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sexta-feira, 9 de junho de 2023

Última Hora:Filipe Nyusi deve preparar-se para julgamento Em Londres

 


Um juiz britânico avisou hoje que o Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, deve preparar-se para o julgamento sobre o caso das "dívidas ocultas” em outubro em Londres, apesar de invocar imunidade. 

Numa audiência hoje no Tribunal Comercial, o juiz Robin Knowles admitiu que “não é o momento de tomar decisões sobre o que acontecerá se o resultado da [discussão sobre a] imunidade for num sentido ou noutro”, admitiu.

Porém, vincou, “todos, incluindo o Presidente Nyusi deve proceder com base no facto de que correm o risco de que esse julgamento aconteça e de que sejam envolvidos nele, ou das suas consequências”. 

As palavras do magistrado eram uma referência à proximidade entre uma audiência de três dias para discutir a questão da alegada imunidade do chefe de Estado moçambicano, apontada para o início de agosto, e o começo do julgamento, em 03 de outubro. 

O advogado que representou Nyusi em tribunal, Rodney Dixon, concordou que a questão da imunidade é crucial e que deve ser discutida "o mais cedo possível”. 

Filipe Nyusi foi nomeado no processo que decorre na justiça britânica pelo grupo naval Privinvest e pelo respetivo proprietário, Iskandar Safa, por entenderem que deve ser responsabilizado caso sejam provadas as alegações de corrupção contra a Privinvest. 

O Tribunal britânico autorizou a notificação do Presidente Nyusi em maio de 2021, mas esta só foi confirmada oficialmente em abril deste ano e hoje foi a primeira vez que se fez representar legalmente em tribunal para invocar imunidade diplomática.

O grupo naval libanês quer que Nyusi explique o envolvimento na compra de barcos e equipamento para pesca e proteção marítima em Moçambique através das empresas estatais Proindicus, Ematum e MAM. 

Filipe Nyusi era ministro da Defesa quando foram assinados os contratos com a Privinvest e contraídos empréstimos de cerca de 2,2 mil milhões de dólares com os bancos Credit Suisse e VTB, entre 2013 e 2014. 

Os empréstimos foram avalizados secretamente pelo governo da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) quando Armando Guebuza ainda era chefe de Estado, sem conhecimento do parlamento e do Tribunal Administrativo.

O caso, descoberto em 2016, ficou conhecido por "dívidas ocultas” e levou à suspensão de apoios internacionais, incluindo do Fundo Monetário Internacional (FMI), que só recentemente retomou a ajuda financeira ao país.

A Procuradoria-Geral de Moçambique iniciou uma ação judicial no Reino Unido em 2019 para tentar anular a dívida de 622 milhões de dólares da empresa estatal ProIndicus ao Credit Suisse, invocando que os contratos resultaram de corrupção.

Entretanto, o caso juntou mais processos relacionados com a suspensão de pagamentos das dívidas por Moçambique para serem julgados em conjunto entre outubro e dezembro de 2023.

Além de Nyusi, no processo em Londres estão nomeados vários altos funcionários públicos e figuras de Estado, como Guebuza e o antigo ministro das Finanças Manuel Chang.

Num julgamento em Maputo do mesmo caso que foi concluído em dezembro, 11 dos 19 arguidos foram condenados a penas de prisão de entre 10 e 12 anos. 

Três deles, Ndambi Guebuza, filho do ex-Presidente Armando Guebuza, e dois ex-dirigentes do SISE, Gregório Leão e António Carlos do Rosário, foram ainda condenados a pagar uma indemnização ao Estado equivalente a 2,8 mil milhões de dólares.

O juiz responsável, Efigénio Baptista, recusou ouvir Nyusi naquele processo.

⛲ Cartamoz 

TSU: Auditorias vão corrigir salários da função pública


O Estado moçambicano espera reduzir em 500 milhões de meticais (cerca de 7,2 milhões de euros) a massa salarial da função pública com as correções a efetuar após auditorias em curso.

"Cerca de 500 milhões de meticais: vai ser a redução decorrente do impacto das auditorias, pelas correções que vão ser feitas”, disse esta sexta-feira (09.06) Emanuel Mabumo, inspetor-geral de Finanças, em conferência de imprensa, em Maputo.

As auditorias devem estar concluídas até final de julho, referiu, e fazem parte das medidas anunciadas no início do ano pelo Governo para conter o crescimento da massa salarial com a implementação da Tabela Salarial Única (TSU).

As averiguações às contas abrangem 374 mil funcionários do Estado de todas as áreas.

Numa altura em que já foram analisados quase metade dos casos, foram detetadas inconformidades em 20%, referiu o inspetor-geral.

Aquele responsável prevê que "esta média se mantenha" até ao final das auditorias, o que permite avançar com a estimativa de 500 milhões de meticais de correção mensal.

Redução de salários de topo

A TSU foi aprovada em 2022 por forma a eliminar assimetrias e manter a massa salarial do Estado sob controle a médio prazo, mas o arranque fez disparar os salários em cerca de 36%, de 11,6 mil milhões de meticais/mês (169 milhões de euros/mês) para 15,8 mil milhões de meticais/mês (231 milhões de euros/mês). As correções vão fazer encolher este valor, assim como a redução de salários de topo aprovada em maio.

Max Tonela, ministro da Economia e Finanças de Moçambique, explicou na altura que a prioridade é racionalizar a despesa pública de maneira a "aumentar o envelope de recursos para financiar setores vitais e impulsionar a economia".

Uma das entidades atenta à despesa pública moçambicana é o Fundo Monetário Internacional (FMI), por via do programa financeiro de apoio ao país no valor de 450 milhões de dólares (415 milhões de euros) até 2025, aprovado há um ano.

O FMI já alertou para os desequilíbrios da massa salarial que deverão levar a uma revisão de alguns pontos do programa de financiamento por forma a mantê-lo sustentável.

Prevê-se que essa revisão conduza este mês ao terceiro desembolso do FMI no âmbito do programa, no valor de cerca de 70 milhões de dólares (65 milhões de euros).

⛲ Dw

quinta-feira, 8 de junho de 2023

Moçambicanos poderão estudar e estagiar no Qatar

 


Docentes e estudantes moçambicanos poderão ter oportunidade de formação e estágio no Qatar. A informação foi anunciada hoje pelo presidente da Fundação Katara, numa visita à Universidade Pedagógica de Maputo.

A visita do presidente da Katara Foundation, uma fundação da área da educação, artes e culturas do Qatar, começou por volta das 9 horas desta quinta-feira no campus da Universidade Pedagógica de Maputo.

Depois de passar por alguns laboratórios, o presidente da Katara Foundation, Khaled Al Sualiti, mostrou interesse em apoiar os docentes e estudantes moçambicanos com oportunidades de formação e estágio profissional naquele país asiático.

“Eles vão aprender sobre diplomacia, cultura e também teremos dois deles com a oportunidade de estudar em outras boas escolas da área. Aproveito a ocasião para convidar estudantes finalistas a virem fazer estágios no Qatar”, disse.

Por sua vez, o reitor da Universidade Pedagógica de Maputo agradeceu pela oportunidade de poder colaborar com as universidades do Qatar, principalmente, na área de energia.

“Temos áreas fundamentais em que as universidades se devem engajar, a primeira das quais seria uma transição energética, e o Qatar tem muita experiência em energia”, disse Jorge Ferrão, reitor da Universidade Pedagógica de Maputo.

O reitor da UP-Maputo, disse ainda que é preciso fazer uma transição digital e que deve ser feita com as melhores universidades do mundo.

A fundação Katara é formada por mais de 50 entidades dos sectores de educação, ciência, pesquisa e desenvolvimento.

⛲ O País 

Médicos voltam à greve nos próximos dias


Os médicos anunciaram ontem que vão retomar a greve, alegadamente porque o Governo não está a cumprir o acordado. O que se sabia é que as reivindicações dos médicos tinham sido já negociadas e até cumpridas, mas nada disso aconteceu. A Associação Médica de Moçambique convocou ontem a imprensa para anunciar uma terceira greve.

“O Governo não foi sério, não implementou o que acordou connosco. Do que foi acordado, apenas 10% é que foi implementado. Para além disso, neste mês de Maio, os médicos receberam os salários com reduções consideráveis, foram inferiores que os de Abril. Ninguém sabe explicar as razões disso, aproximamo-nos ao MISAU e não tivemos explicação do problema.”

E as preocupações dos médicos são as mesmas que as dos outros profissionais de saúde que suspenderam a greve, no domingo: más condições de trabalho.

“Nós temos falta de recursos para diagnóstico, desde reagentes de laboratório, equipamentos para exames de imagem (Raio X e TAC) até falta de medicamentos.”

Devido a esses problemas, há hospitais sem serviços de urgência em horários específicos e outros que vão implementar as restrições.

Não há data ainda para a greve, mas a Associação Médica de Moçambique diz que os prazos serão conhecidos já esta sexta-feira.

⛲ O país 

Hospitais e outras entidades públicas não pagam água por “desvio de aplicação”: dívidas ascendem aos 7 mil milhões de Meticais


A campanha massiva de cortes no fornecimento de água da rede pública a domicílios residenciais e institucionais devedoras, dentre as quais hospitais e estabelecimentos de ensino, que decorre em todos o país, visa a cobrança de dívidas de longa data, disse uma fonte autorizada.

As Sociedades Comerciais Regionais de Abastecimento de Água da rede pública, nomeadamente da Região Metropolitana de Maputo, do Sul, Centro e Norte, deram início, desde o mês de Maio último, a cortes no seu fornecimento, como forma de pressionar o pagamento.

“Hospitais, penitenciárias, quartéis e comandos da Polícia, entre outros estabelecimentos, cujo fornecimento está a a ser igualmente cortado, estas recebem dotações orçamentais, por parte do Estado, para cobrir as despesas no pagamento de água, tal como para outras despesas. Verifica-se, contudo, que as mesmas instituições públicas pagam as facturas de electricidade, viagens e outras despesas, mas não as de água”, asseverou a fonte. 

Por outras palavras, seus responsáveis aplicam os fundos noutras rubricas orçamentais, fazendo aquilo a que na gíria da administração pública dá pelo nome de “desvio de aplicação”.

De acordo com a nossa fonte, foi estabelecido que só seriam suspensos os serviços de abastecimento de água aos hospitais, escolas, estabelecimentos penitenciários, quartéis e comandos da PRM, depois de um aviso de pagamento/factura, com uma moratória de 10 dias, envio de um aviso de corte seguido de uma equipa composta por responsáveis comerciais, para renegociar o pagamento, se a factura em causa não tiver sido saldada dentro do prazo acordado.

“A interrupção no fornecimento de água às instituições acima indicadas só se materializa, quando todos os passos acima e outras formas de negociação tiverem sido esgotadas”, acrescentou.

A mesma fonte avançou ainda que, neste momento, o total das dívidas ascende a 6.5 mil milhões de Meticais ( 6.510.959.914,56 Meticais), “o que pode colocar as três Sociedades Comerciais em risco de insolvência”. 

As três sociedades comerciais foram criadas em 2022 pelo FIPAP para gerirem a produção e abastecimento de água aos centros urbanos do país.


⛲ Cartamoz 

Greve dos médicos: conheça os detalhes que levaram a classe a sentir-se enganada pelo Governo

 


O Presidente da Associação Médica de Moçambique (AMM), Milton Tatia, precisou esta quarta-feira (07) que a greve dos médicos cuja data de início será conhecida na próxima sexta-feira (09) deve-se à falta de cumprimento da implementação do estatuto do médico e dos direitos nele consagrados, entre vários pontos.

Para além destas reivindicações, a classe protesta o facto de o Governo assistir à deterioração progressiva das condições de trabalho, sem a devida intervenção. Tatia diz que nos hospitais do país há falta de recursos para o exercício da profissão e para prestar melhores cuidados de saúde ao povo, o que levou o pessoal da saúde à greve na semana passada.

Embora o Governo tenha sido dado um tempo razoável para buscar soluções, não se mostrou sério e não implementou o que acordou com a classe, tendo resolvido apenas 10 por cento do prometido.

Para além do não cumprimento das promessas feitas no acto da negociação, o grupo diz que se vê na contingência de entrar em greve porque o Governo reduziu os salários de Maio de forma considerável comparativamente ao mês anterior. Mais grave ainda, nenhuma entidade, incluindo o Ministério da Saúde, consegue justificar a razão da redução dos salários.

Tatia diz ainda que existe um grupo de médicos que foi entrando no Aparelho do Estado desde a entrada em vigor da Tabela Salarial Única (TSU), que recebe apenas o salário base com todos os descontos e sem nenhum subsídio, o que faz com que no fim do mês leve para casa cerca de metade do que deveria ganhar.

A fonte precisou que estes factores, aliados ao facto de os hospitais não pagarem desde o ano passado as horas extras pelos serviços de urgência, fizeram com que algumas unidades sanitárias, como é o caso do Hospital Provincial da Matola, deixassem de prestar este serviço, recomendando os pacientes a se dirigirem aos hospitais de Mavalane, Central ou José Macamo para receberem os devidos cuidados.

Acrescentou que, nos próximos dias, outros hospitais vão paralisar o serviço de urgência. De um modo geral, os médicos debatem-se com a falta de recursos para diagnóstico, desde reagentes de laboratório, equipamentos para Raio X, Tomografia Computorizada (TAC), ecografia e medicamentos para o tratamento de insuficiência cardíaca, renal e doentes que entram com quadro de falta de ar.

A Associação Médica de Moçambique (AMM) reuniu-se esta quarta-feira, tendo analisado vários aspectos, que vão desde o cumprimento das reivindicações que resultaram na paralisação que ocorreu no ano passado e interrompida no âmbito da quadra festiva e, em simultâneo, para dar tempo ao Governo para satisfazer as reivindicações da classe.

Com a eclosão da cólera, depois da quadra festiva, os médicos entenderam que não seria de bom grado voltar à paralisação, visto que a população precisava de assistência.

⛲ 

Cartamoz 


quarta-feira, 7 de junho de 2023

Províncias dominadas pela Frelimo voltam a ter maior número de eleitores recenseados

 


Os anos passam, mas as estatísticas eleitorais não se alteram. Dados preliminares do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE) sobre o recém-terminado recenseamento eleitoral, com vista às VI Eleições Autárquicas de 11 de Outubro próximo, revelam que as províncias de maior influência do partido Frelimo voltaram a registar maior fluxo de eleitores, tendo superado, mais uma vez, as projecções feitas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Trata-se das províncias de Cabo Delgado e Gaza, que voltaram a superar as projecções do INE, sendo que, desta vez, o “troféu” foi ganho pela martirizada província de Cabo Delgado, em troca com a “adiantada” província de Gaza.

Afectada pelos ataques terroristas desde Outubro de 2017, a província de Cabo Delgado conseguiu inscrever nos cadernos eleitorais mais de 734 mil eleitores, dos 696 mil previstos, o que corresponde a uma realização de 105 por cento.

Já a província de Gaza, famosa por manipular estatísticas eleitorais, recenseou 534 mil eleitores, dos 517 mil projectados pelo INE, o que representa uma execução de 103,3 por cento. A província de Manica recenseou 689 mil eleitores, de um total de 732 mil projectados. Por sua vez, a província do Niassa, com 65 por cento dos potenciais eleitores registados, voltou a registar o pior desempenho.

No total, o STAE diz ter recenseado, de 20 de Abril passado a 03 de Junho corrente, 8.3 milhões de eleitores, dos 9.8 milhões que estavam previstos, o que representa uma realização de 84,91 por cento. Mais de 1.4 milhão de potenciais eleitores não foram abrangidos pelo processo.

Em 2018, as províncias de Gaza e Cabo Delgado é que registaram maior número de eleitores, tendo superado, igualmente, as metas previstas. Gaza conseguiu registar 561.924 eleitores, dos 482.262 previstos, o correspondente a 116,52 por cento dos eleitores, enquanto Cabo Delgado recenseou 510.598, de um total de 502.481 projectados, representando uma realização de 101,69 por cento.

Em sentido contrário, a província do Niassa recenseou, em 2018, 368.372 eleitores, dos 582.192 que estavam previstos, o que correspondeu a uma realização de 63,27 por cento. Naquele ano, os órgãos eleitorais recensearam 88,03 por cento dos potenciais eleitores.

Em debate realizado em Maputo, no passado dia 22 de Maio, Miguel De Brito, Especialista em Questões Eleitorais, justificou os sucessivos números históricos de recenseamento eleitoral em província de domínio da Frelimo com a capacidade de mobilização do partido no poder. De Brito defende que a Frelimo tem conseguido mobilizar os seus membros para se recensearem, sobretudo na província de Gaza.

⛲ Cartamoz

Filho de Kagame vai comandar a Força-Tarefa Conjunta em Cabo Delgado

 


O presidente do Ruanda, Paul Kagame, na qualidade do Comandante em Chefe das Forças Armadas do Ruanda, efetuou, no passado dia 05 de Junho corrente, mexidas no sector de defesa e segurança. Para além de nomear Juvenal Marizamunda para o cargo Ministro da Defesa, em substituição do Maj Gen Albert Murasira, Kagame escolheu o seu filho, Alex Kagame, para comandar as tropas ruandesas na província de Cabo Delgado.

Volvidos 11 dias depois da TotalEnergies tornar público o relatório de Jean-Christophe Rufin que recomendou o corte de ligações com o exército moçambicano, abrindo espaço para as tropas ruandesas garantirem segurança do perímetro onde está localizado o maior investimento privado da história do continente africano, o presidente do Ruanda Paul Kagame decidiu fazer mudanças nos comandos ruandeses em Cabo Delgado.

Maj General Eugene Nkubito, que comanda o contingente ruandês em Cabo Delgado desde Agosto, será substituído por Maj Gen Alex Kagame, por sinal filho do estadista ruandês. Aliás, os dois vão trocar de posições, visto que Nkubito volta ao seu país de origem para assumir o comando da 3ª Divisão do exército ruandês

Quem também foi destacado para combater o terrorismo na província de Cabo Delgado é o coronel Theodoro Bahizi que, por sua vez, vai comandar o Grupo de Batalha.

A comunidade internacional olha com a alguma desconfiança a nomeação do filho de Kagame para dirigir os destinos das forças ruandesas em Cabo Delgado, pois há rumores de que a TotalEnergies vai disponibilizar parte significativa das receitas da exploração de gás natural na Bacia do Rovuma para o Ruanda em troca de garantia de segurança.


⛲ Evidências 

Investigador americano acusa Governo e Total de terem ocultado número de mortos no ataque a Palma em 2021



Relatório de Perry aponta que 1357 pessoas foram mortas no “massacre” de Palma

“A TotalEnergies tem responsabilidade porque quando os insurgentes atacaram saiu e fechou os seus portões”

“É ridículo a Total contratar este exército (moçambicano) para proteger pessoas”

O Governo falsificou os dados do “massacre” de Palma. Este facto foi tornado público pelo jornalista e investigador norte-americano, Alex Perry. Enquanto o Executivo fala em dezenas de mortos, Perry, na base de uma investigação independente, aponta que os insurgentes mataram 1357 pessoas entre civis e trabalhadores das empresas subcontratadas pela TotalEnergies. O investigador norte – americano, que referiu que Moçambique é um Estado falhado, declarou que as Forças de Defesa e Segurança não tem capacidade para ombrear com os insurgentes. Alex Perry acusa ainda a TotalEnergies de não ter honrado o compromisso de garantir a segurança das pessoas que estão no perímetro do maior investimento estrangeiro de sempre no continente africano.

Texto: Duarte Sitoe

Os insurgentes atacaram a vila de Palma no dia 24 de Março de 2021, sendo que no dia 28 do mês em alusão o Ministério da Defesa Nacional convocou uma conferência de imprensa sem direito a perguntas para revelar que dezenas de pessoas morreram na sequência dos ataques.

“Um grupo de terroristas penetrou, dissimuladamente, na vila sede do distrito de Palma e desencadeou acções que culminaram com o assassinato cobarde de dezenas de pessoas indefesas e danos materiais em algumas infraestruturas do Governo” relatou o então porta – voz do Ministério da Defesa Nacional, Omar Saranga.

Enquanto o Governo fala de dezenas de mortos, o jornalista e investigador norte – americano, Alex Perry, na base de uma investigação que durou 15 meses, aponta que os dados revelados pelo Executivo foram sonegados, uma vez que morreram cerca de 1357 pessoas entre civis e trabalhadores das empresas subcontratadas pela TotalEnergies. Aliás, Perry, que revelou que gastou cerca de vinte mil dólares para fazer a investigação, classificou o “massacre” de Palma como o maior ataque da história do petróleo e gás, tendo acusado o Governo e a TotalEnergies de omitir dados.

 “Os dados estão em bruto, é provisório. Nós fizemos a contagem dupla, mas gostaria de ter uma auditoria independente, mas pretendia dizer a Total o que teria acontecido porque muito claramente eles não sabiam. Sou jornalista e estou interessado em factos. Havia um facto sobre o massacre de Palma que eu não sabia que era simplesmente quantas pessoas morreram. Demorei cinco meses e gastei 20 000 dólares para descobrir esse facto. O facto é que 1357 pessoas foram mortas. O Al Shabab foi impiedoso, a Total não fez contagem, eles são basicamente o poder na região. As autoridades moçambicanas também não contabilizaram, isso para mim parece uma omissão que quase parece deliberada porque tudo mundo está ciente de que algo terrível aconteceu, ninguém quer quantificar e eu quantifiquei porque é meu trabalho”, declarou Perry numa entrevista a RDP África.

O investigador norte – americano revelou que cerca de 184 pessoas no universo de 1357 são jovens, classificando o ataque a Vila de Palma como o segundo maior ataque terrorista de sempre.

“É importante saber que as mortes foram descriminadas, as idades variam entre os dois meses e os 105 anos. 184 crianças foram mortas e identificadas como menores de 18 anos. No dia 11 de Setembro de 2021 foram mortas mais de 3000 pessoas, mas aqui é a metade disso, sendo que na Síria e Afeganistão pessoas com menos de 20 anos chegam perto disso. Este é o segundo maior terrorista que alguma vez aconteceu. É pior desastre em 164 anos de história do petróleo e do gás”.

“É ridículo a Total contratar este exército (moçambicano) para proteger pessoas”

Alex Perry inocenta as Forças de Defesa e Segurança da responsabilidade pelos mortes e decapitações em Palma, porém declarou que as garantias de segurança por parte da Total e do Governo foram um autêntico fracasso.

“Acho que ninguém disse que o exército decapitou pessoas, então acho que foi o Al Shabab que decapitou pessoas. Tenho a certeza de que houve represálias é um exército muito indisciplinado, mas tudo na minha pesquisa indica que todas as mortes foram culpa do Al Shabab. A TotalEnergies vale dez vezes mais em relação a Moçambique. Este ataque era destinado a TotalEnergies. Eles não atacariam a total porque o complexo estava defendido, mas atacaram todos os trabalhadores que trabalhavam para a empresa e os que estavam fora da região.

“Tentei contactar a Total sobre os números, mas ficaram em silêncio ou ignoram. Estamos a falar de uma completa aberração de responsabilidade. As garantias de segurança foram um completo fracasso por parte da Total que garantia a segurança das pessoas dizendo que o exército ia protegê-las, mas não fez nada foi uma falha em todas as suas partes e eles não querem aceitar essa falha”.

Ainda na entrevista concedida a RDP África, Alex Perry vincou que foram os terroristas que mataram pessoas. No entanto, atira a culpa a multinacional francesa, visto contratou cerca de 600 militares para proteger as suas instalações e as pessoas que estão no perímetro do maior investimento estrangeiro de sempre no continente africano.

“A TotalEnergies tem responsabilidade porque quando os insurgentes atacaram saiu e fechou os seus portões, os gerentes entraram em helicópteros e foram embora. Eles abandonaram toda gente e como resultado 1357 pessoa morreram. A Total Tinha garantido segurança e quando aconteceu o ataque não cumpriu com a promessa, deixou as pessoas morrerem”, declarou Perry para posteriormente apontar que o exército moçambicano para além de ser incapaz é composto por traficantes de drogas e de produtos da vida selvagem

“No mundo actual só uma entidade capaz, com exercício eficiente e disciplinado pode controlar uma guerra civil ou um grupo de rebeldes… Na verdade Moçambique é um dos estados mais corruptos do mundo, o exército é uma organização mafiosa que faz contrabando um pouco por todo mundo. Eles traficam pedras preciosas, peles de animais e drogas. A CIA nomeou Maputo como o maior exportador drogas mais de uma vez nos seus relatórios. Pedir ao exército moçambicano para agir como exército é o mesmo que pedir a um bando de traficantes para ser um exército, eles simplesmente não são capazes. Não se pode gastar tempo em exigir responsabilidade a este exército porque toda gente sabe que é uma instituição corrupta. É ridículo a Total contratar este exército para proteger pessoas. Moçambique é um estado falhado, o problema são as pessoas que se aliam a este fracasso e Total fez isso”

⛲ Evidências 

terça-feira, 6 de junho de 2023

RENAMO “exige” a repetição do recenseamento eleitoral em todas autarquias



O partido Renamo, através do seu porta-voz, José Manteigas, exige a anulação e auditoria dos dados do recenseamento eleitoral realizado em todas as 65 cidades e vilas autárquicas tendo em vista as sextas eleições de 11 de Outubro.

Falando nesta terça-feira (06.06) em conferência de Imprensa, Manteigas sustentou as exigências com o facto de que, o processo ter se caracterizado por diversas irregularidades, entre as quais o registo de eleitores residentes fora do território autárquico.

A título de exemplo apontou as anomalias verificadas nas províncias de Sofala, Zambézia, Nampula, Niassa, em que, segundo ele, cidadãos não foram recenseados alegadamente porque os brigadistas não cumpriram a orientação sobre o período que deviam observar nos dois últimos dias.

Por estas e outras razões, Manteigas defende a realização do novo censo eleitoral para, segundo suas palavras, os moçambicanos poderem exercer o direito de ser eleito e eleger os dirigentes no escrutínio de 11 de Outubro próximo.

Acrescentou que na maioria dos postos das províncias referidas acima houve cortes constantes de energia para além de que alguns cidadãos tiveram que desembolsar dinheiro para o seu registo, sem contudo receber os devidos cartões de recenseamento.

⛲ Integrity