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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Quarenta migrantes mortos em naufrágio na Itália



Pelo menos 40 migrantes morreram, este domingo, depois de o barco em que viajavam ter naufragado em Cutro, a 20 quilómetros de Crotone, na costa sul de Itália. Os corpos foram encontrados na praia, na localidade de Steccato, e entre as vítimas está um recém-nascido.

Segundo a imprensa internacional, cerca de cinquenta pessoas foram resgatadas, enquanto a busca por outros sobreviventes continua.

O barco no qual viajavam os migrantes, vindos do Irão, Afeganistão e Paquistão, terá batido contra as rochas devido à agitação marítima.

De acordo com fontes, os migrantes “não chegaram a tempo de pedir ajuda” e alguns dos sobreviventes terão chegado à costa sem auxílio.

Citando fontes portuárias não identificadas, a televisão italiana RAI disse que o navio transportava mais de 100 migrantes.

Mais de 7.700 migrantes desembarcaram na costa de Itália desde o início do ano, em comparação com as 4.263 que chegaram no mesmo período do ano anterior.

Face ao aumento de chegadas, o parlamento italiano aprovou um decreto do Governo, no dia 14 de Fevereiro, que obriga uma organização a solicitar o desembarque de migrantes imediatamente após um resgate e atribui portos distantes para desembarcar os resgatados.

Cabo Delgado: Camponeses vão beneficiar de novo sistema de irrigação

 


Os beneficiários são cerca de 8 mil camponeses deslocados pelos ataques terroristas na província de Cabo Delgado, que, entre Abril e Maio próximos, irão beneficiar de 2 mil 500 sistemas de irrigação.

A informação foi avançada, em Maputo, pela directora de Programas na ActionAid Moçambique, Márcia Cossa, durante o lançamento do “MoneyMaker Starter”, um sistema de irrigação portátil inovador.

Com a duração de quatro anos, e financiado pela USAID, o projecto está orçado em 3 milhões de dólares, que serão investidos na distribuição das bombas, treinamento do uso e manutenção das mesmas, bem como em outras tecnologias de produção.

“Actualmente, o projecto está a ser implementado nos distritos da província de Mueda, Montepuez, Metuge e Chiúre”, disse, citada pela AIM.

Guerra na Ucrânia: Mais de 10 mil pessoas protestam em Berlim

 


Cerca de 10 mil pessoas manifestaram-se, este sábado, no centro de Berlim para pedir negociações com Moscovo, em vez da entrega armas a Kiev. Os protestos aconteceram para marcar um ano após a invasão russa na Ucrânia.

A manifestação, que teve como slogan “Levante-se pela paz”, os manifestantes tomaram a palavra para pedir diplomacia em vez de entrega de armas.

Os manifestantes acusam o governo do chanceler federal alemão, Olaf Scholz, de promover uma escalada belicista com a ajuda militar a Kiev. Os protestos foram antecedidos de uma petição online que obteve apoio de mais de 620 mil assinaturas, de acordo com o site change.org.

Os organizadores da manifestação quererem ver “negociações e comprometimentos” de ambos os lados do conflito na Ucrânia, para evitar que ele se transforme em uma possível guerra nuclear.

Segundo um porta-voz da polícia de Berlim, outras manifestações do mesmo movimento foram anunciadas, assim como contramanifestações. Com receio de confrontos, a polícia mobilizou cerca de 1.400 efectivos.

Igualmente em Madrid, centenas de pessoas manifestaram-se este sábado a favor da paz na Ucrânia e contra o Presidente russo, Vladimir Putin, e a NATO, exigindo o fim da guerra através de um caminho pacífico, que não contribua para a “escalada belicista” que, segundo os manifestantes, está a ser promovida tanto pela Rússia como pela Aliança Atlântica.

Os manifestantes marcharam pelo centro da capital até chegar ao Ministério dos Negócios Estrangeiros.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Oposição acusa FRELIMO de "inviabilizar" eleições distritais

 


A RENAMO, principal partido da oposição moçambicana, acusou a FRELIMO de "inviabilizar" a realização das primeiras eleições distritais no país e de colocar em causa o "espírito da reconciliação nacional e da paz".

"O partido FRELIMO não pretende, não quer que se realizem as eleições distritais", enfatizou esta sexta-feira (24.02) Venâncio Mondlane, deputado e relator da bancada da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) na Assembleia da República.

Mondlane falava em conferência de imprensa, depois de na quarta-feira (22.02) a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) ter chumbado dois projetos de lei considerados pelo maior partido da oposição como "a base" para a realização das primeiras eleições distritais, marcadas para 2024 pela Constituição da República.

O relator da bancada da RENAMO acusou ainda o partido no poder de prejudicar o "espírito de reconciliação nacional e da paz" preconizados nos entendimentos entre as duas principais forças políticas do país.

"Além de inviabilizar o processo de eleições distritais, a FRELIMO também deixa um sinal claro de que não há interesse em manter o espírito que levou a estes acordos", declarou Venâncio Mondlane.

Venâncio MondlaneVenâncio Mondlane

A RENAMO vai manter a luta pela realização de eleições distritais, através de meios legais, garantiu Venâncio MondlaneFoto: Roberto Paquete/DW

O deputado avançou que a RENAMO vai manter a luta pela realização de eleições distritais, através de meios legais.

Questionado sobre se as divergências em torno do referido escrutínio afetam o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) do braço armado da RENAMO, o deputado remeteu a resposta para "os acordos específicos" sobre esta matéria.

Venâncio Mondlane acusou ainda o Presidente da República e da Frelimo, Filipe Nyusi, de "vitupério ao cadáver" do falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama, uma vez que a realização das eleições distritais faz parte dos acordos que os dois dirigentes alcançaram.

A bancada da FRELIMO rejeitou a inclusão dos projetos de lei das assembleias distritais e do quadro institucional dos distritos no rol das matérias da sessão plenária que arrancou na quarta-feira.

O posicionamento da bancada do partido no poder está em linha com o repto lançado por Filipe Nyusi de que o país deve refletir sobre a viabilidade das eleições distritais em 2024.


⛲Dw

Um ano de guerra na Ucrânia: China apela a Cessar-fogo



No dia em que se assinala um ano desde o início da ofensiva militar russa contra a Ucrânia, a China apelou a um cessar-fogo e defendeu que o diálogo é a única forma de alcançar uma solução viável para o conflito.

O plano agora divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês também pede o fim das sanções ocidentais impostas à Rússia, medidas para garantir a segurança das instalações nucleares, o estabelecimento de corredores humanitários para a evacuação de civis e ações para garantir a exportação de grãos, depois de interrupções no fornecimento terem causado o aumento dos preços a nível mundial.

O primeiro ponto destaca a importância de "respeitar a soberania de todos os países", numa referência à Ucrânia. A China afirma neutra no conflito, mas mantém uma relação "sem limites" com a Rússia e recusou-se a criticar a invasão da Ucrânia. Pequim acusou o Ocidente de provocar o conflito e "alimentar as chamas" ao fornecer à Ucrânia armas defensivas.

O Governo chinês apela ainda ao fim da "mentalidade da Guerra Fria" - um termo frequentemente usado por Pequim para criticar a política externa dos Estados Unidos. "A segurança de uma região não deve ser alcançada através do fortalecimento ou expansão de blocos militares", sublinha, numa critica implícita ao alargamento da NATO.

Na quinta-feira (23.02), a China absteve-se quando a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução não vinculativa a pedir que a Rússia encerre as hostilidades na Ucrânia e retire as suas forças. A resolução, redigida pela Ucrânia em consulta com os seus aliados, foi aprovada por 141 votos a favor. Sete países votaram contra e 32 abstiveram-se. 

Votaram contra este texto, que exige a "retirada imediata" das tropas russas da Ucrânia e pede "uma paz abrangente, justa e duradoura", Rússia, Bielorrússia, Síria, Coreia do Norte, Eritreia, Mali e Nicarágua. Entre os 32 países que se abstiveram figuram também Angola, Moçambique e Cuba.

"Não se criem ilusões quanto à China"

A China procura há semanas desempenhar um papel de mediador no conflito ucraniano. Mas o chanceler alemão considera que não se devem criar "ilusões" quanto à China, que "ainda não tomou posição contra a Rússia", lembrou Olaf Scholz, durante uma entrevista à estação de televisão ZDF.

Scholz reiterou ainda a sua oposição ao fornecimento de armas chinesas à Federação Russa, no quadro deste conflito. "Já o disse claramente, durante a minha última reunião com representantes chineses, que isso não pode ser aceite", disse.

Chanceler alemão Olaf Scholz no programa Chanceler alemão Olaf Scholz no programa 

Esta semana, os EUA acusaram a China que tencionar fornecer armas à Federação Russa, para apoiar a sua invasão da Ucrânia, o que Pequim desmentiu.

Numa mensagem que assinala o primeiro aniversário da invasão russa ao país vizinho, o chanceler alemão também assegurou que Vladimir Putin "não vai alcançar os seus objetivos imperialistas" na Ucrânia.

"Putin tem todas as cartas na mão. Ele pode acabar com esta guerra", acrescentou Scholz, sublinhando que "o Presidente russo falhou", já que "apostou na divisão e aconteceu o contrário".

Um ano de guerra 

Foi há precisamente um ano que o mundo dos ucranianos desabou. Na madrugada do dia 24 de fevereiro de 2022, ouviram-se fortes explosões na capital da Ucrânia. As sirenes voltaram a tocar no Leste do velho continente.

Era o início da invasão russa na Ucrânia. Mísseis de longo alcance caíram em território ucraniano. As tropas russas avançaram em direção à capital ucraniana, cumprindo a ordem expressa do Presidente Vladimir Putin de realizar a "operação militar especial" na Ucrânia. O objetivo, segundo Putin, era liquidar os nazis na Ucrânia.

"Há um ano, para proteger as pessoas nas nossas terras históricas, para garantir a segurança do nosso país, para eliminar a ameaça que veio do regime neonazi que se desenvolveu na Ucrânia após o golpe de Estado de 2014, foi decidido conduzir uma operação militar especial. E, passo a passo, resolveremos cuidadosa e consistentemente as tarefas que temos diante de nós", disse o chefe de Estado russo esta semana.

Quando lhe oferecem um avião para abandonar a Ucrânia, o Presidente Volodymyr Zelensky disse: "Preciso de munições para lutar, não de uma boleia. Não vamos depor as nossas armas. Defenderemos o nosso país. As nossas armas são a nossa força e esta é a nossa terra, o nosso país e as nossas crianças. Vamos protegê-los a todos."

Foi um momento que mudou o rumo dos acontecimentos. Instalava-se assim a mais longa e sangrenta guerra num país europeu desde a Segunda Guerra Mundial, que terminou em 1945.

Mundo à beira do abismo

Um ano depois, o balanço é trágico: dezenas de milhares de soldados mortos ou feridos, milhares de civis ucranianos mortos, incontáveis cidades destruídas. Em todo o mundo escasseia a energia, sobe a inflação e em muitos países em desenvolvimento cresce a fome.

Segundo o secretário-geral da Nações Unidas, António Guterres, um ano depois da agressão russa, o mundo está à beira do abismo:

"A guerra está também a fomentar a instabilidade regional e a alimentar tensões e divisões globais, enquanto desvia a atenção e os recursos de outras crises e questões globais prementes. Entretanto, temos ouvido as ameaças implícitas de utilização de armas nucleares. A chamada armas nucleares de utilização tática é totalmente inaceitável. Chegou o momento de nos afastarmos da beira do abismo."


Um ano após invasão russa da Ucrânia segundo um fugitivo


Para quando a paz?

Até agora, nenhum lado da guerra está disposto a negociar a paz. Mas a pressão externa aumenta. O Presidente russo, Vladimir Putin, não conseguiu ocupar toda a Ucrânia, como pretendia, mas controla cerca de um quinto do país.

Esta semana, no seu mais recente discurso sobre o estado da nação, Putin não deu qualquer indicação de que está pronto a ceder. Pelo contrário: "É impossível derrotar o nosso país no campo de batalha", afirmou. E agravou a tensão ao anunciar que Moscovo vai suspender a sua participação no tratado de armas.

Presidente Zelensky enalteceu hoje cidades atacadas como Presidente Zelensky enalteceu hoje cidades atacadas como 

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, insiste que todo o território ocupado pela Rússia, incluindo a Crimeia, será reconquistado. A Ucrânia só vai parar quando os "assassinos russos forem punidos", disse hoje Zelensky num discurso difundido através das redes sociais e que assinala um ano sobre o início da invasão da Rússia contra a Ucrânia. 

"O mundo viu aquilo que a Ucrânia é capaz. São os novos heróis: os defensores de Kiev, os defensores de Azovstal (Marioupol). Kharkiv, Tcherniguiv, Marioupol, Kherson, Mykolaiv, Gostomel, Volnovakha, Boutcha, Irpin, Okhtyrka. Cidades dos heróis. Capitais da invencibilidade", destacou.

De Londres a Berlim, passando também por Bruxelas ou Nova Iorque, um ano de guerra será assinalado com cerimónias oficiais, manifestações, observação de minutos de silêncio, conferências e iluminação de edifícios com as cores da bandeira ucraniana: azul e amarelo.


⛲Dw

FDS de Moçambique apresentam três terroristas que se entregaram às autoridades

 


As Forças Armadas de Defesa de Moçambique-FADM apresentaram, esta quinta-feira (23), à comunicação social, na vila de Mocímboa da Praia, três (3) indivíduos que militavam nas fileiras terroristas e que, de forma voluntária, se entregaram às autoridades.

O Comandante do Exército, Tiago Alberto Nampele, descreveu, no acto de apresentação, que os terroristas se entregaram como resultado de várias operações desenvolvidas pelas Forças de Defesa e Segurança. Entretanto, os três terroristas confirmaram terem participado em ataques a várias aldeias dos distritos de Macomia, Muidumbe, Nangade, Palma e Mocímboa da Praia.

Os terroristas em referência são: Abdremane Issa de 31 anos, Nze Assumane de 45 e Buanamade Ali de 30, e são todos naturais de Mocímboa da Praia, tendo exercido várias funções, entre as quais, de combate, carregamento de produtos saqueados e auxílio médico no tratamento dos feridos.


⛲Cartamoz 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Moçambique: Beira prepara-se para o ciclone Freddy

 


Há um morto a lamentar por causa das fortes chuvas, mas o ciclone Freddy ainda não deu à costa. Beira está em estado de alerta.

As autoridades suspenderam o trânsito de camiões pesados desde a manhã desta quinta-feira (23.02) na Estrada Nacional 6 (EN6), que liga a cidade portuária da Beira várias províncias e aos países vizinhos, por causa do galgamento da estrada pelas águas das chuvas que se abatem na região. 

O caudal do rio Pungué transbordou e as águas arrastaram consigo as terras que sustentam a EN6)na região de Mutua. Uma das faixas de rodagem acabou por desabar. A situação é tensa, diz o delegado da Administração Nacional de Estradas(ANE) em Sofala, Egídio Morais.

Egidio Morais, delegado da Administração Nacional de Estradas Egidio Morais, delegado da Administração Nacional de Estradas 

As águas arrastaram "dois camiões de grande tonelagem. Também foi arrastado uma minibus de trinta lugares", informou Morais, que acrescentou estar uma equipa a trabalhar no local para tornar a via transitável.

A chuva intensa que caiu nas últimas horas causou pelo menos uma morte e inundações urbanas nas cidades de Beira e Dondo. Mais de duas mil casas foram afetadas.

Danos atuais não são da responsabilidade do ciclone

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia de Moçambique em Sofala, a queda pluviométrica resultou de uma baixa pressão registada na região central do país, que aparentemente não está associada ao ciclone tropical Freddy.

A região centro e sul de Moçambique aguarda a chegada do ciclone nas próximas horas.

Uma brigada do conselho de ministros chefiada pelo ministro dos Recursos Minerais e Energia, Carlos Zacarias, está a postos em Sofala para monitorar o fenómeno. Outras brigadas ministeriais foram destacadas para as províncias de Inhambane e Gaza.


População tenta preparar-se o melhor que pode

Ondas fortes causadas pelo ciclone Freddy Ondas fortes causadas pelo ciclone Freddy 

Ondas fortes causadas pelo ciclone Freddy já atingiram as ilhas no Oceano ÍndicoFoto: RICHARD BOUHET/AFP

O ministro Zacarias disse à DW África esta quinta-feira (23/02) que foram envidados tosos os esforços para fazer face ao ciclone. "Tomámos as medidas necessárias”, assegurou Zacarias, acrescentando: "O trabalho nas próximas horas será talvez muito desafiante. É necessário que haja comunicação para mitigar os efeitos de uma situação catastrófica”.

A população na Beira e arredores vai fazendo o que pode para minimizar potenciais efeitos do ciclone Freddy, diz o residente Paulo Nguenha, que está a colocar pesos em cima da sua casa: "A casa sofreu com ciclones passados. Estamos a pôr sacos de areia em cima dos tetos", disse Hermínia Emília, uma moradora loca. "Vamos fechar as janelas para o ar não entrar, porque quando entra, a tendência é de arrancar as chapas e paredes", acrescentou Menalda Xavier, outra munícipe.

A atual época chuvosa em Moçambique já fez 95 mortes e causou prejuízos a cerca de 100.000 pessoas, segundo os últimos dados oficiais.


Dw

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Kagame promete continuar apoiar Moçambique contra o terrorismo

 


O Presidente do Ruanda, Paul Kagame, prometeu apoio contínuo das Forças Armadas do seu país na luta contra o terrorismo islâmico no norte de Moçambique, província de Cabo Delgado. Kagame fez esta promessa quando se encontrou com Filipe Nyusi, numa reunião bilateral realizada no fim de semana em Adis Abeba, onde os dois presidentes estiveram presentes na cimeira dos chefes de Estado da União Africana.

Falando aos jornalistas no seu regresso a Maputo no sábado, Nyusi deixou claro que, enquanto as Forças de defesa e segurança moçambicanas procuram aumentar a capacidade de combateterrorismo, as forças ruandesas permanecerão em Cabo Delgado. “Um dos pontos que temos discutido é a sustentabilidade das Forças Armadas moçambicanas (FADM) e polícia”, acrescentou Nyusi. 

Esta abordagem visa garantir que, quando os ruandeses saírem, as forças armadas e a polícia moçambicanas poderão garantir plenamente que podem cumprir os desafios colocados no sector da defesa e segurança.

Enquanto se reforça a capacidade própria dos moçambicanos, as tropas ruandesas lutam lado a lado com as FADM no combate ao terrorismo e outras ameaças à soberania moçambicana. A promessa de Kagame veio logo após a União Europeia garantir publicamente os primeiros 20 milhões Dólares americanos de apoio às operações ruandesas em Moçambique.

Carta

Sistema tropical Freddy evolui para ciclone intenso e poderá fustigar as províncias da Zambézia, Sofala e Inhambane



O sistema tropical Freddy evoluiu para a categoria de ciclone tropical muito intenso, condicionando o estado de tempo nas províncias de Sofala, Inhambane e Zambézia. De acordo com um comunicado do Instituto Nacional de Meteorologia, estas regiões poderão registar chuvas e ventos fortes, acompanhados de trovoadas severas a partir da próxima quinta-feira.

Neste âmbito, o Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) prevê que, a partir de quinta-feira, o ciclone enfraqueça, passando à categoria de tempestade tropical, o que representa perigo para a costa moçambicana. Entretanto, o INAM continua a monitorar o fenómeno e apela às comunidades a observar medidas de precaução e segurança.(Carta)

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Homem exige que noiva se case de vermelho por "não ser pura"



Uma mulher norte-americana de 27 anos está noiva e revelou que o futuro marido quer que use um vestido vermelho no casamento, porque já não é virgem. O homem considera que só podem usar branco "as mulheres que são puras".

De acordo com o Correio da Manhã, a mulher que se manteve anónima partilhou a história, num dos fóruns de apoio da comunidade social online reddit, de acordo com o jornal inglês Daily Mail. Explicou que conheceu o marido, nominado Ryan, nome falso, quando tinha 21 anos, e decidiram casar-se há 10 meses e ele deixou que ela decidisse a maior parte dos preparativos do casamento.

A noiva contou que, em novembro, o marido chegou à casa e disse que ela não devia usar branco no casamento porque isso seria "iludir" as pessoas. "Isto foi muito estranho para mim. O Ryan é um tipo muito artístico, por isso pensei que tinha que ver sobre como as fotos iam ficar ou algo do género, mas respondi-lhe que estou decidida a usar branco e ele ficou um pouco irritado, mas deixou passar", escreveu a mulher no reddit.

Duas semanas depois, quando a mulher experimentou o vestido branco, o casal teve uma grande discussão. "Ele pediu-me para ver o vestido que eu escolhi, mas eu disse que não porque queria que fosse uma surpresa para o dia do casamento. Então pediu-me para eu dizer só a cor e quando disse que era branco ele "armou um escândalo'", escreveu a mulher.

Ao não conseguirem chegar a acordo, o homem chamou a mãe para intervir, mas ficou surpreendido e desatou a chorar quando esta lhe disse que ele não era virgem, então também devia "usar um fato vermelho no casamento".

"O Ryan continua a afirmar que se eu usar branco vou estar a iludir todos os convidados e que é diferente para os rapazes", afirmou a noiva. Com esta confusão, a mulher está a pensar se quer realmente casar-se, porque a conversa a deixou "enojada".

Tendo este desabafo sido feito num fórum de apoio online, gerou várias reações por parte dos internautas.

"Se ele é assim tão inseguro, vai pedir testes de paternidade quando tiverem filhos"; "Guarda a mãe, manda o homem fora" e "O que é que os convidados têm a ver com o facto de a mulher ser virgem ou não?", foram alguns comentários deixados na publicação.


Folha de Maputo 

Biden faz visita surpresa a Kiev e reúne-se com Zelensky

 


O Presidente dos EUA, Joe Biden, chegou esta manhã a Kiev para uma visita não anunciada, a primeira desde o início da invasão russa, que completa um ano na sexta-feira. Zelensky destacou deslocação como "sinal de apoio".

A poucos dias do aniversário de um ano da invasão russa, o Presidente dos EUA disse que estava de visita à capital ucraniana para expressar o apoio "inabalável" de Washington.

Joe Biden prometeu mais armamento à Ucrânia. "Vou anunciar a entrega de outros equipamentos essenciais, incluindo munições de artilharia, sistemas de antiblindagem e radares de vigilância aérea", de acordo com comunicado da Presidência norte-americana.

O líder dos EUA encontrou-se com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Kiev, a capital ucraniana, depois de os dois se terem reunido, pela primeira vez, em 21 de dezembro.

A visita histórica do chefe de Estado ucraniano a Washington foi a sua primeira viagem ao estrangeiro desde o início da guerra no país, em fevereiro do ano passado.

Biden tinha anunciado, no sábado (18.02), que ia visitar esta semana a Polónia, flanco leste da NATO, para analisar a evolução da guerra na Ucrânia.

Joe Biden e Volodymyr Zelenski na Catedral de Santa Sofia, em Kiev, onde o Presidente dos EUA depositou uma coroa de floresJoe Biden e Volodymyr Zelenski na Catedral de Santa Sofia, em Kiev, onde o Presidente dos EUA depositou uma coroa de flores

"Sinal de apoio extremamente importante"

O chefe de Estado ucraniano apontou hoje a visita surpresa a Kiev do seu homólogo norte-americano como "um sinal de apoio extremamente importante".

"Bem-vindo a Kiev, Joseph Biden. A sua visita é um sinal de apoio extremamente importante para todos os ucranianos", escreveu Volodymyr Zelensky na sua conta da rede social Twitter.

A quatro dias do aniversário da invasão russa, as sirenes de ataque aéreo soaram hoje na capital da Ucrânia durante a visita de Biden.

Biden saía de uma igreja onde esteve durante alguns minutos com Volodymyr Zelensky quando as sirenes começaram a tocar, sem provocar pânico.


Dw

domingo, 19 de fevereiro de 2023

Kasparov: Ucrânia tem de ganhar a guerra para haver transição democrática na Rússia



Ex-campeão mundial de xadrez é uma das vozes mais críticas do Kremlin e esteve este sábado na Conferência de Segurança de Munique.

Uma das vozes mais críticas do Kremlin, o russo ex-campeão mundial de xadrez Garry Kasparov, acredita que uma vitória da Ucrânia na guerra é uma "pré-condição" essencial para a transição democrática na Rússia.

"A libertação do fascismo do [presidente Vladimir] Putin atravessa a Ucrânia", disse Kasparov, este sábado, durante um painel de discussão sobre o "futuro democrático" da Rússia na Conferência de Segurança de Munique.

"Os russos vivem numa bolha. Isso não pode ser quebrado a menos que a ideia de império entre em colapso, graças a uma derrota militar", na opinião do crítico do Kremlin, que deixou a Rússia há cerca de uma década. Kasparov instou ainda o Ocidente a manter o apoio a Kiev, dizendo que "nenhuma despesa é demais para a Ucrânia".

O ex-magnata Mikhail Khodorkovsky , a ativista de direitos humanos Zhanna Nemtsova (filha do opositor assassinado do Kremlin Boris Nemtsov) e Irina Scherbakova, co-fundadora da organização russa de direitos humanos Memorial, vencedora do Prémio Nobel da Paz, foram os outros participantes do painel.

Segundo Khodorkovsky, que já foi um dos homens mais ricos da Rússia antes de ser preso entre 2003 e 2013, "teme-se" que os aliados de Kiev diminuam os apoios.

Já Scherbakova, cujo grupo não governamental foi encerrado pelo governo russo no final de 2021, também compartilha da visão de que a vitória da Ucrânia é indispensável: "É um momento trágico, é doloroso ouvir os ucranianos porque eles estão a pagar com o seu sangue... mas para ir às ruas na Rússia protestar, é preciso ser muito corajoso."

Para Scherbakova, "a história está a ser reescrita" porque os russos "não sentem a necessidade de enfrentar os crimes cometidos no passado" durante a era soviética.

Nemtsova acrescentou que "um dos erros após a queda da URSS foi a ausência de esforços para explicar às pessoas o que significava democracia". "Para uma possível Rússia democrática do futuro, devemos conversar com a sociedade russa - a maioria das pessoas é neutra, não está interessada na Ucrânia e pensa que não pode ter nenhuma influência, então desiste", disse, lembrando que é preciso ajudar os russos "a refletir sobre as atrocidades cometidas na Ucrânia."


Dn

Guerra na Ucrânia: a Rússia deve ser derrotada, mas não esmagada, diz Macron



Emmanuel Macron falando na conferência de segurança de Munique

Em discurso aos líderes mundiais, Emmanuel Macron não se esquivou de mencionar as negociações de paz Rússia-Ucrânia como objetivo final

O presidente francês, Emmanuel Macron, disse que não quer ver a Rússia esmagada por uma derrota na Ucrânia.

Falando à mídia francesa, Macron pediu às nações ocidentais que aumentem o apoio militar a Kiev e disse estar preparado para uma guerra prolongada.

"Quero que a Rússia seja derrotada na Ucrânia e quero que a Ucrânia seja capaz de defender sua posição", disse ele.

Mas ele atacou aqueles que, segundo ele, queriam estender a guerra à própria Rússia em uma tentativa de "esmagar" a nação.

Os comentários foram feitos quando os líderes mundiais se reuniram na Conferência de Segurança de Munique, que viu promessas de acelerar o fornecimento de armas a Kiev e impor sanções mais duras a Moscou.

"Não acho, como algumas pessoas, que devemos almejar uma derrota total da Rússia, atacando a Rússia em seu próprio solo", disse Macron ao jornal Le Journal du Dimanche.

"Esses observadores querem, acima de tudo, esmagar a Rússia. Essa nunca foi a posição da França e nunca será a nossa posição."

Dirigindo-se à conferência em Munique na sexta-feira, Macron insistiu que agora não era o momento para diálogo com Moscou.

Mas ele não se esquivou de mencionar as negociações de paz como meta final.

O presidente sugeriu que os esforços militares ucranianos, apoiados por aliados, eram a única maneira de "trazer a Rússia de volta à mesa e construir uma paz duradoura".

Ele também descartou a perspectiva de mudança de regime na Rússia, descrevendo esforços semelhantes em todo o mundo como um "fracasso total".

Apesar dos comentários de Macron, as negociações são uma perspectiva distante para os líderes ucranianos.

Na sexta-feira, o ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, saudou a decisão de não convidar Moscou para a conferência de Munique.

Os líderes russos não devem ser convidados para a mesa enquanto o "estado terrorista matar, enquanto usar bombas, mísseis e tanques como argumento para a política internacional", disse ele.

O presidente Volodymyr Zelensky descartou negociações imediatas com seu colega russo, Vladimir Putin, insistindo que "não há confiança" entre as partes. Em entrevista à BBC no início desta semana, ele também descartou a ideia de abrir mão de território para fechar um acordo de paz com Moscou.

Macron já havia sido criticado por alguns aliados da Otan por enviar o que eles acreditam serem mensagens contraditórias sobre a Ucrânia.

Em junho passado, ele foi condenado por Kuleba por dizer que era vital que a Rússia não fosse "humilhada por sua invasão".

Na época, Kuleba respondeu que a Rússia - que estava "se humilhando" - precisava ser colocada em seu lugar.


BBC 

sábado, 18 de fevereiro de 2023

Israel condena expulsão de enviada à cimeira da União Africana

 


Israel acusa Irão, com ajuda da Argélia e da África do Sul, de orquestrar expulsão de diplomata israelita da cimeira da União Africana. Sharon Bar-li não tinha sido convidada para a reunião, segundo fonte da organização.

Israel condenou este sábado (18.02) a "severa" expulsão de uma diplomata israelita da cimeira da União Africana, acusando o Irão de orquestrar a medida com a ajuda da Argélia e da África do Sul. Sharon Bar-li foi "convidada a sair", uma vez que não tinha sido chamada a participar na reunião, segundo fonte da organização.

Um vídeo que circula nos meios de comunicação social mostra os seguranças a escoltar a vice-diretora geral para África do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, Sharon Bar-li, para fora da cimeira da União Africana (UA), que está a ter lugar na capital etíope, Addis Abeba, este sábado (18.02).

Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita descreveu o incidente como "grave", notando que Bar-li era "uma observadora acreditada e com acesso", uma reivindicação negada por um funcionário da União Africana.

O porta-voz do ministério afirmou ser "lamentável ver a União Africana tomada como refém por um pequeno número de Estados extremistas como a Argélia e a África do Sul, movidos pelo ódio e controlados pelo Irão". Os Estados africanos deveriam "opor-se a estas ações, que prejudicam o movimento da União Africana e todo o continente", acrescentou o porta-voz.

Os chefes de Estado e de Governo africanos estão reunidos em Addis AbebaFoto: Solomon Muche/DW

Convite intransmissível

Um funcionário da UA citado pela AFP afirmou que a diplomata foi "convidada a sair", uma vez que não tinha sido chamada a participar na reunião, tendo apenas sido emitido um convite intransmissível ao embaixador de Israel na União Africana, Aleli Admasu. "É lamentável que a pessoa em questão tenha abusado de tal cortesia", disse o funcionário.

Ebba Kalondo, porta-voz do presidente da comissão da União Africana, confirmou em declarações à agência Reuters que a diplomata foi retirada porque não era o embaixador israelita devidamente acreditado na Etiópia, o funcionário que era esperado no auditório.

Questionado sobre as acusações de Israel de que a África do Sul e a Argélia estariam por detrás do incidente, Vincent Magwenya, porta-voz do Presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, disse à AFP na cimeira: "Eles devem fundamentar a sua queixa".

A África do Sul lembrou ainda que o pedido de Israel para obter o estatuto de observador na UA ainda não foi decidido pelo bloco.

"Até que a UA tome uma decisão sobre a concessão ou não do estatuto de observador a Israel, não se pode ter o país sentado e a observar", afirmou Clayson Monyela, chefe da diplomacia pública no departamento de relações internacionais sul-africano, citado pela Reuters. "Portanto, não se trata da África do Sul ou da Argélia, é uma questão de princípio"

Estatuto polémico

Israel obteve o estatuto de observador na UA em 2021, após décadas de esforços diplomáticos, gerando protestos de membros poderosos, incluindo a África do Sul e a Argélia, que argumentam que a medida contraria as declarações da UA em apoio aos palestinianos.

No ano passado, o mal-estar agravou-se com a acreditação de Israel como observador na UA, com os palestinianos - que também têm um estatuto de observador no organismo - a exortar à sua retirada. A cimeira de 2022 suspendeu um debate sobre a retirada da acreditação e foi formado um comité para abordar a questão.

A discussão estalou quando Moussa Faki Mahamat, chefe da Comissão da União Africana, aceitou a acreditação de Israel, desencadeando uma rara disputa no seio de um organismo que valoriza o consenso. A UA não disse se o estatuto de Israel estaria em discussão na cimeira deste ano.

Israel tinha anteriormente o estatuto de observador na Organização de Unidade Africana (OUA), mas teve muitas dificuldades em recuperá-lo, quando a OUA foi dissolvida e substituída pela UA.


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ONU: Estado Islâmico regrediu mas ainda ameaça Moçambique

 


Relatório da ONU aponta para redução do número de militantes do grupo radical islâmico no norte de Moçambique graças à presença de tropas ruandesas e da SADC. Ainda assim, grupo ainda ameaça Cabo Delgado.

A presença de tropas ruandesas e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) no norte de Moçambique reduziu o número de militantes do Estado Islâmico, mas não os extinguiu, refere a ONU num relatório.

Segundo o documento, publicado pela comissão da ONU encarregada de acompanhar as sanções impostas ao Estado Islâmico e à Al-Qaida e referente ao segundo semestre de 2022, a permanência do grupo fundamentalista islâmico ameaça os interesses económicos na província de Cabo Delgado.

Ainda assim, sublinha a comissão citando informações avançadas pelos Estados-membros da SADC, o destacamento de tropas regionais para Cabo Delgado, a partir do verão de 2021, "mudou significativamente a trajetória do conflito".

Neste momento, a afiliada local do Estado Islâmico, conhecida na região como Al-Shebab - embora não tenha nenhuma relação com o grupo do mesmo nome que atua na Somália e está ligado à Al-Qaida -, "tem cerca de 280 combatentes, contra os 2.500 iniciais", avança a ONU no relatório, destacando que, nos últimos seis meses, morreram entre 70 e 120 combatentes e comandantes em operações militares.

Apesar de o número de vítimas mortais dos ataques estar a diminuir, estes "têm graves consequências económicas e provocam deslocações em massa" da população, destaca o relatório. Segundo a ONU, entre junho e julho passados, foram registados mais de 161 mil deslocados apenas nos distritos de Ancuabe e Chiure, onde a violência se tem alastrado.

Os desafios para Moçambique no Conselho de Segurança da ONU

Alastramento das operações

"Embora o Estado Islâmico tenha iniciado as suas operações maioritariamente a norte de Cabo Delgado, está agora a alargar a sua área de atuação a sul e tem também realizado ataques na província vizinha de Nampula", avança o documento.


Além disso, os militantes que ainda azem parte do Estado Islâmico de Moçambique são agora "combatentes experientes, capazes de se mover e atacar estrategicamente, contando com redes locais independentes e bem estabelecidos para obter ajuda, informações e um fluxo de combatentes estrangeiros", alerta.

Nos últimos tempos, os militantes -- que vieram sobretudo do Quénia e da Tanzânia, mas também da República Democrática do Congo, da Somália e do Uganda - demonstraram "maior coordenação estratégica e tática", conseguindo subjugar as forças regionais e realizar ataques contra a população civil e outros alvos, bem como contra empresas estratégicas de extração de minérios.

Os militantes costumam atacar aldeias para se abastecerem, mas, em muitos casos, "deixam para trás pessoas mortas e decapitadas, e roubam arsenais policiais para se equiparem com armas", adianta a comissão das Nações Unidas. 

Total quer segurança para regressar

A relativa melhoria da situação no terreno tornou possível, há duas semanas, uma visita a Cabo Delgado do presidente da Total, Patrick Pouyanné, que se reuniu com o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, e visitou a península de Afungi, onde a empresa francesa de energia pretende realizar um grande projeto de exploração de gás natural liquefeito (GNL).

A empresa francesa, que tinha suspendido o projeto e retirado todos os seus funcionários da região em abril de 2021 após um ataque de rebeldes, encarregou agora um especialista independente de preparar um relatório sobre "a situação humanitária" na província que deve ser apresentado antes do final de fevereiro e com base no qual será decidido "se existem condições para retomar as atividades".

Pouyanné reconheceu que, "desde 2021, a situação em Cabo Delgado melhorou significativamente graças, em particular, ao apoio prestado pelos países africanos, que se comprometeram a restabelecer a paz e a segurança". O responsável defendeu, no entanto, que, para a Total poder retomar o projeto, é preciso que "seja restabelecida a segurança na região, que sejam retomados os serviços públicos e que a população consiga regressar à vida normal".


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NATO preocupada com aproximação militar China-Rússia



Em declarações na Conferência de Segurança de Munique, que arrancou esta sexta-feira, secretário-geral da NATO avisa que Pequim está atenta à invasão na Ucrânia. Conflito é o tema dominante do evento deste ano.

Vários chefes de Estado e de Governo, ministros e líderes de organizações internacionais vão marcar presença nos próximos dias na Conferência de Segurança de Munique, que arrancou esta sexta-feira (17.02), na Alemanha. A poucos dias de se completar um ano desde a invasão russa da Ucrânia, o conflito será o tema dominante da conferência, que decorre até domingo.

Em declarações, esta sexta-feira (17.02), no evento, o secretário-geral da NATO Jens Stoltenberg afirmou que a Aliança "acompanha de perto" a aproximação entre Rússia e China no campo militar e avisou que Pequim está atenta à invasão na Ucrânia.

"Acompanhamos de perto o crescimento e o fortalecimento das relações entre a China e a Rússia. Vemos que eles operam mais juntos, fazem exercícios juntos: patrulhas navais, patrulhas aéreas conjuntas", reconheceu Stoltenberg.

Wladimir Zelensky spricht auf der Münchner SicherheitskonferenzWladimir Zelensky spricht auf der Münchner Sicherheitskonferenz

Volodymyr Zelensky apelou aos aliados para acelerarem o apoio à UcrâniaFoto: Roman Goncharenko/DW

"Sabemos que Pequim está a acompanhar de perto a guerra na Ucrânia. Porque se o Presidente (russo, Vladimir) Putin vencer aí, isso afetará os cálculos e as decisões que tomam em Pequim", defendeu Stoltenberg.

O secretário-geral da NATO disse ainda que a sua principal mensagem para o povo da Ucrânia é que "os aliados e parceiros da NATO estarão com a Ucrânia pelo tempo que for necessário" e assegurou que a Aliança Atlântica "não permitirá que o Presidente Putin vença esta guerra".

"Não há alternativa" à vitória ucraniana

Numa intervenção, em formato vídeo, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou aos aliados para acelerarem o apoio à Ucrânia, insistindo que "não há alternativa" à vitória ucraniana.

"Precisamos de velocidade. Velocidade para concluir os nossos acordos, velocidade nas entregas para reforçar o nosso combate, velocidade das decisões para limitar o potencial russo. Não há alternativa à velocidade, porque dela depende a vida", disse.

"Não há alternativa à vitória da Ucrânia. Não há alternativa à Ucrânia na União Europeia (UE). Não há alternativa à Ucrânia na NATO", sublinhou.

Zelensky acrescentou que o Presidente russo, Vladimir Putin, "tenta ganhar tempo para a sua agressão" e "apostar numa fadiga das partes". 

Scholz pede tanques para Kiev

Na mesma ocasião, o chanceler alemão, Olaf Scholz, pediu aos países que podem entregar tanques de combate à Ucrânia para o fazerem, constatando que os envios prometidos pelos aliados estão atrasados.

Para Scholz, o apoio militar à Ucrânia, contra a invasão russa, deve continuar, pelo que "isso implica que todos os que podem fornecer os tanques de batalha o façam, efetivamente".

Durante a Conferência de Segurança de Munique, o chefe do Governo alemão prometeu conduzir "uma campanha intensa" para que os aliados avancem no que diz respeito ao envio dos carros blindados.

"Não é tempo de diálogo", diz Macron

Por seu turno, o Presidente francês, Emmanuel Macron, admitiu que os aliados estão preparados "para um conflito prolongado" na Ucrânia, exortando os países que apoiam Kiev a serem "credíveis" nos seus esforços e a "reinvestirem massivamente" nas respetivas defesas.

"Estamos preparados para um conflito prolongado. Ao dizer isto não significa que o deseje. Mas, sobretudo se não o desejamos, devemos coletivamente ser credíveis na nossa capacidade em prosseguir esse esforço", acrescentou.

Macron afirmou ainda que os aliados devem intensificar o seu apoio "para ajudar a resistência do povo e do exército ucranianos e permitir que estes levem a cabo a contraofensiva que, por si só, permitirá negociações credíveis nas condições escolhidas pela Ucrânia, pelas suas autoridades e pelo seu povo".

"Hoje, muito claramente, não é tempo de diálogo", reconheceu Macron, que tem tentado manter canais de diálogo com o Presidente russo, Vladimir Putin, uma postura que tem suscitado críticas de alguns países europeus, em particular da Ucrânia.

A vice-Presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o diretor do Gabinete da Comissão de Negócios Estrangeiros do Partido Comunista da China, Wang Yi, e o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, são alguns dos nomes que vão passar por Munique. Nenhum representante russo está anunciado, até à data, na conferência.

Alerta do INAM: Ciclone Freddy poderá "atacar" o país

 


O Ciclone Tropical Intenso Freddy, que nas últimas horas está a movimentar-se em direcção a Madagáscar, poderá atingir o canal de Moçambique entre os próximos dias 23 e 24.

O canal de Moçambique é um braço do oceano Índico que se estende entre a costa moçambicana e Madagáscar.

Segundo as projecções, o sistema poderá rapidamente chegar ao país, pois e movimenta a uma alta velocidade, sendo que logo que atingir Madagáscar em menos de um dia pode entrar em território nacional.

A informação foi tornada pública ontem, em Maputo, pelo meteorologista Acácio Tembe, do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), no decurso do Conselho Técnico do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), tendo referido que neste momento está a ser feito um trabalho de mapeamento para se apurar as possíveis zonas a serem afectadas.


Folha de Maputo 


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Europa preparada para prolongamento da guerra na Ucrânia

 


O Presidente francês admitiu hoje que a União Europeia está preparada “para um conflito prolongado” na Ucrânia. Emmanuel Macron exortou aos países membros que apoiam Kiev a investirem na defesa dos seus países.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, apelou, esta sexta-feira, aos países europeus para que invistam na defesa nos seus países, por acreditar que o conflito na Ucrânia possa estender-se por mais tempo.

“Estamos preparados para um conflito prolongado. Ao dizer isto não significa que o deseje. Mas, sobretudo se não o desejamos, devemos coletivamente ser credíveis na nossa capacidade em prosseguir esse esforço”, acrescentou Emmanuel Macron.

Macron afirmou ainda que os aliados devem intensificar o seu apoio para que a Ucrânia avance para “negociações credíveis”, admitindo, porém, que o tempo do diálogo ainda não chegou.

“Temos de intensificar o nosso apoio e os nossos esforços para ajudar a resistência do povo e do exército ucranianos e permitir que estes levem a cabo a contraofensiva que, por si só, permitirá negociações credíveis nas condições escolhidas pela Ucrânia, pelas suas autoridades e pelo seu povo”, disse.

O Presidente francês diz pretender organizar em Paris uma “conferência sobre a defesa aérea da Europa”, que reúna a Alemanha, a Itália e o Reino Unido.


Fonte: Opais 

Turquia regista novo sismo de 5,0 na Escala de Richter

 


A Turquia registou, esta quinta-feira, um sismo com magnitude de 5,0 na escala de Richter. A informação está a ser avançada pelo Centro Sismológico Euro-Mediterrânico, citado pelo Notícias ao Minuto.

O sismo foi registado às 22h47 (hora local).

O epicentro ocorreu a 40 quilómetros de Antakya, na Turquia, e a 78 quilómetros de Latakia, na Síria. Para além destes dois países, os relatos da ocorrência sísmica dão conta de que o sismo terá também sido sentido no Líbano.

De momento, não existem informações que apontem para a existência de risco de Tsunami.

Segundo o Centro Sismológico Euro-Mediterrânico este novo sismo foi classificado como sendo de intensidade moderada (IV) na Escala de Mercalli Modificada. Mas, até agora, não há registo de danos adicionais consideráveis em infraestruturas.


O país 

Pastor moçambicano morre ao tentar jejum de Jesus de 40 dias

 


Um pastor moçambicano morreu depois de tentar jejuar por 40 dias, imitando o que Cristo teria feito na Bíblia. Francisco Barajah, de 39 anos e fundador da Igreja Evangélica de Santa Trindade, faleceu num hospital da cidade da Beira, para onde foi evacuado em estado crítico.

Após 25 dias sem comida ou água, ele havia perdido peso a ponto de não conseguir se levantar. Ele havia sido levado ao hospital por insistência de parentes e seguidores.

De acordo com a BBC, Barajah foi diagnosticado com anemia aguda e insuficiência de seus órgãos digestivos. Ele foi reidratado com soros e tentou-se introduzir alimentos líquidos, mas já era tarde e ele morreu na quarta-feira.

O pastor também era professor de francês na cidade de Messica, na província central de Manica, fronteira com o Zimbabwe. Membros da Igreja de Santa Trindade disseram que era comum o pastor e seus seguidores jejuarem, mas não por tanto tempo. Seu irmão, Marques Manuel Barajah, disse que o pastor jejuou, mas contestou o diagnóstico médico sobre sua morte. “A verdade é que meu irmão sofria de pressão baixa”, disse ele.

Não é o primeiro relato de uma tentativa mortal de imitar o jejum de 40 dias de Cristo no deserto, conforme descrito no Evangelho de Mateus.

Em 2015, um homem do Zimbábue morreu após 30 dias, informou a mídia local. Em 2006, um legista britânico descobriu que uma mulher morreu no meio de um jejum semelhante em Londres.


Cartamoz 

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Kiev acusa a Rússia de lançar 36 mísseis. 16 foram destruídos pela defesa antiaérea



ARússia voltou esta quinta-feira a bombardear a Ucrânia, com o lançamento de 36 mísseis, dos quais 16 foram destruídos pela defesa antiaérea, disseram as autoridades ucranianas.

Andriy Yermak, chefe do gabinete presidencial da Ucrânia disse que os alvos tinham sido atingidos no norte, oeste e sul do país.

O responsável referiu-se a um "ataque massivo" contra "infraestruturas críticas" na Ucrânia levado a cabo pelas forças russas. "Infelizmente, há ataques no norte e no oeste, bem como nas regiões de Dnipropetrovsk e Kirovohrad", indicou Yermak, citado pela CNN International.

Uma mulher de 79 anos morreu e pelo menos sete outras pessoas ficaram feridas quando os mísseis atingiram a cidade de Pavlohrad, informou o governador local, Serhiy Lysak.

Grupo Wagner culpa burocracia pela lentidão da campanha em Bakhmut

O empresário russo Evgeni Prigojine, dono da companhia de mercenários Wagner, disse hoje que a "monstruosa burocracia" de Moscovo está a impedir a conquista rápida da região de Bakhmut, no leste da Ucrânia.

Na opinião de Prigojine, esta região só vai ser conquistada "em março ou abril", porque as redes de abastecimento não estão capacitadas para o avanço da campanha.

O dono da empresa de mercenários Wagner, a soldo de Moscovo, referiu-se diretamente à situação no terreno, em textos e vídeos publicados na rede de mensagens digital Telegram.

Primeira visita de um ministro israelita desde a invasão russa

Esta quinta-feira está também a ser marcada pela visita do ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Eli Cohen, que chegou esta manhã a Kiev. Trata-se da primeira visita de um ministro de Estado judeu à Ucrânia desde a invasão russa há quase um ano, informou o Ministério israelita.

"Estivemos com o povo ucraniano e a Ucrânia no ano passado", disse Cohen à chegada, estando previsto um encontro com o seu homólogo, Dmytro Kouleba, e com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.


"Hoje vamos hastear a bandeira de Israel na Embaixada de Israel em Kiev, que retomará suas atividades de forma contínua com o objetivo de estreitar as relações entre os países", é referido no comunicado do Ministério israelita.

Desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, Israel tem procurado manter-se neutro neste conflito.

Israel, que afirmou laços privilegiados com Moscovo, não forneceu armas a Kiev, apesar dos repetidos pedidos do presidente Zelensky.

No início de fevereiro, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse que o seu país estava a considerar ajuda militar para a Ucrânia, ao mesmo tempo em que se oferecia para mediar o conflito.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.155 civis mortos e 11.662 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Fonte:DN

Chefe do BAD reúne-se próxima semana com Chissano sobre dívida do Zimbabwe




O presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Akinwumi Adesina, e o ex-presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, reúnem-se próxima semana (23 de Fevereiro) para mapear as principais acções a serem tomadas para a liquidação da dívida e de outros montantes em atraso do Zimbabwe.

Em Setembro de 2022, a dívida pública do país era de 17,63 biliões de dólares, e o governo continuou a contrair empréstimos externos usando commodities como garantia e ampliou os seus empréstimos domésticos por meio da emissão de títulos de dívida. Desse montante, 670,76 milhões de dólares eram da dívida ao BAD. No entanto, numa recente apresentação sobre as perspectivas económicas do Zimbabwe pelo principal economista local do banco, Kelvin Kanswala Banda, em Dezembro de 2022, o Zimbabwe devia ao BAD 750 milhões de dólares. Isso significa que, entre Setembro e Dezembro de 2022, Zimbabwe acumulou uma dívida de cerca de 80 milhões de dólares, apontando para o facto de que o governo continuou a incorrer em mais dívidas. “Zimbabwe é o único país membro regional do Grupo do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) sujeito a sanções devido a pagamentos em atraso no valor de cerca de 736 milhões de dólares”, disse Banda. “Por causa das nossas limitações como Banco, do lado político, o governo zimbabueano nomeou o ex-presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, para facilitar o reengajamento com os parceiros de desenvolvimento e esta é realmente uma boa direcção que foi tomada pelo executivo.

“E houve uma primeira reunião que aconteceu em Dezembro do ano passado para discutir a estratégia e os principais assuntos que deveriam estar na mesa, e esperamos que a próxima reunião seja no dia 23 de Fevereiro de 2023, em que o presidente do BAD Akinwumi Adesina e o antigo Presidente Joaquim Chissano vão mapear as principais acções a serem levadas adiante. Ele disse que o Banco espera que isso leve a um fórum de resolução da dívida que aborde as principais questões da dívida que assolam o Zimbabwe”.

No ano passado, Adesina concordou em liderar o processo de liquidação de atrasados e resolução da dívida do Zimbabwe e, desde então, realizou várias reuniões com o governo.

A primeira reunião de diálogo de alto nível ocorreu a 1 de Dezembro de 2022, que concordou com três pilares principais: (i) reformas económicas, (ii) reformas de governação e (iii) compensação de ex-agricultores comerciais, disse Banda. A razão pela qual o governo tem vindo a aumentar a dívida pública é para financiar as suas despesas que continuam a aumentar na sequência da depreciação do dólar zimbabueano.

Por exemplo, em 24 de Novembro de 2022, o ministro das Finanças, Mthuli Ncube, apresentou um orçamento de 4,5 triliões de dólares zimbabueanos para o actual ano fiscal, o que equivale a 6,95 biliões de dólares usando a taxa de câmbio oficial daquele dia.

No entanto, até ao momento, o Zimdollar caiu para ZW$ 835,09 em relação ao dólar no mercado oficial, o que significa que os gastos do governo para o ano estão subfinanciados no valor de 1,56 bilião de dólares.

O representante residente do Fundo Monetário Internacional, Carlos Cáceres, em resposta ao diário Bulawayo 24 sobre as pressões de oferta de dinheiro, disse: “para nós, realmente, a maneira de lidar com isso (oferta de dinheiro) é algo que publicamos em Dezembro após a missão do FMI. É necessário abordar esses elementos cruciais. E o segundo é essa questão de abordar as operações parafiscais do banco central que geram muitas injeções de liquidez no sistema e pressionam esse sistema. Essas coisas são críticas e devem ser levadas a sério”, referiu. 


Fonte: Cartamoz 

TA cria comissão de inquérito para averiguar denúncia contra Contador Geral

 


O Tribunal Administrativo (TA) acaba de criar uma comissão de inquérito para apurar a veracidade de informações contidas numa carta supostamente de autoria de funcionários da instituição, sobre práticas ilícitas, de entre as quais, a manipulação de pareceres de auditorias, nepotismo e mau uso de fundos públicos, por parte do Contador Geral da Contadoria de Contas e Auditoria, Jeremias Zuande. A carta em questão foi devidamente aflorada por “Carta” na semana passada.

“Foi criada uma comissão de inquérito, que tem um prazo de 20 dias para apresentar o relatório e a referida carta foi já remetida à Procuradoria-Geral da República para os devidos procedimentos legais”, lê-se numa nota oficiosa do TA, datada de 09 de Fevereiro de 2023 e assinada pela Presidente da instituição, Lúcia do Amaral. Significa que no dia 01 de Março próximo a instituição irá divulgar o relatório. 

O TA explica que, ciente da gravidade da matéria da referida carta, que mancha a imagem da instituição e põe em causa esforços que tem vindo a levar a cabo, está a trabalhar com vista a apurar a veracidade das informações nela contidas, para posteriores acções correctivas, caso as mesmas se confirmem.

“Importa referir que o Tribunal Administrativo, enquanto instituição Suprema de Controlo Externo, continua firme na prossecução da sua missão de garantir a justiça administrativa, fiscal e aduaneira, bem como o controlo da boa gestão e da utilização dos dinheiros públicos”, assegura o órgão.

Focado na prestação dos serviços que lhe estão acometidos pela Constituição da República, a instituição sublinha que continuará, como sempre o fez, à disposição da sociedade em geral, e dos utentes em particular, que poderão canalizar as suas denúncias, dúvidas e valiosas sugestões.

“Os valores do Tribunal Administrativo, tais como a Transparência, a Abertura, a Proximidade e Prestação de Contas, continuarão a nortear a nossa forma de actuação e o nosso contributo na consolidação do Estado de Direito Democrático”, conclui a nota, enviada esta semana à “Carta”.



ONU pede 5,2 mil milhões de euros para ajuda à Ucrânia

 


As agências da ONU lançaram hoje um plano de resposta às necessidades humanitárias da Ucrânia e pediram à comunidade internacional 5,2 mil milhões de euros para ajudar 15,3 milhões de ucranianos em 2023.

As agências da ONU lançaram hoje um plano de resposta às necessidades humanitárias da Ucrânia e pediram à comunidade internacional 5,6 mil milhões de dólares (5,2 mil milhões de euros) para ajudar 15,3 milhões de ucranianos em 2023.

O plano foi apresentado hoje em Genebra, em conferência de imprensa, pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, e pelo coordenador humanitário das Nações Unidas, Martin Griffiths, que sublinharam as necessidades crescentes na Ucrânia.

Do montante total, 3,9 mil milhões de dólares (3,63 mil milhões de euros) serão geridos pelo Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), dirigido por Griffiths, e os 1,7 mil milhões de dólares restantes (1,58 mil milhões de euros) irão para o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), que irá ajudar 4,2 milhões ucranianos que fugiram para outros países europeus.

As Nações Unidas estimam que a população da Ucrânia caiu de 43,3 para 35,6 milhões de pessoas devido à guerra e que cerca de 21,8 milhões de ucranianos, dentro e fora do país, precisam de ajuda humanitária, por isso, o plano de resposta humanitária busca atender pelo menos dois terços dessa população.

Entre aqueles que serão atendidas pelas duas agências da ONU estão 15% de pessoas com deficiência e 56% de mulheres e raparigas.

Dos 1,7 mil milhões de dólares (1,58 mil milhões de euros) que seriam destinados ao ACNUR, 709 milhões de dólares (661 milhões de euros) iriam para programas de ajuda a refugiados na Polónia, 427 milhões de dólares (398 milhões de euros) para a Moldávia, 153 milhões de dólares (143 milhões de euros) para a Roménia e 80 milhões de dólares (74,5 milhões de euros) para a República Checa e a Eslováquia, que acolhem importantes comunidades ucranianas.

Refugiados ucranianos na PolóniaRefugiados ucranianos na Polónia

Refugiados ucranianos na PolóniaFoto: Louisa Gouliamaki/AFP/Getty Images

Destruição sistemática de infraestruturas

As agências da ONU declararam que a guerra na Ucrânia, invadida em 24 de fevereiro pela Rússia, levou a uma destruição sistemática da infraestrutura civil, que tem contribuído para deslocamentos forçados e o aumento da urgência humanitária.

Estes ataques intensificaram-se desde outubro de 2022, nomeadamente contra as infraestruturas civis, "muitas vezes em torno de áreas urbanas, afetando serviços públicos como eletricidade, água, saúde, educação e proteção social".

Segundo dados do Governo ucraniano, desde o início da guerra 2.917 estabelecimentos de ensino foram bombardeados, destruindo quase 600 deles, e houve pelo menos 745 ataques a centros de saúde.

A invasão russa na Ucrânia, lançada em 24 de fevereiro de 2022 e justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.155 civis mortos e 11.662 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.


Dw

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Rússia acusa França de considerar África como seu "quintal"

 


O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, afirmou que a França considera a África como o seu "quintal" e ainda se permite acusar Moscovo de levar a cabo uma política neocolonialista naquele continente.

"Um representante do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês acusou-nos no início deste mês de levar a cabo uma política neocolonialista em África", começou por dizer Lavrov num discurso na Duma (câmara baixa do Parlamento) da Rússia.

Em seguida, Lavrov culpou a França, juntamente com outros países europeus, por "crimes sangrentos" em África, continente que "considera inequivocamente o seu quintal", dando-se agora o direito de acusar de neocolonialismo a Rússia, que "teve um papel decisivo na libertação do continente do jugo colonial".

"É um caso clínico. Como se costuma dizer, toma o justo por pecador", declarou o chefe da diplomacia russa.

Na semana passada, Lavrov regressou a Moscovo de uma digressão por vários países africanos para reforçar as posições russas naquele continente, incluindo posições militares, e a viagem foi duramente criticada pelos media franceses.

O chefe da diplomacia russa também declarou o seu apoio a uma iniciativa do grupo parlamentar Rússia Unida, no poder, de convocar um fórum internacional de apoiantes da luta contra novas formas de colonialismo.


Fonte:Dw

Forças de segurança do Ruanda em Moçambique doam material escolar às escolas


As forças de segurança ruandesas na província de Cabo Delgado, no extremo norte de Moçambique, doaram material escolar a quatro escolas nos distritos de Palma e Mocímboa da Praia, de onde expulsaram os terroristas e estão agora engajadas num esforço de estabilização em grande escala. A entrega do material teve lugar na última segunda-feira. Depois de proteger totalmente os dois distritos e ajudar milhares de pessoas a voltar para suas aldeias e se estabelecer pacificamente, as Forças de Segurança do Ruanda e de Moçambique tiveram que garantir que as crianças voltassem à escola e que as pessoas tivessem acesso aos cuidados de saúde, entre outros.

Até Setembro de 2022, mais de 130.000 deslocados internos retornaram às suas aldeias nos dois distritos.

“As Forças de Segurança do Ruanda na província de Cabo Delgado doaram material escolar, incluindo cadernos e canetas, a mil alunos da Escola Secundária Januário Pedro, das escolas primárias Trinta de Junho e Cimento de Mocímboa da Praia e da escola primária Mute no distrito de Palma”, lê-se numa declaração do Ministério da Defesa.

O Presidente do município de Mocímboa da Praia, Carlos Momba e Faisal Idrice Ndemanga, Ponto Focal do distrito de Palma, agradeceram a doação, lembrando que os materiais vão melhorar a qualidade da educação das crianças.

O tenente-coronel Guillaume Rutayisire, oficial de cooperação militar e civis da Força de Defesa do Ruanda, destacou: "embora a segurança tenha sido restaurada, é importante melhorar as condições de vida da população. Portanto, a assistência social é sempre necessária".

As escolas do distrito de Mocímboa da Praia estavam encerradas desde 2020, quando os terroristas lançaram sucessivos ataques em toda a província. Elas foram reabertas em Janeiro, após uma melhora significativa na situação de segurança.

Palma e Mocímboa da Praia são os dois distritos da província de Cabo Delgado onde inicialmente operaram as forças de segurança ruandesas. A 9 de Julho de 2021, a pedido de Maputo, Kigali destacou tropas para a Província de Cabo Delgado para ajudar a combater os terroristas, estabilizar a área e restaurar a autoridade do Estado. Apenas duas semanas após o desembarque, forças ruandesas e moçambicanas cercavam as principais bases dos terroristas e capturaram-nas.

Em 8 de Agosto de 2021, as forças conjuntas capturaram Mocímboa da Praia, vila portuária que foi quartel-general dos terroristas. A captura da vila foi um duro golpe para os terroristas que expulsaram cerca de 826 mil pessoas de suas casas e mataram mais de 2 mil na província.

No fim de 2022, o Ruanda destacou tropas adicionais para Cabo Delgado, aumentando o efectivo para mais de 2.500. Ruanda e Moçambique concordaram em perseguir os terroristas para outras áreas onde eles se transferiram.


Fonte: Cartamoz