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terça-feira, 26 de abril de 2022

"Temos uma guerra que nunca teria acontecido se eu fosse presidente"


Trump considerou que o “mundo ficará em pedaços” devido à gestão de Joe Biden, atual presidente dos EUA, e de outros líderes mundiais no conflito entre a Ucrânia e a Rússia, escreve o Noticias ao Minuto.

Donald Trump afirmou, na segunda-feira, que a guerra na Ucrânia “nunca teria acontecido” se ainda fosse presidente dos Estados Unidos da América (EUA) - cargo que exerceu entre 2017 e 2021 - e revelou que ameaçou o presidente russo, Vladimir Putin, “como ele nunca foi ameaçado antes”.

Em entrevista ao programa ‘Piers Morgan Uncensored’, o republicano concordou com o apresentador britânico na opinião de que Putin é um “monstro genocida” e que a guerra na Europa é “terrível”.

Quando questionado sobre conversas que teve com o presidente russo enquanto estava na liderança dos EUA, Trump frisou que o ameaçou “como ele nunca foi ameaçado antes”. “Temos uma guerra que nunca teria acontecido se eu fosse presidente”, frisou.

“Vamos ficar envergonhados com o que fizemos ou que não fizemos para impedir esta catástrofe. Isto é uma catástrofe. De certa forma, isto já é uma guerra mundial”, acrescentou.

O milionário considerou ainda que o “mundo ficará em pedaços” devido à gestão de Joe Biden, atual presidente dos EUA, e de outros líderes mundiais no conflito entre a Ucrânia e a Rússia.

“Há um monte de gente estúpida a liderar”, disse Trump, que acrescentou que se os líderes mundiais “não forem inteligentes, podemos acabar numa guerra nuclear”.

“Isto é o começo. Tenho sido o melhor preditor de coisas de todos os tempos. Não precisa de acontecer. Acho que estão a lidar com ele [Putin] de forma incorreta. É como se estivessem com medo, só temos uma arma que pode destruir tudo”, considerou.

Já questionado sobre como “lidaria” com Putin se ainda fosse presidente, Trump respondeu: “Diria-lhe que ‘temos muito mais [armas nucleares] do que tu, somos muito mais poderosos do que tu e tu não podes usar essa palavra nunca mais. Não podes usar a palavra nuclear muito mais. E se fizeres isso, teremos problemas.’”

Trump criticou Putin por usar a “palavra com N”, referindo-se às armas nucleares e não ao insulto racista. “Chamo a isso a ‘palavra com N’. Ele usa a ‘palavra com N’, a palavra nuclear, o tempo todo. Isso é um não. Não deveria fazer isso”, explicou.

Sobre ter referido, um dia antes da invasão da russa na Ucrânia, que o movimento militar de Vladimir Putin era de “génio”, Trump esclarece agora que mudou a sua opinião quando o presidente russo invadiu o país vizinho.

“Quando ele reuniu os soldados na fronteira, eu disse que era uma jogada muito inteligente e brilhante, porque pensei que ele estava a negociar. Quando ele entrou [na Ucrânia], disse que já não era um movimento brilhante”, afirmou.

Ao 62.º dia da invasão russa da Ucrânia, pelo menos dois mil civis morreram, segundo dados apurados pela Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.


Fonte:FM

PR Nyusi visita a partir de amanhã à República do Uganda

 


O Presidente da República, inicia amanhã uma visita de Estado de 3 dias à República do Uganda, a convite do seu homólogo, Yoweri Museveni.

A visita do Chefe de Estado a Uganda visa fortalecer e aprofundar os laços solidariedade, amizade e de cooperação bilateral, indica um comunicado na posse da Folha de Maputo.

No Uganda, Filipe Nyusi e Yoweri Museveni vão, entre outros assuntos de interesse comum, manter conversações oficiais e troca de impressões sobre a situação política e económica dos dois países, no reforço da cooperação económico-empresarial.

Na deslocação a Uganda, o Presidente da República far-se-á acompanhar pela Esposa, Isaura Nyusi, e pelos ministros dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo; da Indústria e Comércio, Silvino Moreno; dos Combatentes, Josefina Mpelo; o vice-ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Olegário Banze; secretário de Estado da Juventude e Emprego, Osvaldo Petersburgo; alto-comissário de Moçambique no Quénia, Jerónimo Chivavi e Deputados da Assembleia da República. 


Fonte:Folha de Maputo

Rússia alerta para "perigo real" de conflito degenerar na III Guerra Mundial

 


A Rússia garantiu que deseja continuar as negociações de paz com a Ucrânia, alertando para o "perigo real" de o conflito se transformar na III Guerra Mundial, um dia após a visita dos ministros norte-americanos a Kiev.

No dia em que o exército russo anunciou ter atingido cerca de cem alvos na Ucrânia, incluindo instalações ferroviárias no centro do país, o chefe da diplomacia russa, Sergueï Lavrov, acusou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de "fingir" para discutir com Moscovo.

"É um bom ator (...), se olhar com atenção e ler atentamente o que ele diz, encontrará mil contradições", afirmou Lavrov, citado pelas agências de notícias russas.

"Mas, continuamos a conduzir negociações com a equipa [ucraniana] e esses contactos continuarão", disse.

No meio de tensões sem precedentes entre Moscovo e o Ocidente, devido à guerra na Ucrânia, Lavrov alertou para o risco de uma Terceira Guerra Mundial.

"O perigo é sério, é real, não podemos subestimá-lo", considerou.

Estas declarações foram feitas um dia depois da visita a Kiev do Secretário da Defesa, Lloyd Austin, e do Secretário de Estado, Antony Blinken, dos Estados Unidos, onde se reuniram com Zelensky. A visita foi a primeira de governantes norte-americanos depois do início do conflito, em 24 de fevereiro.

No regresso da viagem, Lloyd Austin, considerou que a Ucrânia pode vencer a guerra contra a Rússia, se tiver o equipamento e o apoio certos.

"A primeira coisa para ganhar é acreditar que se pode ganhar. E eles [ucranianos] estão convencidos de que podem ganhar", disse hoje o Secretário da Defesa norte-americano, em declarações a jornalistas.

Zelensky entregou aos representantes dos Estados Unidos um plano de ação para fortalecer as sanções contra a Federação Russa elaborado pelo grupo internacional de especialistas Yermak-McFaul, que foi criado por iniciativa do próprio Presidente ucraniano.

Em particular, este plano propõe uma extensão das sanções contra a Rússia, de forma a incluir o petróleo e gás, transporte, novas proibições na área financeira e mais restrições à atividade das empresas estatais russas.

Aponta também o reconhecimento da Rússia como um Estado patrocinador do terrorismo.

Os dois altos responsáveis políticos norte-americanos disseram, numa reunião com Zelensky, que os EUA aprovaram 713 milhões de dólares (661 milhões de euros) em financiamento militar estrangeiro para a Ucrânia e 15 países aliados e parceiros.

Desse valor, a Ucrânia irá receber 322 milhões de dólares (299 milhões de euros) em financiamento militar estrangeiro e 165 milhões de dólares (153 milhões de euros) em munições.

O restante será distribuído pelos países membros da NATO e outras nações que forneceram a Kiev apoio militar desde o início da guerra.

Durante o encontro, Blinken e Austin revelaram ainda que o Presidente dos EUA, Joe Biden, irá nomear Bridget Brink, atual embaixadora na Eslováquia, como nova embaixadora na Ucrânia.

Os diplomatas que partiram antes da invasão da Rússia irão começar a regressar à Ucrânia na próxima semana, mas a embaixada norte-americana em Kiev continuará de portas fechadas, por enquanto.


fonte:Jn

Kim Jong-un reforça capacidade nuclear da Coreia do Norte

 


Prometeu e cumpriu. O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, prometeu reforçar capacidade nuclear do país a “velocidade máxima”.

De acordo com os meios de comunicação públicos norte-coreanos, citados pela Euronews, Kim Jong-un fez o anúncio durante um grande desfile militar em Pyongyang, na segunda-feira, para assinalar os 90 anos das forças armadas da Coreia do Norte.

Kim Jong-un afirmou que o país vai preparar-se para poder utilizar armas nucleares a qualquer altura. Kim disse ainda que não terá outra escolha perante uma eventual interferência estrangeira que procure um conflito militar ou que interfira nos interesses fundamentais da nação.

O aniversário assinala-se numa altura em que a Coreia do Norte está a realizar um número recorde de testes, incluindo o de um “novo tipo” de míssil balístico intercontinental, escreve a Euronews.


Fonte: Opais

EUA acreditam que a Ucrânia pode vencer a guerra

 


Cerca de 40 países reúnem-se esta terça-feira na Alemanha, a convite dos Estados Unidos, para reforçar a defesa da Ucrânia.

Cerca de 40 países reúnem-se esta terça-feira na Alemanha, a convite dos Estados Unidos, para reforçar a defesa da Ucrânia.

Cerca de 40 países reúnem-se esta terça-feira, 26 de Abril, na Alemanha, a convite dos Estados Unidos, para reforçar a defesa da Ucrânia que, segundo o ministro da Defesa americano, Lloyd Austin,"pode ​​vencer" à Rússia.

Lloyd Austin afirmou que a Ucrânia pode vencer a guerra “se tiver o equipamento e o apoio certo". As declarações do ministro da Defesa americano foram feitas após um encontro com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, em companhia do secretário de Estado Antony Blinken.

Esta terça-feira, cerca de 40 países reúnem-se na Alemanha, a convite dos Estados Unidos, para reforçar a defesa da Ucrânia. A Alemanha vai autorizar a entrega de tanques do tipo Cheetah à Ucrânia, confirmou à agência France Press uma fonte do governo, o que constitui um importante ponto de viragem na política seguida até agora por Berlim no apoio militar a Kyiv.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia alertou esta segunda-feira para o "perigo real de uma Terceira Guerra Mundial", reiterando também que a Rússia quer reduzir os "riscos artificiais" de uma guerra nuclear e que essa possibilidade é "inadmissível" para o governo de Vladimir Putin.

Ao mesmo tempo em que lançou o aviso de uma nova guerra mundial, Serguei Lavrov sublinhou que as negociações de paz com a Ucrânia vão continuar e criticou a abordagem de Kyiv, acrescentando que "a boa vontade tem limites".

O secretário-geral da ONU, António Guterres, visita hoje Moscovo onde irá encontrar-se com o Presidente russo, Vladimir Putin, e com o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, no contexto da ofensiva russa em curso há dois meses na Ucrânia. Depois de Moscovo, Guterres viaja para Kyiv para se reunir com Volodymyr Zelensky.


Fonte:rfi

Moçambique e Uganda querem reforçar laços de cooperação bilateral

 


O Presidente da República, Filipe Nyusi, inicia esta quarta-feira uma visita oficial de três dias (quarta, quinta e sexta-feira) à República do Uganda, a convite do seu homólogo ugandês, Yoweri Kaguta Museveni.

A visita do Chefe do Estado moçambicano visa fortalecer e aprofundar os laços históricos de solidariedade, amizade e de cooperação política, económica, social e cultural entre os dois países.

Em Kampala, capital e a maior cidade do Uganda, de acordo com um comunicado da Presidência enviado para “O País”, os dois estadistas vão falar sobre a situação política e económica dos dois países, o reforço da cooperação económico-empresarial e outros assuntos de interesse comum a nível regional, continental e mundial.

Nyusi e Museveni irão igualmente avaliar o estágio da cooperação bilateral, com destaque para as decisões tomadas na última Visita de Estado do Presidente ugandês a Moçambique, realizada em Maio de 2018.


Fonte:Opais

quinta-feira, 14 de abril de 2022

Presidente da CAF conforta vítimas do terrorismo em Cabo Delgado

 


O Presidente da Confederação Africana de Futebol (CAF), Patrice Motsepe, efectua no próximo dia 26 de Abril uma visita de trabalho a Moçambique, indica um comunicado do organismo que gere o futebol africano.

Na manhã de terça-feira, 26 de Abril, Motsepe, juntamente com o presidente da Federação Moçambicana de Futebol, Feizal Sidat, e o secretário-geral da CAF, Veron Mosengo-Omba, seguem para Cabo Delgado, norte de Moçambique, para visitar um campo de refugiados onde a Confederação Africana de Futebol irá doar equipamentos. A CAF pretende confortar as vítimas do terrorismo na província nortenha de Moçambique.

À tarde, o homem forte da Confederação Africana de Futebol vai testemunhar o lançamento oficial do projecto e ou programa “Escolas Africanas”, evento a decorrer no campo do Costa do Sol. O momento será testemunhado por dirigentes do futebol da região da COSAFA, representantes do Governo moçambicano e agentes desportivos nacionais.

O evento em Moçambique é um marco histórico porquanto é o primeiro movimento de futebol de escolas do género em África.

O Programa de Escolas Africanas é um projecto de desenvolvimento da Confederação Africana de Futebol que irá explorar as oportunidades dentro do futebol para desenvolver as habilidades e potenciar talentos africanos.

PRESIDENTE DA BAL VISITA CAF

O presidente da Basketball Africa League, Amadou Gallo Fall, fez uma visita de cortesia à sede da Confederação Africana de Futebol, CAF, no Cairo, onde manteve discussões com o secretário-geral da CAF, Veron Mosengo-Omba. Esta foi uma reunião de reforço e estreitamento de relações após interagir com o presidente da CAF, Patrice Motsepe, na final do Campeonato Africano das Nações.

Fall e Mosengo-Omba discutiram iniciativas relacionadas ao crescimento da indústria do desporto em África e possíveis áreas de colaboração. Mosengo-Omba disse: “Nós compartilhamos muitas coisas em comum com o basquetebol. Durante a visita, discutimos uma série de iniciativas que podem fomentar uma relação de trabalho mais estreita entre nós e áreas de interesse mútuo. Também discutimos sobre como podemos desenvolver a indústria do desporto em África e reforçar a actividade comercial”, frisou para depois acrescentar: “Continuaremos essas discussões no futuro. Agradeço a Amadou pela visita e esperamos possíveis colaborações futuras.”

Por sua vez, Amadou Gallo Fall disse: “Não vejo o futebol como competição. O Campeonato Africano das Nações é, na verdade, um dos meus torneios favoritos. Trata-se de aproveitar o potencial e o talento que temos no continente para, em última análise, criar uma indústria do desporto por meio do desenvolvimento de base, infra-estruturas e capacitação usando a aceitação pelo basquete e futebol”.


Fonte: O país

Governo e RENAMO ultimam detalhes para encerrar últimas bases do partido


Guerrilheiros da RENAMO na Zambézia estão animados com o anúncio da retoma do processo de desarmamento. A Presidência moçambicana disse que as últimas bases militares da RENAMO deverão ser encerradas. Falta é saber como.

O processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) do braço armado do maior partido da oposição moçambicana foi retomado, depois de uma paralisação temporária. A dúvida é como será conduzido, uma vez que a própria Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) reconhece que houve falhas na primeira fase.

Já foi encerrada a primeira base militar da RENAMO no norte

Hermínio Morais, membro da comissão política nacional do maior partido da oposição, esteve há dias na província da Zambézia e alertou para a existência de pequenos problemas nos primeiros grupos de guerrilheiros que foram desarmados das províncias de Manica, Sofala e Tete.

"As pessoas foram desarmadas e integradas na sociedade, mas até este momento alguns vivem em casas alugadas, parou o subsídio de reintegração de um dia para o outro e podem ser escorraçados das casas onde estão a arrendar", destacou.

Pormenores estão a ser ultimados

Depois de um encontro entre o líder da RENAMO, Ossufo Momade, e o Presidente da República, Filipe Nyusi, na semana passada, foi anunciada a criação de um grupo que se vai debruçar sobre o problema dos atrasos nas pensões dos ex-guerrilheiros.

Além disso, prevê-se o encerramento das últimas cinco bases militares da RENAMO. Como é que isso será feito? O secretário-geral da RENAMO, André Magibire, disse esta quarta-feira (13.03), em Quelimane, que os pormenores ainda estão a ser ultimados.

"Houve um encontro a 5 de abril, no qual os dois dirigentes acordaram em retomar o processo de DDR. Neste momento está a ocorrer a calendarização por parte do secretariado que assiste a comissão dos assuntos militares. Já que iniciou, temos que ter paciência", afirmou.

As últimas bases militares da RENAMO

A notícia do encerramento das últimas cinco bases militares da RENAMO foi festejada em Murotone, no distrito de Mocuba, a norte da província da Zambézia.

Dois guerrilheiros da base militar, que pediram para não serem identificados, disseram à DW África que estão prontos para entregar as armas.

"Estamos a cumprir a situação aqui. É muito grave. Não temos meios. Estamos a viver só por viver, não temos regalias. Só estamos à espera do DDR. Temos esperança, mas até agora as ordens ainda não chegaram para que sermos desarmados, reintegrados ou desmobilizados", disse um deles.

Outro guerrilheiro confessou que tem contado os dias à espera do DDR: "Estamos mal, a sofrer. Esperávamos que fossem desmobilizados até este momento, pode ser amanhã ou hoje, estamos dispostos."

Um terço dos cinco mil guerrilheiros da RENAMO ainda não depôs as armas. Segundo a Presidência moçambicana, as últimas bases militares do partido deverão ser encerradas "nas próximas semanas".


Fonte:DW

Malawi foi o único país da SADC e da COMESA que votou a favor da suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas

 


Como era de esperar, a diplomacia malawiana, mais uma vez, alinhou com os Estados Unidos da América e outros países ocidentais, no que diz respeito à guerra em curso entre a Rússia e a Ucrânia. Reza a história que, no passado, também foi assim. Malawi, vizinho de Moçambique, alinhou com Portugal e com a África do Sul durante a luta de libertação contra o colonialismo português e contra o apartheid.

A votação foi realizada na passada quinta-feira na Assembleia-Geral da ONU, com a maioria dos países votando a favor da suspensão da Rússia. A Ministra dos Negócios Estrangeiros, Nancy Tembo, confirmou o voto do Malawi a favor da suspensão da Rússia. “Malawi votou sim para remover a Rússia do Conselho dos Direitos Humanos da ONU. Esta é a segunda votação crucial ligada à invasão da Ucrânia pela Rússia em que o Malawi votou. Malawi não apoia a guerra. Acreditamos no contacto e no diálogo”, disse Tembo.

No mês passado, Malawi também votou na ONU contra a invasão russa à Ucrânia.

Analistas políticos dizem que Malawi, actual presidente em exercício da SADC, é um país soberano e tem o seu próprio direito de tomar uma decisão quando se trata de votar a nível da ONU.

Henry Chingaipe do Instituto para Pesquisa Política e Empoderamento Social disse que a posição do Malawi não é uma divergência com os países da SADC ou da COMESA. “Não há decisões pré-acordadas sobre como votar nos fóruns da ONU. Em cada questão, há sempre decisões a favor ou contra as resoluções apresentadas para adopção. Nesse processo, a dinâmica da economia política entra em jogo e molda as decisões dos Estados-membros. No fim, o voto dos estados-membros é determinado pelos interesses do estado-parte e influencia nele. Então, a pergunta é: que influências e considerações estiveram em jogo e moldaram o voto do Malawi?”, disse Chingaipe.

Segundo Chingaipe, uma coisa que pode ter influenciado a votação pode ser a pressão ou a persuasão que os países que prestam ajuda ao Malawi possam ter exercido sobre os diplomatas do Malawi. “Claro, sempre há quatro opções. Sim; Não; Abstenção ou Ausência. Malawi foi claro e afirmativo. Acho que não votamos contra a Rússia. Votamos sim pelos nossos interesses económicos e nós alinhamos com os nossos doadores”, disse Chingaipe.

O analista político Vincent Kondowe disse que a história sempre mostrou que Malawi não se compara a outros países quando se trata de votar nas Nações Unidas. Kondowe disse que, em termos de política externa, cada país da SADC e da COMESA exerce o seu poder soberano.

Na última quinta-feira, a ministra britânica para a África, Vicky Ford, de visita a Lilongwe, elogiou a posição do presidente Lazarus Chakwera sobre a invasão russa, dizendo que qualquer hostilidade contra civis deve ser condenada. Malawi é um dos países mais pobres do mundo e fortemente dependente da ajuda ocidental.

Recorde-se, Moçambique absteve-se da resolução das Nações Unidas para suspender a Rússia do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, o que não agradou alguns países ocidentais.

A África do Sul, também vizinho de Moçambique, absteve-se três vezes desde 2 de Março das resoluções da Assembleia-Geral das Nações Unidas sobre a guerra na Ucrânia, porque Pretória acredita que condenar a agressão da Rússia não faria avançar a causa da paz – e poderia até levar a Rússia a mais “ofensas”, segundo a ministra de Relações Internacionais e Cooperação, Naledi Pandor.

Mas a posição não alinhada da África do Sul sobre a guerra na Ucrânia não significa que tolera a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, insistiu a chefe da diplomacia sul-africana.

Pandor disse: “o discurso agressivo e o uso da Assembleia-Geral para a aprovação de resoluções que adicionam mais à crítica não contribui para a resolução do problema. A África do Sul sempre se opôs às violações da soberania e integridade territorial dos estados-membros e não escolhemos qual estado-membro. Qualquer violação para nós é uma violação da Carta da ONU e seus princípios fundamentais”, disse Pandor.

Acrescentou ainda: “Também denunciámos o desastre humanitário que resultou desta incursão militar e exigimos a abertura urgente de corredores humanitários e a prestação de ajuda à população civil que, como é habitual, suporta o peso do sofrimento quando irrompe o confronto violento. Mantivemos esses pontos de vista sobre os princípios e valores fundamentais da Carta da ONU e sobre o apoio humanitário [também] em relação à Palestina e muitos outros países onde a soberania está ameaçada. “

Pandor reiterou que estava particularmente preocupada com a suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos. “Porque eu acho que quando um país que é parte de tal conflito é colocado à margem de organismos internacionais, o nível e a oportunidade para uma crescente falta de responsabilidade fica muito aberto. Então, estamos muito preocupados que quanto mais marginal você se tornar, piores serão as ofensas.”

Entretanto, Pandor foi pressionado por um jornalista que perguntou se a África do Sul acreditava que, estando a Rússia a violar o direito internacional e os direitos humanos, não faria sentido expressar essa opinião votando a resolução que suspende a Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Mas ela repetiu que a África do Sul questionou se essas resoluções promovem a paz.

Pandor disse aos ministros das Relações Exteriores que a chamaram para instá-la a votar a resolução: "estou preocupada que, se colocarmos a Rússia fora das instituições globais, estamos quase a dar uma licença para dizer 'faça o que quiser', agora desistimos. Não há mais nada'”.

Ela disse que ficar do lado do “sim” não traria a paz, pois qualquer acordo teria que incluir a Rússia e usar “instrumentos da ONU como ferramentas de guerra” não ajudaria a atrair o país para a paz.

Por outro lado, Pandor também insistiu que a África do Sul “resistiu a se envolver na política de confronto e agressão que tem sido defendida pelos países poderosos… adoptamos uma visão independente sobre como votamos. De forma alguma podemos ser orientados por ninguém sobre como devemos votar”.

Isso está de acordo com a abordagem do Movimento de Não Alinhamento (NAM), que foi formado em 1961 por países em desenvolvimento que desejavam ficar fora da Guerra Fria.

Pandor também acusou as nações que estão a tomar medidas contra a Rússia de dois pesos e duas medidas. “Quando Israel lançou operações militares ofensivas contra a Faixa de Gaza, matando centenas, arrasando casas, enterrando civis sob os escombros e devastando a infra-estrutura já em ruínas numa área tão pequena e densamente povoada, o mundo não respondeu da mesma maneira que tem feito na Ucrânia.

“Não podemos ver os palestinos como diferentes dos ucranianos. Mas a maneira como o mundo está a reagir sugere que a vida dos palestinos importa menos do que a vida dos ucranianos. Isso é algo que nos preocupa. E esperamos ver a ONU agindo com o mesmo vigor dos poderosos estados-membros, sobre Israel, Marrocos e outros que infringem a soberania das nações”, acrescentou, referindo-se também à reivindicação do Marrocos sobre o Sahara Ocidental que Pretória reconhece como um estado independente.

Depois da abstenção da África do Sul da resolução contra a Rússia no Conselho dos Direitos Humanos da ONU, em Genebra, o presidente dos EUA Joe Biden ligou para o seu homólogo sul-africano para pedir explicações sobre a posição da África do Sul.

A África do Sul e 18 outros países africanos apoiaram consistentemente, ou são vistos como apoiando a Rússia na sua guerra contra a Ucrânia com base no apoio da ex-União das Repúblicas Socialistas Soviéticas para a independência africana e durante a guerra anti-colonial e contra o apartheid, embora muitas vezes tenha sido em detrimento das suas economias domésticas, das finanças públicas e da estabilidade.


Fonte:Cartamoz

Tanzânia garante que vai continuar a apoiar Moçambique contra o terrorismo

 


A Tanzânia vai continuar a apoiar o país no combate ao terrorismo na província de Cabo Delgado, garantiu o Alto-Comissário daquele país em Moçambique, que falava, quarta-feira, nas celebrações dos 100 anos do nascimento do líder nacionalista Julius Nyerere.

Dois países vizinhos, com fortes relações históricas e de irmandade. Foi na Tanzânia, que em 1962, nasceu a Frelimo, na altura movimento de libertação contra o colonialismo português. Actualmente, ambos países enfrentam um problema comum, o terrorismo.

Nas celebrações dos 100 anos de nascimento do primeiro presidente e símbolo da independência da Tanzânia, Julius Nyerere, Phaustine Kasike, alto-comissário daquele país em Moçambique, disse que a presença das forças tanzanianas na Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento dos Países da África Austral (SAMIM), é exemplo do comprometimento do seu país no combate a ataques armados em Cabo Delgado.

“Vamos continuar a apoiar Moçambique no combate ao terrorismo até que o problema seja resolvido, pois Moçambique não está sozinho nesta luta”, afirmou Phaustine Kasike.

Julius Nyerere lutava para ver a África livre da violência e da pobreza, um sonho que ainda não foi concretizado, considera Roque Silva, secretário-geral da Frelimo, que esteve presente nas celebrações em alusão.

Silva disse que os ideais de Julius Nyerere eram os mesmos dos de Samora Machel, por isso as gerações, tanto as mais velhas como as novas devem guiar-se do legado que os dois líderes deixaram enquanto vivos.

“Se ainda continuarmos a ver a população com falta de condições mais básicas, se ainda continuarmos a ver ameaça terrorista nas nossas sociedades, então ainda não realizámos o sonho destes dois heróis”, salientou Roque Silva.

Segundo o Alto-Comissário daquele país, Phaustine Kasike, a figura de Julius Nyerere ultrapassa a dimensão política, pois o líder era um activista que se preocupava com a defesa dos direitos humanos de todos os povos.

Para o Alto-Comissário do Ruanda, Claude Nikobisanzwe, o legado nacionalista de Nyerere deve ser exemplo da união dos povos do continente africano e deu exemplo do papel que o líder desempenhou para a mediação pela paz no Ruanda, durante a guerra civil em 1994.  

“Para o Ruanda, particularmente, ele (Julius Nyerere) fez muito para unir e mediar durante a guerra no Ruanda. Estamos felizes e congratulamos nossos irmãos tanzanianos por lhe ter emprestado para toda a África”,

Os intervenientes falavam esta quarta-feira, em Maputo, num evento que marca o aniversário de Julius Nyerere, a 13 de Abril de 1922. Se estivesse vivo, o político e activista tanzaniano completaria 100 anos de idade.


Fonte:O país