Nyusi despede-se Hoje dos moçambicanos
É já, quarta-feira, 7 de Agosto de 2024, que Filipe Jacinto Nyusi irá discursar pela…
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Graça Machel afirma que tudo que é povo deve ser respeitado e protegido porque pertence aos trinta milhões de moçambicanos, “o suor do Trabalho do povo moçambicano é sagrado”.
A activista social vai mais longe dizendo que os dirigentes actuais tem coragem de tirar o pouco que o pacato cidadão moçambicano tem, por acharem que é justo agir dessa forma. “O que nos salva é a força interior que nós moçambicanos temos, a força espiritual é a que nos salva porque em termos materiais o povo está extremamente empobrecido”.
Graça Machel pronunciou-se nesses termos durante o lançamento do Livro “Samora Machel Uma Vida Interrompida”, uma obra da autoria de Allen F. Isaacman e Barbara S. Isaacman. A obra escrita em língua inglesa teve sua avaliação e enquadramento histórico por Alves Gomes.
A Presidente da FDC revelou que Samora Machel foi assassinado, contrariando a remota história de que morreu no acidente aéreo quando vinha de Lusaka numa reunião de cooperação.
“E a gente deve se questionar o porque Samora foi morto. Aqui pensou-se que matar uma pessoa também é matar os princípio e ideais. É por isso que está a ficar cada vez mais claro – é só uma questão de pormos as nossas cabeças a funcionar, este país nunca mais foi o mesmo depois da morte de Samora, não foi por acaso que naquele avião morreram todas a raças, todas as províncias, todas as etnias – estavam lá Directores nacionais, Ministros, Seguranças do Estado, Enfermeiros, até Cozinheiros estavam no avião que dizimou aquele sendo o Chefe de Estado mais querido pelo povo moçambicano. “E naquele avião quando caiu e ele morreu houve alguém que pensou que a nação também morreu”.
Graça Machel refere que o povo simpatizava tanto com Samora que ao escutar sobre sua morte também colocou-se em lágrimas, sem olhar aonde se encontrava no momento da notícia. “Eu lembro duma vez quando entrei no mercado central da baixa da cidade de Maputo, por o povo ver-me começou a tirar lágrimas, lembrando que se o Machel estivesse vivo, não estariam a sofrer como hoje estão”, rematou.
Samora é um grande ser humano, mas por ser humano também tem outros defeitos. Nem tudo é perfeito naquilo que ele fez. Uma coisa é real, com todas as coisas que posso dizer, Samora tinha um amor profundo para com este povo. Samora fez bem para o povo moçambicano. Tinha amor permanente de produzir bem para o povo moçambicano. Graça Machel apelou aos jovens e a comunidade no geral para se inspirarem nos ideais de Samora Machel, porque no entender da Activista Social e Membro do Partido no poder, Samora tinha um amor com seu próprio povo.
“Porque ele falava com qualquer outro tipo de povo sem qualquer tipo de receio ou complexo de inferioridade, tratando a todos de igual maneira”, disse Graça.
Graça Machel que é também Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade(FDC), referiu que Machel tinha dignidade, identidade moçambicana original e que aquele homem como dirigente olhava para qualquer dirigente de forma igual. “Nós moçambicanos precisamos recuperar essa dignidade para que alguém possa olhar para nós com esse valor humano”.
Graça acrescenta que nos últimos tempos os jovens moçambicanos com o esforço empreendido para o desenvolvimento desta nação os dirigentes deste país tem estado severamente “a bombardear”. Machel vai mais longe disse não haver necessidade do governo do dia comportar-se desta forma tendo em conta que os jovens em qualquer canto do mundo são o seguro do desenvolvimento em todos os sectores produtivos.
“Samora contribuiu muito para que os jovens se afirmassem e que hoje isso não acontece”.
Segundo ela o Primeiro Presidente de Moçambique Independente Samora Moisés Machel, tratava os assuntos de forma igualitária assumindo que todos tem oportunidade para fazer algo pelo Desenvolvimento do país.
Graça Machel continuou dizendo que deve-se recuperar Samora, para termos um país que seja uma pátria onde “todos nós somos iguais, mas hoje em dia não se fala da pátria ou seja já não existe o patriotismo”.
A esposa do Primeiro Presidente de Moçambique Independente, disse que o lançamento da obra literária do casal americano Isaacman, chama a todos para reflectir como foi Samora Machel que não era uma pessoa extraordinária, mas sim um dirigente do povo para o povo.
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