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segunda-feira, 8 de julho de 2024

FNB nomeia novo Presidente do Conselho de Administração

 


Sérgio Chitará foi indicado para um mandato de 04 anos e substitui o sul-africano John Macaskill no cargo de Presidente do Conselho de Administração do FNB Moçambique. Com uma longa experiência profissional, Sérgio Chitará dedicou-se nos últimos 20 anos à gestão de entidades privadas com destaque para a Vale Moçambique e o projecto da USAID – Speed+.

Sérgio Chitará gestor da área de sustentabilidade e Country Manager da Vale Moçambique (Mineradora Brasileira multinacional) e das Empresas do Corredor Logístico de Nacala incluindo o Malawi, tendo sido responsável por conduzir a transmissão dos activos da Vale em Moçambique e Malawi para o novo accionista Vulcan Resources, subsidiária da empresa Indiana Jindal.


Trabalhou como gestor nos sectores público e privado, com destaque para a função de Director Executivo da CTA na gestão de processos de melhoria do Ambiente de Negócios e como Director Nacional de Floresta e Fauna Bravia no Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, particularmente envolvido em actividades de reflorestamento e conservação do meio ambiente.

É Engenheiro Florestal formado pela Universidade Eduardo Mondlane, com um “MBA” pela Bradford University e um mestrado em tecnologias de indústrias florestais pela Bangor University em North Wales, ambos no Reino Unido.

Profissional com bastante experiência na gestão empresarial, Sérgio Chitará irá contribuir para a grande jornada de transformação do FNB, centrada na promessa de evolução, na excelência dos serviços que presta, na experiência do Cliente e na digitalização.

“Encontro um FNB que está num processo de mudança notável. No ano passado, mudámos a nossa imagem, tornando-a mais moderna e lançámos os nossos canais digitais. Estamos centrados nos nossos Cliente e temos uma responsabilidade para com eles e queremos garantir que através dos nossos serviços e das nossas plataformas, cumprimos com a nossa promessa de ajudar. Estou feliz em poder contribuir para o crescimento do FNBM”, refere Sérgio Chitará.

Num período em que o mundo está a viver as mais profundas preocupações económicas e geopolíticas, a uma série de choques climáticos consecutivos um ambiente macroeconómico cada vez mais complexo. “ De um modo geral, a economia tem-se revelado resiliente e está a seguir o caminho certo para um desenvolvimento sustentável e próspero. Apesar destes desafios, o FNB tem tido um desempenho satisfatório e estou confiante de que continuaremos a ser sólidos e relevantes para os nossos clientes, colaboradores e accionistas”, afirma Sérgio Chitará.

Com uma gestão também centrada nas pessoas, Sérgio Chitará acrescenta “ acredito que uma organização não pode ser bem sucedida sem profissionais competentes, motivados e engajados, sermos uma equipa que trilha o caminho com uma mesma visão. A nossa estratégia passa também por criar um ambiente de trabalho em que os colaboradores possam ter espaço para criar, inovar e trazer soluções que respondam as necessidades dos nossos Clientes.”

⛲ Evidências 

Moçambique, Botswana e Zimbabwe tentam viabilizar Porto de Techobanine



Moçambique, Botswana e Zimbabwe vão assinar, na próxima sexta-feira, em Maputo, novos acordos para a operacionalização do Projecto Integrado do Porto de Techobanine, encalhado há quase 15 anos.

Trata-se de um projecto orçado em 6,5 mil milhões de dólares, para a construção de um porto de águas profundas em Techobanine, distrito de Matutuine, e uma linha férrea de 1700 quilómetros ligando Moçambique, Zimbabwe e Botswana, que está em cima da mesa desde 2010, por falta de financiamento.

Esta segunda-feira, após a oitava comissão mista de cooperação entre Moçambique e Botswana, a ministra dos Negócios Estrangeiros, Verónica Macamo, fez saber que até sexta-feira os três países envolvidos vão assinar um acordo que pode finalmente tirar o projecto do papel.

“Eu penso que é desta vez, porque já se falou muito, mas nunca se fez assinatura de um acordo tripartido. Isso é importante porque, se estivermos atentos, este projecto precisa de muita sinergia e mobilização de recursos e, agora, os três países vão estar a colaborar para que efectivamente o projecto possa acontecer”, disse a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo.

No encontro mantido esta segunda-feira, os dois países propuseram acordos que visam elevar a qualidade de vida dos dois povos.

“Vamos efectivamente assinar instrumentos muito importantes para impulsionar não só as relações entre os nossos povos. Decidimos que queríamos elevar as relações económicas, políticas e diplomáticas. Precisamos de dar uma vida melhor aos nossos concidadãos”, afirmou Verónica Macamo.

Para o efeito, esta quarta-feira, o Presidente do Botswana vai realizar uma visita de Estado a Moçambique, durante a qual serão assinados memorandos de entendimento negociados neste encontro. Os acordos estão relacionados à “política, democracia, área jurídica, defesa e segurança, área económica, área social e cultural”, segundo explicou a ministra.

Não obstante a assinatura dos acordos, o mais importante é a operacionalização dos mesmos, defende o ministro dos Negócios Estrangeiros do Botswana.

“O que é mais importante, além de assinar, é a implementação dos acordos, porque eles são importantes para o desenvolvimento dos povos entre os dois países”, defendeu o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação do Botswana, Lemogang Kwape.

Serão, ao todo, oito os acordos a serem rubricados durante a visita de Mokgoetsi Masisi a Moçambique.

⛲ O país 

Luísa Diogo aponta Porto de Maputo como um caso de sucesso de Parceria Público-Privada

 


A antiga primeira-ministra, Luísa Diogo, apontou, há dias, o Porto de Maputo, concessionado à Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC), como um dos casos de sucesso de Parcerias Público-Privadas (PPP). Falando durante a primeira Conferência sobre as PPP, havida em Maputo e organizada pela Revista Business & Legal, Diogo apontou outros casos, como o porto da Beira, de Nacala e a Estrada Número Quatro (EN4), concessionados à Cornelder, Portos do Norte e a Trans African Concessions (TRAC), respectivamente.

Explicando o contexto, em que as referidas parcerias surgiram, a economista e antiga governante disse que foi preciso ir para fora do país procurar exemplos, numa altura em que escasseavam modelos ou referências, dinheiro e legislação, bem como quadros nacionais qualificados para a materialização das PPP.

“Fomos procurar exemplos para saber como é que os outros fizeram. Na altura, não tínhamos legislação. Estabelecíamos comissões ad hoc, chamávamos task force. Essas parcerias que vocês vêem, como Porto de Maputo, da Beira, Nacala, foram criadas na base de task force”, disse Diogo.

Entretanto, a fonte disse que houve PPP que não avançaram, quando os membros do Governo em que fazia parte se apercebiam de que os projectos não estavam a surtir efeitos previstos. “Recuávamos, porque tínhamos a consciência de ter razão. Sentávamos, debatíamos, avaliávamos e por fim dizíamos não. Fizemos isso com a Linha-férrea de Sena”, disse Diogo.

Para a economista, as PPP surgiram para colmatar as necessidades de que o Estado moçambicano passava para cumprir com as suas obrigações, principalmente no que toca ao desenvolvimento do país. “A partir de 1994, o contexto em que o país se encontrava era de necessidades, de escassez, de défice fiscal e dívida externa insustentável. Não tínhamos técnicos suficientes. Mas mesmo assim avançamos para vários projectos de PPP, uns tiveram sucesso, a maioria (outros não), e há grandes exemplos, como o Porto de Maputo, a EN4 gerida pela TRAC, mas é preciso mais”, apontou Diogo.    

Perante empresários e gestores públicos de nível central e municipal, a antiga Ministra de Planificação e Finanças desafiou os membros do governo presentes a saber negociar os contratos de PPP. “Em negociações não pode haver dogmas. O grande dogma é deixar o país com um subdesenvolvimento e o índice da pobreza estar a subir de 46% para 68%, de 2015 a 2020. Vocês estão numa boa altura para fazer excelentes PPP”, afirmou Diogo.

Além disso, para a também Presidente do Conselho de Administração do Absa Bank Moçambique, na hora de negociar contratos de PPP, é preciso saber definir a duração, podendo ser de curto ou longo prazo, mas tendo sempre ciente os custos e benefícios. “É preciso olhar para o período de concessão e de recuperação de investimento, que deve corresponder à capacidade de o Orçamento do Estado poder vir a suportar o projecto, sem o parceiro privado”, disse a fonte.

As PPP são reguladas pela Lei 15/2011 de 10 de Agosto que regula as PPP, bem como o seu regulamento aprovado pelo Decreto 16/2012 de 04 de Junho. O objectivo desta lei é estabelecer regras para o processo de contratação, execução e acompanhamento de PPP, Projectos de Grande Dimensão e Concessões Empresariais. (Evaristo Chilingue)

⛲ Cartamoz 

Venâncio Mondlane defende canalização da riqueza para os moçambicanos

 


O candidato presidencial Venâncio Mondlane, em pré-campanha eleitoral na província de Cabo Delgado, defendeu que a riqueza do país deve beneficiar a todos os moçambicanos. A candidatura de Mondlane é apoiada pela Coligação Aliança Democrática (CAD).

O aspirante à Ponta Vermelha escalou este domingo (07) o posto administrativo de Murrébué, no distrito de Mecufi, onde lançou duras críticas contra a actual governação da FRELIMO, apontando que desde a independência implementa políticas que beneficiam a si própria, ao invés da população.

Indicou que o seu projecto de governação, cujo pré-manifesto foi lançado na capital do país na semana passada, está virado para melhoria das condições de Saúde, Educação, entre outras áreas.

Em Murrébué, terra natal do actual governador da província de Cabo Delgado e cabeça-de-lista da FRELIMO para o próximo mandato, Venâncio Mondlane também assumiu o desafio de melhorar o sector pesqueiro.

"Queremos que a riqueza de Cabo Delgado sirva em primeiro lugar a própria província e não Maputo. A vossa riqueza não deve ser apenas fama de que a província é rica. Essa riqueza deve-se refletir na sua casa, quando você acorda de manhã e no seu bolso".

Questionado sobre a suposta tentativa da CNE de chumbar a candidatura da CAD às legislativas e provinciais, Venâncio Mondlane disse que as pessoas que querem fazer isso vão se desaconselhar porque não seria uma boa decisão.

No seu périplo pela província de Cabo Delgado, Mondlane já trabalhou em Murrébué, distrito de Mecufi, em Miezi, distrito de Metuge e na Vila de Chiúre, onde igualmente atraiu muitos simpatizantes.

Mãe e filha morrem por asfixia na Matola

 


Mãe e filha morreram, enquanto dormiam, durante a madrugada deste domingo, no bairro Ndlavela, Município da Matola.

O facto aconteceu quando, na noite de sábado, depois que a mãe terminou de cozinhar, ter fechado as portas e as janelas da sua casa, com o fogão a carvão aceso, como forma de se aquecer por conta do frio.

O quarto não tem ventilação, as janelas são de madeira e estava tudo fechado.

Elas viviam numa casa de renda no bairro Ndlavela, Município da Matola.

Quem descobriu a morte foi uma menina de 12 anos, filha e irmã das vítimas. Ela tentou acordá-las, mas as finadas não reagiram.

A polícia esteve no local para remover os corpos e fazer uma investigação do sucedido.

“O País” sabe que há menos de uma semana um caso igual foi registado na Matola 700, também no município da Matola.

Cólera continua a fazer vítimas mortais em Ressano Garcia


Estão a aumentar os casos de cólera em Ressano Garcia, na Província de Maputo, onde, desde a semana passada, houve registo de uma morte no hospital local e outra na comunidade.

A cólera, também conhecida como a doença de mãos sujas, é transmitida pela ingestão da água ou alimentos contaminados pelo vibrião colérico, e é isso que está a acontecer em Ressano Garcia, no distrito de Moamba. O hospital local tem, neste momento, 14 internados. A reportagem do jornal O País conversou com um dos internados naquele hospital, que contou que tudo começou depois de ter bebido água do rio.

“No sábado, fui ao serviço para depois sair às 12 horas, consegui ir ao serviço e não consegui regressar à casa. Carregaram-me para cá e, quando chego aqui, estava cheia esta sala toda de pessoas daquela zona, eram todos vizinhos doentes.”

Na enfermaria ao lado, um outro homem de aparentemente 30 anos de idade, estava em recuperação, depois de ter dado entrada no hospital com cólera.

“Isto está a ser causado pela água do rio. Estamos todos a passar mal com a situacão.”

Os técnicos de saúde esforçam-se para controlar a doença que, desde a semana passada, está a contaminar mais pessoas e a causar preocupação na pequena comunidade de Ressano Garcia.

“Há mortes, muitas mortes, e já estamos cansados disto e apelamos às autoridades para levarem a sério este problema.”

As populações estão, supostamente, a defecar no rio, onde, para além de lavar a roupa e outros utensílios, a água serve para a ingestão.

As autoridades de saúde já fizeram exames e, os resultados, comprovam a existência de cólera na água. Aulina Simão, médica-chefe distrital, confirmou ao Jornal O País que há cólera naquele posto administrativo.

“Como área de saúde, o entendimento que nós temos é que fizemos exames da água em vários pontos do rio e detectámos que está água tem vibrião colérico. Neste âmbito nós estamos a trabalhar com a comunidade para fazerem o tratamento da água antes do consumo. Nós confirmamos a morte e não temos conhecimento de mortes ocorridas fora do hospital.”

Ainda assim, a comunidade diz que há mortes a ocorrerem fora do hospital, sem o conhecimento das autoridades de saúde.

⛲ O país 

domingo, 7 de julho de 2024

Dívidas Ocultas: Envolvidos serão responsabilizados apesar de novo acordo extrajudicial

 


A Procuradoria-Geral da República de Moçambique considerou ontem que o novo acordo extrajudicial com três bancos, incluindo o português BCP, no litígio em Londres sobre as dívidas ocultas não impede as autoridades de responsabilizarem os envolvidos no escândalo.

“O acordo não afeta as ações em curso visando a responsabilização criminal das pessoas singulares e coletivas, nacionais e estrangeiras, de cujos atos ilícitos resultaram a contração das dívidas não declaradas e a emissão das garantias correspondentes”, lê-se numa nota de reação enviada hoje à Lusa.

Em causa estão críticas levantadas pelo Centro para a Democracia e Desenvolvimento (CDD), organização não-governamental (ONG) moçambicana, que considerou que o acordo sobre o caso das dívidas ocultas, anunciado na segunda-feira, com três credores prejudica o Estado para proteger líderes da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder.

“Tendo em conta o não reconhecimento das dívidas (declaradas nulas pelo Conselho Constitucional), o CDD entende que a posição do Governo de entrar em negociações com os credores é contraditória e prejudica o Estado de direito democrático”, refere-se num comunicado distribuído pela organização.

Na nota de reação enviada à Lusa, o Ministério Público moçambicano, representante do Estado no tribunal de Londres, reitera que, embora se trate de um “processo complexo e sinuoso”, as autoridades estão a trabalhar para que a “legalidade seja reposta”, lembrando que Moçambique tem responsabilidades internacionais.

Durante a conferência de imprensa de anúncio do acordo na segunda-feira, o procurador-geral Adjunto Ângelo Matusse explicou que o trabalho do CC sobre dívidas ocultas não era suficiente para “anular o fardo que o Estado moçambicano carregava e cujo tratamento estava entregue aos tribunais estrangeiros, designadamente ingleses”.

“É preciso compreender que a jurisdição do CC se estende dentro das fronteiras do território moçambicano. Estes contratos têm cláusulas, primeiro, de direito aplicável e foro competente. Quer o direito aplicável assim como o foro competente são ingleses”, frisou durante a conferência de imprensa Ângelo Matusse, acrescentando o CC “fez o seu trabalho e este trabalho apoio as investigações internas”.

O novo acordo extrajudicial foi alcançado com três bancos, incluindo o português BCP, prevendo a redução da “exposição do Estado” de 1,4 mil milhões de dólares (1,3 mil milhões de euros) para 220 milhões de dólares (204,5 milhões de euros), anunciou o ministro da Economia e Finanças durante a conferência de imprensa.

 Trata-se do Banco Comercial Português (BCP), que só participou no empréstimo à empresa MAM, o VTB Capital Plc (intervencionado) e o antigo VTB Bank Europe, num litígio que corre no Tribunal de Londres desde fevereiro de 2019.

 “A resolução extrajudicial reduz a exposição do Estado para 220 milhões de dólares, ou seja, um corte de 84% do total da reivindicação dos bancos [e de 66% do capital]”, disse Tonela, na conferência de imprensa de anúncio do acordo.

 Este é o segundo acordo extrajudicial no âmbito deste caso.

 Moçambique anunciou anteriormente que pagou 130 milhões de dólares (119,1 milhões de euros) a instituições financeiras no âmbito do acordo extrajudicial com o Credit Suisse para terminar uma disputa no Tribunal Comercial de Londres sobre o caso das “dívidas ocultas”.

O julgamento em curso é o culminar de quase quatro anos de litígio na Justiça britânica, à qual o país africano recorreu alegando corrupção, conspiração para lesar por meios ilícitos e assistência desonesta para anular dívidas e reclamar compensação financeira no valor de milhões de dólares.

Moçambique exige 3,1 mil milhões de dólares (2,8 mil milhões de euros) por danos, compensação e indemnização ao grupo naval Privinvest e ao proprietário, Iskandar Safa, os quais acusa de pagar subornos a funcionários públicos, incluindo o antigo ministro das Finanças Manuel Chang, que assinou as garantias soberanas sobre os empréstimos.

O escândalo das dívidas ocultas remonta a 2013 e 2014, quando o então ministro das Finanças, Manuel Chang, detido agora nos Estados Unidos, aprovou, à revelia do parlamento, garantias estatais sobre os empréstimos da Proinducus, Ematum e MAM aos bancos Credit Suisse e VTB.

Descobertas em 2016, as dívidas foram estimadas em cerca de 2,7 mil milhões de dólares (cerca de 2,55 mil milhões de euros), de acordo com valores apresentados pelo Ministério Público moçambicano.

Milhares desfilam em Barcelona contra o excesso de turismo

 


Milhares de pessoas manifestaram-se hoje em Barcelona contra o turismo excessivo na capital catalã, que recebe anualmente milhões de visitantes, demonstração de uma revolta crescente em Espanha, segundo destino turístico no mundo.

Com palavras de ordem como “Basta! Ponham limites ao turismo”, cerca de 2.800 manifestantes, de acordo com a polícia, desfilaram para exigir uma mudança de modelo económico para a cidade, a mais visitada em Espanha.

“Não temos nada contra o turismo, mas contra o excesso de turismo sim, porque torna a cidade inabitável”, explicou Jordi Guiu, sociólogo barcelonês de 70 anos.

Atrás de uma faixa onde se lia “reduzam o turismo agora!”, os manifestantes desfilaram entoando palavras de ordem como “turistas fora dos nossos bairros” e pararam em frente a alguns hotéis, para surpresa dos visitantes.

deOs críticos do turismo excessivo denunciam principalmente o seu efeito no preço da habitação – as rendas aumentaram 68% na última década, segundo a câmara de Barcelona – mas também as consequências nefastas no comércio local, no ambiente e condições de trabalho dos trabalhadores locais.

“Os negócios locais fecham para dar lugar a um modelo comercial que não corresponde às necessidades do bairro. As pessoas não podem pagar as rendas, têm que sair”, queixou-se Isa Miralles, música de 35 anos que vive no bairro de Barceloneta.

Barcelona recebeu no último ano mais de 12 milhões de turistas, segundo dados da autarquia.

Para facilitar o acesso à habitação dos locais, a câmara municipal anunciou recentemente a intenção de acabar com o alojamento local até 2029.

Das ilhas Baleares às Canárias, passando por grandes cidades turísticas da Andaluzia como Málaga, os movimentos hostis ao turismo excessivo estão a multiplicar-se em Espanha.

Segundo destino turístico mundial, atrás de França, Espanha recebeu no ano passado um recorde de 85,1 milhões de turistas estrangeiros.

A região mais visitada foi a Catalunha, com 18 milhões de visitantes, seguida das Baleares, com 14,4 milhões, e as ilhas Canárias, com 13,9 milhões.

O turismo representa 12,8% do PIB de Espanha e 12,6% dos empregos.

⛲ Lusa

"Situação é caótica" no Sistema Nacional de Saúde moçambicano



A Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM) classificou hoje a situação no sistema nacional como caótica, alertando que os profissionais, em protestos constantes nos últimos meses, estão a operar sem condições.

"Situação é caótica" no Sistema Nacional de Saúde moçambicano

"Faltam medicamentos para doenças como malária e hipertensão arterial. Eu posso mencionar um exemplo recente do que aconteceu na Beira [província de Sofala], em que utentes foram à televisão para denunciar a falta de reagentes para fazer hemodiálise, o que consideramos gravíssimo", disse a secretária-geral da APSUSM, Sheila Chuquela, em entrevista à Lusa.

Aquele organismo, que abrange cerca de 65.000 profissionais de saúde de diferentes departamentos do Sistema Nacional de Saúde, exceto os médicos, reivindica, há mais de um ano, melhores condições de trabalho, exige o pagamento de horas extraordinárias, além de um melhor enquadramento no âmbito da implementação da nova Tabela Salarial Única.

A associação chegou a paralisar as atividades por diversas vezes e, há uma semana, anunciou a prorrogação da suspensão de uma greve que tinha sido convocada em finais de maio, resultado de negociações com o Governo, mas alerta que a situação continua caótica no Sistema Nacional de Saúde.

"A situação continua difícil para nós porque trabalhamos sob forma de improviso, são muitos remendos que temos de fazer que é para conseguir prestar o mínimo de atendimento adequado (...) Se um hospital grande como o [Central] da Beira não tem condições, existem tantas outras coisas que não são reportadas, então imagina o que acontece nas unidades sanitárias distritais ou centros de saúde (rurais)? A situação é triste e lamentável", considerou Chuquela, profissional de saúde há quase 12 anos.

Entre outros aspetos, a associação exige que o Governo providencie medicamentos aos hospitais, que têm, em alguns casos, de ser adquiridos pelos pacientes, a aquisição de camas hospitalares, a resolução do problema da "falta de alimentação", bem como o equipamento de ambulâncias com materiais de emergência e equipamentos de proteção individual não descartável, cuja falta vai "obrigando os funcionários a comprarem do seu próprio bolso".

"Não temos gessos em muitas unidades sanitárias, [falta] medicação e temos visto casos que o paciente recebe uma receita hospitalar, mas quando vai à farmácia não há medicação. Então está um caos, não conseguimos ver melhorias", afirmou Rossana Zunguze, profissional de saúde há 10 anos e membro da APSUSM.

A organização alerta para a possibilidade de uma nova paralisação face à alegada falta de vontade do Governo em resolver a situação, acusando o Ministério da Saúde em alguns pontos do país de estar a "perseguir os grevistas", com cortes salariais e transferências arbitrárias nas províncias de Gaza, Maputo, Inhambane, no Sul, e Nampula, no Norte.

"Temos colegas que [devido aos cortes] só receberam 100 meticais (1,45 euros) e são esses que têm de ir trabalhar. Como vão se movimentar às suas unidades sanitárias para prestar serviços de saúde", questionou Rossana Zunguze, considerando que a associação pondera, até, recorrer ao Tribunal Administrativo para resolver este problema.

Em 28 de maio, a associação anunciou a suspensão da greve que durava há quase um mês por 30 dias, após conversações com o Governo, avançando, na altura, que estavam a ser cumpridos "alguns pontos de revindicações", entre os quais a resolução das irregularidades no pagamento de subsídios, a compra de equipamentos médicos e o reenquadramento definitivo dos profissionais na Tabela Salarial Única.

O Sistema Nacional de Saúde moçambicano enfrentou, nos últimos dois anos diversos momentos de pressão, provocados por greves de funcionários, convocadas, primeiro, pela Associação de Médicos Moçambicanos, contra cortes salariais e falta de pagamento de horas extraordinárias, e depois pela APSUSM, que exige melhores condições de trabalho também para outros profissionais.

O país tem um total de 1.778 unidades de saúde, 107 das quais são postos de saúde, três são hospitais especializados, quatro hospitais centrais, sete são gerais, sete provinciais, 22 rurais e 47 distritais, segundo dados do Ministério da Saúde a que a Lusa teve acesso.

⛲ Ao minuto 

Cientistas ressurgem após um ano em projeto de simulação de Marte

 


As duas mulheres e os dois homens passaram os últimos 378 dias no habitat Mars Dune Alpha de Houston, projetado para imitar as condições do Planeta Vermelho. Eles passaram o ano conduzindo "Marswalks" e operando sob "estressores adicionais".

O vice-diretor da NASA, Kjell Lindgren (centro), fala enquanto os membros voluntários da tripulação (da esquerda para a direita) Kelly Haston, Ross Brockwell, Nathan Jones e Anca Selariu saem da Mars Dune Alpha em 6 de julho de 2024.

Depois de um ano, quatro cientistas nos Estados Unidos encerraram no sábado um experimento que simulava vida em Marte .

Sob aplausos, os quatro voluntários deixaram a sonda Mars Dune Alpha, construída pela NASA , onde passaram os últimos 378 dias completamente isolados do mundo exterior.

A estrutura de 160 metros quadrados no Johnson Space Center em Houston foi projetada para imitar as condições do Planeta Vermelho. O habitat é uma instalação impressa em 3D, completa com quartos, uma academia, áreas comuns e uma fazenda vertical para cultivo de alimentos.

A estrutura também conta com uma área externa, separada por uma câmara de descompressão. O espaço é preenchido com areia vermelha e é onde a equipe vestiu os trajes para conduzir suas "Marswalks".

O que os cientistas fizeram?

Anca Selariu, Ross Brockwell, Nathan Jones e a líder da equipe Kelly Haston passaram o último ano cultivando vegetais, realizando "caminhadas em Marte" e operando sob o que a NASA chama de "fatores estressantes adicionais".

Isso incluía atrasos na comunicação com a "Terra", incluindo suas famílias; isolamento; e confinamento.

Ao deixarem o habitat no sábado, os quatro voluntários estavam visivelmente emocionados.

"Podemos fazer essas coisas juntos", disse Brockwell. "Podemos usar nossos sentidos de admiração e propósito, para alcançar paz e prosperidade e desbloquear conhecimento e alegria para o benefício de todos em todas as partes do planeta Terra", acrescentou.

Que missões de exploração espacial nos aguardam em 2024?

Qual é o objetivo da missão?

A missão foi a primeira de uma série chamada Crew Health and Performance Exploration Analog (CHAPEA). Seu objetivo é ajudar a NASA a se preparar para enviar humanos de volta à Lua e, um dia, a Marte.

Julie Kramer, diretora de engenharia da NASA, disse que o projeto "nos dá a oportunidade de aprender todas essas coisas críticas sobre esses sistemas complexos, e isso tornará a ida e volta a Marte muito mais segura".

Missões CHAPEA adicionais estão planejadas para 2025 e 2027, ela disse.

Uma missão de um ano para simular a vida em Marte ocorreu em um habitat no Havaí em 2015-2016. A NASA participou, mas não liderou a missão.

Como parte do programa Artemis, os EUA planejam enviar humanos de volta à Lua para aprender como viver lá a longo prazo. Isso ajudará a preparar uma viagem a Marte em algum momento no final da década de 2030.

⛲ Dw