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sábado, 2 de março de 2024

Fome arrasa Etiópia devido ao El Niño

 



Cerca de um milhão de crianças etíopes vão sofrer de desnutrição aguda este ano e cerca de 350.000 mulheres grávidas e ou fase de amamentação também se vão debater com desnutrição, de acordo com o UNICEF. O director daquela instituição das Nações Unidas pede aumento do apoio face ao fenómeno el niño que está a criar fome sem precedentes.

A seca provocada pelo fenómeno meteorológico El Niño, que atingiu o norte, o centro e o sul da Etiópia, está a ter um impacto devastador para a população naquela região. Cerca de um milhão de crianças e mais de 300.000 mulheres grávidas e lactantes poderão sofrer de desnutrição aguda este ano.

Em visita a uma das zonas mais afectadas pela seca em Tigray, no norte, onde as taxas de subnutrição ultrapassaram o momento inicial de emergência, o director do Fundo das Nações Unidas para a Infância, UNICEF, Ted Chaiban, instou a comunidade internacional a aumentar imediatamente o seu apoio às crianças e famílias, para evitar que a catástrofe humanitária seja piore.

“A Etiópia está a enfrentar múltiplas crises e as necessidades estão a ultrapassar a nossa resposta. Esta é uma região onde os mecanismos de sobrevivência das famílias se esgotaram. Para complicar ainda mais a situação, está a decorrer uma emergência de saúde pública em todo o país, com surtos de cólera, sarampo, dengue e malária. Estas doenças são mortais para as crianças, mas são facilmente evitáveis. Se agirmos agora, podemos salvar a vida de milhões de crianças. Precisamos de recursos para podermos aumentar a nossa resposta humanitária” afirmou.

O UNICEF, em colaboração com o Governo etíope e outros parceiros, está a fornecer apoio nutricional, água potável, imunização de rotina, educação e serviços de proteção infantil. Porém, o conflito naquele país que dura desde 2020 devido a várias razões, incluindo disputas étnicas, dificulta que a organização consiga chegar a todas as crianças necessitadas e comunidades vulneráveis.

PGR preocupada com ataques à magistrados



A Procuradoria-Geral da República e outras entidades competentes estão a trabalhar para localizar e responsabilizar os indivíduos que têm atacado os magistrados. Numa nota de repúdio, a instituição mostra-se preocupada.

Sem medo, indivíduos até aqui desconhecidos têm vindo a atacar magistrados e instalações dos órgãos do Ministério Público na província de Manica. Diante da situação, a Procuradoria-Geral da República emitiu uma nota de repúdio.

“O Ministério Público repudia tais ataques e encoraja aos magistrados a não se intimidaram e a continuarem firmes com a sua missão”, refere o documento..

De acordo com a PGR, as instalações e residências dos magistrados do Ministério Público, em exercício de funções na província de Manica, têm sido alvos de ataques do tipo destruição e vandalização de infra-estruturas.

“No período de Setembro de 2023 a Fevereiro de 2024, foram vandalizadas residências de magistrados e instalações do Gabinete Provincial de Combate à Corrupção de Manica e a Procuradoria da República da Cidade de Chimoio”diz a PGR.

Na nota de repúdio lê-se ainda que nas suas incursões, os malfeitores subtraem bens, processos e demais equipamentos apreendidos em sede de instruções.

Aumenta acesso e retenção da rapariga ao ensino

 


Aumentou o acesso e retenção da rapariga aos vários níveis de ensino no país. No sector da saúde reduziu o índice de mortalidade infantil. A informação foi avançada ontem pela ministra do gênero, criança e acção social por ocasião do lançamento das comemorações do mês da mulher.

A Cidade de Maputo acolheu as cerimónias de lançamento do mês da mulher, que culminará com o dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher e o 7 de Abril Dia da Mulher Moçambicana.

Falando da mulher moçambicana, há, na óptica do governo, avanços significativos no empoderamento e emancipação da mulher.

“Neste contexto, em 2023 registamos o aumento do acesso e retenção da rapariga nos vários níveis de ensino, com destaque para o ensino primário onde a taxa líquida de escolarização foi de 49,8%. Na saúde reduzimos os índices da mortalidade materno infantil, aumentamos as casa de mãe espera para as mulheres grávidas, realizamos 76,7% de partos institucionais, tivemos 97% de cobertura no rastreio do cancro do colo do útero, atingimos um milhão setenta e quatro mil e quinhentos e vinte e seis mulheres nas consultas de planeamento familiar”.

Ainda assim há desafios na inclusão financeira digital, reconhece a ministra do genero, mulher, criança e acção social.

“Na inclusão financeira digital, ainda temos desafios, pois, registamos baixos níveis na posse de telefone celular para mulheres e raparigas, apenas 46% contra 56% de homens.”

A representante da ONU Mulher em Moçambique Catherine Sozi garante a continuidade de apoio ao empoderamento da mulher, assim como a agenda 2030 das nações unidas.

Quanto à situação do drama dos deslocados internos em Cabo Delgado o sector diz estar a prestar assistência às famílias em parceria com organizações parceiras.

Situação em Cabo Delgado continua estável – defende Ministro da Defesa

 


Contra todos os factos que mostram para a degradação da situação da segurança na província de Cabo Delgado, e que já levou o Estado francês a proibir seus cidadãos a pisar aquela parcela do país, o Ministro da Defesa Nacional afirma que o cenário continua estável, sendo manchado apenas por ataques esporádicos causados por pequenos grupos de insurgentes.

“A situação na província de Cabo Delgado continua estável, não obstante as últimas ocorrências no sul da província”, defende Cristóvão Chume, para quem não se pode falar de recrudescimento dos ataques terroristas, que já causaram a morte de pelo menos 70 pessoas e 67.321 deslocados em menos de 60 dias.

“Nós dissemos que, o que está a acontecer agora não é o recrudescimento, porque se fosse isso, estaríamos a dizer que há sedes distritais que estão ocupadas, sem acesso das populações. O que acontece é que há grupos pequenos de terroristas que saíram dos seus quartéis lá na zona de Namarussia, foram mais a sul, atacaram algumas aldeias e criaram pânico”, realça aquele Major-General.

Falando esta quinta-feira, à margem do encontro que manteve com uma missão de alto nível da União Europeia, Chume assumiu que o pânico causado pelos novos ataques terroristas se deveu à velocidade com que se emite a propaganda terrorista. Defende que, na era da informação, dois ou três terroristas armados estão em condições de criar pânico nacional e internacional, mesmo que as suas acções não se comparem com as registadas nos anos passados.

“Mas a nossa missão, como Forças de Defesa e Segurança, é de negar que o terrorismo volte a florescer em Cabo Delgado e em todo o território nacional”, defendeu o governante, sublinhando que o país continuará a assistir ao que se viveu naqueles distritos da zona sul da província de Cabo Delgado.

Para o Ministro da Defesa Nacional, é importante continuar-se a consolidar a moribunda ADIN (Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte) e outros programas de desenvolvimento para minimizar o risco de radicalização e prevenir-se a “reemergência do terrorismo”.

Refira-se que, de acordo com a agência de notícias do Estado Islâmico, os insurgentes já realizaram pelo menos um total de 27 ataques terroristas desde que 2024 iniciou e, segundo o Governo, as referidas incursões ocorreram em algumas aldeias dos distritos de Quissanga, Metuge, Ancuabe e Chiúre, distritos que se localizam a menos de 100 Km da cidade de Pemba, a capital daquela província.

⛲ Cartamoz 

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Ministro da Defesa nega recrudescimento do terrorismo em Cabo Delgado

 


O ministro da Defesa, Cristóvão Chume, desdramatiza os ataques terroristas em Cabo Delgado, e diz que que não há nenhum recrudescimento do terrorismo naquela próvincia, até porque, se fosse o caso, as sedes dos distritos estariam ocupadas e a população não teria acesso.

Segundo o ministro, o que aconteceu nesses distritos, como o caso de Metuge, Ancuabe e Chiúre, que sofreram, há semanas, ataques dos terroristas, que culminaram com mais de 70 mil deslocados, foi a incursão de um pequeno grupo de terroristas, que saíram dos seus quartéis, na zona de Namarussia, foram a algumas aldeias e criaram pânico às populações.

“Quero, aqui, dizer que dois ou três terroristas armados, chegaram a uma aldeia que em não está lá a polícia ou as forças armadas disparam para o ar, queimam duas ou três casas. Na era das comunicações, a mensagem é difundida rapidamente, cria pânico não só naquelas aldeias como a nível nacional e internacional”, disse.

Apesar de considerar estável a situação naquele ponto do país, Chume referiu que, com isso, “não queremos dizer que não há ocorrência de terrorismo. Há, sim”, mas garantiu que não voltará a acontecer o que aconteceu no passado, em distritos como Palma e Quissanga, em que os terroristas ocuparam as vilas.

Ainda assim, não tem dúvidas de que situações como as que aconteceram em Chiúre e Metuge voltarão a acontecer no futuro, porque faz parte da estratégia dos terroristas, e é algo que as Forças de Defesa não podem evitar.

Por isso, garantiu que “estamos firmes nisso e vamos continuar a combater”.

E, por considerar que não há perigo, o ministro diz que a população que saiu dessas zonas para Nampula e alguns pontos de Cabo Delgado já pode voltar para casa. Aliás, garantiu que já está a voltar.

“Estão a voltar. As pessoas que saíram de alguns distritos afirmam que estão a voltar, porque a situação voltou à normalidade.”

O ministro disse, ainda, que há condições de segurança para que tenha lugar o recenseamento eleitoral naquela província.

⛲ O país 

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Venâncio Mondlane desafia Momade e gera incertezas

 


Venâncio Mondlane desafia a liderança da RENAMO e gera incertezas no seio do maior partido da oposição moçambicana. Analistas dizem que isto pode indicar um possível "vazio de poder" na direção do partido.

Ainda na ressaca das eleições autárquicas de outubro passado, a política moçambicana vê-se abalada por uma crise interna no maior partido da oposição, com Venâncio Mondlane como protagonista.

O deputado da Assembleia da República pela bancada da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) desafiou publicamente a liderança partidária, ao submeter ao Tribunal duas providências cautelares, onde questiona a liderança do presidente Ossufo Momade. Venâncio Mondlane alega que Momade está fora dos limites estatutários e exige a convocação imediata de um congresso.

Fontes ouvidas pela DW fazem uma análise que vai do heroísmo de Venâncio Mondlane a um futuro inglório dentro da RENAMO.

"Vazio de poder"

O jurista e analista político Ernesto Júnior entende que apesar desta ação não estar em conformidade com a disciplina partidária, Mondlane agiu de acordo com a legislação que regula a atividade dos partidos políticos.

Ossufo Momade já cumpriu os seus cinco anos de mandato na direção da RENAMO, mas segue na liderança do partidoOssufo Momade já cumpriu os seus cinco anos de mandato na direção da RENAMO, mas segue na liderança do Partido 

De acordo com Júnior, "tendo expirado o mandato de cinco anos e não ter sido feito um congresso para a reeleição ou eleição de novos membros de direção, diríamos que, neste momento, a RENAMO tem um vazio de poder, porque os órgãos que foram eleitos há mais de cinco anos estão fora do seu mandato, o que significa que estão a exercer os seus cargos ilegalmente".

Por outro lado, o professor universitário Hilário Chacate considera que a atitude de Venâncio Mondlane pode representar a vontade da maioria. "Parece-me que é um interesse de vários segmentos da própria RENAMO; [o Venâncio] foi o único que teve coragem de tomar esta postura e confrontar Ossufo Momade e ninguém mais conseguiu o fazer".

Futuro incerto

Apesar da legitimidade que os analistas atribuem na ação de Venâncio Mondlane, vislumbra-se um futuro incerto para o político.

Hilário Chacate prevê medidas drásticas a serem tomadas pelo partido. Segundo o professor universitário, "a RENAMO não permitirá que Venâncio apareça na lista para a sua candidatura como deputado na Assembleia da República, ou será colocado numa posição em que se sabe que terá muitas dificuldades para ser eleito".

Chacate vai mais longe ao afirmar que, "na RENAMO, Venâncio já não tem futuro, já se esgotou tudo o que ele poderia conseguir".

Venâncio Mondlane foi recentemente exonerado como relator da sua bancada no Parlamento, tendo sido igualmente, afastado como segundo da fila da RENAMO a nível da Assembleia da República.

Venâncio Mondlane durante a campanha para as autárquicas em MaputoVenâncio Mondlane durante a campanha para as autárquicas em Maputo

Face a este cenário, Ernesto Júnior entende que restam apenas duas opções para Venâncio Mondlane, que o considera um ator político com expressão em Moçambique: "ou se filiar a uma outra formação política ou criar o seu próprio partido".

"E também pode ser o enterrar político de Venâncio Mondlane já que ele é visto como 'persona non grata' dentro da própria RENAMO", ressalta o jurista.

Entretanto, a DW contatou o porta-voz do partido, José Manteigas, que optou por um silêncio estratégico, recusando-se a comentar sobre a crise. Manteigas avançou, no entanto, que o "partido vai se pronunciar oportunamente".

Venâncio Mondlane iniciou a sua carreira política como membro do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira maior forca política em Moçambique, tendo abonado o partido devido a divergências internas junto à liderança.

⛲Dw

FMI diz que raptos estão a afectar ambiente de negócios em Moçambique

 


A onda dos raptos que assola o país desde 2011 e que nos últimos anos tende a crescer, ganhando contornos alarmantes, está a afectar o ambiente de negócios em Moçambique. Quem o diz é o Representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Moçambique, Alexis Meyer Cirkel.

“Há impacto sim, não há dúvida. A insegurança pública gerada pelos raptos tem um impacto sobre a vontade de investir. Os investidores que se sentem ameaçados acabam cancelando os investimentos projectados. Contudo, nós ainda não fizemos um estudo quantitativo para definir o real impacto económico do fenómeno”, afirmou o Representante do FMI, em Moçambique. 

Cirkel falava esta terça-feira (27) em Maputo, à margem de um seminário organizado pela Comissão do Plano e Orçamento da Assembleia da República, sobre perspectivas e oportunidades macro-económicas para 2024.

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) anunciou no ano passado estar a realizar um estudo para apurar quanto o fenómeno já extorquiu aos empresários que já foram vítimas. Dados preliminares do estudo, avançados pelo organismo, indicam que os raptores já embolsaram 2.2 mil milhões de Meticais em resgates.

Há dias, a Câmara do Comércio de Moçambique (CCM) queixou-se da intensificação da onda de raptos. Para a Secretária-geral do CCM, Teresa Muenda, a qualquer momento, os raptos já não se irão circunscrever apenas aos empresários, mas poderão abranger qualquer cidadão. Face a esse risco iminente, a empresária apelou ao Governo e a toda a sociedade à união de esforços para combater o mal.

“As pessoas que raptam estão no nosso seio, convivem connosco. Assim, o apelo é para sermos mais vigilantes e pedir às autoridades para que intensifiquem as acções para a identificação dos sujeitos”, disse Muenda.

O último rapto aconteceu há uma semana, cuja vítima foi um empresário moçambicano da comunidade hindu, raptado em Maputo, a poucos metros de um quartel na Avenida Amílcar Cabral, no bairro Sommerschield.

O rapto ocorreu por volta das 9h00 e a vítima, identificada como Dharmendra, era proprietário de uma “loja de garrafas” localizada a menos de 50 metros do quartel militar e junto ao “O Vosso Supermercado”, na zona conhecida como ‘zona militar’.

Os raptores estavam armados e executaram o crime rapidamente e sem qualquer hipótese de reacção da vítima, tendo a polícia chegado ao local mais tarde, já depois do acto consumado.

⛲ Cartamoz 

“Guerra” entre os profissionais de saúde parece não ter fim à vista



O Presidente da Associação dos Profissionais de Saúde (APSUSM) Anselmo Muchave acusa o seu colega Horácio Nhoca de violar a providência cautelar e exige uma indemnização de 4 milhões de Mts.

Muchave voltou ao tribunal no passado dia 29 de Janeiro de 2024, depois de ter submetido em Dezembro do ano passado uma providência cautelar contra o seu colega Horácio Nhoca por alegada usurpação de poderes.

De acordo com um documento da 5ª Secção do Tribunal Judicial da cidade de Maputo, Horácio Nhoca é acusado de resistência à decisão, criação de novos grupos em nome da APSUSM (grupos de que o mesmo não faz parte), mobilização de membros da associação e adesão a grupos.

Dentre vários pontos, o réu é também acusado de afrontar a deliberação imposta pelo tribunal, o que configura num acto criminal, com agravante deste estar a mobilizar os demais membros da associação a aderirem a este golpe.

Neste âmbito, a Associação pede para que Horácio Nhoca seja condenado a abster-se de fazer-se passar de representante da APSUSM e, consequentemente, proibido de proceder qualquer conferência de imprensa nacional ou internacional, assim como praticar qualquer acto em nome desta.

Outrossim, a Associação exige que seja condenado em custas e procuradoria condigna na sua taxa máxima no valor de 4 milhões de Meticais.

Entretanto, nesta terça-feira (27), “Carta” conversou com o mentor da APSUSM, Francisco Cossi, que contou que Anselmo Muchave está a agir como um chantagista com pretensão de perturbar os seus colegas.

“Entendemos que o Anselmo anda stressado por falta de pagamento dos valores ilícitos que recebia na sua conta, inclusive o valor que em algum momento recebeu na mesa negocial. Ele acha que encontrou no colega (Horácio Nhoca) uma fonte para poder ganhar dinheiro com esta indemnização absurda. Mais ainda, ele não é Presidente eleito pela Assembleia-Geral dos Associados, está a agir de má-fé”, refere a fonte.

Tentamos ouvir o Presidente da APSUSM, Anselmo Muchave, mas sem sucesso, pois este encontrava-se com o telemóvel fora de área.

⛲ 

CARTAMOZ 


FDS interditam entrada de deslocados de Mucojo às ilhas de Quirambo e Matemo no distrito de Ibo

 


Os membros das Forças de Defesa e Segurança (FDS) afectos na ilha Quirambo, distrito do Ibo e famílias deslocadas do posto administrativo de Mucojo em Macomia entraram numa confrontação verbal, na manhã desta terça-feira (27), quando os agentes da autoridade tentaram impedir as novas chegadas.

Não se sabe se as FDS estavam a cumprir "ordens superiores" ou a agir à sua conta e risco, mas o certo é que faziam de tudo para que os deslocados que saíram de Mucojo não entrassem na ilha Quirambo, mesmo em regime de trânsito.

"Houve um braço-de-ferro em Quirambo. Os nossos familiares estão a ser impedidos de entrar em Quirambo pelos polícias. Não sabemos as causas. Assim (10 horas), as pessoas ainda estão na praia, são muitas ao longo da orla marítima. Os agentes estão a dizer aos deslocados para subir de novo no barco e regressar à procedência", disse, na manhã desta terça-feira, Mabade Abdala, um dos familiares das pessoas interditas que se encontra em Macomia-sede.

Fátima Andarrusse, residente em Quirambo, confirmou: “houve uma tentativa para impedir a entrada das famílias deslocadas de Mucojo. As pessoas ficaram muito tempo na praia e mais tarde algumas tiveram que passar do lado do mangal até chegar aqui na aldeia".

Já na ilha Matemo, a interdição de deslocados idos de Mucojo decorre desde Janeiro. Segundo fontes, muitas embarcações vindas daquela zona e das ilhas ao largo não foram autorizadas a atracar em Matemo.

"Os militares não permitiram a atracagem de uma embarcação de Matemo a Mucojo, com algumas pessoas a bordo. Os militares ameaçaram disparar e as pessoas regressaram", disse Sualeh Amade, explicando: "mesmo se um barco chegar à noite, os chefes dos quarteirões denunciam estas chegadas e logo a seguir as pessoas são levadas pelos militares. Isso aconteceu muitas vezes".

Relatos a que "Carta" teve acesso indicam que as autoridades do distrito de Macomia avisaram todos os residentes do posto administrativo Mucojo para abandonar a região até amanhã (29). Segundo as fontes, não foram avançadas as razões da evacuação daquela zona, onde os terroristas e a população estiveram nos últimos meses em convivência pacífica.

Lembre-se que, desde Janeiro passado, os terroristas atacaram uma posição das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), obrigando o abandono dos militares de toda a área administrativa de Mucojo.

 Cartanoz

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Primeiro-Ministro e Ministro das Finanças chefiam logística eleitoral da Frelimo

 


A Comissão Política da Frelimo nomeou o Primeiro-Ministro, Adriano Maleiane, e o Ministro da Economia e Finanças, Max Tonela, para liderarem a Área de Finanças e Logística do Gabinete Central de Preparação de Eleições, que terão lugar no próximo dia 9 de Outubro.

A decisão foi tomada na noite desta segunda-feira, no decurso da 20ª Sessão Ordinária daquele órgão, que é responsável pela gestão da Frelimo no intervalo entre as sessões do Comité Central. Os dois principais gestores dos dinheiros públicos serão responsáveis pela mobilização e gestão dos fundos do partido no poder para as eleições presidenciais, legislativas e das Assembleias Provinciais, facto que cria alguns questionamentos, tendo em conta que a campanha eleitoral da Frelimo sempre foi feita a reboque dos bens do Estado.

Aliás, no caso do Primeiro-Ministro não será a primeira vez que será responsável pela gestão da logística e do dinheiro da campanha eleitoral do partido Frelimo. Em 2023, Adriano Maleiane foi gestor do dinheiro da campanha eleitoral para as eleições autárquicas.

Sem ainda avançar a lista dos pré-candidatos à Presidência da República, a Comissão Política da Frelimo convocou a III Sessão Ordinária do Comité Central para os dias 5 e 6 de Abril, na Escola Central do partido, na autarquia da Matola, província de Maputo. Refira-se que será nesta sessão em que será eleito o candidato da Frelimo à Presidência da República.

Em comunicado enviado à “Carta” na noite de ontem, a Comissão Política da Frelimo anunciou também mexidas nas brigadas centrais de assistência às províncias. Assim, Filipe Paúnde passa a liderar a província do Niassa, enquanto Amélia Muendane chefia a brigada central de assistência à província de Cabo Delgado e Fernando Faustino lidera a província de Nampula.

Por sua vez, Aires Ali vai chefiar a brigada central da província da Zambézia; Eneas Comiche vai assistir a província de Sofala; Esperança Bias a província de Manica; Damião José vai liderar Tete; Celso Correia vai dirigir a província de Inhambane; Margarida Talapa vai assistir Gaza; Verónica Macamo e Tomás Salomão vão liderar a província de Maputo; e a Francisco Mucanheia a Cidade de Maputo.

Refira-se que José Pacheco, Basílio Monteiro, Alberto Vaquina, Luísa Diogo, Celso Correia, Aires Bonifácio Ali e Amélia Muendane são alguns dos nomes avançados nos bastidores como tendo a ambição de desalojar Filipe Jacinto Nyusi do trono, no entanto, nenhum deles já veio a público confirmar tal pretensão. 

⛲ Cartamoz