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terça-feira, 19 de outubro de 2021

Alexandre Chivale já não defende António Carlos do Rosário no julgamento

 


Na sequência dos dois requerimentos apresentados pelo Ministério Público ao tribunal, o juiz Efigénio Baptista decidiu que Alexandre Chivale já não representa António Carlos do Rosário no julgamento do “caso dívidas ocultas”, com efeitos imediatos.

Reagindo à decisão, o advogado disse que ao contrário do que os artigos citados sugerem, ele não é contratado do SISE, mas que o que está em causa é a função de colaborador. Ainda assim, o advogado inconformado disse que sai de cabeça erguida e que já estava à espera dessa decisão.

Ainda na sessão desta terça-feira, o juiz Efigénio Baptista determinou a exoneração da empresa Txopela Investments enquanto fiel depositário dos imóveis apreendidos e a retirada do advogado Alexandre Chivale, em cinco dias úteis, da casa.

Até às 15 horas desta terça-feira, o réu António Carlos do Rosário não tinha sido ouvido.

“Quem deve ordenar a minha saída do julgamento é o Conselho Nacional da OAM”, Chivale

Antes do despacho que o afasta deste julgamento, quando o juiz Efigénio Baptista concedeu a palavra ao advogado, na sequência dos dois requerimentos apresentados pela procuradora Ana Sheila Marrengula, Alexandre Chivale disse que não estava surpreso e que já esperava que tal acontecesse ontem.

No entendimento do advogado, a acção do Ministério Público visa condicionar a defesa de António Carlos do Rosário. “O objetivo final é afastar o mandatário deste processo. Já tinha sido comunicado. Quero deixar claro que o cidadão Alexandre Chivale é apenas advogado neste processo e como tal tem estado a agir. Muita gente está preocupada, incomodada sobre o que vamos perguntar, mas o nosso trabalho foi facilitado pelas perguntas do Ministério Público. Estamos cientes de que estamos a mexer com muitas sensibilidades. É normal. Há muitos interesses em jogo. Estamos firmes e vamos continuar firmes porque temos uma missão que nos foi confiada, que é contribuir para descoberta da verdade material”.

Alexandre Chivale disse quejulgamentotrador da Txopela por indicação dos associados, expressa em finais de Dezembro de 2019. Chivale disse que é administrador da empresa desde Agosto de 2020 e só em Dezembro de 2020 interveio pela primeira como advogado de António Carlos do Rosário, de quem nunca recebeu ordens.

Ainda na audição desta terça-feira, Alexandre Chivale afirmou ao tribunal que, aquando da apreensão do imóvel da Txopela, não lhe foi dito para sair.

Por fim, reforçou o que o assistente Vicente Manjate tinha dito anteriormente, “quem deve ordenar a minha saída do julgamento é o Conselho Nacional da Ordem dos Advogados de Moçambique”.

Secretário-geral do ANC comparece ao tribunal para responder a um processo judicial

 


O secretário-geral do Congresso Nacional Africano, Ace Magashule, compareceu hoje ao Tribunal Superior de Bloemfontein. O dirigente suspenso das suas funções para responder sobre um processo judicial está acompanhado por outros 15 arguidos.

Fraude, corrupção e lavagem de dinheiro são os crimes de que o suspenso secretário-geral do Congresso Nacional Africano, partido no poder na África do Sul, Ace Magashule e outros 15 arguidos são acusados.

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Ministério Público denuncia desaparecimento de documentos cruciais

 


A procuradora Ana Sheila Marrengula afirmou em tribunal, esta tarde, que 34 folhas do processo deste julgamento do “caso dívidas ocultas” desapareceram.

Além do desaparecimento dos documentos com informações consideradas cruciais e que não beneficiam ao réu António Carlos do Rosário, duas ou três páginas do Ministério Público foram extraviadas.

domingo, 17 de outubro de 2021

Squid Game: Netflix prepara algo (ainda) melhor que a segunda temporada da série

 


O fenómeno Squid Game ou Round 6 (no Brasil) continua a fazer furor no seio da maior plataforma de streaming de filmes e séries online do mundo, a Netflix. No entanto, este fenómeno global ainda não confirmou a sua segunda temporada, ainda que possa ter algo ainda melhor já nos seus planos.

Recordamos à memória do leitor o interesse demonstrado pela plataforma Netflix, no início deste ano, pela indústria dos jogos, o fervilhante mundo do gaming. Com efeito, este é um dos grandes novos pilares a serem trabalhados pela empresa norte-americana e a série do momento também terá algo a dizer a este respeito.

Antes da segunda temporada de Squid Game podemos ter o jogo oficial

Squid Game Round 6 Netflix

A revelação foi feita por um dos vice-presidentes da Netflix, mas concretamente da região Àsia e Pacífico durante uma entrevista à publicação The Hollywood Reporter. Foi aí que o repórter abordou a possibilidade de tornar esta popular série Netflix num videojogo.

A entrevistada, Minyoung Kim, confirmou que tal hipótese está a ser estudada, anuindo a executiva da plataforma à transformação desta série num novo jogo. Algo que, tendo em consideração o sucesso da primeira temporada de Squid Game, é um passo não só plausível, como também expectável.

Este lançamento - em formato de jogo - viria reforçar a aposta da Netflix no mundo dos jogos, um conteúdo a ser disponibilizado em secção própria na sua plataforma. Até ao momento, a saga Stranger Things foi uma das primeiras confirmações a passar do grande ecrã para o formato jogo.

Squid Game deve juntar-se a Stranger Thing nos jogos Netflix

Netflix Squid Game

A executiva da Netflix confessa ainda que os pedidos para transformar a série Squid Game num jogo propriamente dito são efetivamente numerosos. Aliás, de acordo com a fonte, este pedido foi feito por vários elementos do staff da empresa.

Daqui se constata que a própria Netflix, através dos seus diversos setores, quer ver o fenómeno televisivo a saltar para o mundo dos jogos. Ao mesmo tempo, através das redes sociais, são vários os utilizadores que replicam o mesmo pedido junto da empresa.

Clama-se assim pelo início do desenvolvimento de um novo jogo que transponha a ação da série Netflix para este formato. O mesmo não foi ainda confirmado, mas tampouco o foi a segunda temporada de Squid Game, ainda que tal seja muito provável.

Por fim, Minyoung Kim referiu que a Netflix está a trabalhar no sentido aproveitar todo o potencial da série Netflix. Sem adiantar, contudo, uma previsão temporal, seja para a segunda temporada, seja para o possível jogo, ao referir ambas as possibilidades como "bons planos para o futuro", a sua existência está implícita.

Em síntese, são excelentes novidades para os fãs de Squid Game, ou Round 6, tal como atesta o exclusivo da Variety.

Líder da Frente Polisário jura que ataques ao Marrocos continuarão

 


O líder da Frente Polisário do Saara Ocidental, Brahim Ghali, disse que o exército saharaui em busca de independência continuará atacando as posições marroquinas no disputado território do noroeste da África, a menos que um enviado nomeado pelas Nações Unidas receba um mandato claro para emitir um voto de autodeterminação.

Numa rara entrevista coletiva no sábado, Brahim Ghali respondeu a perguntas de repórteres locais e estrangeiros em Rabbuni, a sede administrativa da autoproclamada República Árabe Saharaui Democrática da qual é presidente.

Falando a repórteres, Ghali pediu aos membros do Conselho de Segurança da ONU que estabeleçam um mandato claro para a descolonização do Saara Ocidental e a organização de um referendo sobre autodeterminação na reunião do conselho agendada para 28 de outubro.

"Acho que as práticas do Reino do Marrocos e a cumplicidade da comunidade internacional estavam erradas, e também o Conselho de Segurança das Nações Unidas tem que assumir suas responsabilidades com o que está acontecendo agora", disse Ghali.

As Nações Unidas consideram o Saara Ocidental como o último território da África a ser descolonizado, mas seus enviados não conseguiram preparar o cenário para um referendo sobre seu futuro desde que um cessar-fogo foi assinado há 30 anos entre o Marrocos, que o anexou em 1975, e a Frente Polisario, que busca a independência.

O conflito tem recebido atenção renovada devido à crescente frustração entre o povo saharaui em campos de refugiados na Argélia, que apoiam em grande medida o recomeço do conflito desde novembro do ano passado ao longo de um muro de 2.700 quilômetros de comprimento.

A chamada "berma" construída pelo Marrocos corta o território da ex-colônia espanhola, dividindo as áreas controladas pelo Marrocos e um trecho mais estreito controlado pela Polisário.

Um mês depois que a Polisário declarou o fim do cessar-fogo de 1991 em 13 de novembro de 2020, os Estados Unidos desconsideraram os esforços da ONU para uma solução ao apoiar a reivindicação de Marrocos de soberania sobre todo o território disputado.

As hostilidades permaneceram em uma escala relativamente pequena, embora as autoridades da Polisario tenham organizado uma viagem esta semana para que a mídia estrangeira testemunhasse um ataque a uma base do exército marroquino perto da região de Mahbas, perto da interseção das fronteiras da Argélia, Marrocos e Mauritânia.

O ataque com dois mísseis terrestres foi respondido do lado marroquino com pelo menos três tiros de morteiros, embora as autoridades saharauis não tenham conseguido confirmar imediatamente se as bases marroquinas tinham recebido algum dano.

O Marrocos não declarou o fim do cessar-fogo e disse à ONU que está apenas reagindo por razões defensivas em resposta aos ataques das áreas controladas pela Polisário.

"O reino marroquino eles negaram a guerra, eles não reconheceram. Cabe a eles", disse Ghali. “O que eu sei é que o exército saharaui está a travar uma guerra contra as bases marroquinas e que a guerra acontece diariamente. Diariamente”.

O veterano fundador da Polisario, de 72 anos, também agradeceu à Espanha por lhe conceder tratamento para COVID-19 no início deste ano, embora se recusou a esclarecer quais foram as circunstâncias em que chegou ao país europeu.

O sigilo do governo espanhol sobre o tratamento de Ghali em um hospital do norte da Espanha desencadeou uma crise diplomática com o Marrocos, que incluiu a chegada repentina de cerca de 10.000 marroquinos ao enclave espanhol de Ceuta, no norte da África.

O ex-chanceler espanhol Arancha González Laya está sob investigação judicial por supostamente ordenar a entrada de Ghali no país sem passar pelos procedimentos alfandegários normais.

As tropas do movimento da Frente Polisário patrulham a área em torno de Mahbas, perto da fronteira entre a Argélia e o Marrocos, enquanto lutam pela independência do Saara Ocidental, uma vasta região que Marrocos reivindica como sua.

Na quinta-feira, eles foram vistos lançando foguetes contra o Marrocos, como parte de suas operações.

As hostilidades permaneceram em uma escala relativamente pequena, embora funcionários da Polisario tenham dito à Associated Press no início desta semana que pelo menos oito de seus soldados morreram em combate ou em retirada de ataques lançados contra posições do exército marroquino ao longo da fronteira.

O líder da Frente Polisário, Brahim Ghali, disse que o exército saharaui continuará a atacar as posições marroquinas no disputado território do noroeste africano, a menos que um enviado nomeado pelas Nações Unidas receba um mandato claro para emitir um voto de autodeterminação.

Os saharauis tornaram-se minoria na parte do território controlada por marroquinos, onde as autoridades incentivaram o estabelecimento de colonos marroquinos.

A Argélia acolhe refugiados saharauis desde a anexação da sua terra natal por Rabat.

Os residentes do Campo de Refugiados de Bujador marcaram o dia da unidade saharaui no início desta semana, que recorda a data em que os líderes tribais saharauis e antigos membros da administração colonial espanhola apoiaram a luta da Polisario por um estado independente.

>Em sua busca constante por aliados, tanto o Marrocos quanto a Polisário têm buscado vencer batalhas diplomáticas na ONU e com outras partes interessadas.

O governo Biden não realizou ações para tornar efetivo no terreno o reconhecimento da soberania de Marrocos que o ex-presidente Donald Trump anunciou por meio de um tweet no final de seu mandato.

Enquanto isso, um tribunal de alto escalão da UE recentemente se posicionou ao lado da Polisário ao reconhecer que Marrocos não deve ser considerado a parte legítima com a qual o bloco deve assinar acordos de pesca e agricultura envolvendo o Saara Ocidental.

Ex-governador do Banco Central do Irão condenado a 10 anos de prisão



O ex-governador do Banco Central do Irão, Valliollah Seif, foi condenado a 10 anos de prisão por violação do sistema monetário daquele país, sentença da qual pode ainda recorrer, segundo anunciou o Ministério da Justiça iraniano.

Segundo a agência de notícias Associated Press (AP), Valliollah Seif esteve também implicado em contrabando de moeda estrangeira.

O número dois do antigo governador, Ahmad Araghchi, foi igualmente condenado, mas a oito anos de prisão, pelos mesmos crimes, havendo mais oito envolvidos no processo, também punidos com penas de prisão.

Seif foi governador do Banco Central do Irão durante cinco anos, de 2013 a 2018, e Araghchi o número dois da instituição entre 2017 e 2018.

Segundo a televisão estatal iraniana, citada pela AP, Valliollah Seif esteve envolvido em violações do mercado monetário em 2016, altura em que a moeda iraniana (Rial) sofreu perdas consideráveis de valor em relação às principais moedas estrangeiras.

O tribunal acredita que os arguidos injectaram ilegalmente 160 milhões de dólares e 20 milhões de euros no mercado, de acordo com o Notícias ao Minuto.

Em 2017, quando Araghchi assumiu o cargo, a taxa de câmbio do Rial era de 39.000 face ao dólar norte-americano, mas atingiu mais de 110.000 em 2018.

A alteração cambial coincidiu com as severas sanções impostas pelos Estados Unidos da América a Teerão, depois de o então Presidente norte-americano Donald Trump ter retirado os Estados Unidos do acordo nuclear assinado em 2015.

As sanções fizeram com que as exportações de petróleo do Irão, a principal fonte de rendimento do país, caíssem drasticamente.

Polícia impede manifestação de médicos contra raptos

 


Ainda não é conhecido o paradeiro do médico Basit Gani, raptado na manhã do dia 07 de Outubro corrente, na Cidade de Maputo. Agastada com a situação, a Associação dos Médicos e a Ordem dos Médicos de Moçambique tentaram, neste sábado, sair à rua para exigir o fim dos raptos e a libertação do seu colega, mas foram, como sempre, impedidos pela Polícia da República de Moçambique.

Em uma semana foram registrados três raptos na Cidade de Maputo, sendo vítimas um médico e dois empresários, marcando assim o regresso deste tipo de crime, que quase sempre se desconhece os autores.

Os repúdios vêm de todos os lados e neste sábado (16), os médicos reuniram-se para, de forma pacífica, sair à rua para exigir o fim dos raptos e a libertação do seu colega.

“Estava prevista uma manifestação pacífica, que seria uma caminhada a partir da sede da Associação do Médicos até a praça da independência. Este era o gesto dos médicos de repúdio aos raptos e uma forma de mostrar a nossa insatisfação e apoio à família do doutor Basit”, avançou Gilberto Manhiça, Bastonário da Ordem dos Médicos de Moçambique.

No entanto, ficou só na intenção, pois a Polícia da República de Moçambique, como de costume, proibiu a realização da manifestação, a menos de cinco minutos para o seu início, conforme nos explicou o Presidente da Associação dos Médicos de Moçambique, Milton Tatia.

“No dia 11 de Outubro, como mandam as regras, nós endereçamos uma carta ao Conselho Municipal de Maputo, solicitando autorização para a realização de uma manifestação pacífica. Não tivemos nenhuma reacção, até que hoje, quando faltavam cinco minutos para as oito horas, horário marcado para início da marcha, um aparato de viaturas da Polícia se fez às nossas instalações e entregou-me esta carta, indeferindo o nosso pedido”, explicou.

Na carta que o “O País” teve acesso, com a assinatura do Presidente do Conselho Municipal de Maputo, Eneas Comiche, lê-se “…Informo que indefiro o pedido de realização de marcha em assunto por constituir um grande risco de criar aglomerados e concorrer para a rápida propagação da COVID-19 no nosso seio”.

Mais diz que “assim recomendo que possam realizar um evento num local fechado ou aberto, com um total de 30 ou 50 pessoas, respectivamente, não devendo exceder a lotação de 30 por cento da capacidade local…”.

Milton Tatia considera a justificação bastante vazia, pois, como médicos, sabem mais do que ninguém que devem se proteger através do “distanciamento”, uso de máscaras entre outros mecanismos de protecção.

No entanto, apesar deste impedimento os médicos dizem que usarão todas as ferramentas para exigir a sua protecção e de todos os moçambicanos.

sábado, 16 de outubro de 2021

Presidente da Renamo não acredita no fim da junta militar

 


Ossufo Momade, Presidente da Renamo, principal partido da oposição em Moçambique.

A morte do líder da Junta Militar, o general Mariano Nhongo não pode, para já significar o fim da junta militar. A opinião é de Ossufo Momade - Presidente da Renamo, principal partido da oposição em Moçambique, que lamenta o fim trágico do general.

Foram a enterrar os restos mortais de Mariano Nhongo, líder da autoproclamada junta militar da Renamo, grupo a quem se atribui os ataques armados contra alvos civis desde 2019 nas províncias de Manica, Sofala e Tete, mas o presidente do principal partido da oposição em Moçambique revela muitas reservas se a morte de Mariano Nhongo, abatido pelas forças de defesa e segurança no dia 11 deste mês no distrito de Cheringoma, dita o fim do grupo dissidente da sua formação política. 

"Enganar ao mundo eu vir aqui ao público dizer que a Junta já desapareceu, já acabou porque o Nhongo perdeu a vida. Não posso fazer uma declaração dessas", admitiu Ossufo Momade.

Mas Ossufo Momade lamenta a sua morte: "Nós já aparecemos, por várias vezes, a chamar atenção para que ele voltasse a razão", assegurou o presidente da Renamo.

Para já a Renamo já manifestou abertura para receber e integrar os restantes membros da junta militar no processo de Desmilitarização, Desmobilização e Reintegração DDR, em curso em Moçambique e que no final prevê abranger a 5200 guerrilheiros do principal partido da oposição. 

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Raptado filho do empresário Salimo Abdula na África do Sul

 


Foi raptado ontem à noite, Jair Abdula, filho mais velho do empresário e braço direito de Armando Guebuza, Salimo Abdula. O rapto ocorreu em Benoni, África do Sul. Jair estava na África do Sul para participar num casamento de um amigo que se realiza amanhã em Joanesburgo. Sabe̶ se ainda que o noivo já esteve detido em 2016, por 24 horas, numa esquadra moçambicana suspeito de tentativa de rapto de um tio seu de Nampula e que estava em Maputo para assistir a um casamento.

A PRM já tem informação do rapto e as diligências estão a correr em coordenação com a Polícia sul̶ africana, na tentativa de localizar Bakhir Ayob, genro de Momade Bashir Suleimane, pois existem suspeitas de que possa estar envolvido neste rapto.

Recorde se que Bakhir Ayob fugiu de Moçambique em 2013 e há rumores de que ele esteja na África do Sul. E aqui ele era acusado de ser mandante dos raptos. Fugiu quando exactamente já havia mandados de captura contra si.

Juiz admite Chamar Nyusi ao tribunal

 


O juiz Efigénio Baptista acaba de admitir a possibilidade de o antigo ministro da Defesa e coordenador dos comandos Operativos e Conjunto, Filipe Nyusi ser ouvido no tribunal no quadro do processo das dívidas ocultas. Após ser confrontado várias vezes com acusações do réu António Carlos do Rosário que corroboram com as afirmações do co-réu Gregório Leão, o juiz reconheceu que “falta alguém” e que o julgamento está longe do fim, o que significa que mais pessoas poderão ser chamadas a depor como declarante.  

Como tem sido apanágio desde o início, o nome de Filipe Nyusi (mencionado quase todos os dias) voltou a ser citado várias vezes na manhã desta quinta-feira (14) pelo réu António Carlos do Rosário (ACR) como responsável pela tomada de decisões no âmbito da criação das três empresas.

Imediatamente, o juiz rebateu dizendo “quando o tribunal pergunta os nomes das pessoas do ministério da Defesa que estiveram no dia da tomada de decisão coloca três pessoas só, o réu (ACR), o senhor Gregório Leão e o coordenador do Comando Conjunto (Filipe Nyusi) e não coloca mais ninguém que o tribunal possa chamar para perguntar diferente do senhor Gregório Leão. O tribunal havia de chamar e perguntar: o réu ACR disse que vocês decidiram assim, lá na vossa equipa técnica, então isso ocorreu? A pessoa podia dizer, mas como já não se recorda dos nomes torna-se difícil”.

Prosseguindo, o juiz referiu que “sobre as questões em que o Coordenador do Comando Conjunto tomou decisão apenas na presença do réu e do co-réu Gregório José, já perguntamos aos dois e outros não podem falar em causa própria. Se puder recordar os nomes ajudava muito ao tribunal”

Por seu turno, ignorando a carta de solicitação de garantias a favor da Proindicus, assinada por Filipe Nyusi e já junta aos autos, o Ministério Público tomou da palavra para assinalar que o réu nunca apresentou nenhuma prova sobre alguma decisão tomada pelo coordenador.

Respondendo ao juiz e ao ministério Público, Do Rosário referiu que “não posso forçar a presença de pessoas que não existem e nunca existiram nas reuniões. Eu menciono aquelas que estavam nas reuniões e a natureza das nossas operações, quando é o nível estratégico, as decisões não são escritas exactamente para evitar fugas. O objectivo é esse. E já que a ideia é essa de chamar as pessoas, por que não chamarmos ao coordenador do Comando Operativo para ele vir explicar como já havíamos solicitado?”, indagou.

Imediatamente, o juiz embrulhou-se em explicações, acabando por desembocar na ideia de que o julgamento está longe do fim, abrindo, assim, espaço para Nyusi ser um dos declarantes.

“Gosta de fazer perguntas ao tribunal, mas o tribunal vai responder porque se não responder vão pensar que o tribunal está a encobertar a pessoa. Nunca tive esse objectivo e não tenho”, começou por dizer Efigénio Baptista, numa clara alusão à corrente que o acusa de estar a proteger o actual Presidente da República.

Com a voz embargada prosseguiu referindo que “é que coloca o tribunal numa situação seguinte: está a dizer que quem estava presente no Comando Operativo quando se tomava essa decisão estava o senhor, estava o senhor Gregório Leão e o coordenador. Naturalmente se estivesse mais alguém fora desse círculo fazia todo o sentido para confrontar oposições diversas. Agora se está a dizer que estava o senhor, o senhor Gregório Leão e ele próprio (Nyusi), … o senhor diz a mesma coisa que o senhor Gregório Leão, ele há de se defender por ele próprio. Onde está outra pessoa para contradizer? Disse aqui que isso aconteceu no Comando Operativo, em que fazem parte todos os membros, o Presidente Nyusi, Alberto Mondlane, o director do SISE, eu e mais outros, ‘ok’ vamos ouvir todos e depois vamos ver”.

Tentando desfazer uma pretensa contradição de Do Rosário, o juiz acabou admitindo que, afinal, falta alguém no julgamento das dívidas ocultas.

“Quando diz que os outros membros não estavam quando decidiram isso e que a decisão foi tomada por você, Gregório Leão e o Presidente Nyusi, o réu e o co-réu Gregório Leão estão na mesma linha neste julgamento e está a faltar o Presidente Nyusi. Agora estamos a descobrir que, na verdade, está a faltar alguém. Essa é que é a opinião do tribunal e o julgamento ainda está a decorrer, ainda é uma criança”, admitiu pela primeira vez o juiz, dando a entender que poderá requerer ou autorizar a audição do Presidente da Reepública, depois de ter indeferido um pedido para o efeito à boca do julgamento.

Refira-se que, Do Rosário disse ainda em tribunal que quem decidiu a criação e a estrutura accionista da EMATUM foi o antigo coordenador do Comando Conjunto, Filipe Nyusi, que inclusive o nomeou como presidente do Conselho de Administração das três empresas (Proindicus, MAM e EMATUM).

Indicou igualmente, que foi Nyusi quem determinou que a EMATUM devia ser maioritariamente detida pela GIPS e foi quem determinou a utilização das instalações do Ministério da Defesa em Pemba pela MAM.