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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Rússia assume que ataque à Ucrânia visa travar avanço da NATO

 


O início hoje dos ataques da Rússia à Ucrânia levou o embaixador da Federação Russa em Moçambique, Alexander Surikov, a conceder uma entrevista exclusiva ao jornal “O País”, na qual falou sobre a génese do conflito. O diplomata recorreu à história para explicar que Kiev foi a primeira capital do território russo e que, ao longo dos anos, as regiões como Crimeia e Donbas foram cedidas por diferentes líderes russos à Ucrânia para promover o seu desenvolvimento. E exactamente nessas regiões onde residem mais de 40% da população da Ucrânia que são originalmente russos e falam essa língua.

Explica ainda o diplomata que, após a segunda guerra mundial e após o Pacto de Varsóvia que cria a Organização do Tratado do Atlântico Norte, NATO, ficou acordado que, para a paz na Europa, aquela organização que é militar devia cingir-se às fronteiras dos respectivos países-membros. No entanto, após a queda da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e particularmente a partir de 1991 com a fragilidade política, económica e a independência de muitos países do Leste Europeia, outrora, filiados à URSS, assistiu-se à expansão da NATO fora das fronteiras anteriormente definidas.

Um a um a NATO foi conquistando os países do Leste como seus membros de direito e assim foi colocando suas bases militares, sistemas de segurança e até alocando milhares de militares. Ao longo dos anos, a Rússia diz que tem estado a negociar com a NATO a reversão desta situação para a segurança quer do seu território, quer da Europa no seu todo, mas os seus apelos têm sido “letra morta”.

Desde 2014 e fruto do golpe de Estado, subiram ao poder na Ucrânia ultranacionalista que, durante a segunda guerra mundial até apoiaram as forças nazistas na invasão à Rússia. Os nacionalistas ucranianos têm, segundo o Kremlin, hostilizado 40% da população daquele país que é russa, proibindo-a de falar o russo. Tal facto levou ao surgimento de movimentos separatistas em Donbas e na Crimeia que conseguiram declarar independência da Ucrânia com 99% de votos da população em referendo, sendo que as duas províncias separatistas de Donbas quiseram a sua auto-determinação enquanto a Crimeia foi anexada à Rússia. Em retaliação, o diplomata russo diz que o regime ucraniano tem dirigido ataques militares a essas províncias com violações dos direitos humanos ante ao silêncio do Ocidente.

E estando iminente um novo ataque àquelas províncias, elas pediram apoio a Kremlin que respondeu com o ataque da última quinta-feira, que, para além de apoiar os separatistas, visa persuadir o avanço das negociações entre a Ucrânia e a NATO. É que, segundo os russos, a adesão da Ucrânia à NATO os coloca em total exposição daquele bloco militar, limitando a sua defesa em caso de um eventual ataque.

O embaixador russo em Moçambique disse que, até 1991, a NATO precisaria de 30 minutos a uma hora de tempo para lançar mísseis sobre Moscovo, actualmente precisaria de 15 a 20 minutos e com a adesão da Ucrânia à NATO, o tempo fica reduzido a cinco minutos, o que igualmente reduz a capacidade de reacção das forças militares russas.

E esse receio, segundo Surikov, justifica-se pelos conflitos que, nos últimos anos em que a NATO esteve envolvido desde a intervenção na antiga Jugoslávia, no Iraque, na Líbia, na Síria, tendo como justificações motivos que depois se provaram como falsas, para além de ter motivado o surgimento de movimentos islâmicos extremistas que colocam o mundo inteiro em insegurança.

Por isso, o diplomata considera as antigas repúblicas soviéticas como sendo a linha vermelha que a NATO não deve atravessar, sob pena de forte reacção russa. E por isso nem mesmo sanções económicas irão demover a Rússia de defender a sua integridade territorial e que irá lançar ataques demolidores a qualquer país ou grupos de países que tentarem retaliar o seu ataque à Ucrânia.

O embaixador, que se diz natural da cidade de Petersburgo, recorreu à história para recordar os dois anos em que a cidade esteve cercada por tropas nazistas, mas resistiu com os seus mais de 1,5 milhões de habitantes até conseguir repelir o ataque nazista, pelo que diz não haver receio de que a Rússia está preparada para enfrentar qualquer cerco que o Ocidente venha a fazer.


 Fonte: O país

Primeiros refugiados ucranianos chegam à Polónia e Hungria

 


Os primeiros refugiados ucranianos que deixaram o país, esta quinta-feira, por via terrestre, já estão na Polónia, país membro da União Europeia. Um comboio com origem na cidade ucraniana de Kharkiv, no leste do país, perto da fronteira russa, chegou a Przemysl, na Polónia, com várias centenas de refugiados a bordo.

“Tivemos muita sorte em conseguir sair da Ucrânia no penúltimo comboio a vir para aqui. Passámos as últimas 16 horas a apostar toda a nossa sorte em chegar aqui. Nós e muitos dos nossos amigos vamos conseguir o estatuto de refugiados, mas nós temos a vantagem de ter o nosso alojamento planeado com antecedência. Estamos contentes por ter amigos aqui na Polónia prontos a ajudar o nosso povo”, disse Alexander, refugiado ucraniano de Kiev, citado pela Euronews.

Também nas cidades ainda controladas pelo governo de Kiev, mas vizinhas das autoproclamadas repúblicas independentistas de Luhansk e Donetsk, no leste do país, como foi o caso em Kramatorsk, as estações ferroviárias encheram-se de pessoas em fuga para o estrangeiro ou para zonas da Ucrânia consideradas mais seguras. Estima-se que esta guerra possa vir a fazer vários milhões de deslocados, escreve a Euronews.



Fonte:O país

Ucrânia: Cidadãos da África lusófona temem pela vida

 


Cidadãos da África lusófona na Ucrânia testemunham o pânico e caos inéditos. O seu desejo urgente é sair da Ucrânia "o mais rápido possível" para local seguro.

Ao levantar-se esta manhã, o estudante angolano Manuel de Assunção não reconheceu a cidade de Dnipro, onde vive há sete anos.

"A cidade acordou em pânico. No período da manhã, por volta das quatro horas [locais], ouvimos explosões e tiroteios em zonas estratégicas, nos arredores de Dnipro, na região de Donbass", dosse Assunção à DW África.

O estudante da arquitetura vive muito perto das duas regiões separatistas no leste na Ucrânia, palco dos ataques russos. As autoridades pedem às pessoas para evitarem aglomerações, mas todos querem sair para encontrar abrigo seguro, conta.

"Todo o mundo saiu com as malas e pertenças, preparado para o que der e vier. Acham que juntos são mais fortes para enfrentar os russos, do que se ficarem em casa", disse o também presidente da Associação dos Estudantes angolanos em Dnipro.

Evacuação dos Estudantes

Estima-se que mais de 150 estudantes estejam ansiosos por abandonar "o mais rapidamente possível" a Ucrânia. Mais de 130 assinaram uma lista pendido às autoridades que sejam evacuados para a Polónia.

Manuel de Assuncão, líder estudantil angolano em Dnipro, sudeste da Ucrânia

"A possibilidade da nossa evacuação está a ser trabalhada. E estamos à espera de mais notícias do Governo angolano. Queremos sair o mais rápido possível, porque a Ucrânia entrou num estado de emergência por 30 dias e está tudo fechado", disse  Assunção.

No sudoeste da Ucrânia, em Vinnitsya, perto da Polónia, Julieta Mambo Savikeia não ouviu tiros nem explosões, mas viu um caos inédito na sua cidade.

"A cidade está agitada. Há pânico nas ruas. Os supermercados estão totalmente lotados”, disse à DW África a médica angolana,  que vive na Ucrânia há dez anos. Savikeia quer sair do país ainda esta sexta-feira rumo à Polónia, porque lhe parece que "a situação está fora de controlo".

Fugir para a Polónia

Apesar de estar pronta para se refugiar, Julieta Mambo Savikeia não consegue levantar dinheiro, nem fazer compras nos supermercados.

"Os cartões Visa já não estão a funcionar. Há uma enchente nas caixas automáticas. As coisas estão bem complicadas", acrescentou.

Savikeia pede ajuda às autoridades dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) para facilitarem a evacuação dos estrangeiros, antes que a situação piore.

Julieta Mambo Savikeia, médica angolana na Ucrânia

"Estamos com medo e em pânico. Estamos muito preocupados e apavorados. Então estamos a fazer o possível para sair, mas as coisas não estão fáceis, porque os transportes estão caóticos", disse.

Contactos governamentais

Sobre os são-tomenses, cabo-verdianos e moçambicanos na Ucrânia pouco se sabe. O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Moçambique prometeu prestar declarações a propósito à DW África na sexta-feira (25.02).

Os cidadãos da Guiné-Bissau já foram contactos pelas autoridades da capital, disse à DW África a secretária de Estado das Comunidades, Salomé dos Santos Allouche.

"O Governo acompanha com baste preocupação a situação. Estamos em contato com os nossos cidadãos, que estão a relatar a situação de aflição que estão a viver", disse Salomé dos Santos, que precisou que foram identificados quatro cidadãos guineenses que vivem na Ucrânia.

"Estamos a pedir a documentação, porque estamos a equacionar uma futura medida de evacuação", explicou.

Caso se verifique a necessidade de uma evacuação, a Guiné-Bissau pretende solicitar apoio das embaixadas na Ucrânia dos países com os quais assinou o Acordo de Proteção Consular, Portugal, Brasil e a Nigéria.

Em comunicado, o Governo de Cabo Verde fez saber que está a acompanhar com preocupação a situação e que condena o recurso à ameaça e ao uso da força. O Governo de Ulisses Correia e Silva defende o respeito pelos valores e pelo direito internacional. Pede ainda um cessar-fogo imediato para dar lugar a uma saída diplomática.


Fonte:DW África