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domingo, 30 de maio de 2021

José Domingos eleito Presidente interino do MDM até Dezembro

 



O Movimento Democrático de Moçambique, reunido em IV sessão ordinária, neste sábado, decidiu agendar para os dias 3, 4 e 5 de Dezembro deste ano, na cidade da Beira, a realização do seu I Congresso extraordinário.


“E também foi discutido nesta IV sessão do Conselho Nacional, a questão relacionada com a gestão do partido nos próximos seis meses, ou seja, até a realização do congresso. Na base da proposta da Comissão Política do partido, o Secretário-geral, José Domingos, vai continuar a liderar o partido”, garantiu Sande Carmona, porta-voz do MDM, Citado pelo o país.


Durante o decurso da sessão foram avançados três nomes como potenciais candidatos ao cargo de presidente do MDM, nomeadamente José Domingos, actual Secretário-Geral, Lutero Simango, irmão do falecido presidente e Luís Boavida, membro sénior deste partido e que já ocupou o cargo de Secretário-geral. O porta-voz não confirmou e nem desmentiu estas informações, tendo dito, apenas, que é legítimo que os membros do seu partido comecem a fazer projecções.


“Todos os membros do MDM vivem ansiosos em ter um novo presidente e faz muito sentido que os mesmos comecem a fazer as suas projecções. São iniciativas que não ferem os estatutos do partido. Apenas tenho a dizer que oficialmente ainda não existe nenhum nome, e que, a partir deste momento a comissão nacional de jurisdição está a trabalhar no perfil do próximo presidente, que depois será submetido a Comissão Política Nacional que terá lugar no próximo mês de Setembro. Em tempo oportuno serão abertas candidaturas e todos ficaremos a saber que irá concorrer”, explicou Carmona.


Daviz Simango liderou o partido durante quase 12 anos, desde a sua fundação em Março de 2009

MINEDH diz que não há registo de nenhum caso da COVID-19 nas escolas este ano

 



A Ministra da Educação e Desenvolvimento Humano, Carmelita Namashilua, escalou as escolas primárias e secundárias dos distritos de Mocuba, Lugela, Nicoadala e centros de formação de professores para aferir o grau de cumprimento das medidas de higienização.


Na ocasião a governante fez saber que o sector que dirige tem estado a cumprir com o protocolo sanitário à escala nacional, para evitar casos de infecção da doença nas escolas. “Este ano nós não registamos se quer algum caso da pandemia do novo Coronavírus, isso nos satisfaz até porque estamos empenhados na construção e reabilitação de balneários, para assegurar o processo de higienização nas escolas de todo o país”, disse.


No distrito de Mocuba, Namashilua visitou a Escola Secundária de Marlanelo onde instou a direcção da escola, a observar rigorosamente o processo de higienização e interagiu também com os alunos. “Quando entrarem nas escolas devem lavar sempre as mãos. Sempre que necessário. Quando pegam nas janelas ou paredes devem lavar as mãos ”, disse a ministra, a um grupo de alunos da quarta classe. Na ocasião, recebeu garantias daquele grupo de alunos, que tudo farão para manter a higienização, para que o meio da escola seja saudável e livre da COVID-19.


Namashilua deixou claro que os professores à escala nacional tem estado a beneficiar de capacitação para lidar com o novo normal imposto pela COVID-19.


“É preciso lembrar que as crianças tem estado a vir a escola de forma alternada, isso também nos faz crer que ajuda bastante para que a contaminação não ocorra nos estabelecimentos de ensino, por isso julgamos que essa medida é acertada”, disse.


O país conta com 8 milhões de alunos distribuídos em mais 13 mil escolas primárias e 618 de ensino secundário.

MDM agenda para Dezembro a eleição do novo presidente

 



O Movimento Democrático de Moçambique, reunido em IV sessão ordinária, neste sábado, decidiu agendar para os dias 3, 4 e 5 de Dezembro deste ano, na cidade da Beira, a realização do seu I Congresso extraordinário, que terá como principal ponto de agenda a eleição de um novo presidente, que deverá substituir Daviz Simango, que nos últimos 12 anos dirigiu os destinos do partido, após a sua fundação em Março de 2009.


“E também foi discutido nesta IV sessão do Conselho Nacional, a questão relacionada com a gestão do partido nos próximos seis meses, ou seja, até a realização do congresso. Na base da proposta da Comissão Política do partido, o Secretário-geral, José Domingos, vai continuar a liderar o partido”, garantiu Sande Carmona, porta-voz do MDM.


Durante o decurso da sessão foram avançados três nomes como potenciais candidatos ao cargo de presidente do MDM, nomeadamente José Domingos, actual Secretário-Geral, Lutero Simango, irmão do falecido presidente e Luís Boavida, membro sénior deste partido e que já ocupou o cargo de Secretário-geral. O porta-voz não confirmou e nem desmentiu estas informações, tendo dito, apenas, que é legítimo que os membros do seu partido comecem a fazer projecções.


“Todos os membros do MDM vivem ansiosos em ter um novo presidente e faz muito sentido que os mesmos comecem a fazer as suas projecções. São iniciativas que não ferem os estatutos do partido. Apenas tenho a dizer que oficialmente ainda não existe nenhum nome, e que, a partir deste momento a comissão nacional de jurisdição está a trabalhar no perfil do próximo presidente, que depois será submetido a Comissão Política Nacional que terá lugar no próximo mês de Setembro. Em tempo oportuno serão abertas candidaturas e todos ficaremos a saber que irá concorrer”, explicou Carmona.


Daviz Simango liderou o partido durante quase 12 anos, desde a sua fundação em Março de 2009.

sábado, 29 de maio de 2021

Moçambique é vice-campeão africano de futebol de praia

 



A selecção moçambicana de futebol de praia perdeu na final do Campeonato Africano das Nações, que decorreu em Dakar, por quatro bolas a uma, diante do anfitrião Senegal.


Com a posição alcançada, lembre-se, Moçambique garantiu a vaga para representar o continente africano no Mundial da modalidade, em Agosto próximo, na Rússia.


Nas distinções individuais Nelson, jogador moçambicano, terminou como o melhor artilheiro e foi eleito melhor jogador do CAN de Futebol de Praia, 2021

Lançada primeira pedra para construção da linha férrea Tete-Malawi

 



O Presidente da República, Filipe Nyusi, lançou, hoje, a primeira para a reconstrução da linha férrea que liga Dona Ana, província de Tete à vizinha República do Malawi. Trata-se de uma infra-estrutura paralisada desde Setembro de 1986, devido ao conflito armado.


Segundo o Presidente da Republica, a linha férrea vai dinamizar o desenvolvimento do sector económico e social de Moçambique e da região da SADC.


“Com esta ligação ferroviária, materializa-se o desejo de Moçambique e Malawi de melhorar a logística de importações e exportações entre os dois países e com o resto da região”, explicou Filipe Nyusi.


“Esperamos assim responder as preocupações das populações e dos agentes económicos, através da redução dos custos de transporte de pessoas e bens e da promoção do desenvolvimento ao longo do corredor e da região do Interland”, acrescentou.


O projecto prevê a criação de mais de 150 novos postos de emprego para cidadãos nacionais, bem como a construção de uma escola de formação técnico profissional.

Restos mortais de mais de 200 crianças encontrados em antiga escola no Canadá

 

Foram encontrados os restos mortais de 215 crianças numa antiga escola construída há mais de 100 anos, na cidade de Kamloops, no Canadá, que visava integrar os indígenas na sociedade.


As crianças eram alunos da Kamloops Indian Residential School, uma escola que fazia parte do sistema de escolas residenciais indianas do Canadá, que eram escolas internas criadas pelo governo e autoridades religiosas nos séculos XIX e XX.

De acordo com o Notícias ao Minuto, a descoberta foi feita no passado fim de semana e está já em curso a análise dos restos mortais e uma investigação para perceber as causas e o ano das mortes.

O governo central assumiu a administração da escola em 1969, operando-a como residência para estudantes locais até 1978, quando foi fechada.

O primeiro-ministro do Canadá reagiu ao caso no Twitter, falando em “choque, tristeza e arrependimento. As notícias de que restos mortais foram encontrados na antiga escola residencial Kamloops, partem meu coração”, escreveu Trudeau.

Tomaz Salomão apela à calma sobre o processo de intervenção militar da SADC

 



A intervenção militar da SADC, para conter a violência armada em Cabo Delgado, só vai acontecer depois de cumpridas todas as etapas sobre o assunto, defende o antigo secretário-executivo da SADC, Tomaz Salomão, e pede paciência em relação ao processo.


O país acolheu, na passada quarta-feira, a Cimeira da Dupla Troika da Comunidade dos Países da África Austral, cujo tema central foi a segurança na região e, em particular, na província de Cabo Delgado.


Para Tomaz Salomão, a concretização do plano de apoio a Moçambique pode levar algum tempo. Por isso mesmo, para o académico, os moçambicanos devem ser pacientes.


“Nós vemos os aspectos massivos e não vemos as etapas que levam a que os países determinem colocar as suas tropas no terreno. É preciso um trabalho crucial de inteligência tal como acontece em qualquer operação militar”, disse Tomaz Salomão.


Sobre o alegado distanciamento da Tanzânia na intervenção militar contra o terrorismo em Cabo Delgado, o antigo secretário-geral da SADC disse que o país vizinho também é vulnerável.


“As nossas fronteiras têm fragilidades. Se pegar na fronteira da Tanzânia, na região dos Grandes Lagos, vamos ver que é uma fronteira com dificuldades. A Tanzânia podia fazer mais, mas é que, também, se debate com a protecção da fronteira nesta zona e no lado do Rovuma”, expressou-se o antigo secretário-executivo da SADC.


Sobre o apoio dos países que já manifestaram intenção de ajudar no combate aos ataques terroristas, Tomaz Salomão diz que é necessário que o país esteja devidamente preparado para uma melhor cooperação.


O economista moçambicano e antigo governante falava, esta sexta-feira, no programa Noite Informativa, da Stv Notícias.

sexta-feira, 28 de maio de 2021

PR Nyusi visita Chefe do Estado-Maior General da Renamo no Hospital Central da Beira

 


O Presidente da República, visitou na manhã desta sexta-feira, o  chefe do Estado-Maior General da Renamo, Timosse Maquinze que se encontra doente e internado no Hospital central da Beira, onde deu entrada recentemente em estado crítico.


Na sua mensagem, Nyusi refere que "Timosse Maquinze é uma pessoa que conhece profundamente a história do país e nos últimos tempos tem abraçado o diálogo como o mecanismo mais eficaz para o alcance da paz".


Por sua vez Timosse Maquinze reafirmou o seu desejo que o DDR avance sem obstáculos.

Sucessão de Daviz Simango: Conselho Nacional do MDM reúne-se este fim-de-semana na Beira

 


O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) realiza, este fim-de-semana, a sua IV Sessão Ordinária do Conselho Nacional do partido, um encontro que irá definir a data para realização do Congresso Extraordinário daquela formação política, no qual será eleito o novo timoneiro, em substituição de Daviz Mbepo Simango, que perdeu a vida no passado dia 22 de Fevereiro

A IV Sessão do Conselho Nacional do MDM foi convocada no passado dia 10 de Maio, depois de ter falhado a sua realização na primeira quinzena de Abril, devido às restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus. O evento terá lugar na cidade da Beira, capital provincial de Sofala.


De acordo com a convocatória, a reunião irá discutir, entre outros pontos, a definição da liderança do partido no intervalo entre o Conselho Nacional e o Congresso Extraordinário (actualmente é gerido pelo Secretário-Geral, José Domingos), assim como apreciar e aprovar o perfil do candidato à presidência do partido

Celebramos hoje 16 anos da existência do Jornal O Pais

 


O jornal O País completa, hoje, 16 anos de existência. Um aniversário que nos enche de orgulho pelo caminho percorrido e pela história que temos construído, com compromisso e inovação.


Desde a sua criação, O País tem trilhado um percurso ousado, rompendo padrões e recriando modelos de comunicação. Passou por diversas transformações gráficas, mas a linha editorial foi sempre imutável e isso é o que nos move e nos mantém focados em prol dos objectivos que definimos há 16 anos: informar com qualidade, tendo a verdade como princípio básico do trabalho jornalístico. Por essa razão, temos como slogan: “a verdade como notícia”.


Os anos passaram e o compromisso continua o mesmo e o espírito multimédia, que consagrou o Grupo SOICO como uma sociedade de referência internacional, continua intacto. Hoje é uma marca invicta que continua a inspirar os moçambicanos.


O País tem acompanhado as vicissitudes sociais e tecnológicas do mundo inteiro. Uma nova realidade em que a notícia é consumida ao ritmo da produção. Por isso, depois do primeiro aniversário, O Grupo Soico levou a marca O País para o digital, ao criar um site. Um produto no centro das nossas atenções, no qual sempre investimos para o tornar moderno e atractivo ao leitor. É uma plataforma com exposição e abrangência maior, que demanda mais rigor, pontualidade e responsabilidade.


O mundo mudou e jornal O País adaptou-se. A pandemia da COVID-19 acelerou a saída da tradicional publicação em papel e projectou-nos para um modelo de publicação 100% digital. Portanto, é um mal que veio para o bem, pois apressou a concretização de uma das estratégias de crescimento do jornal. Sempre soubemos que o digital é o caminho e é nesta atmosfera em que queremos continuar a inovar para caminharmos lado a lado com a nossa audiência.


Um jornal como o nosso não pode abster-se de ir ao encontro das pessoas. Antes pelo contrário, tem o dever de ser a voz dos que não têm voz. Tem o dever de imergir no presente, mas de olhos postos no futuro e saber antecipar-se às mudanças. É esta capacidade de darmos um passo à frente que nos fortalece quando o presente impõe transformações bruscas.


Somos resilientes, portanto gratos às adversidades, pois nos impelem para outros patamares de realizações. A nossa visão é trazer o futuro à realidade moçambicana e nunca nos deixarmos surpreender pelas novas linguagens informativas, típicas de um universo em crescimento supersónico.


Vivemos um contexto adverso. Entretanto, como nos referimos a 28 de Maio de 2020, vamos continuar a acompanhar o ritmo das vicissitudes sociais, políticas e culturais com eficiência e eficácia e, principalmente, com um trabalho que impacta positivamente na vida das pessoas.


Quando surgimos em 2005, éramos um semanário. Com o tempo, compreendemos que tínhamos de chegar às bancas diariamente. Aí conseguimos um feito histórico: tornámo-nos o primeiro matutino a cores em Moçambique. Hoje, 16 anos depois, somos o primeiro diário de publicação 100% digital.


Estamos ao nível dos grandes órgãos de comunicação social mundiais, graças a uma excelente equipa de colaboradores que se tem dedicado, dando tudo de si por acreditar no nosso projecto. Isso nos orgulha e a todos agradecemos.


O 16º aniversário do jornal O País, que hoje celebramos, também é um momento de olharmos para trás e reviver o que construímos com humildade e ambição. Estamos conscientes de que contribuímos para o desenvolvimento em Moçambique. O País consolidou um espaço de liberdade de imprensa e, sobretudo, de expressão. Sentimos que o jornal ampliou e impactou na consolidação do exercício da cidadania activa dos moçambicanos. Somos cada vez mais lidos, por isso vamos manter a confiança e a preferência dos leitores.


A todos que confiam, investem e ajudam o jornal O País a crescer, vão os nossos mais sentidos agradecimentos

quinta-feira, 27 de maio de 2021

Horácio Gonçalves Justifica criação da selecção olímpica

 


O Selecionador nacional de futebol, Horácio Gonçalves, diz que a criação da selecção olímpica vai permitir que os jovens talentos evoluam e sejam bem encaminhados para a selecção A.


O timoneiro dos mambas falava ontem (26/05) em conferência de imprensa na sede da Federação Moçambicana de Futebol.


“Pela minha experiencia no futebol moçambicano, o COSAFA era participado por equipas seniores (…) para mim a criação desta equipa olímpica vai permitir que muitos dos atletas jovens, que nesse trajecto, muitos se perdem, e temos conhecimentos de muitos, que com os seus 19, 20 anos apresentavam uma qualidade que muitos acreditariam que iam chegar a selecção A, e depois perderam-se, porque? Porque não tinham competições” disse.


Horácio Goncalves explicou com detalhes a principal intenção da criação da selecção olímpica, Sub23.


“É nossa intenção colocar estes jovens, numa posição em que lhes permita conquistar uma camisola a selecção A, são jovens atletas, todos estão no activo, e foi nesta expectativa que nos tentamos criar a selecção olímpica (…) a intenção é uma e clara, vamos dar competições aos jovens, os jovens moçambicanos tem talento” explicou.


O seleccionador nacional, anunciou ontem (26/05) os 25 convocados que vão participar no torneiro triangular que vai decorrer nos dias 2 a 8 de junho, que terá a participação das seleções de Lesotho e Eswatine. A prova que vai decorrer em Maputo, visa preparar a selecção olímpica para participação no torneio COSAFA que vai realizar-se de 13 a 18 de julho.

Polícia Municipal da cidade de Maputo agride e detém um cidadão injustamente Amandio Borges

 

A Polícia Municipal espancou e deteve, injustamente, um jovem de 33 anos de idade, em plena via pública, na cidade de Maputo. O acto aconteceu aos olhos de alguns cidadãos que, mesmo apelando para a contenção por parte da Polícia, os agentes agressores não paravam de violentar a vítima.


O momento da agressão, protagonizada pelos agentes da Polícia Municipal, foi retratado num vídeo amador no qual se ouviam os gritos de reprovação face a actuação dos homens da lei e ordem.


A vítima da agressão foi Pinto Tembe, pai de dois filhos, carinhosamente chamado como Xirico, que diz não saber o porquê de ter sido agredido e embutido à força debaixo dos bancos do carro da Polícia. Diz ainda que, quando foi levado à esquadra, teria sido novamente espancado.


“Cheguei à esquadra, eram sete policiais e cada um me deu dez chambocos. Bateram-me muito, não sei porquê, eu estava com meu tchova parado ali e, quando eles chegaram, começaram a arrancar os bens das pessoas e eu estava apenas a ajudar os colegas para que não perdessem os seus produtos”, contou Pinto Tembe.


Ginoca Francisco, que esteve no momento da confusão, diz ter tentado acudir, mas foi em vão, pois os agentes não paravam de actuar.


“Se a Polícia agir daquele jeito, não vamos sobreviver, isso é desumano. Eles chegaram aqui, aquele senhor só estava a defender os colegas e, na tentativa de defendê-los, acabou mal. Levou porrada, foi arrastado como se fosse nada. A minha voz nem se ouve bem, porque tentei defender aquele senhor de todas as maneiras. A vida não pode ser desse jeito”, detalha Ginoca Francisco.


O Comandante da Polícia Municipal, Ernesto Zualo, pede, em nome da corporação, desculpas à vítima e aos munícipes da capital do país e diz que os quatro agentes do Distrito Municipal Kalhamanculo estão suspensos.


“Houve excesso de zelo, mas queremos dizer que não é o modus vivendi, que não é o comando que nós demos aos nossos agentes e, por isso, já há um processo levantado para responsabilizar a atitude dos nossos agentes. Quero aproveitar esta oportunidade para pedir desculpas ao cidadão e aos munícipes em geral. A Polícia Municipal distancia-se completamente daquele tipo de atitudes”, diz Ernesto Zualo.


Pinto Tembe, que ainda se ressente das agressões e apresenta hematomas e lesões visíveis em muitas partes do seu corpo, diz ser indiferente ao pedido de desculpas.


Refira-se que não é a primeira vez em que os agentes da Polícia agridem vendedores naquele ponto do bairro do Aeroporto “A”, mas esta foi a primeira em que foram filmados cujo vídeo daquelas atrocidades foi divulgado

Ramaphosa, da África do Sul, Masisi, do Botswana e Mnangagwa, do Zimbabwe, perguntam hoje a Nyusi se aceita uma intervenção militar regional em Cabo Delgado

 


 Os líderes regionais vão encontrar-se com o Presidente moçambicano Filipe Nyusi, em Maputo, hoje, 27 de maio de 2021, para tentar persuadi-lo a permitir que uma força da SADC combata os insurgentes filiados ao Estado Islâmico no norte de Mocambique. Ainda não está claro se Nyusi quer ou não uma força proposta de cerca de 3.000 soldados da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) para entrar em Moçambique ou qual deve ser o seu papel.


  Os presidentes Cyril Ramaphosa, Mokgweetsi Masisi e Emmerson Mnangagwa devem encontrar-se com Nyusi primeiro uma cúpula da troika do órgão de segurança da SADC, disseram fontes.


Aparentemente, seguir-se-á uma cimeira da “dupla troika” em que os três líderes se juntarão aos representantes dos países que combinam a própria troika da SADC. Nyusi é o actual presidente da SADC e os outros membros da troika da SADC são o Malawi e a Tanzânia.

A África do Sul e alguns outros estados membros da SADC já deixaram claro que é de importância vital para a segurança de toda a região que Moçambique permita a proposta de força de prontidão da SADC de três batalhões de infantaria e moldes especiais, armados com helicópteros de ataque, outras aeronaves e navios de guerra, intervir em Moçambique para derrotar e expulsar os insurgentes que há mais de três anos aterrorizam uma província de Cabo Delgado, no extremo norte do país.


Mas a atitude de Nyusi e do partido do governo, Frelimo, em relação à proposta não foi revelada. Os ministros da defesa da SADC reuniram-se em Maputo a 28 de abril e aprovaram o plano de intervenção da força de prontidão da SADC elaborado por especialistas militares da SADC. O Comité Central da Frelimo reuniu-se na Matola no fim-de-semana e concordou que Moçambique não deve descartar a aceitação de apoio externo para o combate aos insurgentes, segundo relatos da imprensa local.


Também houve relatos não confirmados de que Nyusi se encontrou com o presidente ruandês Paul Kagame para discutir a possibilidade de tropas ruandesas intervirem em Cabo Delgado para combater os insurgentes. Por um ano, Nyusi contratou a empresa de segurança privada sul-africana Dyck Advisory Group (DAG) para ajudá-lo a lutar contra os insurgentes, fornecendo apoio aéreo com helicópteros de ataque leve.

A empresa sul-africana de armas Paramount também fornece equipamento e formação às forças de segurança moçambicanas. Todos estes compromissos com países ou empresas individuais deram a impressão de que Nyusi preferia gerir a insurgência ele próprio em vez de entregar o controle à SADC.


O boletim Africa Intelligence informou esta semana que Nyusi aceitou a ideia do destacamento da força de intervenção da SADC - mas insistirá que as tropas estrangeiras se restrinjam a proteger o perímetro em torno da instalação de processamento de gás natural líquido na Península de Afungi, perto de Palma.

De acordo com o boletim, apenas o exército moçambicano, que pretende construir uma pista de aterragem nos arredores de Palma, vai participar na componente ofensiva das operações destinadas a desalojar os rebeldes das suas bases de retaguarda.

“Para isso, as Forças Armadas de Defesa de Moçambique contam com instrutores da Burnham Global, empresa de treino militar recentemente adquirida por Ivor Ichikowitz, chefe da fabricante sul-africana de equipamentos Paramount”, afirma a Africa Intelligence. (

Primeira-dama apela à solidariedade para com as crianças deslocadas

 



A Primeira-dama da República desafia a Organização Continuadores a traçar estratégias que visam minorar o sofrimento das crianças na condição de deslocadas por conta dos ataques terroristas

em Cabo Delgado.


O apelo de Isaura Nyusi foi lançado esta quarta-feira no distrito de Boane, província de Maputo, na abertura da terceira sessão ordinária do Conselho Central desta organização.


Falando na qualidade de Presidente da Organização Continuadores, Isaura Nyusi disse que só com o envolvimento de todos os estratos da sociedade, nas acções de solidariedade, é que se pode perspectivar um futuro melhor para os menores, vítimas das incursões de terroristas.


A Primeira-dama da República anotou, também, revestir-se de capital importância a prevenção das crianças em situação de deslocadas e em geral, da pandemia da COVID-19 que assola o país e o mundo.


Na ocasião, o delegado da Organização Continuadores, em Cabo Delgado, referiu que, actualmente, mais de mil crianças se encontram na condição de deslocadas em vários centros de acolhimento devido aos ataques terroristas.

Combate ao contrabando de mercadorias: Evidências mostram que selagem eletrónica da MECTS é o melhor remédio

 


  Se havia dúvidas, elas devem ser afastadas. O contrabando e o descaminho de mercadorias no comércio internacional que passa por Moçambique é de proporções alarmantes. Há poucos meses, quando a MECTS (Mozambique Eletronic Cargo Tracking Services) entrou em cena, fornecendo ao Governo uma ferramenta moderna para monitorar esse comércio e estancar o contrabando, houve quem tapasse as narinas.


Mas evidências colhidas no terreno mostram uma tendência sistemática de contrabando ou descaminho de mercadorias por parte dos operadores. A regra é que um contentor que seja desalfandegado no Porto na Beira, por exemplo, em trânsito para o “hinterland”, não deve ser aberto até chegar ao destino. 


 



Antes da entrada em cena da MECTS, suspeitava-se que essa regra era violada sem apelo nem agravo. Agora, as evidências comprovam-no. A MECTS introduziu um sistema inovador: colocar um selo eletrónico com respectivo cabo metálico em cada contentor; esse selo, uma espécie de cadeado, é monitorado remotamente. Sua violação antes da chegada ao destino é um acto ilegal, que indicia a presença de contrabando. Equipas no terreno respondem prontamente às violações

A experiência da MECTS é dramática. O incidente de violação mais recente ocorreu a 25 de Maio. A carga emitiu um alarme do tipo corte de cabo metálico, na Vila de Gondola. “O selo e a carga foram violados, verificou-se a remoção de alguns pneus, que não sabe-se estimar a quantidade. O motorista nega qualquer envolvimento com o incidente da carga”, lê-se num relatório da empresa, que documenta todas as violações, com o apoio em evidências fotográficas. Neste caso, tratava-se de uma importação de pneus para o Zimbabwe.


Outro caso aconteceu na véspera, a 22 de Maio. “O selo da carga foi violada porém a mercadoria foi encontrada intacta; o motorista alegou que nas proximidades de Gondola havia malfeitores por cima do camião a vandalizar a carga, pelo que optou em se dirigir ao posto policial mais próximo e apresentar queixa”.


O sistema montado pela MTCTS não só permite detectar o corte do cabo metálico e a violação do respectivo selo, mas também quando uma determinada carga interrompe seu curso em lugar não permitido pelo sistema. Um episódio desta categoria aconteceu com uma carga que entrara em Moçambique pelo posto fronteiriço do Zóbwe, com destino ao Porto da Beira.



A permanência em áreas de risco também é detectada pelo sistema. Em meados de Maio, uma carga registou uma paragem não permitida na zona de Cana-Cana. O sistema presumiu que se tratava de um local de acomodação, mas no final constatou que tinha havido uma violação da rede metálica de proteção da mercadoria. Curiosamente, o corte da rede metálica foi sem alerta para o sistema.

quarta-feira, 26 de maio de 2021

Accionistas da Total vão decidir, nesta sexta-feira, a transição para neutralidade do carbono

 



Os accionistas Total (que poderá passar a chamar se TotalEnergies SE) reúnem-se em encontro anual nesta sexta-feira para tomarem decisões relativas ao seu compromisso com a transição energética e sua ambição climática de chegar ao “zero líquido” (Net Zero) de emissões de carbono. Moçambique não será tema deste encontro anual de accionistas.


De acordo com informação disponível no website da Total, o Conselho de Administração da multinacional francesa, liderada por Patrick Pouyanné, proporá aos Accionistas que esta transformação seja ancorada no estatuto social, alterando a denominação social para TotalEnergies SE.


O Conselho de Administração dá, assim, oportunidade aos accionistas de se manifestarem sobre a estratégia de transição para o zero líquido, que fixou para a Sociedade. A partir de 2021, um novo critério de redução das emissões indirectas relacionadas ao uso de produtos de energia do Grupo por seus clientes na Europa será introduzido para a atribuição de cotas de desempenho ao Presidente e CEO e a todos os Executivos Seniores. (

Presidente da República Fala Hoje A Nação

 



O Chefe de Estado, Filipe Nyusi, faz hoje uma Comunicação à Nação no âmbito da situação de calamidade pública em que o país se encontra para prevenção da COVID-19.


De acordo com o comunicado da Presidência da República, a intervenção de Nyusi está marcada para as 19:00 horas e será feita a partir do seu gabinete.


As Comunicações à Nação têm servido para fazer balanços e actualizar as medidas de prevenção.

Ontem, Moçambique registou mais duas mortes por COVID-19. Com os óbitos notificados, subiu para 19 o número de mortes devido à COVID-19 no mês de Maio. O número representa, não obstante, uma redução em 40.6% em relação aos primeiros 25 dias do mês de Abril, quando o país registou 32 óbitos.

Neste momento, o país tem 682 casos activos e 69.117 previamente infectadas já estão recuperadas da doença

terça-feira, 25 de maio de 2021

Mali: Presidente e primeiro-ministro detidos por militares

 


"O Presidente e o primeiro-ministro estão aqui em Kati para tratar de assuntos que lhes dizem respeito", disse um alto funcionário militar à agência de notícias France Presse (AFP), que confirmou esta informação junto de outra fonte, sob condição de anonimato.


O campo de Kati é considerado a maior instalação militar maliana e foi neste local que o antigo Presidente eleito, Ibrahim Boubacar Keïta, foi obrigado a renunciar ao cargo por um grupo de coronéis golpistas, em 18 de agosto de 2020. 


Será este mesmo grupo que está a levar a cabo o aparente golpe de Estado, nove meses depois, de acordo com a AFP. As intenções do grupo ainda são desconhecidas.





Bah Ndaw


Esta alegada tentativa de golpe de Estado está a ocorrer poucas horas depois do anúncio do novo Governo, ainda maioritariamente dominado por militares.


Exclusão de oficiais da Junta Militar

O novo Governo não inclui oficiais próximos da Junta Militar, dos quais Assimi Goïta era líder, que tinha conquistado o poder depois do golpe de 2020. Estes coronéis criaram os órgãos de transição algumas semanas depois do golpe, entre os quais um chefe de Estado - o militar aposentado Bah Ndaw - e um primeiro-ministro - o civil Moctar Ouané.


Na sequência da pressão da comunidade internacional e da população, os militares concordaram em devolver o poder aos civis eleitos, num período de 18 meses, e não em três anos, como inicialmente previsto.


Contudo, sob forte contestação política e social, Ouané renunciou ao cargo há dez dias, mas foi imediatamente reconduzido pelo Presidente transitório e indigitado para formar Governo.


A principal incógnita era saber quais seriam as pastas para os militares, em particular os próximos da antiga Junta Militar, aumentando nos últimos dias os receios de que os coronéis golpistas rejeitassem as escolhas do primeiro-ministro.



Moctar Ouané


De acordo com as alterações proferidas na rádio e televisões do país, no novo Governo as pastas da Defesa, Segurança, Administração do Território e Reconciliação Nacional, foram para militares, mas deixando de fora dois oficiais da antiga junta, Sadio Câmara e Modibo Kone, que tutelavam a Defesa e a Segurança. Os dois coronéis foram substituídos por Souleymane Doucoure e pelo general Mamadou Lamine Ballo, respetivamente.


O Governo anunciado também vai incluir dois elementos -- para as pastas da Educação e dos Assuntos Fundiários, respetivamente -- da União para a República e Democracia, principal força política do Movimento 05 de Junho, que incentivou a disputa política que levou ao derrube de Ibrahim Boubacar Keïta.


Esta noite, a Associated Press (AP) dá conta de movimentações de militares em Bamako. O atual chefe do Governo também confirmou à AFP que estava a ser detido.


"Confirmo. Homens de [Assimi] Goïta vieram buscar-me para me levar até ao Presidente, que mora não muito longe da minha residência", disse Ouané através de uma curta chamada telefónica com a AFP, que acabou por ser interrompida.

PR defende valorização do património do continente africano

 



O Presidente da República diz que é momento de a África tirar maior proveito do património cultural e intelectual pelo qual o continente é reconhecida. Numa mensagem sobre o Dia de África cujo lema está virado para as artes e cultura, Filipe Nyusi lamentou o impacto da pandemia da COVID-19 sobre o sector.


No dia em que o continente celebra 58 anos da fundação da Organização da Unidade Africana e o 18º Ano da sua transformação em União Africana, o estadista moçambicano, Filipe Nyusi, partilhou, em comunicado, a sua visão sobre a importância da Cultura, das Artes e do Património para a materialização da Agenda 2063 da União Africana.


“É tempo de tirarmos maior proveito do enorme manancial cultural, património intelectual, artístico, quer nas letras, quer na música e artes visuais, ou culinária e entretenimento, pelo qual o nosso continente é reconhecido, colocando a cultura no seu devido lugar e a desempenhar o papel central na integração social do nosso continente”, refere o Presidente em alusão ao lema das celebrações deste ano subordinadas ao tema: “Artes, Cultura e Património da Humanidade: Alavanca para a Construção da África que Queremos”.


Mas o contexto das restrições provocadas pela pandemia não permite aos fazedores das artes e cultura celebrar, pelo que diz o Presidente.


“Manifesto, por isso, a minha admiração aos africanos que têm consentido sacrifícios face à Pandemia da COVID-19 primando pela preservação do maior bem que é a Vida. Ainda que o sector da cultura seja um dos mais afectados, temos visto com muito agrado os profissionais e fazedores das artes e cultura empenhados em campanhas de sensibilização contra a Pandemia”.


O Dia de África foi instituído em 1972 pela Organização das Nações Unidas, para assinalar a criação da Organização da Unidade Africana (OUA) em 25 de Maio de 1963.

“Bancada da Renamo ainda vai dar decisão final sobre polémicas regalias na AR”

 


Como que a prenunciar uma possível mudança de posicionamento, o presidente da Renamo diz que a bancada do seu partido vai reunir e decidir sobre o Estatuto do Funcionário Parlamentar (que prevê as polémicas regalias), tendo em conta as ansiedades do povo. Lembre-se, o documento é duramente criticado.


O Estatuto do Funcionário e Agente Parlamentar foi aprovado na generalidade, na terceira sessão ordinária da Assembleia da República, e por consenso das três bancadas do Parlamento, incluindo a da Renamo. Após contestações e faltando a aprovação do documento em definitivo, o presidente da Renamo prenuncia possível mudança de posicionamento da bancada que um dia disse “sim” às regalias.


“Nós estamos com a população. Enquanto a população não concordar com qualquer aspecto, estaremos com o povo”, refere o dirigente do maior partido da oposição, para depois acrescentar que a bancada da Renamo não aprovou o documento em definitivo, ou seja, na especialidade, e “vai chegar altura que a bancada vai reunir e vai decidir sobre o seu posicionamento no Parlamento”.


Sobre a Cimeira da Troika da SADC, anunciada para esta semana, que deverá discutir o combate ao terrorismo em Cabo Delgado, Momade é céptico no seu posicionamento. Defende que é preciso deixar quem tem capacidade de combater os ataques o fazer, limitando, entretanto, o apoio no combate aos países da Comunidade de Desenvolvimento dos Países da África Austral (SADC).


“Porque o Governo da Frelimo não permite o apoio dos países da África Austral? Na reunião (Cimeira da Dupla Troika da SADC) que vai ter lugar, espero que o regime recue um pouco para que deixe aquele que tem meios próprios para defender o país o fazer”, diz o político.


O presidente da Renamo dirigiu uma reunião dos quadros do partido, na cidade de Maputo, onde apontou esta força política como solução aos problemas dos moçambicanos.

segunda-feira, 24 de maio de 2021

Mais de 900 óbitos não reclamados em Maputo e Matola

 




De Janeiro a Abril deste ano, os hospitais de referência, nas cidades de Maputo e Matola, registaram 3.233 óbitos, dos quais pelo menos 950 foram para a vala comum. A Direcção de Serviço Municipal de Gestão de Morgues e Cemitérios do país diz que várias famílias abandonam os seus ente queridos possivelmente por falta de condições.


Há gente que morre e é enterrada como indigente nas cidades de Maputo e Matola. O problema não é recente, mas, desta vez, pirou e a Direcção de Serviço Municipal de Gestão de Morgues e Cemitérios considera que o surto da COVID-19 pode ter assustado as famílias.

A situação de centenas de cidadãos serem enterrados em valas comuns pode ter piorado devido à falta de condições para a realização de funeral condigno pelos familiares.

Dos 950 óbitos não reclamados, a maior parte é dos hospitais Central de Maputo e Geral José Macamo.

Em partes, o Hospital Geral José Macamo registou 439, segue-se o Hospital Central de Maputo com 298. Depois, aparece o Hospital Geral de Mavalane com 158, seguindo-se o Hospital Provincial da Matola com 52 óbitos. Por último, está o Hospital Geral da Machava com três mortes não reclamados.

A Directora de Serviço Municipal de Gestão de Morgues e Cemitérios, Domingas Romão, explicou que, geralmente, as morgues esperam 15 dias antes de decidirem levar os óbitos para vala comum. No entanto, em casos em que há espaço para conservar os corpos dos malogrados esperam cerca de 45 dias na morgue antes de serem enterrados na vala comum.

Segundo a dirigente, antes do enterro, há um processo de triagem dos óbitos para a vala comum, envolvendo outras entidades, nomeadamente, a Direcção dos Serviços Sociais e os responsáveis dos bairros.

Domingas Romão esclareceu, ainda, que o Conselho Municipal de Maputo está a trabalhar com uma agência funerária para evitar que mais corpos sejam enterrados em vala comum por incapacidade dos familiares para realizar um enterro condigno.

Carta do Leitor: sobre o câmbio MZM/USD nas compras no estrangeiro

 


As vossas notícias surtiram o efeito desejado. Desde a semana passada que estou a realizar alguns pagamentos para o estrangeiro, em dólares, e o meu banco está a debitar os valores ao seu câmbio (do banco), que é, na verdade, quase um Metical e alguns centavos a mais em relação à taxa do Banco de Moçambique. No caso, o meu banco é o Standard Bank e o câmbio aplicável à data das compras que realizei era de 60.50 a 60.94 Mtn por 1 dólar.


Escrevo-vos porque acredito que a situação anterior, de debitar-nos 75 Mzn por cada dólar, da qual os bancos nacionais lançavam a culpa para a VISA, foi resolvida e, se está resolvida, foi graças às vossas notícias. Alguns conhecidos que fizeram pagamentos através de outros bancos (BCI) dizem que a situação é a mesma, que o câmbio aplicado não é mais de 75 Mzn por cada dólar. Meus parabéns. É do vosso tipo de Jornalismo que precisamos.

Mais de 60 membros da Junta Militar juntaram-se ao DDR

 


Um total de 62 membros da auto-proclamada Junta Militar da Renamo, liderada por Mariano Nhongo, juntaram-se ao processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) dos homens armados da Renamo, em curso no país.


Os dados foram avançados este sábado pelo Presidente da República e também Presidente da Frelimo, Filipe Nyusi, durante a abertura da IV Sessão Ordinária do Comité Central daquele partido, que teve lugar no último fim-de-semana, na cidade da Matola, província de Maputo.


No seu discurso, Nyusi reiterou o convite e o desejo de ver os outros membros da Junta Militar a juntarem-se ao processo de DDR e instou a sua contraparte (a liderança da Renamo) a “persuadir os seus seguidores a aderirem ao processo de DDR sem manobras e nem precondições”.

Refira-se que entre os membros da Junta Militar que já se juntaram ao DDR estão André Oliveira Matsangaíssa, João Machava (até então porta-voz) e Paulo Nguirande (então chefe do Estado-Maior).

Segundo Filipe Nyusi, no geral, o processo já abrangeu um total de 2.307 ex-guerrilheiros da Renamo, de um total de 5.221 homens a serem abrangidos até ao final do processo, o que corresponde a uma realização de 44%. Revelou ainda que 10 bases da Renamo foram desmanteladas, sendo nove na totalidade, havendo ainda duas que acolheram o processo de DDR, que só serão encerradas no fim do processo.


Recorde-se que, recentemente, o Chefe de Estado avançou que o processo de DDR já não será concluído no próximo mês de Junho, tal como prometera aquando da comemoração do 45º aniversário da independência nacional, devido à falta de fundos, um constrangimento atribuído à pandemia do novo coronavírus.


Aliás, a falta de fundos tem sido recorrentemente apontada como responsável pelo atraso do processo. Lembre-se que o DDR arrancou, oficialmente, a 29 de Julho de 2019, porém, permaneceu em “banho-maria” quase um ano, tendo sido retomado no início do mês de Junho de 2020, com o encerramento da primeira base da Renamo, no Posto Administrativo de Savane, distrito de Dondo, província de Sofala.

Queda de teleférico faz 14 mortos na Itália

 


O Ministério Público da região italiana da Verbania está a investigar as causas da queda de uma cabina de teleférico, ocorrida este domingo, em Stresa, e que fez 14 mortos. O foco da investigação será perceber por que razão o cabo de carga se partiu e o sistema de travagem de emergência não funcionou.


Há 14 vítimas mortais, das quais duas crianças. Contudo, há um sobrevivente de cinco anos no estado grave. Eitan Moshe Biran, perdeu os pais, os avós e o irmão mais novo no acidente, escreve o “Notícias ao Minuto”.


O teleférico é usado durante todo o ano para aceder ao pico, a 1,491 metros, de onde se tem uma vista panorámica de toda a zona e do lago, e, nos meses mais frios, para a prática de desportos de inverno.


O equipamento tinha sido revisto em 2016 e só há muito pouco tempo reabriu, depois de uma longa paragem devido às restrições face à pandemia da COVID-19.


O teleférico caiu numa zona de pinheiros, de uma altura de várias dezenas de metros, quando estava a cerca de 100 metros do último pilar.

Moçambicano Reinildo Mandava é campeão na França pelo Lille

 


O futebolista moçambicano Reinildo Mandava sagrou-se campeão neste domingo (23/05) pelo Lille, após vencer o Angers por (2-1) na última jornada do principal campeonato francês de futebol.


O moçambicano foi titular na partida decisiva dos "Les doques", que culminou com a conquista do título francês 10 anos depois, quebrando assim, a série de três campeonatos consecutivos (sete nos últimos oito anos) do Paris Saint-Germain.


A vitória começou a ser desenhada por Jonathan David, aos 10 minutos, Yilmaz aos 45+1 fez o segundo tento (2-0) para a equipa de Reinildo. Fulgini fez o tento de honra dois minutos depois dos 90.(2-1) foi o resultado final.


Com este triunfo, o Lille de Reinildo termina o campeonato com 83 pontos, mais um que PSG( Paris Saint Germain).


Reinildo foi umas das peças que mais se destacou ao longo da época, onde mereceu por diversas ocasiões, a nomeação do melhor em campo, o que lhe permitiu a distinção de melhor lateral esquerdo a actuar na França.

domingo, 23 de maio de 2021

Selecção de futebol de praia estreia hoje no CAN do Senegal

 



O combinado moçambicano de futebol de praia faz a sua estreia, absoluta, no Campeonato Africano da modalidade esta tarde, em Dakar, Senegal, quando defrontar o Egipto em partida da primeira jornada do grupo B.


Depois de um estágio pré-competitivo em Portugal, onde realizou três jogos amigáveis com equipas locais, sem derrotas, a moral está em cima nos treinados de Abineiro Ussaca, que procuram fazer história na competição.


Apesar de serem os outsiders do grupo, em virtude de serem estreantes, os moçambicanos estão cientes das dificuldades que vão enfrentar, mas também, sabem que iniciar com uma vitória seria a melhor estreia.


Na antevisão da partida de mais logo, os jogadores mostraram-se confiantes e preparados para darem o seu melhor. O colectivo moçambicano assegurou que vai fazer o seu papel, de jogar e procurar a vitória diante dos faraós.


O seleccionador nacional, Abineiro Ussaca, apelou aos Moçambicanos para que se unam em apoio à selecção nacional.


Recorde-se que a selecção nacional de futebol de praia disputa pela primeira vez uma fase final do Campeonato Africano das Nações, nos últimos 15 anos e persegue a primeira vitória de uma selecção de futebol, em todas categorias, num CAN.


Moçambique vs Egipto tem o seu início quando forem 15H00 locais, 17H00 de Moçambique


Para esta tarde estão reservados, ainda, os encontros entre Marrocos e Seychelles e Uganda vs Senegal.

Deslocados dizem que estão a ser obrigados a pagar por terra em Montepuez

 


Algumas vítimas do terrorismo, em Cabo Delgado, estão a ser obrigadas a comprar terra nos centros de reassentamento de deslocados abertos no distrito de Montepuez, para evitar conflitos com a população nativa.


Montepuez, no sul de Cabo Delgado, é um dos distritos com mais deslocados ao nível da província, e o número de pessoas começou a aumentar desde o ataque terrorista à vila de Palma, no dia 24 de Março último.


“Chegamos e logo que começamos a limpar o espaço veio o dono, e disse para saírmos. Mas se quiséssemos ficar tínhamos de tirar 500 meticais. E depois disse que se quiséssemos ficar tínhamos de lhe dar 500, e roupa. Se não têm nada, saiam”, contou Anzani Amisse.


Um facto confirmado por outro deslocado, Mabote Changade, ouvido pelo “O País”. “Esse terreno comprei por 500 Meticais, no entanto, veio outra pessoa a pedir mais 500. E assim não sei o que fazer e não estou entender porque devo pagar outra vez”, disse.


Além de terra para a construção de casas e abertura de machambas, alguns deslocados são, também, obrigados a comprar as senhas que dão direito à recepção de ajuda humanitária.


“Essas senhas estão a vender. Eles querem que eu pague 200 meticais. Agora esses 200 meticais para comprar senha, onde vou apanhar?”, questionou Catarina Xavier.


A vida nos centros de reassentamento de Montepuez é considerada dura, porque a lista de problemas é longa e a situação poderá agravar-se nos próximos dias, com a chegada de mais deslocados.

sábado, 22 de maio de 2021

Crianças deslocadas devido ao terrorismo recebem material escolar e alimentos

 



Várias crianças deslocadas e que vivem no centro de reassentamento Mputo, no distrito de Montepuez, em Cabo Delgado, receberam material escolar e pediram a construção de uma escola na sua na sua nova aldeia, para evitar percorrer longas distâncias.


A maior parte das crianças deslocadas que recebeu o material escolar saiu de Mocímboa da Praia e Muidumbe e chegou ao centro de reassentamento de Mputo, há mais de um ano, e já foram integradas em algumas escolas do Posto Administrativo de Mapupulo, que fica há cerca de oito quilómetros de distância.


O material escolar foi doado pela Oikos, uma organização Não Governamental Portuguesa, que também apoiou algumas famílias deslocadas reassentadas em Mputo, com kits de alimentos.


O centro de reassentamento de deslocados de Mputo foi aberto em 2020 e actualmente conta com mais de s6 mil pessoas, na sua maioria mulheres e crianças.

Frelimo reúne-se em Comité Central hoje e amanhã Emildo Sambo

 


O partido no poder, a Frelimo, reúne-se em Comité Central, este sábado e amanhã, para analisar, entre outras matérias, a sua saúde.


O Comité Central é o órgão máximo de decisão do partido, entre congressos.


No encontro, a ter lugar na Escola Central da Frelimo, na cidade da Matola, a formação política em referência vai apreciar os relatórios da Comissão Política, do Gabinete de Preparação das Eleições de 2019 e do Comité de Verificação.


Será, também, apreciada a proposta do plano de actividades do partido e o respectivo orçamento para o ano 2021. Haverá, ainda, a apresentação do informe sobre o cumprimento do Programa Quinquenal do Governo 2020/2025.


O evento de dois foi adiado algumas vezes devido às restrições para a prevenção da COVID-19.

sexta-feira, 21 de maio de 2021

Dívida pública aumentou em USD 601 milhões de 2019 a 2020

 



A dívida pública do país aumentou de 12,37 mil milhões de dólares em 2019 para 12,97 mil milhões em 2020. Com cerca de 1,95 mil milhões de dólares, a China é o país que, actualmente, mais dinheiro tem a receber de Moçambique.


O aumento da dívida pública de Moçambique, de 2019 a 2020, é explicado, principalmente, pelo desembolso do FMI de 308,9 milhões de dólares, para o país fazer face à COVID-19 e o agravamento da dívida interna em 305,9 milhões.


Segundo o Relatório Anual da Dívida Pública, divulgado na página electrónica do Ministério da Economia e Finanças, a dívida pública de Moçambique mantem-se insustentável e o país continua a estar na condição de sobre-endividamento.


“Estimativas preliminares apontam para uma ligeira deterioração dos rácios de sustentabilidade em 2020”, refere o documento. Esta situação complica cada vez mais o acesso a financiamentos de baixo custo ao país no mercado internacional.


Embora o limite recomendado, a nível internacional, da dívida pública em relação ao PIB seja de 30%, estimativas apontam que Moçambique tinha mais do dobro, ou seja, 62,7%, o quer dizer que o país tem fraca capacidade de suporte da dívida.


Do total da dívida pública do ano 2020, 10,1 mil milhões de dólares foram contraídos fora do país e 2,8 mil milhões dentro do país, um amento de 11% face a 2019. No ano passado, 92% da dívida tinha taxa de juro variável e apenas 8% fixa.


Entre as entidades que emprestaram dinheiro ao país, seis detêm 75% do valor, são elas: Banco Mundial (29%), Banco Africano de Desenvolvimento (9%), China (19%), credores da Ematum (9%), hoje dívida pública, Portugal (5%) e Japão (4%).

Cessar-fogo entre Israel e Palestina é celebrado

 


A trégua, que coloca fim a 11 dias de violência, está em vigor desde a madrugada de hoje. O Governo de Israel e o Hamas concordaram, esta quinta-feira (20.05), com um cessar-fogo na Faixa de Gaza, mediada pelo Egito.

anúncio do cessar-fogo foi feito pelo gabinete do primeiro ministro israelita Benjamin Netanyahu, após rumores na imprensa israelita, e confirmado poucas horas depois por um funcionário do Hamas.


As reações da comunidade internacional não tardaram a chegar. O Presidente norte-americano, Joe Biden, foi um dos primeiros a reagir, agradecendo ao Egito e a todas as partes que se esforçaram para que se chegasse ao fim das hostilidades na região. Joe Biden lembrou ainda que o cessar-fogo é uma "oportunidade genuína" para construir uma paz duradoura no Médio Oriente.


"Acredito que os palestinianos e os israelitas merecem igualmente viver em segurança e usufruir de medidas iguais de liberdade, prosperidade e democracia. A minha administração vai continuar com a silenciosa, incansável diplomacia nesse sentido", prometeu.


Também António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, saudou a decisão e exortou as duas partes a iniciarem um "diálogo sério para abordar a raiz do conflito".



Pressão internacional

Por sua vez, o Presidente da Assembleia Geral da ONU, Volkan Bozkir, disse que "apesar de tardia, a notícia sobre o cessar-fogo em Gaza é tranquilizadora. Esta foi uma das principais exigências dos estados membros na reunião desta quinta-feira (20.05)".


E para Bozkir "mostra que quando a Assembleia Geral (da ONU) assume a liderança e os estados membros falam em conjunto, obtemos resultados".


Os rumores sobre uma possível trégua na Faixa de Gaza ganharam força, esta quinta-feira (20.05), depois do primeiro-ministro israelita ter convocado o Gabinete de Segurança para uma reunião.


Até aqui, Netanyahu rejeitou sempre um cessar-fogo entre as partes, insistindo que os ataques contra o Hamas continuariam até que se conseguisse recuperar a segurança no país. 


No entanto, a pressão internacional parece ter falado mais alto, numa altura em que a nova espiral de violência na região já havia provocado a morte de pelo menos 239 pessoas, a maioria palestinianos. 



Entre alegria e descontentamento

De acordo com os jornalistas no terreno, desde que entrou oficialmente em vigor a trégua, esta madrugada, apenas foram ouvidos tiros de celebração nas ruas de Gaza e também não foram disparados mais rockets por parte do Hamas.


Dos dois lados do conflito, as opiniões divergem.


Em Israel um cidadão diz: "Fico muito feliz que haja paz e espero que se mantenha por muito tempo. Veremos como corre, espero realmente que a paz se mantenha".


Já na Palestina há pessoas inconformadas: "Não queremos um cessar-fogo. Queremos que a Palestina seja livre. Eles roubaram as nossas terras. Isto não vai resolver nada".


Fontes diplomáticas egípcias disseram à France-Presse que o Cairo vai enviar duas delegações a Telavive e ao território palestiniano no sentido de garantir que o cessar-fogo anunciado é respeitado. Também o secretário de Estado norte-americano Anthony Blinken já fez saber que viajará em breve para o Médio Oriente

O Clima não pode destruir as esperanças, escreve Graça Machel

 


Coincidindo com o dia Mundial da Terra, declarado pelas Nações Unidas, e servindo de antecâmara para a próxima cimeira da ONU sobre as mudanças climáticas, agendada para o final deste ano, 2021, em Glasgow, na Escócia, mais de 40 líderes mundiais revisitaram, neste considerado novo normal, a complexa e pertinente agenda sobre aquecimento global e os efeitos imediatos das mudanças climáticas. A grande novidade, se assim a podermos classificar, está associada ao retorno dos Estados Unidos da América, por via do recentemente eleito Presidente Joe Biden, à agenda global sobre o clima, sobretudo, em relação à emissão de gases de efeito estufa, rompendo com um afastamento imposto pelo anterior Presidente norte-americano.


No sentido inverso, a não participação directa de Moçambique, por não ter sido convidado para o efeito, me pareceu inesperada, inexplicável e sintomática de como as agendas internacionais negligenciam e se afastam das preocupações de quem mais sofre com os efeitos conjugados das mudanças climáticas.


Moçambique, de acordo com os diferentes índices de risco climático global, que muitas vezes tem indicadores diferentes, mas muitas vezes coincidentes, ocupa, tristemente, o primeiro lugar na lista dos países mais vulneráveis às alterações climáticas. Por outras palavras, Moçambique é vítima de actividades industriais que alteraram o curso normal do clima e tem que arcar com o ónus de fazer face aos efeitos desastrosos de ciclones mais constantes, chuvas mais devastadoras e, até, longos períodos de seca.


Em bom rigor, esta cimeira até coincidiu com o segundo ano da passagem dos ciclones Idai e Kenneth, que assolaram as províncias de Sofala, Zambézia, Manica e Cabo Delgado. A ferocidade destes ciclones ceifou a vida de mais de 700 cidadãos moçambicanos, para além de ter gerado acima de 370 mil deslocados. Estas famílias continuam dependentes de ajuda para recompor as suas vidas. As mudanças climáticas, cujo aporte científico ainda precisa de ser melhor disseminado pelo país, não dilaceram, apenas, o tecido social, não destroem os campos agrícolas e as florestas, arrasam, principalmente, a esperança de um povo.


Se, por um lado, o mundo necessita, com urgência, de implementar o quadro de medidas mitigatórias e rever as suas ambições industriais, para manter o aquecimento global abaixo dos 2 graus centígrados, preferencialmente, abaixo dos 1.5 graus centígrados, por outro lado, carece da redefinição de uma agenda sobre a participação, no processo decisório, dos actores que mais sofrem com estas mudanças climáticas, dando voz aos jovens e às mulheres.


Faço parte de um grupo designado The Elders, dirigido por Mary Robinson, que inclui Ban Ki-moon, Harlem Brundtland, Ellen Johnsonn Sirleaf, Ernesto Zedillo e Fernando Herinque Cardoso. Cientes da realização desta Cimeira, decidimos fazer um apelo, para que a Cimeira não se concentre numa discussão apenas das principais potências, mas que seja um momento e uma oportunidade para que os países mais afectados possam veicular as suas preocupações e se afirmarem como os que, mais directamente, sofrem com os efeitos das mudanças climáticas.


Nestes momentos, eu me recordo, e com um misto de tristeza e desespero, que Moçambique registou, com o ciclone Idai, o mais devastador fenómeno das mudanças climáticas no hemisfério Sul. Por conseguinte, é um direito que assiste ao país de erguer a voz e, de forma legítima, clamar pela sua integração na agenda internacional e de todos quanto sofrem e que se sentem excluídos.


Este debate sobre as mudanças climáticas, que continua de forma errónea, ainda tímido e esporádico em Moçambique, terá de passar por uma posição nacional que incorpore os pontos de vista da academia, do sector privado, das organizações não-governamentais e, sobretudo, dos nossos especialistas que, a par e passo, acompanham e pesquisam sobre a temática sobre o aquecimento global. O nosso país, e outros países que fazem parte da lista dos mais vulneráveis às alterações climáticas, têm legitimidade natural para expressar e revelar as questões essenciais que os afectam, neste presente sombrio, e que afectarão o futuro ainda mais intricado e complexo.


Os sinais da inacção podem ser muito mais devastadores do que os efeitos pelos quais passamos. Nestes momentos, nos recordamos do sábio ditado africano que diz que a luz com que nós vemos os outros é a mesma luz com que os outros nos vêem a nós próprios. Em bom rigor, o clima não pode destruir as nossas esperanças e os sonhos de sermos uma sociedade e um país que vive com dignidade e harmonia

Extradição de Chang: Decisão de Pretória vai ser submetida ao tribunal

 


A Ministra das Relações Exteriores da RAS, Naledi Pandor, abordou ontem numa conferência de imprensa o caso Manuel Chang. Ela não revelou se o governo iria extraditar o ex-ministro das Finanças moçambicano para Moçambique ou para os EUA, para enfrentar acusações de fraude e corrupção num esquema de $ 2 milhões envolvendo a compra de embarcações de pesca e patrulha.


Ambos os países acusaram Chang. Na semana passada, o governo moçambicano submeteu um requerimento junto do Supremo Tribunal de Joanesburgo para ordenar o Ministro da Justiça Ronald Lamola a extraditar Chang, que está detido na África do Sul há quase 29 meses. Pandor disse na terça-feira que seu governo vai submeter sua posição junto ao tribunal

Israel e Hamas concordam com cessar-fogo em Gaza

 



Tanto o Gabinete de Segurança de Benjamin Netanyahu, como o porta-voz do movimento Hamas, confirmaram que uma trégua mútua entrará em vigor esta sexta-feira (21.05), após 11 dias de violência na Faixa de Gaza.

O governo do Primeiro Ministro Benjamin Netanyahu confirmou oficialmente, na noite desta quinta-feira (20.05), a trégua mediada pelo Egito.


"O Gabinete [de Segurança do primeiro-ministro israelita] aceitou unanimemente a recomendação de todos os oficiais de segurança (...) de aceitar a iniciativa egípcia de um cessar-fogo bilateral incondicional", dá conta um comunicado divulgado pelo Estado hebreu. 


Membros do Gabinete de Segurança israelense, incluindo o chefe do Estado-Maior e comandantes militares, concordaram em aceitar a proposta do Egito de fim das hostilidades após elogiarem o que consideravam "grandes realizações" de Israel na campanha militar em Gaza.


Poucas horas depois do anúncio israelita, também o grupo islâmico Hamas confirmou a trégua "mútua e simultânea" com Israel, que deverá ter início às 2 horas da madrugada desta sexta-feira (21.05).



"Obtivemos garantias dos mediadores de que a agressão contra Gaza vai parar", disse o porta-voz do movimento islâmico Hamas em Gaza, Hazem Qassem sobre o papel do Egito e da ONU na resolução do conflito.


Entretanto, e em declarações à Associated Press, Ali Barakeh, um oficial do Hamas disse que o cessar-fogo constitui uma derrota para Netanyahu e "uma vitória para a população palestiniana". 


Contudo, o sentimento de alerta vai permanecer até que haja informações mais credíveis por parte dos mediadores deste conflito no Médio Oriente, que se arrasta há décadas. 


Os rumores sobre esta possível trégua ganharam força nas últimas horas, especialmente depois do primeiro-ministro israelita ter convocado na tarde desta quinta-feira (20.05) o Gabinete de Segurança para uma reunião. 


A pressão dos Estados Unidos da América (EUA) terá feito a diferença, que já tinham confirmado sinais "claramente encorajadores" no sentido de chegar ao cessar-fogo, explicitou a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki durante uma conferência de imprensa. 


O Presidente dos EUA, o democrata Joe Biden, pressionou publicamente o primeiro-ministro de Israel, na quarta-feira (19.05). Biden disse que esperava de Israel uma intenção real de interrupção do escalamento do conflito, mas Benjamin Netanyahu continuava a dizer que estava "determinado em continuar esta operação até atingir o objetivo". 


Já esta sexta-feira, o Presidente norte-americano agradeceu aos líderes egípcios por mediarem o acordo de paz.


Osama Hamdan, uma das principais figuras do Hamas, que está sediado no Líbano, também tinha dito que o cessar-fogo entre as duas fações era expectável em menos de dois dias. 

quinta-feira, 20 de maio de 2021

Dívidas Ocultas: Demora na extradição de Chang deve-se à "insistência" de Maputo

 



Jurista André Thomashausen defende que a demora no processo de extradição do ex-ministro das Finanças Manuel Chang deve-se à "insistência" de Moçambique em concorrer com o pedido de extradição norte-americano.

Para o jurista André Thomashausen, a residir na África do Sul, "não é da responsabilidade da África do Sul resolver os pedidos concorrentes de extradição".


"O prolongamento da detenção é devido à insistência de dois países em ver essa pessoa extraditada, enquanto esses dois países não conseguirem estar de acordo sobre o processo da extradição, a detenção tem que forçosamente continuar porque a África do Sul tem que obedecer aos pedidos de extradição e tem que garantir que a pessoa não vá desaparecer ou fugir", explicou Thomashausen.


"De forma que está nas mãos de Moçambique, porque se retirar o seu pedido de extradição, a detenção do Sr. Chang na África do Sul pode ser terminada imediatamente, porque poderá seguir para os Estados Unidos", adiantou o jurista e académico.


Na passada sexta-feira, (14.05), o Governo moçambicano pediu à Justiça sul-africana para "obrigar" Pretória a extraditar "sem mais demora" o ex-ministro das Finanças Manuel Chang, que se encontra detido na prisão de Modderbee, em Benoni, leste de Joanesburgo.


Tribunal Superior de Gauteng, em Joanesburgo


De acordo com o pedido submetido no Tribunal Superior de Gauteng, em Joanesburgo, a que a Lusa teve acesso, o Governo moçambicano queixa-se que "um período excessivamente longo prescreveu", salientando que o ministro da Justiça sul-africano, Ronald Lamola, "falhou e/ou está a negligenciar o exercício da sua decisão conforme ordem do tribunal".


"Não existe regra firme"

Na opinião de André Thomashausen, "não existe regra firme" que defina, ao abrigo da legislação em vigor na África do Sul, o tempo de encarceramento sem julgamento a aguardar por uma extradição do país.


"Existem evidentemente os direitos fundamentais do devido processo penal, no Tribunal dos Direitos Humanos da União Europeia, por exemplo, tem havido decisões que consideraram um período de detenção preventiva, detenção antes do julgamento, de 11 anos como sendo excessivo, mas claro que dois anos sem julgamento não é o que se gostaria de ver num Estado de direito com o sistema judicial a funcionar", referiu.  


Se o Governo de Moçambique "se queixa" agora de Manuel Chang ter passado 29 meses preso na África do Sul, referiu André Thomashausen, "o primeiro responsável por essa demora é a Procuradoria-Geral de Moçambique que nunca fez o seu devido trabalho".


Pedido de extradição sem base legal

O jurista e analista político sublinhou que o pedido de extradição concorrente da Procuradoria-Geral da República de Moçambique foi submetido "sem a devida base legal porque em 2019 o Sr. Chang nem sequer era arguido", sublinhado que "depois arranjaram uma maneira de o tornar arguido, mas sem fundamento", continuando a "complicar e a fundamentar mal" o pedido de extradição. 


"É por isso que esta situação se tem arrastado, porque Moçambique está a impedir, está a atrasar a extradição do Sr. Chang para os Estados Unidos", frisou Thomashausen.


"Em princípio, o tribunal não se pode sobrepor à decisão que por lei compete ao ministro, temos a doutrina da separação dos poderes [na África do Sul], e a lei dita que é o poder executivo, o ministro, que deve tomar a decisão sobre a extradição", afirma.


Desacreditar sistema de justiça

O jurista André Thomashausen considera que a atuação do Governo de Moçambique ameaça desacreditar o Estado de direito constitucional na vizinha África do Sul.


Alerta que o caso coloca "em risco" a credibilidade do próprio sistema de justiça no país, assim como a luta contra a corrupção pública "endémica" e o equilíbrio de poderes no regime democrático da África do Sul.


Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa


"Vai ferir o princípio do Estado de direito, que aliás o ministro da Justiça sul-africano Ronald Lamola evocou, com muita autoridade, no seu último discurso na Assembleia da República, porque irá também ferir a lei da extradição, que prevê que a competência para tomar esta decisão é a competência do ministro e não é a do Presidente da República Ramaphosa", frisou André Thomashausen.


Decisão "politicamente delicada"

André Thomashausen avançou que como a decisão sobre a extradição do antigo governante moçambicano é "politicamente delicada", o chefe de Estado sul-africano "chamou a decisão a si".


Segundo o jurista, o parecer do ministro Lamola "ficou na mesa do Presidente Ramaphosa, que por uma razão ou outra decidiu aguardar, talvez por uma oportunidade consensual, que o Presidente Nyusi venha a concordar que não há outra saída", a não ser "a de que o Sr. Chang tem mesmo que ir para os Estados Unidos".


"Tudo isso foge à legalidade constitucional e iria prejudicar ainda mais a reputação da África do Sul, que já está muito afetada negativamente com os enormes escândalos de corrupção que não pararam nesta Presidência com Ramaphosa", explicou, todavia, Thomashausen.


Manuel Chang é considerado "peça-chave" nas chamadas 'dívidas ocultas' do Estado moçambicano, contraídas entre 2013 e 2014, à revelia do parlamento, no valor de 2,2 mil milhões de dólares (1,8 milhões de euros), ao assinar as garantias de Estado em nome do Governo do ex-presidente Armando Guebuza. 

Total garante que irá pagar os “valores pendentes” às PME

 



A Total assegurou ao Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, o pagamento de “valores pendentes” às Pequenas e Médias Empresas (PME) contratadas no projecto de gás natural, em Cabo Delgado.


A informação foi avançada esta quarta-feira pela Agência Lusa, citando uma fonte do Governo, que acompanhou a reunião entre o Chefe de Estado moçambicano e o Presidente da Total, Patrick Pouyanné, no âmbito da visita de trabalho efectuada por Filipe Nyusi à França.


“A Total assegura o pagamento de valores pendentes com Pequenas e Médias Empresas moçambicanas contratadas no âmbito da implementação do projecto Golfinho/Atum”, disse fonte do Governo, citada pela Lusa.


Lembre-se que a Total suspendeu as actividades no projecto de exploração de gás natural em Afungi, após ataques terroristas à vila-sede do distrito de Palma, verificados no passado dia 24 de Março, tendo declarado “Força Maior” para cessar as relações contratuais com os seus parceiros no empreendimento.


De acordo com os dados partilhados pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), em princípios deste mês, os ataques terroristas do passado dia 24 de Março afectaram 410 empresas e cerca de 56 mil postos de trabalho. Causaram também um impacto financeiro de 148.11 milhões de USD, que inclui destruições, atrasos de pagamentos e mercadorias em trânsito sem certeza da entrega.


Nas contas da CTA, até ao período anterior à suspensão das actividades, cerca de 29.77 milhões de USD (correspondente a 34.8% do valor dos contratos de fornecimento de bens e serviços firmados) já possuíam ordens de compra emitidas, sendo que, deste valor, cerca de 16.16 milhões de USD (correspondente a 54.2%) já haviam sido pagos e 13.61 milhões de USD (correspondente a 45.8%) permanecem em dívida.


A organização disse ainda que o valor das mercadorias já adquiridas para o fornecimento à Total ascendia a cerca de 28.50 milhões de USD, sendo que a mercadoria avaliada em 12.79 milhões de USD (correspondente a 45%) está em stock e a de 15.72 milhões de USD está em trânsito.


Sublinhe-se que, na reunião que teve com o Presidente da República, a Total reiterou que continua empenhada em desenvolver o maior projecto de exploração de gás natural, em África, pelo que vai regressar ao país, porém, tal facto acontecerá “assim que as condições de segurança tiverem sido repostas em Cabo Delgado”.


Os ataques terroristas já causaram a morte de mais de duas mil pessoas (entre civis, militares e membros do grupo terrorista) e a deslocação de mais de 800 mil pessoas. O ataque à vila-sede de Palma, por exemplo, causou a deslocação de perto de 50 mil pessoas.

Governo vai construir 250 casas para os veteranos da luta de libertação nacional Até 2023

 


Governo vai construir 250 casas para os veteranos da luta de libertação nacional , até 2023. A informação foi revelada, hoje, pelo presidente da Frelimo, Filipe Nyusi, na abertura da terceira Sessão Ordinária da ACLLIN.


Na abertura da terceira Sessão Ordinária da Associação dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional, ACLLIN, ligada à Frelimo, o presidente do partido, Filipe Nyusi, começou por descrever o quadro de insegurança que se vive na zona centro do país, devido aos ataques armados e o terrorismo, na província de Cabo Delgado, para além das calamidades naturais.


Nos dois conflitos, Filipe Nyusi disse haver combatentes deslocados que revivem cenários de guerra, o que é inaceitável e, a ACLLIN é chamada a agir.


Aos libertadores da Pátria Amada, o presidente da Frelimo revelou que foram registadas e fixadas um total de 89.028 pensões, tendo, ainda, o Governo encerrado a fixação de pensões dos veteranos por via testemunhal através do decreto 53/2020 de 03 de Junho.


Ainda sobre os benefícios aos homens e mulheres que libertaram o país, Filipe Nyusi falou das casas já construídas e por serem construídas para combatentes com deficiência profunda, para além da distribuição dos meios de compensação em todas as províncias.


A estas acções junta-se o movimento de condecoração aos combatentes, com a medalha veterano de luta de libertação nacional, com o objectivo de reconhecer e exaltar aos que libertaram a pátria, sendo que até Fevereiro, deste ano, já haviam sido condecorados 5.511 veteranos.