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sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Nyusi anuncia alívio das restrições contra a COVID-19

 


O Presidente da República, Filipe Nyusi, autorizou, hoje, a retoma das aulas presenciais em todos os subsistemas de ensino no país e estendeu o horário do toque de recolher obrigatório, das actuais 21 para 22 horas.

Na comunicação, Filipe Nyusi informou que os estabelecimentos comerciais passam a funcionar das 09 às 18 horas, de segunda a sábado, e das 09 às 17  horas, aos domingos e feriados.

Se antes as padarias funcionavam das 06 às 18 horas, a partir da meia-noite do dia 28 de Agosto corrente, poderão obedecer a um novo horário: das 06 às 19 horas.

Ainda na sequência do alívio das restrições do decreto 56/2021 de 13 de Agosto, Nyusi disse que os casinos e ginásios já podem voltar a abrir as suas portas ao público, desde que se respeitem as medidas de prevenção da COVID-19.

Dívidas ocultas: Teófilo Nhangumele nega ter "massajado" o sistema


Considerado uma das figuras-chave no processo das dívidas ocultas, o arguido Teófilo Nhangumele admitiu hoje em tribunal que Ndambi Guebuza terá recebido 33 milhões de dólares da Privinvest e ele próprio oito milhões.

Esta quinta-feira (26.08), a audiência de Teófilo Nhangumele durou pouco mais de dez horas. Nhangumele identificou-se como intermediário no negócio entre o Governo moçambicano e a Privinvest, uma das empresas envolvidas no escândalo das dívidas ocultas.

Em tribunal, o arguido negou ter sugerido o pagamento de "luvas" para que as entidades governamentais flexibilizassem a criação de um projeto para a proteção da Zona Económica Exclusiva, de que a Privinvest e outras empresas tirariam proveito.

"Massajar o sistema" não foi uma sugestão sua, reiterou Nhangumele. O Ministério Público perguntou o que isso significa.

"É facilitar as coisas", respondeu o réu.

"Uma das maneiras de fazer com que as pessoas percebam o que nós queremos implementar é levá-las a viajar para verem as potencialidades e os equipamentos. Esse é que era o pensamento. Massajar o sistema é exatamente isso", argumentou Teófilo Nhangumele. "Por exemplo, se queremos obter uma aprovação do Governo, podemos levar membros do Governo a assistir a uma conferência internacional sobre pirataria. Então, ao processo de educar as pessoas de modo a tomar decisões informadas e lúcidas chama-se massajar o sistema", acrescentou.

Julgamento das dívidas ocultas em Maputo

Pagamento de subornos

O Ministério Público entende que "massajar o sistema" foi um esquema de pagamento de subornos a entidades governamentais para que o projeto fosse aprovado.

Ana Sheila, magistrada do Ministério Público, apresentou como prova um e-mail que o réu teria trocado com o negociador da Privinvest, Jean Boustani, mas Nhangumele negou a sua autoria.

"Não, esta resposta não é minha", afirmou.

"Parece que a resposta vem do Jean [Boustani], segundo aquilo que entendi da leitura. Eu tenho e-mails. Essa resposta aqui é do Jean Boustani", insistiu o réu.

A proposta de "massajar o sistema" não terá avançado porque a Privinvest teria afirmado que todos os pagamentos seriam efetuados apenas depois da concretização do projeto.

Ndambi Guebuza

Dividir 50 milhões de dólares

O Ministério Público exibiu um outro e-mail, trocado entre Boustani e Nhangumele, onde se sugeria a divisão de 50 milhões de dólares entre Nhangumele e os co-arguidos Armando Ndambi Guebuza e Bruno Langa.

Nhangumele disse em tribunal que Ndambi Guebuza, o filho mais velho do ex-Presidente Armando Guebuza, recebeu 33 milhões de dólares da Privinvest.

"Confirmo. Confirmo que escrevi isso no e-mail, sim", afirmou o réu.

O próprio Nhangumele teria recebido oito milhões de dólares. A acusação quis saber o que ele fez para receber esse dinheiro.

"Eu fiz um trabalho de facilitação. Uma das coisas que demonstra que fiz a ponte é que a Privinvest teve contactos com as autoridades governamentais – isso, doutora Sheila, pode valer quinhentos [milhões] assim como pode valer um bilião [mil milhões] de dólares. Não há nenhum preço de mercado que possa ser consultado" para se chegar ao valor do trabalho, respondeu o arguido, admitindo o recebimento do valor.

Em alguns e-mails trocados entre Boustani e Nhangumele, Ndambi Guebuza era chamado de "Cinderela", António Carlos do Rosário, ex-diretor da inteligência económica da "secreta", era chamado de "Bang", e Manuel Chang, ex-ministro das Finanças, era chamado de "Yellow Man" ou "Chopstick".

quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Premier League, Bundesliga e Serie A ao rubro na STV

 


As grandes estrelas continuam a brilhar na STV, canal que volta a transmitir, este fim-de-semana, jogos das maiores ligas de clubes da Europa. Sábado, a partir das 16h00, acompanhe as grandes emoções do Norwich City vs Leicester. Na Bundesliga, o campeão Bayern de Munique joga com o Hertha de Berlim às 18h30.

Jogos de cortar a respiração! Desfile de grandes estrelas mundiais, espectáculo garantido. É sempre assim na mais atractiva e competitiva liga de futebol de clubes do planeta: Premier League. Sábado não será diferente. O Norwich City bate-se, às 16h00, no Carrow Road, com Leicester, campeão inglês na temporada 2015-2016.

Depois de ter perdido na última jornada com o West Ham, por 4-1, no Estádio de Londres, o Leicester City quer apagar a pálida imagem deixada neste duelo. E, para tal, conta com Youri as grandes estrelas Tielemans e Jamie Vardy, referência obrigatória no ataque da equipa.

Com uma entrada em falso na Premier League, o Norwich City perdeu os dois jogos até então realizados diante do Liverpool (0-3) e Manchester City (0-5), resultados que colocam esta formação no último lugar sem nenhum ponto.

No último duelo entre as duas formações, em Carrow Road, o Norwich venceu por 1-0, com um golo solitário de Jamal Lewis aos 70 minutos.

Em duas partidas para campeonato nesta temporada, o Norwich tem duas derrotas. O Leicester, por sua vez, tem uma vitória e uma derrota.

A jornada 3 da Premier League reserva-nos ainda dois grandes jogos. O campeão em título, Manchester City, recebe o Arsenal no Estádio Etihad Stadium.

À entrada desta ronda, os “citizens” encontram-se na 9ª posição com três pontos. O conjunto de Pep Guardiola esteve em força no último duelo na Premier League, despachando o Norwich City (5-0).

Já o Arsenal vem de uma derrota diante do musculado Chelsea por 2-0, resultado que coloca os “gunners” na 19ª posição.

No último confronto entre “citizens” e “gunners” na Premier League, saiu-se melhor a equipa detentora do título que venceu por 1-0 com golo apontado por Raheem Sterling já no último minuto da contenda.

O Manchester City levou a melhor sobre o Arsenal nos últimos duelos, apresentando-se invicto nos últimos 11 jogos da Premier League (nove vitórias e dois empates). O Arsenal procura a sua primeira vitória na liga em confrontos entre os dois clubes desde Dezembro de 2015. Em duas partidas do campeonato nesta temporada, o Manchester City tem uma vitória e uma derrota. O Arsenal, por sua vez, tem duas derrotas.

Em sábado de grandes emoções, há um interessante Liverpool vs Chelsea, às 18h30, em Anfield Road. Os “blues” estão motivados neste arranque de temporada, tendo vencido os dois primeiros embates. Na segunda ronda, bateram o Arsenal por 2-0, enquanto o Liverpool derrotou o Burnley pelo mesmo resultado.

O Chelsea venceu o último confronto da Premier League entre as duas equipas (1-0) com um golo solitário de Mason Mount.

Reece James, Romelu Lukaku e Trevoh Chalobah são as grandes referências do Chelsea nesta campanha com um golo cada.

O Liverpool tem sido comandado por Diogo Jota. O internacional português lidera o clube com dois golos, que está empatado com o terceiro maior goleador do campeonato em 2021/2022.

Em duas partidas pelo campeonato nesta temporada, os dois clubes conquistaram duas vitórias.

BAYERN QUER MANTER INVENCIBILIDADE

Na Bundesliga, temos jogos interessantíssimos na terceira ronda. O campeão Bayern de Munique mede forças com o Hertha de Berlim, na Allianz Arena.

Os bávaros ocupam a quarta posição com quatro pontos em duas partidas. O Bayern de Munique, em termos de registo, alcançou, semana passada, a primeira vitória na liga em 2021/2022, batendo o Colonia por 3-2.  Os vencedores das últimas oito edições do campeonato alemão estenderam o seu registo para 23 vitórias e cinco empates na Bundesliga.

No último jogo na Bundesliga, o Hertha de Berlim perdeu diante do Wolfsburg (2-1) no Olympiastadion Berlin, resultado que deixa a equipa na 18ª posição sem nenhum ponto.

Quando as duas equipas se defrontaram pela última vez na Bundesliga, o Bayern Munique saiu vencedor (1-0) no Olympiastadion Berlin.  Kingsley Coman marcou o único golo do Bayern de Munique aos 21 minutos.

Os bávaros levaram a melhor sobre o Hertha nos últimos embates, daí que apresentam este registo de 11 jogos sem perder. O Hertha pisca o olho a primeira vitória na liga em jogos entre as duas equipas desde Setembro de 2018. O Bayern superou o Hertha (doze vitórias e cinco empates).

Serge Gnabry e Robert Lewandowski são as grandes referências do Bayern de Munique. Lewandowski, que veste a camisola com o número 9, o mesmo que o histórico Gerd Müller, que morreu recentemente, converteu o empate a uma bola, ao minuto a 42, durante a visita ao Borussia Monchengladbach.

Desta forma, RL9 – a sua marca pessoal e comercial – marcou na primeira jornada das últimas sete edições da 1.ª divisão alemã, um novo recorde na competição. Em dois jogos do campeonato nesta temporada, o Bayern de Munique somou uma vitória e um empate. Já o Hertha tem duas derrotas.

GÉNOVA À PROCURA DA REDENÇÃO

Depois da pesada derrota com o Inter (4-0) na estreia na Série A, no Stadio Giuseppe Meazza, o Génova parte para o embate de domingo diante do Napoli com os olhos postos na vitória.

Mas, a sua tarefa não se afigura nada fácil e os números são claros. O Napoli, de resto, estendeu para seis jogos a série de invencibilidade na abertura da Série A, depois de derrotar o Venezia por 2-0 no último fim-de-semana.

No último jogo da Série A entre os clubes, o Génova venceu por 2-1 no Stadio Comunale Luigi Ferraris na época passada. Goran Pandev liderou os “Grifoni” com golos aos 11 e 26 minutos. Matteo Politano fez o único golo do Partenopei aos 79 minutos.

Com golos contra o Venezia, Lorenzo Insigne e Eljif Elmas são os primeiros artilheiros do Napoli.

O Génova, por sua vez, teve um registo de cinco vitórias, sete empates e sete derrotas em 19 partidas da Série A em casa, na temporada passada. O Napoli, esse, teve 12 vitórias, um empate e seis derrotas nos 19 jogos da Série A fora de casa.

presidente Nyusi fala amanhã à Nação

 


O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, fala amanhã, às 16 horas, à Nação, no âmbito da Situação de Calamidade Pública. De acordo com a nota da Presidência da República, na sua comunicação, o Chefe de Estado abordará a situação actual da COVID-19 no país.

Arguido diz que Filipe Nyusi foi a favor de projeto que originou empréstimos

 


O arguido Teófilo Nhangumele, no processo das ‘dívidas ocultas’, disse ontem em tribunal que o atual Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, deu parecer positivo ao projeto de proteção marítima no centro dos empréstimos, quando era ministro da Defesa Nacional.

Nhangumele envolveu-se nos encontros em que a empresa de estaleiros navais acusada de pagar os subornos alimentados pelas ‘dívidas ocultas’, Privinvest, com sede em Abu Dabi, apresentou soluções em equipamentos para o sistema integrado de proteção da costa moçambicana, através de um convite informal do antigo diretor de Estudos e Projetos do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE) e também arguido Cipriano Mutota.

Teófilo Nhangumele, descrito por Mutota como “colaborador do SISE”, acabou por ser uma peça-chave nas reuniões exploratórias entre a Privinvest e as autoridades moçambicanas da época, pelo domínio da língua inglesa e experiência em trabalhos com multinacionais.

Durante a audição de hoje, Teófilo Nhangumele afirmou que Filipe Nyusi, na qualidade de ministro da Defesa Nacional, concordou com o projeto, depois de uma apresentação feita ao chefe de Estado e do Governo da altura, Armando Guebuza, em 2011, no gabinete da Presidência da República. “Nós estamos a pedir para avançar com este processo”, terá dito Filipe Nyusi, de acordo com Teófilo Nhangumele.

E em resposta, Armando Guebuza terá afirmado: “Se vocês estão satisfeitos, podemos avançar”.

Teófilo Nhangumele avançou que apresentou um projeto melhorado para o sistema a Flipe Nyusi e outros ministros do então executivo de Armando Guebuza, num outro encontro que decorreu no gabinete do então ministro da Defesa Nacional.

Nessa reunião, Nyusi pediu a Nhangumele para traduzir um documento do projeto de inglês para português.

No final da reunião, o então ministro da Defesa Nacional comunicou ao arguido que o Governo prescindia dos seus serviços, uma vez que Teófilo Nhangumele não é funcionário do Estado muito menos membro das Forças de Defesa e Segurança.

“Fiquei revoltado, quando, de forma educada, o ministro da Defesa comunicou-me que eu já não era parte do processo. A minha inquietação foi como é que iria ser daí em diante, porque eu é que conhecia melhor o projeto”, afirmou.

Teófilo Nhangumele referiu que, após a sua dispensa pelo executivo da altura, foi contratado pela Privinvest como consultor na implementação do sistema integrado de proteção marítima, tendo para o efeito assinado um contrato.

O vínculo entre Teófilo Nhangumele e a Privinvest materializou-se por pouco tempo, porque o responsável desta empresa nas relações com as autoridades moçambicanas, Jean Boustani, passou a ignorar o contacto com o arguido.

Alguns meses depois, Nhangumele soube que a Privinvest já tinha depositado na sua conta, aberta em Abu Dabi, o valor correspondente aos “honorários” pagos pelo trabalho que prestou aos estaleiros navais.

Teófilo Nhangumele narrou em tribunal que soube do depósito do dinheiro através de Bruno Langa, arguido no processo e amigo de Armando Ndambi Guebuza, também arguido e filho de Armando Guebuza.

Nhangumele não disse na audição de hoje o montante que auferiu pela consultoria prestada à Privinvest, mas a acusação do Ministério Público moçambicano diz que o arguido recebeu 8,5 milhões de dólares (7,2 milhões de euros) de subornos pelo seu papel no esquema das ‘dívidas ocultas’.

Teófilo Nhangumele avançou que a Privinvest propunha ver satélites, lanchas rápidas, fragatas, helicópteros, entre outros equipamentos e a montagem de estaleiros bem como formação de pessoal que iria operar o sistema integrado de proteção costeira.

Nhangumele vai continuar a ser ouvido na quinta-feira pelo tribunal.

Nas alegações que leu na segunda-feira, o Ministério Público acusou os 19 arguidos das ‘dívidas ocultas’ de se terem associado em “quadrilha” para delapidarem o Estado moçambicano e deixar o país

Nhangumele e Bruno Langa eram “representantes” da Privinvest em Moçambique

 


Teófilo Nhangumele, Armando Ndambi Guebuza e Bruno Langa eram alguns integrantes da viagem à Alemanha, cujo objectivo era conhecer a Privinvest, entidade ligada à Abu Dabi Mars e que, depois, fecharia contratos com o Estado moçambicano para a protecção da Zona Económica Exclusiva. Os três não tinham nenhuma ligação contratual com o Estado moçambicano.

Entretanto, segundo Teófilo Nhangumele, réu que está a ser ouvido pelo juiz que julga o caso das dívidas ocultas, ele (Nhangumele), o filho do Ex-Presidente da República (Ndambi Guebuza) e o amigo deste último (Bruno Langa) seriam representantes da empresa Abu Dabi Mars-Moçambique, que seria criada para facilitar contratos com o Estado moçambicano, ainda com o objectivo de protecção da Zona Económica Exclusiva.

Nhangumele revela, ainda, que passou, junto a Bruno Langa, a ser representante da Privinvest em Moçambique.

Diz que Jean Boustani (empresário líbano da Privinvest) não conhecia António Carlos do Rosário, homem do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE), e que este último foi levado pelos então representantes da Privinvest em Moçambique para conhecer o empresário libanês, Boustani.

O réu argumenta que fecharam acordo de consultoria (assinado por si e por Bruno Langa), em nome da Privinvest (no âmbito dos contratos com as autoridades moçambicanas para a protecção do país), mas Armando Ndambi Guebuza não assinou, porque haveria conflito de interesses, visto que é filho do então Presidente da República, Armando Emílio Guebuza.

Nhangumele mandou, segundo a acusação do Ministério Público, um e-mail a Jean Boustani a indicar o valor da sobrefacturação nos contratos, que depois beneficiaria a si, com o seguinte teor: “Bom, irmão, eu consultei e, por favor, coloque 50 milhões de frangos. Quaisquer números que for a enviar, eu irei colocar 50 milhões da minha raça”.

De acordo com Teófilo Nhangumele, o valor foi partilhado entre os três representantes da Privinvest em Moçambique (Nhangumele, Ndambi e Bruno) e o oficial do SISE (António Carlos do Rosário).

Camionistas da SADC ameaçam paralisar atividade em corredor do centro de Moçambique

 


A Associação dos Motoristas de Camiões da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) ameaçou paralisar a sua atividade no corredor da Beira, em protesto contra alegados casos de cobranças ilícitas por parte da polícia de trânsito.

“Se persistir, os camionistas não terão outra escolha senão parar ou estacionar os seus veículos nas fronteiras”, lê-se numa carta da Associação dos Motoristas de Camiões da SADC enviada ao Gabinete Provincial de Combate à Corrupção de Sofala, província do centro de Moçambique.

Na carta de duas páginas assinada pelo presidente da Associação dos Motoristas de Camiões da SADC, com sede na Zâmbia, a organização alega que os casos de cobranças ilícitas têm ocorrido nos corredores da Beira, Machipanda e Tete, classificando a situação como “insuportável”.

Segundo o documento, os camionistas são obrigados a pagar à polícia de trânsito valores que variam entre 300 meticais (três euros) e 500 meticais (seis euros) em cada controlo, além de valores altos cobrados nas portagens instaladas nos corredores.

O Gabinete Provincial de Combate à Corrupção de Sofala esteve hoje reunido com comandos da Polícia da República de Moçambique e, em declarações posteriores à comunicação social na Beira, confirmou a receção da carta, avançando a importância de uma investigação para esclarecer os casos.

O corredor da Beira, através da Estrada Nacional n.º 6 (EN6), é um dos mais usados para o transporte de carga pelos países vizinhos sem acesso ao mar.

O corredor inclui o porto da Beira, a linha férrea de Machipanda (que liga Moçambique e Zimbabué) e a EN6.

FMI anuncia a entrada em vigor da atribuição de DSE no valor de USD 650 mil milhões

 


A directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, declarou que “a maior atribuição de Direitos de Saque Especiais (DSE) na história, cerca de USD 650 mil milhões, já está em vigor (desde 23 de Agosto).

Segundo Georgieva, a atribuição é um tiro significativo no braço para o mundo e, se usado sabiamente, é uma oportunidade única para combater esta crise sem precedentes.

“A atribuição de DSE proporcionará liquidez adicional ao sistema económico global – complementando as reservas cambiais dos países e reduzindo a sua dependência de uma dívida interna ou externa mais cara. Os países podem utilizar o espaço proporcionado pela atribuição de DSE, para apoiar as suas economias e intensificar a sua luta contra a crise” disse Georgieva.

Os DSE estão a ser distribuídos aos países na proporção das suas quotas no FMI. Isto significa que cerca de USD 275 mil milhões vão para os países emergentes e em desenvolvimento, dos quais os de baixo rendimento receberão cerca de USD 21 mil milhões, o equivalente a até 6% do PIB em alguns casos. Os DSE constituem um recurso precioso e a decisão sobre a melhor forma de os utilizar cabe aos países-membros. Para que os DSE sejam utilizados para o máximo benefício dos Estados-membros e da economia global, essas decisões devem ser prudentes e bem informadas.

“Para apoiar os países e ajudar a garantir transparência e responsabilidade, o FMI está a fornecer um quadro para avaliar as implicações macroeconómicas da nova afectação, o seu tratamento estatístico e governação, e como pode afectar a sustentabilidade da dívida. O FMI fornecerá também actualizações regulares sobre todas as participações, transacções de DSE, incluindo um relatório de acompanhamento sobre a utilização de DSE dentro de dois anos” acrescentou Georgieva.

Para ampliar os benefícios desta afectação, o FMI encoraja a canalização voluntária de alguns DSE de países com fortes posições externas para os países mais necessitados. Nos últimos 16 meses, alguns membros já se comprometeram a emprestar USD 24 mil milhões, incluindo USD 15 mil milhões dos seus actuais DSE, ao Fundo para a Redução da Pobreza e Crescimento do FMI, que concede empréstimos em condições favoráveis a países de baixo rendimento. Isto é apenas um começo, e o FMI continuará a trabalhar com os nossos membros para desenvolver este esforço.

O FMI está, também, a envolver-se com os seus países-membros na possibilidade de um novo Fundo de Resiliência e Sustentabilidade, que poderia utilizar os DSE canalizados para ajudar os países mais vulneráveis com transformações estruturais, incluindo o confronto com os desafios relacionados com o clima. Outra possibilidade poderia ser canalizar os DSE para apoiar os empréstimos dos bancos multilaterais de desenvolvimento.

“Esta atribuição de DSE é uma componente crítica do esforço mais amplo do FMI, para apoiar os países através da pandemia, o que inclui USD 17 mil milhões em novos financiamentos para 85 Estados; alívio do serviço da dívida para 29 países de baixo rendimento; e aconselhamento político e apoio ao desenvolvimento de capacidades para mais de 175 Estados, para ajudar a assegurar uma recuperação forte e mais sustentável”, concluiu Georgieva, numa nota publicada na página oficial da instituição que dirige.

Cipriano Mutota confirma ter sido “caloteado” pelos “comparsas”

 


Uma das estórias mais intrigantes do caso das dívidas ocultas é a de Cipriano Sisínio Mutota, oficial do SISE (Serviço de Informação e Segurança de Estado), que foi “caloteado” pelos seus “companheiros de trincheira” durante o calote, que levou o país à sarjeta.

Esta quarta-feira, em resposta às perguntas da defesa, no prosseguimento do julgamento do maior escândalo de corrupção já registado em Moçambique, o então Director do Gabinete de Estudos e Projectos do SISE confirmou não se ter beneficiado do “FEE” (termo usado pelos arguidos para se referir aos subornos), incluso no pacote da estrutura de custos da PROINDICUS.

Segundo Mutota, os 980 mil USD que recebera, no âmbito do caso, foram retirados do bolso de Jean Boustani, executivo da Privinvest que apresentou o projecto de protecção costeira à secreta moçambicana. Mutota confirmou ainda que soube do pagamento das “luvas”, através da co-arguida Ângela Leão, esposa de Gregório Leão, então Director do SISE, que lhe terá questionado se já tinha visto as máquinas que circulavam, em referência aos carros luxuosos que estavam na posse de Teófilo Nhangumele, Bruno Tandane Langa e Armando Ndambi Guebuza.

Mutota confirmou também ter ligado para o executivo da Privinvest para exigir a sua parte no calote, depois de Teófilo Nhangumele ter-se recusado a dividir o seu valor com o seu antigo colega da faculdade.

Refira-se que na acusação do Ministério Público consta que Cipriano Mutota teve de ligar para Jean Boustani, depois de o “trio” ter recebido o dinheiro e não ter dito nada a Mutota, que estava expectante pela recepção da sua parte, tal como tinha sido combinado com os outros três arguidos, sobretudo, o seu amigo e antigo colega da faculdade, Teófilo Nhangumele

Sublinhar que, de acordo com a acusação, os 50 milhões de USD referentes aos “FEE” (valor pago aos que contribuíram para a concretização do projecto) foram pagos a Teófilo Nhangumele (8.5 milhões de USD), Bruno Tandane Langa (8.5 milhões de USD) e Armando Ndambi Guebuza (33 milhões de USD).

Venâncio Mondlane Diz Que Filipe Nyusi Não Precisa De Nenhum Julgamento

 


Falando na noite de ontem, às câmaras da Televisão Pública de Moçambique, depois de abandonar a tenda do julgamento, o deputado Venâncio Mondlane, afirmou categoricamente que, o  Presidente da República, Filipe Nyusi, sendo o garante e mais alto magistrado desta nação, não precisa de nenhum julgamento, ele apenas precisa de assumir a sua responsabilidade política e sua responsabilidade cívica, e esclarecer de uma vez por todas e claramente objetivamente aos Moçambicanos, se de facto recebeu o dinheiro ou não recebeu.

Na mesma abordagem, o deputado Venâncio Mondlane, foi mais longe ao afirmar que, se Filipe Jacinto Nyusi quer manter algum brilho e quer terminar o seu mandato, deixando algum legado de ética de moral, deve fazer uma comunicação à nação, para explicar da integridade que ele tem neste processo das dívidas ocultas.