Cookie

This is default featured slide 1 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

This is default featured slide 2 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

This is default featured slide 3 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

This is default featured slide 4 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

This is default featured slide 5 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

sexta-feira, 30 de julho de 2021

Jaime Neto enaltece papel da China no apoio às FADM

 


Numa mensagem enviada ao seu homólogo chinês pela passagem do 94º aniversário da criação do Exército de Libertação Popular da China (PLA), Forças Armadas da China, que se assinala domingo (1 de Agosto), Jaime Neto enaltece o papel daquelas forças no apoio a Moçambique, em vários domínios desde a luta pela independência até aos dias que correm.

A China foi, desde os primórdios da Luta de Libertação Nacional, um parceiro de Moçambique. Mesmo depois do alcance da independência, aquele país continua a cooperar e a manter boas relações com Moçambique. Essa cooperação não se circunscreve apenas no domínio político, mas também militar. E porque o exército daquele país celebra, domingo, o seu 94º aniversário, Jaime Neto endereçou uma mensagem de felicitação.

“Gostaríamos de assinalar o facto de o Exército de Libertação Popular da China atribuir grande valor e importância às relações de amizade com as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM). Com efeito, China e Moçambique gozam de boas e duradouras relações de amizade e irmandade que datam desde o início da década de 1960, quando o povo moçambicano se organizava para desencadear a Luta Armada de Libertação Nacional”, inicia o documento que depois salienta o apoio do exército chinês no fortalecimento do contingente moçambicano no combate ao terrorismo.

“Satisfaz-nos constatar que, nos últimos anos, a relação militar entre a China e Moçambique tem continuado a desenvolver-se a um ritmo acelerado, resultando constantemente em ganhos nos domínios de formação militar, construção de infra-estruturas, saúde militar, entre outros, que têm contribuído para o aprimoramento da capacidade de intervenção das FADM, para fazer face aos desafios actuais de segurança, particularmente o terrorismo. Estes ganhos trouxeram uma maior dinâmica na parceria compreensiva de cooperação estratégica entre os dois países”, detalha.

O Ministério da Defesa de Moçambique destaca o papel daquelas forças no apoio aos esforços globais para a pacificação do mundo, através do envio das suas tropas.

“Apraz-nos reconhecer o papel dos Capacetes Azuis Chineses, nas diversas missões de paz. Congratulamos a República Popular da China pelo facto de, até à presente data, ser o segundo maior contribuinte do orçamento de manutenção de paz das Nações Unidas e o maior contribuinte de tropas entre os membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O facto de mais de 40.000 tropas chinesas terem sido desdobradas em 25 operações de manutenção de paz, nas quais 13 pacificadores chineses sacrificaram as suas vidas em prol da sagrada causa, revela o compromisso existente para com a causa da segurança mundial. Notamos, ainda, que os pacificadores chineses, durante as suas missões de paz, construíram e repararam acima de 13.000 km de estradas e destruíram 10.342 minas e engenhos explosivos não detonados, transportaram mais de 1.35 milhões de toneladas de mantimentos por uma distância acima de 13 milhões de quilómetros, trataram mais de 170.000 pacientes e levaram a cabo acima de 400 escoltas armadas e patrulhamento por um período de 30. 000 horas em zonas livres de armas”, enaltece.

Noutro desenvolvimento, Jaime Neto enalteceu o papel que as forças armadas chinesas têm desempenhado na resposta a desastres naturais como é o caso do ciclone Idai que devastou Moçambique.

“Relativamente ao apoio humanitário e alívio aos desastres, importa destacar o papel activo que o Exército Popular de Libertação da China tem desempenhado na mitigação dos impactos aos fenómenos naturais, como terramotos, tsunamis e epidemias severas, como aconteceu quando Moçambique foi afectado pelo ciclone IDAI em Março de 2019. Queremos, também, assinalar a participação do Exército de Libertação Popular da China nas Operações Contra a Pirataria no Golfo de Áden. Desde Dezembro de 2008, a Marinha de Guerra Chinesa desdobrou acima de 100 embarcações no Golfo de Áden e nas águas Internacionais próximas à Somália, contribuindo para a segurança da navegação marítima e protecção de cidadãos chineses e de diversas nacionalidades”, revela, tendo também destacado o papel daquele país nos esforços de combate à COVID-19.

“Actualmente, perante os desafios impostos pela COVID-19, reconhecemos o papel do Exército de Libertação Popular da China na doação de vários materiais de protecção, incluindo vacinas de prevenção da COVID-19, para mais de 70 países a nível mundial, incluindo Moçambique”, conclui.


quinta-feira, 29 de julho de 2021

Morreu o músico Dimas, autor de “Txotxoloza”

 


Morreu esta quinta-feira, o músico e compositor Dimas, vítima de doença.

Dimas foi compositor de muitos temas musicais que marcaram os anos 90 e ainda hoje fazem sucesso.

O músico, que iniciou a sua carreira nos anos 70, tornou-se mais notavel após ter participado do Ngoma Moçambique em 1990.

Do seu vasto repertório, figuram temas como “Txotxoloza”, com o qual baptizou o seu primeiro trabalho discográfico.


“Peguem os cavaleiros de camelo!”: Indignação após comentário racista nas Olimpíadas


Um homem usando uma máscara facial passa por uma decoração dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. 

Quando o ciclista alemão Nikias Arndt passou zunindo por ele, o diretor de esportes de ciclismo da Alemanha, Patrick Moster, gritou com seu ciclista para encorajá-lo a alcançar Azzedine Lagab e Amanuel Ghebreigzabhier, dois competidores da Argélia e da Eritreia.

"Hol die Kameltreiber! Hol die Kameltreiber," Obtenha os cavaleiros de camelo em inglês.

Comentários racistas horrendos que imediatamente criaram indignação entre os telespectadores alemães e internacionais do evento contra o relógio masculino na estrada, que não podiam acreditar no que ouviam.

Arndt, que estava na bicicleta na hora, se distanciou do comentário, tweetando: "Estou horrorizado e quero dizer claramente que não tenho nada a ver com essas observações, as palavras usadas foram inaceitáveis."

Após a corrida de quarta-feira, Patrick Moster disse que estava "verdadeiramente arrependido" do seu comentário. Mas, apesar de suas desculpas, Moster não poderá participar das Olimpíadas de Tóquio.

“Mais uma vez pesamos todos os argumentos no que diz respeito a uma tomada de decisão acertada e no final chegamos à conclusão de que ele não vai continuar a exercer a tarefa de chefe de equipa para a secção de ciclismo e vai voltar para a Alemanha em um futuro próximo ", disse o presidente do Comitê Olímpico Alemão, Alfons Hormann, à imprensa.

"Estamos convencidos de que seu pedido de desculpas oficial pelo comentário racista é sincero. No entanto, o Sr. Moster ultrapassou os limites e violou os valores olímpicos. Fair play, respeito e tolerância não são negociáveis ​​para o Time 'D'", acrescentou Hormann.

A Team Africa Rising, uma organização pan-africana que visa o desenvolvimento do ciclismo em todo o continente, apelou à sua demissão imediata.


Primeiro ministro britânico e presidente queniano se reúnem para conversas bilaterais



O primeiro-ministro britânico Boris Johnson e o presidente queniano Uhuru Kenyatta se reúnem para conversas bilaterais na residência do primeiro-ministro do Reino Unido, Chequers.

O primeiro-ministro Boris Johnson deve concordar formalmente com uma oferta inicial de 817.000 doses para o Quênia. A dupla deve sediar uma cúpula de arrecadação de fundos em Londres na quinta-feira - com a presença de outros líderes mundiais, bem como representantes de negócios, instituições de caridade, educação e jovens - com foco nos esforços de educação global.

Johnson e Kenyatta plantaram uma árvore em Checkers para simbolizar a relação bilateral dos dois países e o compromisso de enfrentar a mudança climática juntos antes da cúpula do clima COP26 em Glasgow.

A Grã-Bretanha anunciou na quarta-feira que começará a doar milhões de doses de vacinas contra o coronavírus em todo o mundo, incluindo para vários países da Comunidade Britânica, após sua promessa de fornecer 100 milhões de vacinas em todo o mundo até junho próximo.

O secretário de Relações Exteriores, Dominic Raab, disse que o lançamento acelerado de nove milhões de vacinas iniciais, que terá início na sexta-feira, irá para o Quênia, Jamaica e vários países asiáticos.

"Eles irão para países, lugares vulneráveis ​​como Laos e Camboja, parceiros como Indonésia, Malásia (e) uma série de países da Commonwealth, do Quênia à Jamaica", disse ele.

"Isso demonstra que não estamos fazendo isso apenas porque é do nosso próprio interesse. Mostra a Grã-Bretanha global como uma força salvadora de vidas para o bem no mundo."

A Grã-Bretanha se comprometeu a compartilhar 100 milhões de vacinas de Covid-19 até meados do próximo ano por meio do programa Covax - que visa garantir a distribuição justa de vacinas - e diretamente para países individuais.

O primeiro-ministro Boris Johnson vai concordar formalmente com uma oferta inicial de 817.000 doses para o Quênia quando se encontrar com o presidente Uhuru Kenyatta na quarta-feira.

A dupla deve sediar uma cúpula de arrecadação de fundos em Londres na quinta-feira - com a presença de outros líderes mundiais, bem como representantes de negócios, instituições de caridade, educação e jovens - com foco nos esforços de educação global.

Cerca de metade das doses da vacina AstraZeneca doadas serão enviadas para Nairóbi nesta semana, disse Downing Street antes das reuniões.

"Como amigos e aliados, estamos compartilhando as doses de vacinas do Reino Unido para apoiar a luta do Quênia contra a pandemia", acrescentou Johnson em um comunicado.

- Impulso do crescimento do FMI -

Os compromissos do Reino Unido decorrem das promessas do G7, reveladas em uma cúpula organizada no Reino Unido em junho, de fornecer pelo menos um bilhão de doses internacionalmente por meio de esquemas de compartilhamento e financiamento.

Os Estados Unidos disseram que doarão 500 milhões de jabs para 92 países mais pobres, enquanto os membros da União Europeia concordaram em doar pelo menos 100 milhões até o final de 2021.

Os países mais ricos, em particular a Grã-Bretanha, enfrentaram críticas por não começarem a doar para os países mais pobres, que estão ficando para trás em suas campanhas de vacinação.

O Reino Unido já atingiu mais de 70 por cento dos adultos, e o governo suspendeu todas as restrições à pandemia remanescentes na vida cotidiana na Inglaterra na semana passada.

As taxas de infecção diárias na Grã-Bretanha parecem estar em declínio - aumentando as esperanças de uma forte recuperação econômica.

O Fundo Monetário Internacional previu na terça-feira que a economia da Grã-Bretanha cresceria 7 por cento este ano, o mais rápido conjunto de qualquer país do G7 ao lado dos Estados Unidos.

Mas o FMI também alertou que a distribuição desigual de vacinas está aumentando as disparidades à medida que os países ricos ganham velocidade e deixam os países em desenvolvimento para trás.

A Comunidade de 54 nações, da qual Quênia, Jamaica e Malásia são membros, pediu que a distribuição de vacinas seja acelerada em pequenos estados e alertou sobre as consequências econômicas do vírus nas regiões do Caribe, Pacífico e Oceano Índico.

Na semana passada, ele disse que os Estados membros perderam até US $ 345 bilhões em comércio no ano passado, quando a pandemia desencadeou uma crise econômica global


Ruanda aperta o cerco aos críticos do regime na África Austral


 

O governo de Kigali assinou com o Malawi um acordo de extradição que permitirá aos dois países entregar suspeitos de crimes para serem julgados nos respectivos países. Sem mencionar, especificamente, a extradição de críticos de Paul Kagame, o acordo é visto pelos activistas dos direitos humanos como mais uma frente do governo de Kigali com vista a silenciar os seus opositores que procuram asilo na África Austral. Os activistas dos direitos humanos no Malawi também consideram o acordo, uma ameaça ao estado de direito democrático.

O acordo foi assinado em Lilongwe, na última segunda-feira, pelos comandantes da Polícia do Malawi e do Ruanda, George Kainja e Dan Munyuza, respectivamente, e estabelece que nenhuma pessoa pode cometer um crime no Ruanda e encontrar refúgio no Malawi e vice-versa. Prevê, igualmente, a busca de fugitivos, o treino conjunto, operações, rastreamento e o combate contra criminosos, terrorismo e crimes cibernéticos.

Sobre os ruandeses que procuram refúgio ou asilo no Malawi, Dan Munyuza disse que Ruanda é um país pacífico e seguro. “Quem quiser voltar para casa é bem-vindo e quem quiser ficar no Malawi e fazer negócios é livre para o fazer”, acrescentou o chefe da polícia ruandesa.

Já o comandante-geral da polícia do Malawi, George Kainja, disse que o acordo é oportuno, uma vez que os dois países têm ameaças de crime semelhantes. “Vimos a melhor forma de combater o terrorismo e partilhar informações de inteligência para deter o extremismo, como é caso de Moçambique”, disse e acrescentou: “o Governo e a Polícia do Malawi, em particular, irão assegurar todos os esforços para que a insurgência seja derrotada”.

Refira-se que a Polícia Nacional de Ruanda já havia oferecido vagas na sua academia para a Polícia do Malawi.

O que dizem organizações dos direitos humanos sobre o acordo?

O Centro para a Democracia e Iniciativas de Desenvolvimento Económico (CDEDI na sigla em inglês) disse que ficou chocado com a oferta da Polícia do Ruanda para treinar polícias do Malawi, considerando os relatos de violações de direitos humanos perpetradas pela polícia ruandesa. O anúncio foi feito pelo director executivo do CDEDI, Sylvester Namiwa.

Namiwa acrescentou que, dado o histórico de direitos humanos no Ruanda, o CDEDI acha que a República do Ruanda não é nenhum modelo para os países que se estão esforçando para abraçar a democracia genuína, como o Malawi, e muito menos para explorar habilidades, especialmente para uma instituição importante como a polícia que é a chave para promover os princípios democráticos.

O activista dos direitos humanos alertou o governo malawiano para desistir de receber ofertas que podem acabar comprometendo o histórico de direitos humanos e a democracia no país, duramente conquistada. “Não é segredo para ninguém que há relatos massivos de violações dos direitos humanos no Ruanda através do uso excessivo da força por parte das agências da aplicação da lei, detenções ilegais e arbitrárias, restrições à Internet pelo Estado, falta de liberdade de expressão, activistas de direitos humanos e líderes de partidos políticos da oposição silenciados por meio de prisões arbitrárias e prisão com base em acusações forjadas. Obviamente, a polícia do Ruanda está no centro das atenções neste quadro sombrio”, disse Namiwa.

De acordo com o director do CDEDI, maior parte dos refugiados ruandeses e requerentes a asilo no Malawi são vítimas de perseguição política e violações dos direitos humanos básicos, sendo que a República do Ruanda também está à procura de alguns dos seus cidadãos que buscaram asilo político em vários países na África Austral, incluindo Malawi

No entanto, Namiwa elogiou Kainja por ter garantido que todos os refugiados e requerentes a asilo no país são livres de retornar aos seus países de origem ou continuar a viver no Malawi pelo tempo que desejarem


Intervenção sul-africana em Cabo Delgado custa 4.2 biliões de MT e angolana 36.4 milhões de MT. E a moçambicana

 


Se em Moçambique nada se sabe sobre os custos do combate ao terrorismo na província de Cabo Delgado, em Angola e na África do Sul, dois dos países que integram a Força em Estado de Alerta da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), as contas estão claras

De acordo com uma nota do parlamento sul-africano, a que “Carta” teve acesso, o envio dos 1.495 soldados sul-africanos custará aos cofres do país 983.368.057,00 Rands, correspondente a 4.202.062.139,19 Meticais. O orçamento, sublinhe-se, foi aprovado pelo parlamento e visa cobrir as despesas daquele contingente militar durante os 90 dias de intervenção.

Já em Angola, a Assembleia Nacional aprovou, por unanimidade, o orçamento inicial de 575.500 USD, equivalente a 36.406.060,79 Meticais. O valor destina-se a custear as despesas dos 20 membros das Forças Armadas Angolanas (FAA) que integram a Força em Estado de Alerta da SADC no combate aos ataques terroristas. A missão também irá durar 90 dias.

Refira-se que, para além de não ser conhecido o orçamento moçambicano no combate aos ataques terroristas, também é desconhecida a presença do Presidente da República no parlamento moçambicano para pedir autorização para a intervenção militar estrangeira


Barreto diz que Moçambique é vítima de pessoas egoístas



Em entrevista à Stv, o epidemiologista e membro da comissão técnico-científica, Avertino Barreto falou dos temas mais candentes da sociedade, como o terrorismo e o processo de vacinação. Para o médico, não faz sentido que o Estado tenha ficado tanto tempo para reagir face à agressão terrorista, tendo defendido que a causa dos conflitos que o país viveu tem origem em atitudes egocêntricas. Sobre a vacinação, Barreto disse não acreditar no alcance das metas do plano e defendeu uma abordagem porta-a-porta.

O processo de vacinação arrancou no país e as autoridades de saúde estimam vacinar 16.825.333 pessoas maiores de 15 anos de idade, o que corresponde a 54,6% da população total. O especialista em Saúde Pública é a favor da vacinação, mas não acredita que o país possa atingir essa meta tão brevemente.

“Sou muito céptico em relação ao alcance dessa meta. Acho que nem em finais de 2022 poderemos ter vacinas suficientes para atingir a meta de imunizar essa quantidade de pessoas. O que temos vindo a receber, aos bocados, é um contributo, mas não acredito que vá chegar para atingir as nossas metas”, iniciou o epidemiologista para depois avançar que “olhando para o padrão epidemiológico, para os grupos mais vulneráveis, não vamos conseguir nem no final deste ano garantir a imunidade de grupo. O que vamos vacinar não vai permitir que tenhamos a imunidade de grupo, vai sim permitir que aqueles que forem vacinados, no âmbito dos grupos prioritários – não são todos que serão abrangidos – a esses vamos evitar que tenham doença moderada a grave. Vamos impedir que morram menos por causa da COVID-19, mas todos os outros que não conseguirmos vacinar serão infectados e irão constituir aquela bola de neve. Inclusive os vacinados, se não tomarem as devidas cautelas, poderão não desenvolver doença moderada a grave, mas poderão infectar outras pessoas”, reiterou Barreto para quem deve tirar-se o pensamento de algumas pessoas de que a vacina cura.

Avertino Barreto aponta os boatos e a desinformação como inimigos que colocam em causa o processo de vacinação no país. “Andam movimentos de descrédito em relação à vacinação. Temos grupos de pessoas que fizeram a primeira dose e defendem que não farão a segunda. Há pessoas que estão a induzir outras a pensamentos errados, espalhando boatos de que a vacinação é inútil. Há essas contrariedades, apesar dos esforços que estão a ser feitos. A Cidade de Maputo é um exemplo gritante desta realidade em que se adiou, por duas vezes, a campanha da primeira fase”, lamentou o especialista para continuar dizendo que “temos indivíduos que não vacinam, por questões religiosas, ou por outras, e ainda outros que não se sentiram bem depois da primeira dose. Tiveram efeitos secundários, como já era previsto e estão a induzir os outros a não participar do processo”, explicou.

“TEMOS QUE IR À CASA DAS PESSOAS VACINAR”

Face a esse cenário de algum descrédito, o membro da Comissão Técnico-Científica para Prevenção e Resposta à Pandemia de COVID-19 lamenta que o sector da saúde tenha perdido a capacidade de mobilização.

“A saúde, nos últimos anos, perdeu a capacidade de mobilização, infelizmente. A vacinação era algo sagrado, mas hoje o sector perdeu muito dessa capacidade. Hoje julgamos que todos têm acesso à televisão, todos têm acesso às tecnologias e não vamos à casa das pessoas. Eu sou do tempo em que íamos à casa das pessoas. Hoje abdicamos desse esforço que é crucial para que possamos atingir os melhores resultados em termos de prevenção. Se não constituir dificuldade, temos que ir à casa das pessoas para vacinar. Temos que arranjar formas para todos aqueles que têm receio, ou têm alguma barreira para fazer parte da vacinação”, defendeu para, em seguida, explicar como as coisas aconteciam antigamente.

“Tínhamos os professores, os outros ministérios, a trabalhar em conjunto com os recursos que tinham, para garantir que as campanhas de vacinação acontecessem. Hoje em dia, temos uma saúde praticamente abandonada com os seus recursos. O sector da saúde vive a desconfiança da população. As pessoas desenvolveram essa desconfiança, porque não têm acesso aos medicamentos e têm que ir à farmácia privada e, quando lá chegam, não têm dinheiro para pagar os fármacos. Então, há toda uma dinâmica de retrocessos, no sector público de saúde, que agrava a capacidade de resposta neste tipo de situações”.

MÉDICO ALERTA PARA RISCOS DA SOBRECARGA DO SISTEMA DE SAÚDE

Noutro desenvolvimento, o especialista lamentou a situação de pressão a que estão sujeitos os profissionais de na linha da frente e alertou para cenários de sobrecarga do sector.

“Ao não prevenirmos, ao não acatarmos as recomendações, estamos a induzir o serviço de saúde a um cansaço e a um trabalho desumano. Problemas maiores podem surgir em resultado do esgotamento do serviço de saúde. Deixo um apelo vigoroso para que possamos cumprir as medidas de prevenção e aqueles que falharam a primeira dose da vacina devem deslocar-se aos postos de vacinação para que concluam a imunização”, exortou Barreto, tendo reiterado elogios aos profissionais de saúde. “Quando isto terminar, irei glorificar, em todo o país, os profissionais de saúde, porque não houve, neste país, uma situação que deu tanto trabalho como está e que exigiu uma atenção tão rigorosa para que as pessoas não morram”, elogiou.

EGOÍSMO COMO CAUSA DOS CONFLITOS EM MOÇAMBIQUE

Mais do que falar da saúde, o epidemiologista, com larga experiência sobre o contexto moçambicano, abordou ainda questões políticas. Para ele, não faz sentido que o Governo tenha ficado tanto tempo para agir em relação à questão do terrorismo em Cabo Delgado.

“Moçambique tem larga experiência de anos de guerra, com milhões de pessoas deslocadas interna e externamente. Eu ainda não consigo explicar a situação de Cabo Delgado, um problema que começou em 2017, com gravidade e esperamos até 2021 para tomar medidas. Como médico e como ser humano, ouvia que haviam atrocidades, actos de violência e permitimos que tivéssemos situações de deslocados, permitimos uma situação que já sabíamos quais seriam os efeitos. Deveríamos ter sido mais agressivos, não sou especialista militar e não sou político, sou humano e médico e tenho experiência do período da guerra, estive em campos de deslocados neste país e noutras nações. Moçambique era bem visto além-fronteiras e chegou a receber tantos apoios que hoje já não vejo.”

O médico tem um posicionamento firme sobre a causa dos conflitos a que o país assistiu na pós-independência e aponta o egoísmo como o centro de todos males. “O país foi vítima de ideologias diferentes, depois são as teimosias. Há pessoas que teimosa e orgulhosamente insistem em tomar decisões para si próprias e não para o bem de todos. Há grandes interesses individuais, há interesses de grandes empresas e esquecem-se dos intere UIsses da maioria. Isso tudo acumulado origina esta desestabilização, origina essa desgraça que estamos a viver”, concluiu.


Ramaphosa autoriza envio de 1 495 soldados para Cabo Delgado

 


A África do Sul vai enviar 1 495 soldados a Moçambique, como parte de uma força regional que visa reprimir o terrorismo na região norte de Cabo Delgado, anunciou o parlamento sul-africano nesta quarta-feira.

Segundo escreve o portal News 24, o Presidente Cyril Ramaphosa autorizou o envio da força, através de uma carta datada de 23 de Julho, enviada à presidente do parlamento, Thandi Modise, e ao presidente do Conselho Nacional da Província, Amos Masondo.

A implantação das tropas sul-africanas em Moçambique vai vigorar de 15 de Julho a 15 de Outubro.


quarta-feira, 28 de julho de 2021

Angola manda 20 militar para Cabo Delgado

 


Angola vai participar, durante 90 dias, no esforço regional da missão da SADC para a manutenção de paz em Moçambique com 20 militares, com custo inicial previsto de 575.500 dólares (488 mil euros), foi hoje anunciado.

Segundo o ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente angolano, Francisco Pereira Furtado, inclui-se nesta participação a componente dos esforços logísticos e a contribuição da República de Angola na manutenção desta força avaliada num total de 1.174.307 de dólares (995,7 mil euros).

O governante falava hoje no parlamento angolano, durante a apresentação do projeto de resolução que autoriza o Presidente angolano, na qualidade de Comandante em Chefe das Forças Armadas Angolanas (FAA), a enviar uma componente angolana da Força em Estado de Alerta da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) à República de Moçambique.

O diploma legal, apreciada com caráter de urgência durante a oitava reunião plenária extraordinária da presente sessão legislativa da Assembleia Nacional (parlamento angolano) foi aprovado por unanimidade com 182 votos favoráveis, nenhum contra e nenhuma abstenção.

A componente angolana das Forças em Estado de Alerta da SADC à Moçambique vai contar com 20 militares, nomeadamente 2 oficiais no Mecanismo de Coordenação Regional, 8 oficiais no Comando da Força e uma aeronave do tipo IL-76 de Projeção Estratégica com os respetivos tripulantes com 10 militares.

Apoiar a República de Moçambique à combater os atos de terrorismo violento mediante a neutralização da ameaça e a restauração da segurança visando o ambiente seguro, no domínio do reforço da paz e da manutenção da segurança através da implementação de cursos de ação constituem alguns dos objetivos da missão angolana.

Em declarações aos jornalistas no final da aprovação da resolução, Francisco Pereira Furtado, garantiu que as forças angolanas "não estarão diretamente engajadas em ações combativas, mas de apoio à projeção das forças que irão cumprir esta missão de estabilidade da província de Cabo Delgado".

"Oficialmente, esta é a primeira missão das FAA na vertente de imposição de paz", disse o governante angolano, anunciando que o contingente angolano parte no dia 29 deste mês para Moçambique.

Francisco Pereira Furtado recordou que Angola já participou anteriormente em missões humanitárias, entre 2016 e 2019, como de apoio às calamidades na cidade da Beira e da missão do Lesoto, referindo que o país vai participar desta nova missão "com orgulho".

"O Estado angolano está em condições de participar efetivamente das missões de apoio e manutenção da paz e é nesta vertente que temos que trabalhar e temos de nos sentir orgulhosos porque vamos participar nesta missão", frisou.

Para esta primeira fase de 90 dias, observou o ministro de Estado angolano, a "nossa participação é apenas no capítulo de integração no posto comando da missão e da projeção de forças de outros países que têm dificuldades e meios para o fazer".

"Por isso disponibilizamos um total de 20 oficiais incluindo a tripulação, não estaremos diretamente engajados em ações combativas, mas se a situação evoluir e haver necessidade deste engajamento logicamente que o Presidente da República solicitará à Assembleia Nacional o envio de um contingente operacional", rematou.

A missão angolana propõe-se ainda apoiar Moçambique a "repor a lei e a ordem nas zonas afetadas na província de Cabo Delgado" e "prestar apoio em meios aéreos e marítimos a fim de fortalecer as capacidades operacionais das forças armadas e de defesa" daquele país.

Em Cabo Delgado, já se encontra um contingente de mil militares e polícias do Ruanda para a luta contra os grupos armados, no quadro de um acordo bilateral entre o Governo moçambicano e as autoridades de Kigali.

Grupos armados aterrorizam a província de Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo Estado Islâmico.


Paróquia Nossa Senhora do Amparo, na Matola, desaba e transforma-se em ruínas


 

De casa de oração a escombros. O tecto da Paróquia de Nossa Senhora do Amparo, no Município da Matola, desabou na madrugada do último sábado, sem causar vítimas.

O tecto está totalmente desfeito, escombros de material à base de lusalite ao redor do chão, foi o cenário em que ficou a Paróquia de Nossa Senhora do Amparo, da Igreja Católica, após o desabamento.

Presente no local, na manhã desta quarta-feira (28.07), “O País” encontrou jovens que removiam os destroços do interior da paróquia, que, por sinal, são trabalhadores afectos à empresa de um dos crentes, que disse ser este um gesto que encontrou para honrar a paróquia que frequenta.

“A única coisa que posso dizer é que estamos, agora, a tentar remover os entulhos e vamos ver os passos subsequentes. Sou um crente e viemos dar a nossa mão. Somos crentes e temos que fazer aquilo que nos compete, pois a igreja é de todos nós”, disse Eugénio Faria.

O incidente, cujas causas ainda não foram apuradas, deixa os crentes sem o salão paroquial, nem lugar condigno de culto.

Segundo o representante da paróquia, Nélio Duvane, neste momento é preciso levar a cabo trabalhos de investigação para se apurarem as causas por detrás do incidente.

“É preciso fazer estudos e procurar perceber exactamente o que teria acontecido. Depois do estudo, vamos ter que encontrar meios para reconstruir o salão e pudermos encontrar um lugar condigno onde vamos rezar, quando possível”.

Um informe posto a circular na segunda-feira (26.07) diz que a Paróquia de Nossa Senhora do Amparo precisa, urgentemente, de reabilitação.

“Segundo a avaliação e recomendação do engenheiro que tem acompanhado as nossas obras, será necessário reforçar a estrutura, introduzindo alguns novos pilares e abandonar a cobertura de chapas de luzalite para usar as de zinco”.

Entretanto, o informe avança que, após a reunião do Conselho Permanente, realizada no passado domingo, a paróquia concluiu que, se não houver fundo particular para a reconstrução do salão, a solução será a contribuição dos crentes para, em pouco tempo, se reconstruir a infra-estrutura.

O Ministério paroquial diz que, brevemente, apresentará as modalidades de entrega desses fundos.

De referir que o incidente ocorre numa altura em que a igreja está fechada ao público, devido às restrições impostas pelo Governo para conter a propagação da COVID-19.

HISTÓRIA DA NOSSA SENHORA DO AMPARO

Para os católicos, a Nossa Senhora do Amparo é um título muito antigo, remonta a Jesus pregado na cruz, quando entrega a sua mãe, Maria, ao apóstolo João, este que representa todos os cristãos.

Na ocasião, Jesus disse a João: Eis aí a tua mãe confiando Santa Maria como Mãe da humanidade, para que ampare a todos. Durante muito tempo, esta dádiva de Jesus à humanidade foi denominada do Amparo, sendo representada aos pés da Cruz de Jesus, que era invocada como Bom Jesus do Amparo