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quinta-feira, 20 de maio de 2021

Petersburgo fala de 1 milhão de empregos criados nos últimos cinco anos

 



O Secretário de Estado da Juventude e Emprego, Oswaldo Petersburgo, fez um breve mapeamento da situação de emprego, no país, e sublinhou que a tendência de emprego, desde 2015 a este ano, não é uniforme, havendo momentos bons e maus, no entanto, foi possível criar 1.8 mil empregos durante o quinquénio.


“No quinquénio 2015 a 2019 atingimos pouco mais de um milhão de empregos. Em 2015 criamos cerca de 300 mil empregos, em 2016 reduzimos bastante para 277 mil empregos. A partir de 2017 até 2019 estivemos a crescer no que tange a dados de emprego. Sendo que em 2017 foram criados 377 mil empregos, em 2018 foram 457 mil empregos e em 2019 tivemos 478 mil. Em 2020 tivemos uma redução drástica, onde foram criados 253 mil empregos”, disse Petersburgo, hoje, em Maputo, na Reunião de Alto Nível Sobre Emprego.


De acordo com o SEJE, este ano, já nota-se uma recuperação. “Mas se compararmos os dados do primeiro trimestre deste ano, com os de 2018, por exemplo, percebemos que estamos abaixo do desejado e precisamos de fazer mais. No primeiro trimestre de 2021 foram criados 64.101 empregos gerados pela economia e em relação ao período homólogo foram gerados 48.773 empregos. Como meta para 2021 o Governo projectou 252.263 empregos a serem gerados pela economia. Os sectores que mais geraram empregos, no período em alusão, foram as actividades administrativas e serviços de apoio, educação, indústria extractiva, agricultura e transporte e armazém”, revelou.


A Reunião de Alto Nível Sobre Emprego é organizada pela Secretaria de Estado da Juventude e Emprego (SEJE), em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e empregadores. A abertura do evento foi feita pelo Primeiro-ministro, Carlos Agostinho Do Rosário.

Ataques em Cabo Delgado: Nyusi confirma apoio francês, mas não avança o tipo de ajuda

 


Está confirmado o que já se sabia ou perspectivava. A França, uma das maiores potências económicas e militares do mundo, país de onde é originária a petroquímica Total (que lidera o maior projecto de exploração de gás natural, em África), irá apoiar Moçambique no combate ao terrorismo, que desde Outubro de 2017 tem ceifado vidas humanas em alguns distritos da província de Cabo Delgado.

A confirmação do apoio francês veio do Chefe de Estado moçambicano, Filipe Jacinto Nyusi, no final da visita de trabalho que realizou, de domingo à terça-feira, àquele país europeu. Nyusi, lembre-se, reuniu-se esta terça-feira com o Presidente francês, Emmanuel Macron, no Palácio do Eliseu, em Paris, tendo os ataques terroristas como o principal ponto da agenda.

Na conferência de imprensa que concedeu aos jornalistas moçambicanos, o Presidente da República garantiu que a França irá ajudar o país no combate aos ataques terroristas, porém, não avançou o tipo de apoio a ser prestado. Apenas disse que os dois países deverão celebrar acordos, mas sem avançar a data e nem o local onde os mesmos serão assinados.


“Teremos de embarcar num acordo, porque nada se pode fazer, legalmente, sem que haja acordo. Os apoios podem ser assistenciais, de formação ou troca de informações, entretanto, esses acordos têm de ser legalmente estabelecidos”, disse o Estadista, citado pela STV.


Desde finais de Abril último que está em discussão, no país, a possibilidade ou não de uma intervenção militar estrangeira na província de Cabo Delgado. Os partidos da oposição com assento parlamentar apoiam uma intervenção militar estrangeira, porém, a Frelimo entende que uma decisão dessas pode colocar em causa a soberania nacional.


Refira-se que os ques terroristas, na província de Cabo Delgado, levaram à suspensão, por duas vezes, do projecto Mozambique LNG, liderado pela petroquímica francesa Total. A primeira suspensão aconteceu em Janeiro último e a segunda ocorreu em Março passado, após o ataque terrorista à vila de Palma, no dia 24 daquele mês.


Na reunião que teve com o Presidente da República, sublinhe-se, a Total reiterou que continua empenhada em desenvolver o maior projecto de exploração de gás natural, em África, pelo que vai regressar ao país, porém, tal facto acontecerá “assim que as condições de segurança tiverem sido repostas em Cabo Delgado”. Aliás, a suspensão do projecto irá também atrasar, por um ano, o arranque da produção, inicialmente prevista para 2024.

Moçambique pede extradição de Manuel Chang “sem mais demora”

 



O Governo moçambicano pediu à Justiça sul-africana para obrigar Pretória a extraditar “sem mais demora” o ex-ministro das Finanças, Manuel Chang, detido há mais de dois anos na África do Sul por fraude e corrupção.


De acordo com o pedido submetido na passada sexta-feira, 14 de Maio, no Tribunal Superior de Gauteng, em Joanesburgo, o Governo moçambicano queixa-se que “um período excessivamente longo prescreveu”, salientando que o ministro da Justiça sul-africano, Ronald Lamola, “falhou e/ou está a negligenciar o exercício da sua decisão conforme ordem do tribunal”.


“A razão para a demora na tomada de decisão é conhecida pelo ministro”, referem os advogados sul-africanos do Governo de Moçambique, acrescentando que “o tempo sem que decisão tenha sido exercida tornou-se grosseiramente irracional”.


As autoridades nacionais sublinham que a detenção do seu ex-ministro das Finanças desde 2018 na África do Sul, viola o direito de Manuel Chang à justiça, mantendo-o na prisão a aguardar extradição para Moçambique ou para os Estados Unidos para enfrentar acusações de corrupção e fraude financeira pelo seu papel nas chamadas dívidas ocultas no valor de 2,2 mil milhões de dólares em Moçambique.


“O ministro da Justiça e Serviços Correcionais, ao não fazer o seu pronunciamento, está a violar os direitos constitucionais do Chang, e o seu comportamento é irracional e contra a acção administrativa justa, conforme consagrado no artigo 33.º da Constituição da África do Sul de 1996”, refere o pedido ao tribunal sul-africano, consultado pela Lusa.


Nesse sentido, as autoridades moçambicanas adiantam que “resta solicitar ao tribunal sul-africano obrigar o ministro Ronald Lamola a tomar uma decisão sobre a extradição de Manuel Chang sem mais demora”.

“O ministro paga os custos deste pedido”, frisam ainda os advogados sul-africanos do Governo de Moçambique, no pedido à justiça sul-africana que não especifica o país para onde Manuel Chang deve ser extraditado.

Relatório expõe dramas e gritos de socorro de crianças refugiadas em Cabo Delgado

 


Documentação perdida, pais desaparecidos, discriminação nas escolas e necessidades básicas não atendidas. Estes são os retratos da situação das crianças deslocadas pelas acções terroristas em Cabo Delgado, traçado num relatório da Save the Children, que dá voz às vítimas.


O relatório, que sai amanhã ao público, tem como título “Ouvindo a Voz das Crianças em Cabo Delgado” e foi produzido com base em depoimentos de mais de 180 crianças, com idades entre 12 e 17 anos, que têm, como principal aspecto comum, o facto de terem sido forçadas a abandonar as suas zonas de origem e residência habitual por causa da guerra.


Em centros transitórios ou famílias de acolhimento, as crianças, muitas das quais sem qualquer documento de identificação, falam, no relatório, das suas preocupações e receios.

“Eu gostaria de poder ter minha certidão de nascimento e BI, novamente. Perdi todos”, disse uma menina de 16 anos do distrito de Metuge, citada no relatório.


Depois de terem testemunhado várias situações de terror e lutado dias e noites pela vida, à procura de lugares seguros, muitas das crianças desconhecem, hoje, o paradeiro dos pais e membros directos da família.


“Alguns de nós não estamos com os nossos pais neste centro (trânsito) e não estamos em contacto com eles. Não sabemos onde estão”, disse uma das fontes, de 12 de idade, que, segundo o relatório, faz parte de, pelo menos, 384 crianças que foram separadas dos progenitores, nos ataques registados nos finais de Março, no distrito de Palma.


INSERÇÃO ESCOLAR 

Outro problema relatado pelos deslocados tem a ver com inserção nas escolas. Segundo o relatório, as crianças reclamam de falta de oportunidades de frequentar a escola, por dificuldades que incluem a falta de material didáctico.


“Há escolas aqui, mas alguns de nós não vão, porque faltam materiais escolares e uniformes” disse uma menina de 16 anos de idade, residente no distrito de Meconta que apontou, também, a falta de escolas secundárias, como outro problema.

Por outro lado, as crianças reclamam, segundo a Save the Children, de questões relacionadas com a “saúde e exposição a doenças”.


“A água do tanque é salgada, por isso bebemos água a partir de poços, embora tenhamos sido informados para não beber, por causa da cólera”, disse um menino de 17 anos de idade.

De acordo com a Save the Children, entre Janeiro e Março deste ano, um total de 3,334 casos de cólera e 179,967 casos de malária foram registados em Cabo Delgado.


Preocupações à parte, “as crianças deslocadas identificaram alguns aspectos positivos na situação em que, actualmente, se encontram, nomeadamente, o acolhimento comunitário.


Para o Director Geral da Save the Children em Moçambique, Chance Brigs, destacou a importância do relatório, para dar a conhecer as histórias dos dramas das crianças refugiadas, pela sua própria voz.


“As crianças estão a sofrer desproporcionalmente neste conflito e precisam de atenção especial. Chamamos à comunidade de doadores, para garantir que o financiamento para as necessidades das crianças seja priorizado. Isso inclui fundos para protecção, saúde, educação e garantir que as crianças obtenham a saúde mental e o cuidado psicossocial e o apoio de que precisam”, disse, citado no comunicado de imprensa, alusivo ao lançamento do relatório, que terá lugar nesta quinta-feira, na cidade de Maputo.

Tamyres Moiane diz que consegue conciliar os estudos com a música

 



A cantora moçambicana de 14 anos, Tamyres Moiane, contou que tem conseguido combinar a sua vida estudantil com a carreira musical. A cantora falava, ontem (19), durante uma entrevista concedida ao programa “Batidas”.

Na ocasião, ela destacou que a harmonização é viável com a gestão dos horários.


“A minha rotina é feita de escola e casa, de onde saio para o estúdio, ou para os programas. Por isso, tenho conseguido conciliar e acho que é possível para todos, basta dividir o tempo”, considerou.

Essa consagração tem ajudado a artista a produzir sons, que têm lhe valido um enorme reconhecimento.


“Eu acho que as minhas músicas estão a ser bem recebidas. Tenho recebido várias mensagens e elogios, o que espelha que o meu trabalho está a ser escutado”, sublinhou.

Por outro lado, o sucesso e a fama, ainda, não têm sido confortáveis para si.

“Na minha escola, os colegas me perseguem e cantam a minha música. Porém, é uma situação desconfortável, pois eu não gosto de ser tratada de forma diferente, como destaque”, afirmou. 

Ainda assim, há quem chegue para provocá-la.

“Entre eles, há quem se aproxima por maus motivos, como fazer piadas. Mas eu não tenho nada a ver com isso”, sublinhou. 

Na mesma oportunidade, Moiane contou que, em relação às tarefas domésticas, é bastante preguiçosa.

“Na verdade, eu sou preguiçosa. Por isso, quando estou em casa, durmo e como. Às vezes, cozinho, mas muito ‘às vezes'”, revelou.

quarta-feira, 19 de maio de 2021

Homem encontrado morto na cidade de Maputo

 



Um Jovem de aparentemente 30 anos de idade foi encontrado sem vida, na madrugada desta quarta-feira, no porta-malas de um carro, num estaleiro de produção de blocos na cidade de Maputo.


Um jovem que era visto por todos, quando fazia pequenos trabalhos como carregar sacos, os que faziam compras no mercado 01 de Junho na cidade de Maputo e foram as mesmas pessoas que, na manhã desta quarta-feira, encontraram-no morto na bagageira de uma camioneta estacionada num estaleiro arredores. Ninguém sabe das reais causas da sua morte, mas testemunhas contaram ao “O País” que uma doença consumia o malogrado e deixou-o debilitado.


“O problema é que ele não ia ao hospital e com o agravante de continuar a consumir bebidas alcoólicas. Ele recusava-se a ir ao hospital. Ontem, uma vez que estava num estado grave, simulou ir à unidade sanitária por volta das 15h e desapareceu. Esta manhã encontrámo-lo sem vida, na bagageira do carro”, contou Jordão Nguenha, trabalhador do estaleiro onde foi encontrado o corpo da vítima.


Nunca se teve um diagnóstico da doença que o consumia, mas algumas testemunhas fazem uma ideia. “Não podia dizer que conhecia outra enfermidade. O que lhe fez perder a vida foi, certamente, asma porque ele estava mal, muito mal”, sublinhou Manuel Foquisso, proprietário do estaleiro.


Não se sabe, ao certo, o que terá causado a morte do homem de, aparentemente, 30 anos de idade e muito menos da sua proveniência ou familiares. “Não sei nada dele. Só o conheço de vista porque é uma pessoa que trabalhava com as pessoas, mas desconheço a família”, disse Crimilda Cumaio, residente arredores do mercado 01 de Junho.


Testemunhas disseram, igualmente, que o homem pode ter perdido a vida devido ao frio. Na zona do Mercado 1 de Junho, há muitas pessoas sem-abrigo e expostas as intempéries.

Cidade da Beira: Acidente de viação no Estoril causa morte

 


Foi na noite de ontem segunda-feira onde uma jovem morreu vítima de um acidente de viação na zona do Estoril.

A condutora não conseguindo registindo com os ferimentos graves acabou por morrer no local onde ocorreu o Acidente.



O vídeo abaixo vai nos mostrar como foi esse acontecimento.



terça-feira, 18 de maio de 2021

Equipa de formação militar da União Europeia chega esta semana ao país

 



Esta garantia foi dada pelo primeiro-ministro português, António Costa, depois de um encontro com o Presidente da República, Filipe Nyusi, em Paris, na França. Portugal promete, ainda, doar cinco por cento das vacinas que tiver disponíveis a partir do segundo semestre deste ano.


Uma equipa técnica de formação militar da União Europeia chega, esta semana, a Moçambique para reforçar a capacidade das Forças de Defesa e Segurança no combate ao terrorismo, na província de Cabo Delgado.


A informação foi revelada pelo Primeiro-ministro português, António Costa, à margem da Cimeira de Financiamento às Economias Africanas pela França. Costa foi recebido em audiência pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, na qual passaram em revista as relações de amizade e cooperação entre os dois países, incluindo o papel de Portugal, na qualidade de Presidente rotativo do Conselho Europeu, no apoio do combate ao terrorismo em Cabo Delgado.


Costa informou que “a União Europeia está, neste momento, a fazer a geração de forças para uma equipa técnica e de formação que, aliás, esta semana, estão técnicos em Moçambique e estamos, obviamente, disponíveis a integrar outras forças e outros apoios que sejam necessários”. Por outro lado lembrou que “há contactos que têm sido desenvolvidos entre Moçambique e outros países da região” e sugeriu que “a existência de uma força com base numa organização regional dava outra força e outra legitimidade para apoiar qualquer tipo de intervenção”.


Sobre o terrorismo, o Chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, reforçou que nunca recusou apoio internacional para combater os ataques e, ao ser questionado sobre a abertura para receber apoio da França, respondeu: “o terrorismo não se combate sozinho. Deve ser uma força global, porque até os próprios terroristas se juntam de diferentes especialidades e origens. Não posso dizer nada sobre a França, porque só pode ser a França a fazê-lo”. Reiterou, com isso, que “Moçambique em nenhum momento recusou apoio, aliás, é só ver que Portugal está em Moçambique com uma equipa de jovens que estão a trabalhar com as Forças de Defesa e Segurança. Mesmo os países americanos estão em Moçambique a fazer esse trabalho. Agora, a fase seguinte depende de acordos entre países”.


No que diz respeito ao combate à pandemia da COVID-19, Portugal promete vacinas ao país a partir de Julho deste ano. “Começaremos a disponibilizar, sistematicamente, cinco por cento das vacinas que temos. Iniciou já com uma primeira entrega a Cabo Verde, na semana passada, e vamos, agora, a partir de finais de Junho ou Julho, começar a fazer essa distribuição, coordenando com Moçambique como será o ponto de ligação entre as nossas autoridades de Saúde para que tudo possa correr de forma fluída”, disse António Costa.


Moçambique tem, formalmente, relações de cooperação com Portugal desde o dia 02 de Out



ubro de 1975.

COVID-19 causa queda de receitas em mais de 50% em Bazaruto

 


O Arquipélago de Bazaruto é a única área de conservação, exclusivamente, marinha no país, com um total de 1400 km2. Milhares de pessoas vêm, de todo mundo, para visitar a vida marinha de Bazaruto.


Em 2019, 26 mil turistas visitaram o Arquipélago, um número que caiu para 10 mil em 2020 devido a COVID-19. No primeiro trimestre deste ano, pouco mais de 1.100 pessoas visitaram as águas cristalinas e a vida marinha naquela área de conservação.


Caiu o número pessoas que visitam Bazaruto e com essa queda, reduziram também as receitas para o Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto.


Em 2019, a área de conservação arrecadou cerca de 31 milhões de meticais e em 2020, ano em que a COVID-19 eclodiu no país, as receitas caíram para 12 milhões de meticais, menos da metade do que foi arrecadado no ano anterior.


Segundo o Administrador daquela área de conservação, Armando Nguenha, a COVID-19 forçou o encerramento de algumas estâncias turísticas e, por isso, as receitas caíram.


Os números estão aquém do desejado, mas ainda assim, o parque continua a investir na protecção dos seus recursos.


Um exemplo disso é que, em todas as cinco Ilhas, há condições de fiscalizar a exploração ilegal dos recursos marinhos com a implantação, nesses lugares, de postos de fiscalização.


No dia 25 deste mês, o Parque Nacional do Arquipélago de Bazaruto completa 50 anos após a sua criação. As celebrações desta efeméride acontecem sob o espectro da COVID-19.

Crise da IURD em Angola será abordada ao mais alto nível

 


O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, vai telefonar ao homólogo angolano, João Lourenço, para abordar a situação dos missionários da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola (IURD).  

O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, vai telefonar ao homólogo angolano, João Lourenço, para abordar a situação dos missionários da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) no país africano, disse à Lusa o deputado Cezinha de Madureira.  


 A informação foi transmitida na segunda-feira (17.05) ao deputado pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos França, numa reunião convocada pelo próprio Cezinha de Madureira, líder da Frente Parlamentar Evangélica na Câmara dos Deputados.


"O ministro França disse-nos que hoje mesmo [segunda-feira] já tinha falado com Bolsonaro, para fazer uma ligação ao Presidente de Angola. Bolsonaro, se ainda não o fez, fará essa ligação pessoalmente para o Presidente de Angola, pedindo uma atenção sobre os membros e obreiros, pastores e missionários da IURD naquele país", indicou o parlamentar.


Além do ministro, a reunião contou com a presença de quase 20 deputados, da IURD e de outras igrejas, que procuraram esclarecimentos do Governo sobre a recente deportação de missionários brasileiros de Angola.


"Na reunião, o ministro ouviu-nos a todos e disse que, a partir do momento em que assumiu o Ministério [tomou posse no início de abril], falou logo com o deputado Marcos Pereira [presidente do Republicanos, partido ligado à IURD] sobre esse assunto e afirmou confiar muito na sua equipa que está em Angola, frisando que as relações entre os países estão, e continuarão, boas e [ficarão] melhor ainda", disse Cezinha. 


Missão oficial brasileira vai para Angola

Contudo, o líder da bancada evangélica frisou que existem casos específicos que estão a ser tratados juridicamente e que o Ministério das Relações Exteriores do Brasil "não se pode manifestar sobre questões que não são da diplomacia".


De acordo com o deputado, o ministro brasileiro comunicou ainda que autorizou uma missão oficial que se deslocará a Angola para "acompanhar de perto a situação, numa comitiva que será formada por membros do próprio Ministério, juntamente com o deputado Marcos Pereira, que tem como padrinho político Edir Macedo, fundador da IURD.


À Lusa, Cezinha de Madureira declarou que essa missão oficial ocorrerá "muito em breve", mas que ainda não tem data.


"Estamos preocupados porque são situações específicas, que precisam de ser explicadas. Alguns dos pastores e missionários da Universal em Angola foram enviados para o Brasil e as suas esposas ficaram lá. É preciso que seja explicado o que está a acontecer", concluiu.


O processo

Até ao momento, nove missionários brasileiros da IURD foram deportados de Angola, na semana passada, num processo que decorreu com "tranquilidade", segundo o Executivo brasileiro.


Os brasileiros da IURD foram notificados em abril para deixarem voluntariamente o país por terem cessado a atividade eclesiástica em Angola e, em consequência, verem cancelados os seus vistos de permanência temporária, na sequência de um ofício da nova direção angolana da IURD.


O conflito interno na IURD teve o seu início em novembro de 2019, quando um grupo de dissidentes angolanos decidiu afastar-se da direção brasileira, com várias acusações, nomeadamente de evasão de divisas, racismo, prática obrigatória de vasectomia, entre outras, todas recusadas pelos missionários da igreja criada pelo brasileiro Edir Macedo, que acusam também os angolanos de xenofobia e agressões.


Nos tribunais de Angola, depois de iniciadas as divergências entre as partes, agravadas com a tomada pela força de templos em todo o país, correm vários processos judiciais relacionados com a IURD Angola.


Uma Comissão de Reforma de pastores angolanos foi legitimada pelo Estado angolano, tendo a nova direção da IURD, encabeçada pelo bispo Valente Bezerra, sido eleita em assembleia-geral em 13 de fevereiro.