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sábado, 15 de abril de 2023

Paramilitares sudaneses tomam palácio presidencial


As Forças de Apoio Rápido paramilitares do Sudão (RSF) informam ter tomado o controlo do palácio presidencial, avançaram agências de notícias este sábado.

Além do controlo do palácio presidencial, as Forças de Apoio Rápido paramilitares do Sudão (RSF) dizem ter tomado o controlo da residência do chefe do exército e do aeroporto internacional de Cartoum, à medida que irrompiam os confrontos com o exército numa escalada de luta pelo poder.

Numa declaração, a RSF disse também ter tomado o controlo dos aeroportos da cidade de Merowe e El-Obeid, no norte do país, a oeste.

Os tiros podiam ser ouvidos esta manhã em várias partes de Cartoum e outras testemunhas também relataram tiros em cidades adjacentes.


⛲ Dw

Greve no ensino superior: Estudantes vão para as ruas



Sem aulas há quase dois meses, estudantes marcham no sábado para pressionar pelo retorno das negociações. Ministra da tutela descarta anulação do ano letivo, mas sindicato dos professores mantém reivindicações.

A greve iniciada a 27 de fevereiro pelo Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior (SINPES) inquieta a comunidade estudantil, que está preocupada com as consequências que a paralisação acarreta.

Para pressionar as autoridades governamentais, o Movimento dos Estudantes de Angolanos (MEA) agendou, para o final de semana, manifestações de rua a favor do retorno do sindicato e do Governo à mesa de negociações.

"Nós vamos fazer uma série de ações de pressão de rua para ver resolvida a situação", disse à DW o líder estudantil Francisco Teixeira. "Vamos começar agora no dia 15 de abril, sábado. Vamos começar com protestos e pedimos a todos os estudantes e interessados para se fazerem presentes, porque é necessário resgatar a Educação das mãos dos vigaristas, da mão dos comerciantes", afirmou

O braço de ferro entre o Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior e o Ministério do Ensino Superior, Tecnologias e Inovação já é longo, ao ponto de o Governo estar a pensar em soluções alternativas.

Concluir o ano académico

Falando esta semana à comunicação social, a ministra do Ensino Superior, Tecnologias e Inovação, Maria Bragança, fez saber que o seu pelouro está a gizar estratégias que passam pela mobilização de docentes que não aderiram à greve, para que continuem a lecionar.

A ministra diz que está fora de questão a anulação do ano académico 2022/2023 no ensino superior:

"Não há passagem administrativa e as instituições têm de fazer de tudo, com os docentes que estiverem disponíveis, para o melhor aproveitamento possível dos estudantes. O Governo tem responsabilidades", afirmou, ponderando também que, "sendo o direito à greve um direito de todos os cidadãos, não podemos impedir a participação na greve".

Falta de sensibilidade

Para o líder estudantil Francisco Teixeira, o que o Governo está a fazer é revelador do desprezo com que as autoridades olham para o ensino superior público.

"Primeiro, isso não afeta diretamente os governantes, porque é para a camada mais desprovida da sociedade, que é a camada pobre," afirmou.

Greve no ensino superior: Impasse permanece

"A elite política não está envolvida nesta situação. Os estudantes das elites, os privilegiados, estão 'nas europas' e nas universidades privadas em Angola. Não tem filho de ministro, de governante ou de administrador nesta situação. Daí que falta interesse dos governantes em resolver essa situação", criticou.

Anulação de matrículas

Por alegadas irregularidades, o Ministério do Ensino Superior anulou, recentemente, cerca de 13 mil matrículas de estudantes que haviam frequentado aulas naquelas instituições de ensino superior sem terem sido submetidos a exames de admissão, como está estatuído.

Para Francisco Teixeira, do MEA, a medida do Ministério peca por vir tarde e por penalizar os estudantes que não têm a ver com a decisão das instituições que optaram pela não realização dos exames aos candidatos ao ensino superior.

"O Ministério tem um departamento de inspeção, que não deveria chegar seis meses depois do arranque do ano letivo e, unilateralmente, sem dialogar com ninguém, cortar o acesso ao ensino dos estudantes, como se fosse uma unidade militar", defende.

Os professores retomaram, em fevereiro, a greve por tempo internado por não haver acordo nos pontos considerados fraturantes pelos sindicalistas, como salário básico e um seguro de saúde.


⛲ Dw

sexta-feira, 14 de abril de 2023

Homenagem a Azagaia: Família regista marca “Mano Azagaia, Povo no Poder”


“Mano Azagaia, Povo no Poder” já é uma marca legalmente registada, sendo detida pela família do músico Edson Da Luz, conhecido por Azagaia, tornando-se, desde já, proibido o seu uso sem conhecimento e autorização desta.

A informação foi avançada esta semana pela família do cantor, num comunicado de imprensa, no qual agradece a todos que, de forma directa e/ou indirecta, se dignaram a prestar o seu apoio durante as exéquias fúnebres do músico, falecido no passado dia 09 de Março, vítima de doença.

De acordo com o documento, a família do músico Azagaia tomou a iniciativa de registar, nas entidades competentes, a marca “Mano Azagaia, Povo no Poder”, pelo que “todos os assuntos relacionados com a utilização desta, sejam espectáculos, produção de materiais de visibilidade, incluindo cartazes, camisetas, bonés, panfletos e quaisquer outras formas de produção ou reprodução de bens associados devem ser autorizados pela família”.

“Apelamos a todos os promotores de eventos e actividades relacionadas e aos interessados na produção e reprodução de artigos com a marca Mano Azagaia que se aproximem à família para solicitar a respectiva autorização por escrito e com assinatura dos responsáveis legais da marca”, sublinha a família.

A marca “Mano Azagaia, Povo no Poder” tornou-se “febre nacional”, desde que o cantor perdeu a vida no passado dia 09 de Março. Centenas de artigos, como camisetas, bonés e cartazes, foram produzidos e comercializados em todo o país em homenagem ao músico que, com as suas letras, conquistou a admiração e o respeito da maioria dos moçambicanos, tendo sido declarado herói nacional pelo povo.

Refira-se que o Chefe de Estado e o partido no poder (Frelimo) nunca chegaram a endereçar mensagem de condolências à família do músico, enquanto a Polícia da República de Moçambique chegou a inviabilizar o cortejo fúnebre do cantor, lançando gás lacrimogéneo à família do artista.


⛲ Cartamoz


quinta-feira, 13 de abril de 2023

Alemanha acusa China de aumentar tensão política em Taiwan

 


A chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock, está a caminho da China numa altura em que Berlim acusa Pequim de aumentar tensão com exercícios militares perto de Taiwan. Alemanha apela à redução da escalada na região.

Berlim acusa Pequim de aumentar a tensão político-militar com os recentes exercícios militares no estreito de Taiwan. A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Andrea Sasse, disse que os exercícios aumentam o risco de confrontos não intencionais ou acidentais.

"Medidas como gestos militares ameaçadores aumentam o risco de confrontos militares não intencionais", disse a porta-voz. "Apelamos a todos os parceiros na região e estamos também a trabalhar com os nossos parceiros internacionais para contribuir para acabar com a escalada no estreito de Taiwan, a todos os níveis possíveis. Estamos a utilizar todos os canais de comunicação disponíveis para este fim."

Na quarta-feira (12.04), o Presidente da China, Xi Jinping, apelou aos militares para intensificarem o treino de "combate real", após três dias de exercícios para pressionar a Taiwan, noticiou a televisão estatal CCTV.

Por isso, o Governo alemão pede mais ponderação às partes envolvidas em nome da estabilidade."Estamos muito preocupados com a situação no estreito de Taiwan, esperamos naturalmente que todas as partes da região contribuam para a estabilidade e paz e o mesmo se aplica à República Popular da China", declarou Andrea Sasse.

Ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, visita a China até 14 abril

Taiwan e Ucrânia na agenda de Baerbock

O posicionamento de Berlim surgiu no mesmo dia em que a chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock, iniciou uma viagem oficial a Pequim. Taiwan e a guerra na Ucrânia são temas que a ministra alemã vai discutir com as autoridades chinesas.

A visita de Annalena Baerbock acontece no auge de uma controversa visita a Pequim do Presidente francês. Emmanuel Macron irritou alguns aliados ocidentais ao dizer que a Europa não deveria seguir a política dos EUA em relação a Taiwan.

Questionada sobre as declarações de Macron, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha escusou-se a tecer comentários.

"Apenas posso dizer que, em regra, não comentamos as declarações feitas por chefes de Estado estrangeiros. Contudo, é evidente que nós, juntamente com a França e outros parceiros, estamos muito intensamente interessados em manter a ordem baseada em regras, paz e estabilidade em toda a região", disse Andrea Sasse.


Em Pequim, Baerbock manterá encontros com representantes de empresas alemãs, bem como com o ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang.

A ministra já havia pedido mais cautela no comércio com a China, alertando que a Alemanha deve evitar repetir o erro de dependência que teve da Rússia nos últimos anos.

As autoridades chinesas estão descontentes com a aproximação nos últimos anos entre as autoridades de Taiwan e os Estados Unidos da América, apesar da ausência de relações formais entre Taipé e Washington.

A China considera Taiwan uma província que ainda não conseguiu reunificar com o resto do seu território desde o fim da guerra civil chinesa em 1949.


⛲ Dw

Gana aprova vacina contra malária da Universidade de Oxford



Uma vacina contra a malária da Universidade de Oxford foi aprovada para utilização no Gana. O país está a intensificar os esforços para combater a doença transmitida por mosquitos, que mata uma criança por minuto.

O Gana é o primeiro país a aprovar a vacina contra a malária desenvolvida pela Universidade britânica de Oxford. "A vacina foi aprovada para utilização em crianças com idades entre os 5 e os 36 meses, o grupo etário com maior risco de morte por malária", disse a universidade num comunicado.

"Espera-se que este primeiro passo crucial permita que a vacina ajude as crianças ganesas e africanas a combater eficazmente a malária", acrescentou a instituição.

O professor Adrian Hill, investigador chefe do programa de vacinas R21/Matrix-M e diretor do Instituto Jenner da Universidade, disse que "a vacina de alta eficácia, que pode ser fornecida aos países que mais precisam dela", marca o "culminar de 30 anos de investigação da vacina contra a malária em Oxford."

Vacinas aprovadas contra a malária

A malária mata mais de 600.000 pessoas por ano, a maioria das quais crianças em África. A estrutura complicada e o ciclo de vida do parasita da malária tem dificultado os esforços para desenvolver vacinas.

Após décadas de trabalho, a Mosquirix, a primeira vacina contra a malária, desenvolvida pelo fabricante britânico de medicamentos GSK, foi aprovada no ano passado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Mas a falta de financiamento e de potencial comercial impediu a capacidade da empresa de produzir doses suficientes.

A vacina GSK já foi administrada a mais de um milhão de crianças em África. A investigação mostra que tem uma eficácia de cerca de 60%, mas a proteção diminui significativamente com o tempo.

A vacina de Oxford tem uma vantagem, graças a um acordo com o Serum Institute da índia para produzir até 200 milhões de doses anuais.

A GSK comprometeu-se a produzir até 15 milhões de doses de Mosquirix por ano até 2028, muito abaixo dos cerca de 100 milhões de doses por ano da vacina de quatro doses que a OMS diz ser necessária a longo prazo para proteger cerca de 25 milhões de crianças.

Eficácia atinge os 80%

Dados da fase intermédia do ensaio da vacina de Oxford que envolveram mais de 400 crianças foram publicados numa revista médica em setembro de 2022.

A eficácia da vacina foi de 80% no grupo que recebeu uma dose mais elevada do componente adjuvante de reforço imunitário da vacina, e 70% no grupo adjuvante de dose mais baixa, aos 12 meses após a quarta dose. As doses foram administradas antes do pico da estação do paludismo no Burkina Faso.

Dados de um ensaio clínico em curso da terceira fase no Burkina Faso, Quénia, Mali e Tanzânia, que registou 4.800 crianças, deverão ser publicados numa revista médica nos próximos meses.


⛲ Dw

“Protecção costeira e reabilitação de valas de drenagem são projectos do Município”, diz edil da Beira


O Município da Beira convocou, esta quarta-feira, a imprensa para explicar, através do seu presidente, Albano Carige, que os projectos de construção costeira e reabilitação das valas de drenagem são da edilidade e não do Governo central e que os mesmos constam do plano municipal desde 2008.

Tudo começou no sábado passado, quando o ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, que estava na cidade da Beira para monitoria das actividades de implementação dos projectos de protecção costeira e canais de drenagem, com vista ao melhoramento do saneamento, afirmou que, dentro de dois meses, será lançado o concurso para o apuramento do empreiteiro que irá construir a protecção costeira da Beira, cujas obras iniciais deverão arrancar em finais deste ano, avaliadas em 30 milhões de dólares, já disponíveis, dos 120 necessários.

A edilidade entende que os pronunciamentos do ministro tem como objectivo dar a entender que os dois projectos são do Governo central e, por isso, esta quarta-feira, convocou uma conferência de imprensa para “deixar claro” que os referidos projectos foram concebidos e desenvolvidos pela edilidade.

“São nossos projectos e eles constam do nosso plano principal desde 2008 e fazem parte da nossa visão sobre a segurança costeira da Beira até ao ano 2035”, começou por dizer Carige.

O edil da Beira fez ainda questão de exibir um documento desenhado, em 2019, pelo Município, após a passagem do ciclone Idai, do qual consta o projecto de protecção costeira reformulado, com a indicação de que são necessários 90 milhões de dólares.

“Contactámos vários parceiros e o Governo da Holanda garantiu-nos 30 milhões de dólares e aconselhou-nos a fazer exercícios para garantir outros valores. Conseguimos mais 30 milhões, sendo 15 do Banco Mundial e a outra metade do Banco Alemão, denominado KFW”, avançou Albano Carige.

Carige entrou, depois, em detalhes relativamente à construção da segunda bacia de retenção que faz parte do projecto de reabilitação dos canais de drenagem, numa extensão de 13 quilómetros.

“O Governo central não vai construir a segunda bacia, vai sim dar seguimento ao projecto do Município. Projectamos sete bacias de retenção de águas pluviais para mitigar as inundações na Beira e evitar doenças de origem hídrica.”

Refira-se que o projecto de construção costeira inclui restauração e reforço da antiga muralha, restauração de cordão de dunas que protegem a cidade, com recurso à vegetação, entre outras iniciativas a serem construídas em um ano e meio.


⛲ O país 

“Guerra pela cidade da Beira”: Albano Carige desmonta as “mentiras e exibicionismos vazios” do Ministro Carlos Mesquita

 


No passado dia 08 de Abril do presente ano, o Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, apareceu nas telas de várias televisões e páginas de jornais, afirmando que o governo central havia mobilizado junto de parceiros cerca de 30 milhões de USD, para os projectos das zonas de protecção costeira da cidade da Beira e construção da 2ª fase das valas de drenagem.

Reagindo aos pronunciamentos do Ministro, o Presidente do Conselho Municipal da Cidade da Beira, Albano Carige, convocou a imprensa ontem, para desmentir o pronunciamento do Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Carlos Mesquita, em relação à autoria das obras e projecto de Proteção costeira e não só, a 2ª fase das valas de drenagem.

Segundo Carige, o Governo apenas assinou os memorandos de entendimento com os parceiros, em respeito dos preceitos diplomáticos que regem as nações, mas todas parcerias foram mobilizadas pelo Conselho Municipal da Cidade da Beira, depois da passagem do ciclone Idai, em 2019.

Albano Carige revelou que os projectos de organização e protecção da Beira já vêm sendo desenhados desde 2008, e curiosamente, na altura em que Carlos Mesquita era um munícipe da urbe, tendo inclusive feito parte da restrita elite de cidadãos que foram consultados para o desenho do projecto da Beira que se pretende até 2035.

O edil de Chiveve fez lembrar que o Conselho Municipal, visando garantir a protecção costeira e a construção de sete drenagens, solicitou e teve o apoio garantido da Embaixada holandesa (30 milhões de USD), o Banco Mundial (15 milhões de USD) e o Banco Alemão (15 milhões de USD), uma vez que para a materialização de todos os projectos são necessários 60 milhões de USD. Um facto, que não faz qualquer sentido, que Carlos Mesquita venha ao público e querer assumir o protagonismo de ser o governo central o dono dos projectos em questão.

Na ocasião, Carige apresentou aos jornalistas os documentos que fazem a descrição de todos os projectos e foi mais longe, sublinhando que estes, enquadram-se no Master Plan 2008-2035, que prevê o que o CMB quer para a Beira e que tudo o que Ministro falou na Beira, aquando da sua visita no dia 08 do corrente mês, é pura mentira.

De salientar que está a virar hábito na República de Moçambique, o Governo central querer tirar protagonismo dos grandes feitos das autarquias, principalmente, as lideradas pelos partidos que ao nível macro estão na oposição, como foi o caso da inauguração das infraestruturas verdes na Beira, as estradas construídas por Paulo Vahanle em Nampula, os projectos de desenvolvimento de Cuamba e a reorganização da Cidade de Quelimane.


⛲ Integrity Magazine

Especialistas franceses treinaram soldados moçambicanos da força de reacção rápida (QRF)

 


A equipa móvel de formação das Forças Armadas da França da zona sul do Oceano Índico, em francês, Forces Armées dans la Zone Sud de l'Océan Indien (FAZSOI), reforçou durante um mês a Missão de Formação da União Europeia em Moçambique, em inglês, European Union Training Mission Mozambique (EUTM Moz), para treinar as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).

Os 13 soldados franceses do segundo regimento da infantaria da marinha (2e RPIMa) não são estranhos em Moçambique, tendo estado anteriormente destacados em Maputo e Chimoio para treinar no domínio do serviço e apoio ao combate (CSS). O seu regime de treino para as tropas moçambicanas concentra-se na doutrina da força de reacção rápida (QRF), aumentando as suas habilidades militares antes do destacamento contra terroristas em Cabo Delgado.

O segundo regimento da infantaria da marinha está baseado na Ilha Reunião com proximidade geográfica, disponibilidade e conhecimento que o torna aliado valioso para melhorar as tropas de reacção rápida das FADM, disse em comunicado a Missão de Formação da União Europeia em Moçambique (EUTM Moz).

Manutenção de armamento, mecânica de viaturas, embarcações e pequenos equipamentos, bem como primeiros socorros de combate e comboios logísticos foram algumas das formações ministradas pela FAZSOI.

Além deste treinamento, a FAZSOI incluiu operações de drones e treinamento de combate motorizado.

Drones leves foram recentemente entregues às FADM através do programa de medidas urgentes da Facilidade Europeia para Paz (EPF) com os especialistas franceses ensinando o esquadrão de reconhecimento como usá-los. Estes drones vão dotar a força de reacção rápida moçambicana (QRF) de uma nova capacidade para missões de vigilância, detecção de curto alcance e recolha de informações, sem correr riscos e pôr em perigo a vida.

Novos veículos foram fornecidos pela União Europeia (EU) e usados para treinamento de combate motorizado. Com base na experiência adquirida no Sahel, a FAZSOI treinou todos os pelotões da força de reacção rápida moçambicana (QRF) em procedimentos contra dispositivos explosivos improvisados (IEDs). As tropas moçambicanas de reacção rápida podem agora proteger-se contra este tipo de ataque e reagir eficazmente se necessário


⛲ Cartmoz

Taiwan avisa que China se prepara para "lançar uma guerra"



O ministro dos Negócios Estrangeiros de Taiwan defendeu que os recentes exercícios militares realizados pela China em redor da ilha indiciam que o gigante asiático está "preparado para lançar uma guerra" contra Taipé.

A chamada de atenção do ministro dos Negócios Estrangeiros de Taiwan, Joseph Wu, foi expressa numa entrevista ao canal de televisão norte-americano CNN, em que sustentou que as autoridades chinesas "parecem estar a preparar-se para um conflito".

"Se olharmos para essas manobras militares, vemos que está a tentar lançar uma guerra. O Governo [de Taipé] vê o Exército chinês como uma ameaça que não pode ser aceite. Condenamo-lo por isso”, declarou Wu, acrescentando que os dirigentes chineses "terão que pensar duas vezes antes de usar a força contra Taiwan”.

"Não importa se for em 2025 ou 2027 ou mesmo mais tarde. Taiwan deve estar sempre pronto para tudo”, frisou.

Durante os exercícios militares desta semana, que decorreram entre sábado e terça-feira, a Marinha chinesa realizou ataques simulados com caças instalados em porta-aviões.

As manobras ocorreram um dia depois de a chefe de Estado de Taiwan, Tsai Ing Wen, regressar ao país após uma visita de dez dias a países da América Central e de uma deslocação aos Estados Unidos, onde se encontrou com o presidente da Câmara dos Deputados, Kevin McCarthy, assim como com outros congressistas locais.

Pequim descreveu os exercícios como um claro "alerta às forças separatistas taiwanesas e àqueles que procuram interferir nos assuntos internos do país" e reiterou a importância de "defender a soberania nacional e a integridade territorial".

Quando questionado sobre o custo político da visita de Tsai Ing Wen aos Estados Unidos, Wu acrescentou que a China "não pode ditar a forma como Taiwan faz amigos".

"A China também não podem ditar o apoio que nos desejem dar", acrescentou.

À medida que sobem as tensões entre a China e os Estados Unidos sobre Taiwan, o presidente norte-americano, Joe Biden, indicou que Washington defenderá a ilha através da via militar, "se necessário", embora tenha enfatizado que adere ao princípio "uma só China”.


⛲ Cartamoz 

quarta-feira, 12 de abril de 2023

Greve no ensino superior: Sindicalista volta a ser ameaçado


Secretário-geral do Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Angola diz que foi ameaçado de morte e a sua casa foi vandalizada. A greve é para continuar, mas é possível "recuperar o ano académico", afirma à DW.

O secretário-geral do Sindicato dos Professores do Ensino Superior de Angola (SINPES) diz que tem recebido uma série de ameaças, para acabar com a greve no setor.

Em entrevista à DW, Eduardo Peres Alberto conta que a sua casa foi vandalizada ontem, por pessoas desconhecidas, e que a sua filha também já foi ameaçada de morte. Mas o sindicalista afirma que não vai ceder um milímetro às ameaças e salienta que a paralisação já tem 99% de adesão. Ainda assim, o ano académico pode ser salvo - se o Governo quiser, diz Eduardo Peres Alberto.

Há dias, a ministra do Ensino Superior, Maria do Rosário Bragança, garantiu o prosseguimento do ano académico.

DW África: Que ameaças tem recebido?

Eduardo Peres Alberto (EPA): Desde 28 de março que recebo ameaças. A primeira mensagem que recebi, a 28 de março, foi a dizer que estava a ir "muito longe" com a greve. Mandaram também mensagens de ameaça para o telefone da minha filha e deixaram na minha porta uma fotografia da minha filha, que extraíram da Internet e em que acrescentaram uma cruz, como ameaça de morte.

Ontem [10.04] vandalizaram a minha casa. Quebraram o vidro de um dos quartos e, em seguida, mandaram uma mensagem à minha filha, afirmando: "Já levaram o susto, na próxima vez vamos matar". A polícia já tem os números de telefone desses bandidos, mas até aqui não os consegue encontrar.

Eles exigem o fim da greve, e o nosso único parceiro é o Governo. Se somos parceiros do Governo e assinámos um memorando de entendimento a 17 de novembro de 2021, quem é o interessado no fim da greve sem a satisfação das reivindicações dos professores do ensino superior? [É por isso que] pensamos que há "milícias" ocultas, que podem ser do Governo… Se fossem só uns bandidos quaisquer, já teriam sido encontrados através do número de telefone.

Protesto de estudantes em fevereiro de 2022 contra a longa greve dos professores do ensino superiorProtesto de estudantes em fevereiro de 2022 contra a longa greve dos professores do ensino superior

Estamos preocupados com estas ameaças, porque eles podem mesmo matar, e a sociedade não pode ficar calada perante a violação flagrante dos direitos humanos.

DW África: Como andam as negociações com o Governo? Houve algum avanço?

EPA: Desde o dia 25 de outubro de 2022 até aqui, há um silêncio total por parte do senhor Presidente da República, João Lourenço.

Os salários praticados em Angola são miseráveis. O salário de um professor catedrático não chega aos 1000 euros – o professor universitário em Angola é um mendigo. E defendemos não só os professores universitários, como também os trabalhadores não docentes das instituições do ensino superior, porque compreendemos que não há escola sem técnicos. Portanto, salários condignos e o seguro de saúde são questões fraturantes.

DW África: Como desbloquear as negociações?

EPA: As negociações só estão a depender da vontade política do Governo. Do nosso lado, estamos abertos. Ainda que o aumento salarial seja faseado, continuamos a aguardar um convite do Governo.

DW África: Com todas essas ameaças, não pensa em recuar?

EPA: A greve é por tempo indeterminado. Angola é independente há mais de 45 anos e não podemos continuar com um ensino de má qualidade. Se o ano académico for anulado, é culpa do Governo. O Governo é que está interessado. Quem está em silêncio é o Governo.

A greve tem uma adesão de 99%. Contrariamos as declarações da senhora ministra, Maria do Rosário Bragança, que disse que há professores a trabalhar. Imagine que, num universo de 150 professores numa determinada unidade orgânica, só há 15 a dar aulas – vamos dizer que as instituições estão a funcionar em pleno?

Se houver entendimento com o Governo, podemos recuperar o ano académico. Só com um ensino superior de qualidade é que o país pode progredir.


⛲ Dw