milhões de euros.

O projecto integra um pacote de resposta às necessidades de curto e longo prazos após a passagem dos ciclones Idai e Kenneth, que assolaram intensamente as províncias de Sofala, Manica, Zambézia e Cabo Delgado, em 2019, exacerbando as vulnerabilidades já existentes.

Foi nesse sentido que o Governo, com o apoio do Banco Mundial, concebeu um pacote que inclui o projecto de emergência e recuperação resiliente, que se concentrou nas necessidades de construção de resiliência a médio e longo prazos para a cidade da Beira e outras áreas afectadas.

“Esta colaboração resultou no acordo de financiamento de cerca de 123 Milhões de dólares para a reabilitação do sistema de protecção costeira e da segunda fase de reabilitação do sistema de drenagem, na cidade da Beira, para o qual o Governo do Reino dos Países Baixos co-financia em 50%, equivalentes a cerca de 30 milhões de dólares norte-americanos para cada um dos dois projectos”, explicou o Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, e frisando que o projecto vai fortalecer a resiliência climática naquela urbe e contribuir para melhorar substancialmente a qualidade de vida da população.

“Este compromisso vital não é apenas uma resposta aos desafios do pôs-ciclone, mas um salto audacioso em direcção à construção de uma Beira resiliente, de um compromisso colectivo o bem-estar das populações”, concluiu Carlos Mesquita.

Por seu turno, a embaixadora do Reino dos Países Baixos em Moçambique, Elsbeth Akkerman, referiu que as obras de reabilitação do sistema de drenagem e protecção costeira vão conferir, à cidade da Beira, maior resiliência contra as inundações causadas pelas chuvas e águas do mar.

“Ambas as obras de infraestruturas são soluções baseadas na natureza. São soluções sustentáveis, que os Países Baixos estão a promover em todo o mundo, pelo que estes projectos são da maior importância para nós”, disse a diplomata, que apelou à operação e manutenção eficazes dos sistemas com vista à maior durabilidade e protecção a longo prazo da população. 

Na ocasião, o presidente do conselho municipal da Beira, Albano Carige, referiu que as obras vão consistir na reabilitação e revestimento do sistema de drenagens, culminando com a construção da segunda bacia de retenção das águas pluviais e uma vala de drenagem de uma extensão de cerca de 12 quilómetros.

Ataques terroristas ditam encerramento de 40 escolas em Chiúre

 


Há pelo menos 40 escolas encerradas no distrito de Chiúre, em Cabo Delgado, devido aos últimos ataques terroristas. Em toda a província há 157 escolas fechadas. Os dados são avançados pelo director provincial de Educação.

Chiúre é um dos últimos distritos que foram atacados pelos malfeitores, o que causou o deslocamento de 67 mil pessoas para Eráti, na província de Nampula. Mas além deste distrito, há outros que têm escolas fechadas, tal como avançou Ivaldo Quincardete, director provincial da Educação, em entrevista à Rádio Moçambique.  

“Neste preciso momento, estão a funcionar 821 escolas. Quer dizer que temos o registo de 157 escolas que neste momento estão fechadas. O distrito com maior enfoque, por enquanto, é Chiúre e nós acreditamos que muito brevemente essas escolas vão retomar ou grande parte delas poderá retomar. A seguir, temos Macomia com 35 escolas que estão fechadas. Esses são os nossos distritos, Mocímboa da Praia ainda tem 19 encerradas, 40 escolas ainda estão a funcionar, destas 59 (existentes em Mocímboa da Praia). Então, os três distritos têm números elevados, os outros têm cinco, duas, nove, Nangade, por aí”, explicou Ivaldo Quincardete.

De acordo com Quincardete, há neste momento, centenas de crianças abrigadas em Nampula, que necessitam de apoio para regressarem à escola.

“Estamos a interagir com os colegas da província de Nampula. Então, temos o controlo de quantos alunos realmente estão em Chiúre. Nós instamos o sector da Educação para ir, in loco, perceber a situação das nossas crianças e fazer o levantamento. Houve um encontro dos nossos parceiros e estão abertos para apoiar as crianças, principalmente na componente de material escolar, porque nós sabemos que elas saíram desprevenidas, e, onde quer que estejam, precisam de cadernos, lápis para poderem estudar.”

Contactado pela STV, Ivaldo Quincardete disse que está em curso um levantamento da situação real na província e prometeu partilhar informações mais actualizadas, nos próximos dias.

Haiti declara toque de recolher enquanto tenta restaurar a ordem após fuga da prisão no fim de semana

 


Um manifestante segura uma bandeira haitiana durante protestos exigindo a renúncia do primeiro-ministro Ariel Henry em Porto Príncipe, Haiti, sexta-feira, 1º de março de 2024

O governo do Haiti declarou estado de emergência e toque de recolher noturno na noite de domingo, em uma tentativa de recuperar o controle das ruas, depois que uma explosão de violência no fim de semana viu membros de gangues armados invadirem as duas maiores prisões do país.

O estado de emergência de 72 horas entrou em vigor imediatamente, uma vez que o governo disse que iria procurar os assassinos, raptores e outros criminosos violentos que teriam escapado da prisão.

“A polícia foi ordenada a usar todos os meios legais à sua disposição para fazer cumprir o toque de recolher e prender todos os infratores”, disse um comunicado do ministro das Finanças, Patrick Boivert, que atua como primeiro-ministro interino.

O Primeiro-ministro Ariel Henry viajou para o estrangeiro na semana passada para tentar obter apoio para uma força de segurança apoiada pelas Nações Unidas para estabilizar o país no seu conflito com grupos criminosos cada vez mais poderosos.

O decreto culminou num fim de semana mortal que marcou um novo ponto baixo na espiral descendente de violência do Haiti. Pelo menos nove pessoas foram mortas desde quinta-feira – quatro delas policiais – enquanto gangues intensificavam ataques coordenados contra instituições estatais em Porto Príncipe. Os alvos incluíam delegacias de polícia, o aeroporto internacional do país e até o estádio nacional de futebol.

Mas o cerco à Penitenciária Nacional no sábado à noite foi um choque até para os haitianos habituados a viver sob a constante ameaça de violência. Quase todos os cerca de 4.000 presos fugiram durante a fuga, deixando as instalações normalmente superlotadas estranhamente vazias no domingo, sem guardas à vista e com sandálias de plástico, roupas e móveis espalhados pelo pátio de concreto. Três corpos com ferimentos de bala jaziam na entrada da prisão.

Em outro bairro, os cadáveres ensanguentados de dois homens com as mãos amarradas nas costas jaziam de bruços enquanto os moradores passavam por barreiras montadas com pneus em chamas.

Entre as poucas dezenas que optaram por permanecer na prisão estão 18 ex-soldados colombianos acusados de trabalhar como mercenários no assassinato do presidente haitiano Jovenel Moïse, em julho de 2021. Em meio aos confrontos de sábado à noite, vários colombianos compartilharam um vídeo implorando por suas vidas.

“Por favor, por favor, ajude-nos”, disse um dos homens, Francisco Uribe, na mensagem amplamente partilhada nas redes sociais. “Eles estão massacrando pessoas indiscriminadamente dentro das celas”.

No domingo, Uribe disse aos jornalistas que entraram tranquilamente nas instalações normalmente altamente vigiadas: “Não fugi porque sou inocente”.

O Ministério das Relações Exteriores da Colômbia pediu ao Haiti que forneça “proteção especial” aos homens.

Na ausência de informações oficiais, os familiares dos reclusos correram para a prisão para ver como estavam os seus entes queridos.

“Não sei se meu filho está vivo ou não”, disse Alexandre Jean enquanto ela percorria as celas em busca de qualquer sinal dele. “Não sei o que fazer.”

A violência na noite de sábado parecia ser generalizada, com vários bairros relatando tiros.

Uma segunda prisão em Porto Príncipe, contendo cerca de 1.400 presos, também foi invadida. Gangues armados também ocuparam e vandalizaram o principal estádio de futebol do país, fazendo um funcionário como refém durante horas, informou a federação de futebol do Haiti em comunicado. O serviço de Internet para muitos residentes caiu quando a principal rede móvel do Haiti informou que uma conexão de cabo de fibra óptica foi cortada durante o tumulto.

No espaço de menos de duas semanas, várias instituições estatais foram atacadas pelas gangues, que coordenam cada vez mais as suas ações e escolhem alvos outrora impensáveis como o Banco Central. Como parte de ataques coordenados por gangues, uatro policiais foram mortos na quinta-feira.

Depois que gangues abriram fogo no aeroporto internacional do Haiti na semana passada, a Embaixada dos EUA disse que estava suspendendo todas as viagens oficiais ao país e na noite de domingo instou todos os cidadãos americanos a partirem o mais rápido possível. A embaixada disse que também cancelaria até quinta-feira todos os compromissos consulares.

O epicentro da última violência no sábado à noite foi a Penitenciária Nacional do Haiti, que detinha vários líderes de gangues. Em meio à troca de tiros, a polícia pediu ajuda.

“Eles precisam de ajuda”, disse um sindicato que representa a polícia numa mensagem nas redes sociais com um emoji “SOS” repetido oito vezes. “Vamos mobilizar o exército e a polícia para evitar que os bandidos invadam a prisão.”

A Polícia Nacional do Haiti tem cerca de 9.000 agentes para fornecer segurança a mais de 11 milhões de pessoas, segundo a ONU. São rotineiramente sobrecarregados e desarmados por gangues, que se estima controlarem até 80% de Porto Príncipe.

Jimmy Chérizier, um ex-policial de elite conhecido como Barbecue, que agora dirige uma federação de gangues, assumiu a responsabilidade pelo aumento dos ataques. Ele disse que o objetivo era capturar o chefe da polícia e os ministros do governo do Haiti e impedir o retorno de Henry.

O primeiro-ministro, um neurocirurgião, ignorou os pedidos de demissão e não comentou quando lhe perguntaram se achava seguro voltar para casa.

⛲ África News 

Cerca de 300 polícias moçambicanos formados para reconhecer atos notariais

 


Nas esquadras de polícia passou a ser possível pedir aos agentes "o simples reconhecimento de assinaturas apostas em requerimentos" e a "autenticação de fotocópias de documentos de identificação".

Quase 300 membros da Polícia da República de Moçambique (PRM) receberam formação para estrear a implementação da aplicação de atos notariais simples gratuitos para a população através de postos policias, disse o Governo.

"Esta nova facilidade já estará disponível para todo cidadão moçambicano", lê-se num documento de balanço de 2023 do Governo moçambicano, concluído nos últimos dias e a que a Lusa teve esta segunda-feira acesso.

"Avançou-se com a implementação do decreto que torna atos notariais simples gratuitos para a população através de postos policias, tendo sido realizada a formação de 296 membros da PRM para o efeito em todo o país", indicou.

As esquadras de polícia e os advogados com carteira profissional passaram a poder certificar atos notariais, como forma de assegurar a simplificação dos atos do notariado, conforme decisão do Governo moçambicano, implementada desde agosto.

Nas esquadras de polícia passou a ser possível pedir aos agentes "o simples reconhecimento de assinaturas apostas em requerimentos" e a "autenticação de fotocópias de documentos de identificação".

Já aos advogados com carteira profissional é agora possível tratar de procurações forenses, procurações de simples poderes de administração de bens móveis e imóveis, atas das reuniões das associações, fundações e sociedades comerciais, contratos promessa e de arrendamento.

Nas esquadras da PRM, esses reconhecimentos só podem ser feitos por um oficial subalterno com pelo menos cinco anos de experiência, com funções de secretaria, devidamente autorizado pelo Comandante da Subunidade e só após frequentar "formação específica" na área dos Registos e Notariado.

⛲ Cm

Inhambane é a principal rota das drogas em Moçambique

 


Procurador-chefe de Inhambane denuncia as rotas do tráfico na região e diz que drogas vindas da Ásia chegam a Moçambique e são distribuídas naquela província. Fragilidades na fiscalização e não só favorecem este cenário.

Segundo as autoridades, os traficantes utilizam também pequenas embarcações para a distribuição dos entorpecentes na região (Foto ilustrativa

Os distritos de Govuro, Inhassoro e Vilankulo, na província de Inhambane, no sul de Moçambique, são apontados como as principais rotas de entrada de drogas no país.

Os entorpecentes saem da Ásia e chegam a Moçambique por via marítima. Os traficantes aproveitam-se da fragilidade da costa moçambicana para colocar as drogas à venda em vários países, utilizando também meios terrestres e aéreos.

A denúncia é do procurador-chefe em Inhambane, Nazimo Mussa.

Segundo o procurador, Inhambane é uma região fértil para o trafico de drogas devido à sua localização geográfica e extensão territorial.

Corredor de drogas

Mussa explica que "grupos de criminosos organizados" trazem as drogas da Ásia e utilizam pequenas embarcações levar os entorpecentes para outros locais. Mas "parte destas drogas é comercializada na nossa província", assegura o procurador.

As drogas são distribuídas a partir de Inhambane para outras regiões moçambicanas e países vizinhos, de acordo com o procurador Nazimo MussaAs drogas são distribuídas a partir de Inhambane para outras regiões moçambicanas e países vizinhos, de acordo com o procurador Nazimo Mussa

As drogas são distribuídas a partir de Inhambane para outras regiões moçambicanas e países vizinhos, de acordo com o procurador 

Caetano Mussacaze, coordenador da organização não governamental Estudantes da Liberdade a nível da África Austral – uma ONG envolvida na causa do combate ao tráfico de drogas –, concorda com o procurador-chefe de Inhambane e diz que a província se tornou uma zona fácil para a entrada de entorpecentes na região.

"Usam a zona de Inhambane porque vêm do norte ou mesmo da África do Sul, entram em Moçambique via Inhambane, o que torna mais fácil até em tráfico de viaturas. Portanto, Inhambane tem esta fragilidade, por isso sofre com este fenómeno do corredor de drogas", considera o ativista.

Fragilidades favorecem o tráfico de drogas

De acordo com o procurador Nazimo Mussa, Moçambique é um dos países africanos que tem fraca cobertura para o combate ao tráfico de drogas, visto que as autoridades da justiça não possuem um grupo de agentes especializados no contexto internacional.

E há outro problema: A maioria dos traficantes detidos no país são libertos em tribunais mediante o pagamento de caução com o Termo de Identidade e Residência. Nazimo diz que isto torna ainda mais difícil o combate ao crime organizado.

"Como forma de reforçarmos ainda o nosso papel no combate as drogas, devemos refletir sobre algumas medidas previstas na lei, como o Termo de Identidade de Residência e caução, permitindo a fuga dos suspeitos e dificultando a responsabilidade nos processos, passando a imagem dos traficantes de drogas que gozam da impunidade", pondera o procurador, que ressalta que, nos últimos cinco anos, houve um aumento do transporte, venda e consumo de drogas na região.

Só na província de Inhambane, 140 pessoas foram detidas em 2023 acusadas de tráfico de drogas. Em 2024, já são mais de 20 detidos.

⛲ Dw

Terroristas assaltam Ilha das Quirimbas e matam dois agentes das FDS

 


Um dia depois de ter ocupado, temporariamente, a vila sede do distrito de Quissanga, os terroristas assaltaram a Ilha das Quirimbas, uma das ilhas do distrito do Ibo. Segundo relatos, os insurgentes assassinaram dois agentes das Forças de Defesa e Segurança.

Dgepois de ter controlado a ilha, de acordo com os habitantes da ilha “eles mataram uma vaca, cozinharam e convidaram algumas pessoas da aldeia para se juntar à refeição”.

“Desde que assaltaram Quirimba, aqui no Ibo as pessoas vivem com medo e as autoridades obrigaram as pessoas a permanecerem dentro de casa por razões de segurança. Ninguém pode sair de casa por ordens das Forças de Defesa e Segurança, porque eles ameaçam vir a Ibo depois de Quirimba”, revelou um habitante da ilha do Ibo.

Apesar de várias tentativas de contacto das autoridades governamentais, tanto a nível distrital, como provincial, O País não conseguiu apurar mais detalhes sobre a situação de segurança na Ilha do Ibo, local que há quase dois dias está sob fortes medidas de segurança devido aos ataques terroristas.

Nampula, Cabo Delgado, Niassa e Zambézia em alerta devido a perturbação tropical

 


As províncias de Nampula, Cabo Delgado, Niassa e Zambézia estarão sob efeito de uma perturbação tropical a partir de hoje, o que vai causar ventos fortes, com rajadas de até 60 quilómetros por hora.


“Adicionalmente, prevê-se a ocorrência de chuvas moderadas a muito fortes nas províncias de Zambézia, Nampula, Cabo Delgado e Niassa”,  acrescenta o INAM, em comunicado.


A situação poderá agitar o mar e gerar ondas com alturas de até quatro  metros entre os paralelos 10 e 20 graus sul.

Chefes do exército da SADC visitam Goma em meio a confrontos entre o exército da RDC e os rebeldes

 


Altos oficiais do exército do bloco regional da África Austral visitaram o leste da República Democrática do Congo no sábado, no meio de combates contínuos entre as tropas governamentais e os rebeldes do M23.

Os chefes do Estado-Maior de Defesa dos países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) realizaram uma reunião de alto nível na cidade de Goma, capital da província de Kivu do Norte, em situação de guerra.

“Tratava-se de avaliar o progresso das operações no terreno e de aperfeiçoar estratégias para as fortalecer”, disse o porta-voz do exército congolês, general Sylvain Ekenge

Acrescentou que a visita dos chefes de gabinete foi “um forte sinal do compromisso e determinação da SADC e do Burundi ao lado da RDC”.

Foi a primeira reunião de coordenação desde o envio de tropas da SADC para Kivu do Norte e ocorreu dois dias depois de veículos blindados da SADC terem sido atingidos durante um ataque M23.

Na sexta-feira, enquanto os generais visitavam a cidade estratégica de Saké, os rebeldes lançaram cinco bombas, matando e ferindo várias pessoas.

“Saudamos a sua presença aqui e pensamos que lhes permitiu compreender a situação, tendo vivido a realidade no terreno em termos de insegurança”, disse Placide Nzilamba, membro da sociedade civil de Goma.

Mas alguns residentes de Goma não tinham a certeza de que a visita pudesse fazer alguma diferença em termos dos combates em curso.

“O futuro do Congo em termos de segurança só pode vir de estratégias internas dadas pelas FARDC (Forças Armadas da República Democrática do Congo) e não pelos países da SADC”, disse Muisa Christian.

O M23, com alegadas ligações ao Ruanda, lançou uma ofensiva em 2021 e desde então capturou grandes áreas da província do Kivu do Norte, forçando as pessoas a fugirem das suas casas.

As organizações humanitárias temem uma nova crise humanitária na região, uma vez que o seu avanço ameaça isolar a cidade de Goma e deixar milhões de pessoas a lutar por alimentos e ajuda médica.

A parte oriental da RDC tem sido assolada pela violência de grupos armados locais e estrangeiros há quase 30 anos.

⛲ África News 

Paramilitares travam rapto de jovem em Cabo Delgado

 


Província tem registado, há algumas semanas, novas movimentações e ataques de grupos rebeldes.

O conjunto paramilitar localmente designando Nampharamas travou o rapto de um jovem por grupos supostamente terroristas em Ancuabe, na província moçambicana de Cabo Delgado, avançaram à Lusa fontes da comunidade.

O episódio terá ocorrido por volta das 11h00 (09h00 em Lisboa) de quinta-feira, na aldeia de Nicunhete, no interior de Sunate (Silva Macua), distrito de Ancuabe, quando a vítima trabalhava num campo agrícola.

"Os terroristas queriam raptar um jovem na sua machamba, mas os Nampharamas o salvaram. Um residente local viu o grupo a abordar o jovem e foi rapidamente alertar a comunidade. Os Nampharamas fizeram-se ao local e os grupos rebeldes fugiram, abandonado a vítima", disse à Lusa uma fonte a partir de Sunate (Silva Macua).

No distrito de Ancuabe, a 105 quilómetros da capital provincial (Pemba), as comunidades de Missufine e Intutupue tem alertado para a "movimentação estranha" de grupos desconhecidos.

"Há movimentação, sim, até porque agora fazemo-nos à machamba em grupos", declarou outra fonte daquela comunidade, lembrando que desde 2021, quando os rebeldes atacaram a comunidade de Nanduli, os moradores de Ancuabe vivem "apreensivos" face à novas movimentações destes grupos em Cabo Delgado.

Os Nampharamas são paramilitares moçambicanos que surgiram na década de 80, durante a guerra civil, aliando conhecimentos tradicionais e elementos místicos no combate aos inimigos, atuando em comunidade.

Após vários meses de relativa normalidade nos distritos afetados pela violência armada em Cabo Delgado, a província tem registado, há algumas semanas, novas movimentações e ataques de grupos rebeldes, que têm limitado a circulação para alguns pontos nas poucas estradas asfaltadas que dão acesso a vários distritos.

Dados oficiais indicam que a nova vaga de ataques em resultado das movimentações obrigou 67.321 pessoas a fugirem das suas terras de origem, incursões justificadas pelo executivo moçambicano como resultado da "movimentação de pequenos grupos de terroristas" que saíram dos seus quartéis em direção ao sul de Cabo Delgado, após um período de relativa estabilidade.

A província de Cabo Delgado enfrenta há seis anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de 2021, com o apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul da região.

O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o Projeto de Localização de Conflitos Armados e Dados de Eventos.

⛲ Cm