Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
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Município de Maputo deu ultimato, esta quinta-feira, a todos os vendedores de carvão vegetal, lenha e estacas usadas na construção para abandonarem, voluntariamente, o exercício da actividade junto às bermas da linha férrea do Limpopo.
Grande parte do carvão vegetal, lenha e estacas que são vendidos no Bairro de Mavalane, junto à linha férrea, vem da província de Gaza e transportados até àquele local através de comboio que passa por aquela ferrovia. A venda é exercida nas bermas da linha férrea em bancas e barracas improvisadas.
Fernando Tivane fixou-se no bairro de Mavalane em 1973 e, de lá para cá, vive da venda de carvão vegetal defronte ao seu quintal e próximo à linha de Limpopo, mas tem de parar a actividade, por atentar contra as posturas municipais, segundo a edilidade de Maputo que alega haver exposição ao risco para aqueles vendedores devido à circulação de locomotivas. Tivane já sabe que deve deixar de exercer a actividade naquele local, mas questiona-se sobre aonde ir ou sobre o que vai acontecer consigo mesmo, porque, segundo fundamenta, “estou na minha casa, estou a vender em frente à minha casa. Posso parar de vender, mas eu não estou na linha férrea; estou na minha residência, mas vou cumprir”.
Por sua vez, Raulina Tchamu, que também traz carvão vegetal de Gaza desde 1997, diz não haver recusa em abandonar aquele lugar, mas exige das autoridades municipais um local adequado para dar prosseguimento à actividade.
Outrossim, os demais vendedores daquele local manifestam a disposição de abandonar o espaço de reserva da ferrovia reclamado pela Empresa Portos e Caminhos-de-ferro de Moçambique (CFM).
O Município diz ter espaço para acolher aqueles vendedores. Orlando Zandamela, funcionário do Mancípio de Maputo, afecto ao Distrito Municipal Ka Mavota, explicou ao Jornal “O País” que já foram várias vezes avisados da necessidade de saírem daquele local. “Quanto aos locais para futura venda destes vendedores, temos espaços em muitos mercados aqui na Cidade de Maputo. É verdade que é importante criarmos condições e isso está a ser feito”.
A campanha de sensibilização decorrida esta quinta-feira é a última etapa para retirada voluntária daqueles vendedores e, se tal não acontecer, a retirada, nos próximos dias, será por via do uso da força.
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