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domingo, 31 de março de 2024

AD exige demissão da Presidente do Parlamento Sul-africano

 


O vice-presidente sul-africano, Paul Mashatile, diz que é prematuro exigir que a Presidente do Parlamento se demita do cargo.

Mashatile apela aos partidos na oposição para terem calma e permitirem que as agências de aplicação da lei façam o trabalhos deles, em torno das suspeitas de corrupção contra a presidente do Parlamento, Nosiviwe Mapisa-Nqakula.

Uma sessão especial do Parlamento poderá ser convocada, nos próximos dias, para debater a moção de censura submetida pelo partido Aliança Democrática.

O maior partido na oposição sul-africana exige que Mapisa-Nqakula deve pedir demissão, porque as acusações que pesam sobre ela são graves.

Num debate virtual com Paul Mashatile, esta quinta-feira, a Aliança Democratica questionou se o Congresso Nacional Africano (ANC) vai ou não votar a favor da moção de censura:

“ A Presidente do Parlamento está a cooperar com as agências de aplicação da lei. Em diversas ocasiões, ela disse que se fôr acusada desses alegados crimes, está preparada para renunciar ao cargo. Então, na minha abordagem é preciso dar uma oportunidade para que esses processos prossigam por forma a que possamos saber exatamente o que está a acontecer. Do momento, ainda há investigações em curso e ela não foi acusada, tudo o que existe são alegações. Portanto acho que seria prematuro pedir a Presidente do Parlamento para renunciar ao cargo enquanto, de facto, estas alegações não forem confirmadas”, disse.

A Presidente do Parlamento sul-africano, em gozo de uma licença especial, aguarda o pronunciamento do Tribunal ao pedido urgente que apresentou, para evitar ser detida. A sentença será conhecida na próxima terça-feira.

No seio do ANC, Nosiviwe Mapisa-Nqakula vai ser ouvida pela comissão de integridade.

Esta quinta-feira, o vice-presidente sul-africano, Paul Mashatile, confirmou que recebeu um questionário da comissão de ética do Parlamento em torno de alegações de corrupção que pesam sobre ele.

Mashatile garantiu que vai submeter as respostas já na próxima semana

Retirada da SAMIM vai "enfraquecer" combate ao terrorismo

 


O Centro para a Democracia e Direitos Humanos (CDD) considerou hoje que a saída da Missão Militar da África Austral (SAMIM) da província de Cabo Delgado, norte do país, vai "enfraquecer" o combate ao "terrorismo".

"É um erro estratégico do Governo de Moçambique, dos países da SADC [Comunidade de Desenvolvimento da África Austral] e dos parceiros de cooperação que deixaram de financiar a missão, o que vai dar mais campo de ação aos terroristas e enfraquecer a capacidade de luta contra o terrorismo e extremismo violento", refere um comunicado da organização não governamental moçambicana.

No passado dia 23, a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Verónica Macamo, disse que a SAMIM, que apoia Moçambique no combate a grupos rebeldes em Cabo Delgado, vai abandonar o país, devido a limitações financeiras.

"A SAMIM está a enfrentar alguns problemas financeiros e nós [Moçambique] também temos de tomar conta das nossas tropas e teríamos dificuldades em pagar pela SAMIM. Os países não estão a conseguir colocar o dinheiro necessário (…)", declarou Verónica Macamo ao canal público Televisão de Moçambique (TVM), sem avançar datas específicas.

Reagindo ao anúncio, o CDD defendeu hoje (31.03) que a decisão da saída dos militares da SADC acontece "num contexto de recrudescimento dos ataques e do surgimento de novas lideranças terroristas".

Aquela ONG indica que a SADC já tinha comunicado em 17 de agosto de 2023, em Luanda, que os seus militares vão deixar Moçambique, a partir de 16 de junho próximo, mas nessa altura, "a situação estava controlada, principalmente depois da morte em combate de Ibn Omar, o líder nacional do grupo" armado que atua em Cabo Delgado.

"Agora, para além da narrativa de que a situação está controlada, evoca-se a falta de fundos e a necessidade de se dar mais atenção à guerra na República Democrática do Congo, onde há um contingente regional", diz o CDD.

No dia 26, o porta-voz do Governo moçambicano, Filimão Suaze, disse que a condição atual da guerra contra rebeldes na província de Cabo Delgado justifica a saída da SAMIM.

"A situação em que nós nos encontramos agora é muito diferente daquela em que nós estávamos quando esta força veio a Moçambique. A situação atual já justifica que se acione a sua retirada", declarou Suaze.

"Estas missões sempre têm um prazo, para o início e para o seu término (…). Esperamos que todos os pressupostos sejam observados para, até ao final de julho, esta força tenha regressado, nada obstando que, entendendo haver necessidade de seu regresso a Moçambique, assim o seja", acrescentou

A província de Cabo Delgado enfrenta há seis anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

A insurgência, que desde dezembro de 2023 voltou a recrudescer com vários ataques às populações e forças armadas, levou a uma resposta militar desde julho de 2021, com apoio primeiro do Ruanda, com mais de 2.000 militares, e da SADC, libertando distritos junto aos projetos de gás.

⛲ Dw

Incêndios matam duas pessoas e desaloja 2 mil na África do Sul

 


Duas pessoas morreram e cerca de 2.000 ficaram desalojadas, devido a incêndios que ocorreram em bairros de lata perto da Cidade do Cabo, na África do Sul. A causa dos incêndios ainda não é conhecida.

“Um homem e uma mulher ficaram gravemente queimados e foram declarados mortos pelos médicos”, disse o porta-voz do Serviço de Bombeiros e Salvamento da Cidade do Cabo, Jermaine Carelse, em comunicado citado pelo Notícias ao Minuto.

Dois dos incêndios ocorreram na noite de sábado e outro na madrugada deste domingo. O maior, na cidade de Mfuleni, 30 quilómetros a sudeste da Cidade do Cabo, destruiu cerca de 150 casas improvisadas, deixando mil pessoas desalojadas.

Alunos vão partilhar escola com vítimas de inundações na Matola

 


As aulas vão mesmo arrancar esta segunda-feira, apesar de algumas escolas ainda serem centros de acomodação na autarquia da Matola. A edilidade diz que os alunos vão partilhar espaço com as vítimas das enxurradas. Para todos os efeitos, Matola já desactivou cinco dos nove centros transitórios de acomodação.

Analita Zaqueu, aluna da 11ª classe que está, junto com a família, no centro de acomodação que funciona na Escola 8 de Março, diz que a água já secou na sua casa e já pode regressar.

“Na minha casa já não há água, por isso acho que já podemos regressar à nossa casa para ceder a escola.”

Quem também diz que já há condições para abandonar o centro de acomodação é Irene Vilanculos.

“Não está suficientemente seco, mas já dá para estar. O resto vamos ver lá podemos ficar sim.”

Ao contrário das anteriores entrevistadas, Natália diz que ainda vai permanecer no centro de acomodação da escola 8 de Março, porque a sua residência ainda está cheia de água.

“Não há condições. Há muita água na minha casa. A situação agrava-se porque está próxima a uma bacia de retenção. Então há muita água concentrada.”

E sobre esta situação, o edil da Matola diz que, para já, a solução será a partilha de espaços, e garantiu que as aulas vão mesmo arrancar.

“Aqui, nós teremos uma situação para segunda-feira, talvez até terça, em que teremos uma partilha do espaço, porque as famílias, as pessoas não ocupam todas as salas. Se a escola, por exemplo, tem 20 salas, estarão ocupadas duas ou três para acolher os munícipes.”

O edil da Matola diz que, para já, não há espaço para debates, sendo que a prioridade é gerar soluções para os diferentes bairros afectados na autarquia.

E uma das grandes preocupações nos centros de acomodação é, por enquanto, a escassez da  alimentação, e a cidade da Matola recebeu, este domingo, kits de alimentos e produtos diversos.

Manuel de Araújo Desgastado com “Agitação” na Renamo



O membro do Conselho Nacional da Renamo, Manuel de Araújo, diz-se triste e desgastado com o ambiente que se vive na Renamo. De Araújo diz que, em vez de se digladiarem entre eles, os membros e a direcção do partido deveriam aproveitar a actual popularidade para alcançar o poder.

A última semana foi agitada na Renamo, com as decisões do tribunal, as entrevistas quentes dadas à STV Notícias por Venâncio Mondlane e José Manteigas, e várias publicações de outros membros nas redes sociais. Manuel de Araújo não está a gostar da situação e sente-se “desgastado”.

Numa carta que Araújo partilhou com seus companheiros, ele começa da seguinte maneira: “Entristece-me o tom e os insultos! Até não parece que pertencemos à mesma casa, a Renamo!”

Logo a seguir, questiona “O que é que se passa? Esquecemos que somos os pais da democracia? Esquecemos que milhares de jovens deram a sua juventude e as suas vidas para termos a democracia que temos? Queremos deitar tudo a perder e entregar o ouro que nos pertence aos “bandidos”?

Na carta, o político recorda os vários momentos que marcam a actual situação da Renamo. Fala das intervenções dos generais da Renamo, que apoiam Ossufo Momade; das entrevistas de Venâncio e Manteigas e outros episódios, incluindo o do próprio presidente Ossufo.

“Num dia, é o próprio Presidente do Partido, que todos deveríamos respeitar, porque é símbolo do partido, apesar do mandato expirado, que diz, em Grande Entrevista, que não tinha dito, ainda, que seria candidato ou não, pois era diferente do General Elias, do Venâncio e do Picardo, que anunciaram as suas candidaturas fora do tempo e antes do início do processo legal, para, uma semana depois, ser ele mesmo a dar o dito pelo não dito, afirmando, em outra entrevista, que, afinal, era igual aos três, nomeadamente, ao General Elias, ao Venâncio e ao Picardo, pois, desta vez, diz que, afinal de contas, vai concorrer!”, desabafa, para, depois, revelar que “para piorar o quadro, dias depois, aparece, nas redes sociais, um vídeo com camisetas a serem produzidas na China!”.

Faz isto tudo para formular questões, muitas questões. “Afinal, o que se passa? Porque tanta agitação numa altura em que temos tudo para tirar a Frelimo do poder? Afinal, o que se passa quando a juventude nas ruas de Maputo e Matola, por onde passei este fim-de-semana, e de todo o país está à espera da hora H para carimbar a vitória da Renamo e não se coíbe de exibir cartões de recenseamento ‘ainda quentes’ porque acabam de ser impressos e diz, de boca aberta e sem receios, que contamos convosco? Afinal quem não quer governar? Ossufo Momade? Elias Dhlakama? Venâncio Mondlane ou Picardo? Ou a Renamo? Quem ganha com estas ‘brincadeiras’, como dizia o saudoso presidente Afonso Macacho Marceta Dhlakama! É o Presidente Ossufo? É o Venâncio? É o Elias? É o Picardo? É a Renamo? Ou é a Frelimo?”

Ademais, Manuel de Araújo nota ausências de órgãos importantes neste momento dentro do próprio partido. “Onde anda o Conselho Jurisdicional do partido para impôr a ordem e disciplina no partido? Onde anda o Conselho Nacional para dizer em bom tom em que dia e em que cidade, vila ou localidade teremos a sessão do Conselho Nacional? Março termina amanhã e ninguém, ainda, sabe onde nem em que dia teremos a sessão, quando foi anunciado que seria na primeira semana de Abril para, depois, o Chalaua vir desdizer e anunciar que seria na segunda semana? Que órgão decidiu? O presidente? A Comissão Política? A Mesa do Conselho Nacional? O Conselho Jurisdicional?”.

Além de questões, faz pedidos aos seus colegas. “Em meu nome pessoal, na minha qualidade de membro do Conselho Nacional do partido, no da minha família, no dos munícipes da cidade de Quelimane, peço ao presidente Ossufo Momade para abster-se de dar entrevistas e, caso queira dar, que deixe de falar de outros membros do partido e ou pseudocandidatos! Peço também ao mano Manteigas para deixar de atacar membros do partido!”

Não é só isso. Ele atribui missões a cada um dos envolvidos. A Arnaldo Chalaua lança o desafio de se concentrar nos trabalhos parlamentares, Elias Dhlakama no combate ao terrorismo, Juliano Picardo é desafiado a desenhar uma política agrária para enfrentar o El Niño e a Venâncio o de melhorar a imagem do partido dentro e fora do país.

“Neste momento, não há vencidos nem vencedores! Felizmente, foi possível corrigir um erro grave que foi a não marcação atempada do congresso! Corrigido esse erro grave, essa omissão, abstenhamo-nos de declarar vitórias e derrotas, vencedores e derrotados! Quem ganhou, com esse exercício democrático, foi a democracia! Quem ganhou foi a Renamo! Arregacemos as mangas para eleger os nossos dirigentes no congresso e mãos à obras, manos, por favor!”

Jacob Zuma sai ileso de um acidente de viação

 


O antigo Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, sobreviveu a um acidente de viação depois de o veículo que o transportava ter sido atingido por um condutor embriagado, informou a polícia.

Um homem de 50 anos de idade cujo nome não foi avançado pelas autoridades policiais sul africanas, foi preso de imediato após embater no veículo blindado do ex-presidente sul africano Jacob Zuma. a polícia afirma que o condutor estava sob efeito do álcool e foi imprudente.

Segundo escreve a imprensa sul africana, o acidente aconteceu na cidade de KwaZulu-Natal na noite da quinta-feira momento em que Zuma seguia em direção a sua residência na zona Rural de Nkandla.

O acontecimento está a levantar suspeitas de tentativa de assasinato do ex-presidente sul africano entre 2009 e 2018, que horas antes do sucedido, viu as autoridades eleitorais a negar a sua participação nas eleições gerais de 29 de maio próximo.

O presidente Sul africano e do partido ANC lamentou o sucedido.

Sobre a infeliz situação de acidentes na nação, quero lamentar o caso envolvendo a comitiva que transportava o meu presidente Jacob Zuma. Informaram-me de que não há danos e que ele está em segurança. fui também informado que o caso está a ser investigado.” disse Cyril Ramaphosa.

Em declarações ao canal público sul-africano SABC, o responsável pela campanha eleitoral do partido MKP, Musa Mkhize, adiantou que “Zuma era um alvo”.

“O que aconteceu ontem à noite devo dizer que, infelizmente, estávamos à espera que acontecesse e aconteceu porque o presidente foi avisado, não sabemos o que ainda está para acontecer”. “Acreditamos que seja crime, quem quer que esteja a fazer isto. São conhecidos, falaram publicamente, e as pessoas sabem quem eles são”, acusou.

De acordo com a porta-voz da polícia Sul-africana, Zuma goza de boa saúde e o suspeito deverá comparecer em tribunal na terça-feira.

“Ninguém ficou ferido, incluindo os agentes dos Serviços de Proteção Presidencial (PPS, na sigla em inglês), o ex-presidente foi retirado do local e levado para a sua residência”.

Adiantou à imprensa Athlenda Mathe a imprensa local.

sábado, 30 de março de 2024

Inundações poderão provocar escassez de hortícolas na cidade de Maputo

 


As chuvas que caíram há dias na cidade de Maputo, causaram vários estragos, e no leque das vítimas, estão os pequenos agricultores da Associação Agrícola Samora Machel no bairro Ferroviário.

Os campos que carregam rastros de destruição após inundações, tinham sido lançados diversas plantações de hortícolas que, para já, serão necessários mais 45 dias para voltarem a estar prontas.

Otilia Djindji é uma das mais de 450 mulheres pertencentes à associação que viram a chuva lhes roubando o sossego.

“Fomos todos assolados pelas chuvas e neste momento estamos a procurar ver de que forma recuperamos o pouco que sobrou, o difícil é não termos nenhum apoio.” Lamenta Otília.

Sem apoio para fazer face aos prejuízos, os 650 agricultores estão angariando pequenos fundos para recuperação do que foi perdido, incluindo o escritório da associação.

“Estamos a tentar pelo menos de novo organizar valas para que as águas passem normalmente para de novo começarmos a semear, tentar recuperar o que escapou que não é lá grande coisa”, afirmou Ângelo Manhiça presidente da associação.

A intensidade das águas que vem invadindo as machambas, é motivada por esta conduta inacabada construída pela CFM em 2013, que nos últimos anos tem sido motivada pelo desabamento de residências.

Os moradores e agricultores pedem ações urgentes de quem é de direito para a solução do problema.

Ciclone Gamane faz 18 mortos em Madagáscar

 


Subiu de 11 para 18 o número de mortos na sequência do ciclone Gamane, que atingiu Madagáscar na quarta-feira.

De acordo com o Gabinete Nacional de Gestão de Riscos e Catástrofes, mais de 20.000 pessoas estão deslocadas, para além de casas que foram arrastadas.

Ventos violentos derrubaram árvores e correntes de água invadiram aldeias quando o ciclone Gamane, que inicialmente se esperava que passasse ao largo de Madagascar, no leste da África Austral, mudou de rota e atingiu o norte deste país na quarta-feira.

De acordo com o Gabinete Nacional de Gestão de Riscos e Catástrofes, 18 pessoas morreram, sendo que algumas morreram afogadas e outras morreram devido ao desabamento de casas ou à queda de árvores. O ciclone deslocou-se lentamente, o que amplificou os seus efeitos destrutivos, levando mais 20 mil pessoas a se deslocarem. Há mais de 5 mil casas afectadas, para além de que muitas estradas e pontes ficaram inundadas, isolando algumas regiões de Madagáscar.

No local devastado pelo ciclone, os habitantes afectados não têm o que comer e beber, necessitam de assistência. O ciclone Gamane foi actualizado para tempestade tropical e já se dissipou naquele país, segundo os meteorologistas. A época de ciclones no sudoeste do Oceano Índico dura normalmente de Novembro a Abril, com uma média de 12 fenómenos por ano.

Venâncio Mondlane vai recorrer da decisão Tribunal e o recurso terá efeitos suspensivos

 


Venâncio Mondlane tornou público, na quinta-feira, 28 de Março, que vai recorrer da decisão do Tribunal que julgou improcedente a providencia cautelar que pretendia anular todos actos administrativos praticados por Ossufo Momade depois do dia 17 de Janeiro do ano em curso, sendo que o recurso terá efeitos suspensivos, ou seja, vai manter a primeira decisão.

No dia 08 do mês em curso, o Tribunal Judicial da Cidade de Maputo deu provimento à providência cautelar intentada pelo deputado e cabeça– de – lista da Renamo na Cidade de Maputo nas VI Eleições Autárquicas contra o presidente do seu partido Ossufo Momade, anulando todos actos administrativos supostamente praticados depois do dia de 17 Janeiro.

No entanto, volvidos 14 dias, o mesmo Tribunal recuou da decisão e deu razão a Ossufo Momade. O Juiz Eusébio Lucas entendeu que Venâncio Mondlane não conseguiu provar que Momade exonerou os antigos e nomeou novos delegados políticos depois da data em terminava o seu mandato na liderança da perdiz, daí que recuou da primeira decisão e julgou improcedente a providencia cautelar submetida que visava anular todos actos administrativos estruturantes praticadas.

“Não mantenho o decretamento da providência cautelar não especificada, com o fundamento de que todos actos estruturantes praticados pelo requerido foram no decurso do mandato dos órgãos eleitos e os outros membros serem chefes de departamentos não eleitos em conferência provincial, como membros da Comissão Política Provincial do Partido REΝΑΜΟ”, lê-se na decisão do Tribunal, lê-se na decisão do Tribunal.

Engane-se quem pensava que Venâncio Mondlane iria abraçar o conformismo perante a decisão do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo. Mondlane, através do seu advogado, Elvino Dias, tornou público que vai recorrer da decisão e que o recurso terá efeitos suspensivos, ou seja, a primeira decisão do Juiz irá se manter.

“O acordo é claro: os actos conducentes ao Congresso serão feitos nos termos dos Estatutos e em respeito ao princípio da igualdade. Tal significa nitidamente que nenhum membro ou candidato criará limitações ao outro, sob pena de consequências legais. Sobre o Despacho de hoje, iremos dele recorrer e o recurso terá efeitos suspensivos. Ter efeitos suspensivos significa que tudo se manterá na mesma; o primeiro Despacho do Juiz deverá se manter”, escreveu o advogado nas redes sociais.

Refira-se a decisão do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, datado de 22 Março, mas ratificado no dia 27, surge dias depois dos generais da Renamo terem vindo ao público criticar os detratores de Ossufo Momade

⛲ Evidências

sexta-feira, 29 de março de 2024

Dívida pública interna sob pressão alta

 


Há pelo menos três anos, o Comité de Política Monetária do Banco de Moçambique (CPMO) tem vindo a alertar sobre o agravamento da dívida pública interna contraída pelo Governo em nome do Estado moçambicano.

Os alertas do regulador do sistema financeiro são tantos e consecutivos, mas, mesmo assim, o Executivo parece estar a ignorar, subindo cada vez mais os níveis de endividamento público interno, apesar dos riscos associados.

Um desses alertas foi feito, esta semana, numa conferência de imprensa, em Maputo, pelo Comité de Política Monetária do banco central (CPMO) na voz do próprio governador da instituição financeira, Rogério Zandamela.

“A pressão sobre o endividamento público interno mantém-se elevada”, voltou a chamar atenção o governador, tendo afirmado que o Governo está ciente e a trabalhar para normalizar o problema desse endividamento.

Para se ter uma ideia, excluindo os contratos de mútuo e de locação e as responsabilidades em mora, a dívida situa-se em 344,0 mil milhões de Meticais, um aumento de 31,7 mil milhões em relação a Dezembro de 2023.

“Não é por casualidade que nós alertamos. Riscos são riscos. Se o tomador desta dívida tiver dificuldades de honrar com esses compromissos, por razões de caixa ou de solvência, são problemas”, avisa o governador do banco central.

Para já, Rogério Zandamela esclarece que tal situação de incumprimento não é uma realidade em Moçambique, mas é preciso alertar para que o país não caia na armadilha em que entraram outros, incluindo países africanos.

“Já vimos países, na região e fora, em que, a dado momento, o tomador do crédito, pode ser o Estado ou qualquer um, está com problemas e quem empresta não consegue recuperar o seu dinheiro”, exemplificou Zandamela.

Trata-se de uma situação em que o tomador de crédito (no caso, o Estado) não tem capacidade de honrar com esses compromissos, e tal pode criar um problema no sistema, que não é apenas do Governo, mas muito mais grave.

“Não é só um problema fiscal. O problema fiscal vira um problema financeiro, e temos alertado sobre isso regularmente nos nossos relatórios de estabilidade financeira, onde conectamos essas coisas”, disse o governador.

Pelo facto de o Banco de Moçambique ter uma relação privilegiada com o Governo, por ser um conselheiro de confiança, questionámos, em conferência de imprensa, o que tem feito para reverter a situação que já é muito antiga.

“Claro que conversamos e damos os nossos conselhos. A questão da dívida não é uma questão assim tão trivial na solução, porque ela depende de duas coisas, do numerador e do denominador”, assim reagiu Rogério Zandamela.

No entender do regulador do sistema financeiro, a economia tem de crescer e ter mais receitas, para que tal denominador que condiciona o numerador seja menos forte e o Estado tenha capacidade de honrar com os seus compromissos.

Isso leva tempo, sublinha o governador. “Não é uma coisa que se faz de um dia para outro. Esse é o grande desafio. Eu não quero dar números, deixarei essa parte para o nosso ministro das Finanças, eles é que gerem a dívida”.

Como se sabe, e até o governador do Banco de Moçambique fez a questão de repisar: o endividamento em si não é um problema. “É normal quando as famílias, empresas vão buscar dinheiro no sistema e o Estado também”.

Para Zandamela, a questão é: será que estamos a fazer o melhor uso desse dinheiro conseguido com base em dívida? Uma pergunta muito importante que deve ser respondida pelo ministro das Finanças, Max Tonela.

Para si, é normal que um Estado se endivide para investir em infra-estruturas, na melhoria da capacidade e transformação da economia. “Claro que essa é boa notícia, porque a dívida de hoje vai ser paga amanhã”, refere.

Entretanto, um cenário diferente pode ser assistido. “Quando estamos a endividar-nos porque estamos a consumir, porque estamos a pagar salários, ou despesas correntes, aí já vira um outro ciclo”, considera Zandamela.

Na conferência de imprensa do Comité de Política Monetária, questionámos o governador do banco central sobre o nível ideal de endividamento público interno que o Governo devia respeitar e foi cauteloso na resposta.

“Faça essa pergunta ao ministro. Os países podem ter os mesmos números, mas não quer dizer que têm o mesmo problema de endividamento, porque depende do que fizeram com os recursos”, disse Rogério Zandamela.

Outro risco associado ao endividamento público interno é o facto de o Estado disputar a mesma fonte de financiamento com as famílias e as empresas, o que contribui para o encarecimento do crédito na economia.

De Janeiro a Outubro do ano passado, segundo referiu em finais do ano passado Rogério Zandamela, o endividamento público interno aumentou na ordem de 52 mil milhões de Meticais (cerca de 806,7 milhões de dólares)

Chuvas intensas atrasam obras da ponte sobre o rio Muririmue

 


As obras de reposição da ponte metálica sobre o rio Muririmue, que liga Nametil e Chalaua, em Nampula, danificada a 5 de Janeiro passado, estão atrasadas devido às intensas chuvas que caem na região. A Administração Nacional de Estradas (ANE) promete reposição da transitabilidade para finais de Abril e não para o mês de Março. 

A 5 de Janeiro passado, um camião que transportava carga pesada destruiu a ponte metálica sobre o rio Murririmue, que liga Nametil e Chalaua, na província de Nampula, interrompendo assim a circulação. 

Em comunicado, a ANE prometeu que as obras de reposição da ponte durariam apenas o mês de Março, no entanto houve mudanças, devido às intensas chuvas na região.

“…As obras em curso de reposição da ponte metálica sobre o rio Muririmue, inicialmente previstas para para durar um mês, serão prolongadas até o final do mês de Abril próximo, caso as condições climatéricas sejam favoraveis”, refere o comunicado.

De acordo com a ANE, já foi concluída a estrutura da ponte, estando em curso trabalhos do aterro dos acessos que têm sido limitados pela elevada umidade dos solos. 

Devido à chuva que continua a cair, o desvio feito para permitir a transitabilidade ficou inundado, obrigando os automobilistas a usarem a estrada N104, Nampula/Nametil/Boila, uma volta que encarrece a vida das populações e prejudica o transporte de pessoas e bens.

⛲: O país 



Autocarro despenha-se da ponte e mata 45 pessoas na África do Sul

 


Um autocarro despenhou-se e caiu de uma altura de cerca de 50 metros entre Mokopane e Marken, na região sul-africana de Limpopo, esta quinta-feira, causando a morte de 45 pessoas.

Além dos mortos, uma criança de oito anos teve de ser transportada para uma unidade hospitalar com ferimentos graves, de acordo com a imprensa internacional.

Os passageiros eram peregrinos que viajavam desde Gaborone, capital do vizinho Botswana, para um serviço religioso de Páscoa na cidade sul-africana de Moria.

A ministra dos Transportes da África do Sul, Sindisiwe Chikunga, deslocou-se ao local do incidente e apresentou condolências às famílias afectadas pela tragédia.

⛲: O país 



Rede eléctrica danificada pelas chuvas será reposta até esta sexta-feira

 


O ministro dos Recursos Minerais e Energia, Carlos Zacarias, garante que até esta sexta-feira será reposta a rede de fornecimento de energia eléctrica, que foi danificada pelas chuvas intensas registadas esta semana, no Sul do país.

Carlos Zacarias refere que, neste momento, decorrem trabalhos de reparação dos danos causados pelo mau tempo.

“Desde a primeira hora, decorrem trabalhos com vista a reposição. Nos locais onde o fornecimento de energia foi afectado, o sistema foi desligado na maior parte das vezes devido a questões de segurança. Uma vez que tínhamos postos de transformação tombados, alagados e por forma a evitar que houvesse choques eléctricos e outras consequências, o sistema foi desligado. Por força disso, somente 150 famílias foram afectadas mas espera-se que tudo seja reposto ”, disse o ministro dos Recursos Minerais e Energia, citado pela Rádio Moçambique.

A fonte explica que, para a reposição das infra-estruturas danificadas, a empresa Electricidade de Moçambique (EDM) está a investir pouco mais de seis milhões de meticais.

⛲: O país 


Papa cumpre rito do lava-pés numa cadeia em Rebibbia

 


O Papa Francisco celebrou, esta quinta-feira, a missa da Quinta-Feira Santa numa prisão feminina em Rebibbia, em Roma, onde lavou os pés a 12 reclusas a partir da sua cadeira de rodas.

De acordo com a agência noticiosa Efe, o Papa Francisco apresentou-se numa cadeira de rodas, devido aos seus problemas de mobilidade.

Perante funcionários da prisão e reclusas, Francisco improvisou ainda uma breve homilia sobre o perdão, onde apontou que o seu Deus está “sempre de braços abertos e não se cansa de perdoar”, escreve a Lusa.

Segundo o Papa, o acto do lava-pés mostra que Jesus “veio para servir e não para ser servido”.

“Agora vamos fazer como Jesus, lavando os pés, que é um gesto que chama a atenção para a vocação do serviço. Peçamos ao Senhor que faça crescer em todos nós a vocação do serviço”, disse o Santo Padre.

Após a missa, a directora do centro prisional, Nádia Fontana, agradeceu ao Papa a sua presença, tendo as prisioneiras oferecido ao pontífice alguns produtos que fabricaram, como cestos de legumes, rosário com contas com as cores do arco-íris e algumas estolas.

Em retribuição, o Papa Francisco apresentou um quadro da Virgem Maria com o Menino Jesus.

⛲: O país 



Jacob Zuma impedido de concorrer às eleições

 


O ex-presidente foi expulso do ANC, no poder, e tem feito campanha pelo recém-formado partido MK. Um porta-voz do MK disse que o partido vai recorrer da decisão da Comissão Eleitoral Independente.

O antigo presidente sul-africano Jacob Zuma foi desqualificado para concorrer às eleições gerais do país em Maio .

A Comissão Eleitoral Independente (IEC) disse na quinta-feira que ele foi um dos oito candidatos que enfrentaram objeções oficiais.

"No caso do ex-presidente Zuma, sim, recebemos uma objecção, que foi mantida", disse o presidente da IEC, Mosotho Moepya, numa conferência de imprensa.

O IEC o desqualificou devido à sua condenação e prisão em 2021 por desacato ao tribunal.

Aumento das tensões no período que antecede as eleições

Zuma, que liderou o país de 2009 a 2018 até à sua destituição no meio de amplas alegações de corrupção , separou-se do governante Congresso Nacional Africano em Dezembro e lidera agora o recém-formado Partido uMkhonto weSizwe (MK).

O porta-voz do MK, Nhlamulo Ndlhela, disse à agência de notícias AFP que o partido "é claro que irá recorrer" da decisão da IEC.

Alguns dos líderes do partido já ameaçaram com violência caso Zuma fosse impedido de concorrer às eleições.

Separadamente, o ANC lançou um recurso legal contra o partido de Zuma, contestando a utilização do nome e da marca registada da organização dissolvida.

O partido MK tem o nome da antiga ala militar do ANC, que foi dissolvida no final do apartheid.

Partido MK ainda pode concorrer na votação

A decisão da IEC não impede o partido MK de participar na votação de 29 de maio.

Espera-se que seja a votação mais competitiva desde o advento da democracia na África do Sul em 1994.

De acordo com sondagens recentes, o ANC poderá cair abaixo dos 50% dos votos nacionais pela primeira vez desde que assumiu o poder.

A popularidade de Zuma ajudou o Partido MK a ganhar força antes das próximas eleições, especialmente na sua província natal, KwaZulu-Natal.

⛲ Dw

quinta-feira, 28 de março de 2024

Rússia lança 28 drones e mísseis contra a Ucrânia

 


A Rússia lançou 28 drones e quatro mísseis contra a Ucrânia nas últimas 24 horas, numa tentativa de destruir a infraestrutura energética no sul do país, especialmente em Odessa.

As forças russas lançaram três mísseis de cruzeiro Kh-22 e um míssil antirradar Kh-31P do Mar Negro e um míssil guiado S-300 de Donetsk, além de 28 ‘drones’ suicidas iranianos Shahed da região fronteiriça de Kursk e da Crimeia, de acordo com a força aérea ucraniana.

Segundo o comandante da força aérea da Ucrânia, tenente-general Mikola Oleschuk, citado pelo Notícias ao Minuto, as defesas antiaéreas destruíram 26 ‘drones’ sobre as regiões de Odessa (sul), Kharkiv (leste), Dnipropetrovsk (centro) e Zaporijia (sul).

O chefe da administração militar ucraniana em Odessa, Oleg Kiper, afirmou na rede social Telegram que a Rússia lançou mísseis Kh-22 em direção ao sul durante a noite de quarta-feira e posteriormente um míssil anti-radar na mesma direcção, mas ambos tenham sido abatidos sobre o mar.

Posteriormente, os russos atacaram a região de Odessa com ‘drones’ suicidas. Dois desses foram interceptados pelas forças de defesa aérea ucranianas.

Hoje, pela manhã, os russos lançaram novamente um ataque com mísseis.

Segundo a porta-voz do comando sul ucraniano, Natalia Gumeniuk, a Rússia tentou atacar a infra-estrutura energética.

Tribunal recua e suspende as decisões tomadas a favor de Venâncio Mondlane

 


O Juiz do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo decidiu, esta quinta-feira, anular a providência cautelar que determina a suspensão das ações tomadas pela direção do partido Renamo após 17 de janeiro de 2024.

Duas semanas depois da deliberação da décima primeira Secção Cível do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo a favor do Venâncio Mondlane, que acusava Ossufo Momade de tomar decisões fora do mandato presidencial no partido, o juiz decidiu não manter o despacho da providência cautelar e suspendeu a sua decisão.

De acordo com um despacho datado de 22 de março de 2024, que O País teve acesso, a decisão deve-se a novas constatações provenientes da análise dos factos, que configura que as decisões são estruturantes, ou da alçada de quem estiver na direção do partido de o tomar.

“ Não mantenho o decretamento da providência cautelar não especificada, com o fundamento de que todos actos estruturantes praticados pelo requerido foram no decurso do mandato dos órgãos eleitos e os outros membros serem chefes de departamentos não eleitos em conferência provincial, como membros da Comissão Política Provincial do Partido Renamo, lê-se no documento.

A defesa de Venâncio Mondlane já reagiu à decisão e promete recorrer da leitura ao referido despacho, e afirma que “o Tribunal não valorizou o depoimento das testemunhas quer do Requerente quer do Requerido”. acrescentando que, “as testemunhas de ambas partes confirmaram que depois do dia 17 foram destituídos muitos membros do Partido que não se alinhavam com o actual Presidente do Partido” escreve Elvino Dias, na sua rede social.

Entretanto, na entrevista que deu ao jornal O País Notícias na noite de quarta-feira, o porta-voz do partido José Manteigas afirmou que os processos movidos por Mondlane, não foram suficientes para estremecer a hegemonia da perdiz.

“Assunto Venâncio para nós não é assunto, nós estamos focados na preparação do conselho nacional, congresso e eleições gerais a portas”, vincou Manteigas que de seguida advertiu. “ Não se procura legitimidade no partido nos corredores dos tribunais, isso é errado, isso é errado” enfatizou.

O congresso da Renamo está marcado para 15 e 16 de Maio próximo.

⛲ O país 

Beira: Inaugurada a 1ª Praça da Saúde em Moçambique

 


Foi inaugurada nesta quinta-feira (28.03), na cidade da Beira, capital Provincial de Sofala, a primeira Praça da Saúde em Moçambique. Na ocasião, o Bastonário da Ordem dos Médicos (OEM) afirmou que os munícipes da Beira são os únicos que souberam escolher um Edil, que vai de acordo com os seus anseios, por isso "estão de parabéns".

Gilberto Manhiça falava na inauguração da Praça da Saúde, evento que coincidiu com o Dia dos Médicos, cujas cerimónias centrais tiveram lugar na Cidade da Beira

A Praça da Saúde foi construída com fundos do Conselho Municipal da Beira e é uma infraestrutura moderna única no País, tendo suscitado ciúmes ao Governo do dia, cujas figuras de proa política da província de Sofala não se fizeram presentes no acto da inauguração.

O Edil da Beira, Albano Carige disse que a construção da Praça foi mais um sonho concretizado de tantos outros que tem para com os Beirenses. “Um dia enquanto dormia, sonhei com a Praça e quando acordei senti que era apenas sonho, mas levei o sonho e transformei em realidade e estou feliz porque satisfiz a preocupação dos heróis da bata branca”, sublinhou Albano Carige.

Milton Ratilal, Presidente da Associação dos Médicos de Moçambique (AMM) afirmou na ocasião que a Praça alivia o sofrimento que a classe passa.

A marcha em celebração do Dia do Médico, ocorreu pelas artérias da Cidade da Beira, com os membros da classe que reclamam de abandono e clamam por melhores condições de trabalho. (Pedro Tawanda, na Cidade da Beira)

⛲ INTEGRITY 

Governo concede tolerância de ponto pela Sexta-Feira Santa

 


A ministra do Trabalho e Segurança Social, Margarida Talapa, concede tolerância de ponto a todos os trabalhadores, funcionários públicos, e aos cidadãos de todo o país, que professam a religião cristã, no dia 29 de Março (todo o dia), por ocasião da Sexta-Feira Santa.

Um comunicado indica que a tolerância de ponto não abrange os trabalhadores cuja natureza da sua actividade não permite interrupção no interesse público.

CINQUENTA MINEIROS MOÇAMBICANOS ESCALAM O PAÍS POR VIA AÉREA NA PÁSCOA

Pelo menos 50 mineiros moçambicanos seguem, esta manhã, para o país por via aérea, no âmbito da iniciativa governamental de flexibilizar as viagens neste período da Páscoa.

O voo da companhia de bandeira parte do Aeroporto privado de Lanseria, a nordeste de Joanesburgo, às 11 horas, devendo aterrar, uma hora depois, no Aeroporto Filipe Jacinto Nyusi, em Chongoene, na província de Gaza.

O voo de regresso está marcado para a próxima segunda-feira.

O administrador comercial da empresa Aeroportos de Moçambique, Saíde Júnior, sublinhou que, para além de flexibilizar a viagem de mineiros, neste período da páscoa, a disponibilização deste voo visa rentabilizar a infra-estrutura aeroportuária de Chongoene e a companhia de bandeira.

Saíde Júnior assegurou que a Associação dos Transportadores da província de Gaza vai criar condições para transportar os mineiros do Aeroporto Filipe Jacinto Nyusi para os diversos destinos. Esta era, aliás, a grande preocupação dos mineiros, apresentada em Fevereiro aquando do lançamento da iniciativa.

Saíde Júnior acrescentou que continua em carteira o estabelecimento de uma rota definitiva e permanente no percurso Joanesburgo-Chongoene para facilitar a movimentação de mineiros em qualquer período do ano.

Sistema de baixa pressão em Madagáscar evoluiu para tempestade tropical severa



O novo sistema de baixa pressão que se formou a nordeste da Ilha de Madagáscar, na bacia do sudoeste do Oceano Índico, evoluiu para o estágio de tempestade tropical severa e foi-lhe atribuído o nome de Gamane.

A tempestade tropical severa Gamane, que ainda se localiza a nordeste de Madagáscar, move-se para o sul da bacia e tem potencial para evoluir para o estágio de ciclone tropical nas próximas horas.

Um comunicado do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) indica que a sua interacção com a zona de convergência intertropical continua a influenciar o estado do tempo, com chuvas moderadas localmente fortes nas zonas Centro e Norte do país.

O INAM continua a monitorizar a evolução do sistema e apela à população para que continue a acompanhar a informação meteorológica e os avisos difundidos pelas autoridades nacionais competentes.

Generais criticam detratores de Ossufo Momade

 


Generais da RENAMO em Moçambique chamaram a imprensa nesta quarta-feira para criticar alguns membros que não apoiam o presidente do partido, Ossufo Momade.

Os generais da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) entendem que Ossufo Momade está a ter um "bom desempenho" como líder do maior partido da oposição, destacando algumas vitórias nas autárquicas de 2023 e o sucesso do processo de desmilitarização, desmobilização e reintegração, DDR. Referem que os que se opõem a sua liderança não estão a traduzir a linha política do partido e nem a visão do seu líder.

Um dos acusados é o general Thimos Maquinze, muito crítico a Ossufo Momade, que há seis dias chegou mesmo a afirmar que ninguém o quer na liderança do partido: "nenhum desmobilizado quer Ossufo - nem população, nem os membros", afirmou. "Se Ossufo continuar na liderança a RENAMO vai perder e muito. Os votos que vai arrecadar vão colocar esse partido em terceiro lugar e MDM número dois", acrescentou.

"Merece ser presidente"

Entretanto, em nome dos generais da RENAMO, Arlindo Maquival explicou que Ossufo Momade merece ser presidente do partido pelos feitos conquistados desde a sua eleição em 2019.

"O DDR é uma conquista, apesar das dificuldades que têm existido e é fruto do empenho do presidente Ossufo Momade. A vitória nas eleições autárquicas de 2023, com a conquista de 22 municípios, é uma prova inequívoca da boa liderança do general Ossufo Momade", explicou.

Maquival refere ainda que o general Thimo Maquinze tem estado a receber apoio do líder da RENAMO para cuidar do seu problema de saúde, bem como um subsidio mensal do partido. "Por isso nós os generais perguntamos a ele qual é o apoio que o nosso general Ossufo Momade deve dar tomando em conta que a RENAMO tem muitos combatentes e nem todos beneficiam de uma assistência igual."

Agitação e intrigas

Os generais acusam Thimos Maquinze de estar a cumprir agendas estranhas ao partido para promover agitação e intrigas dentro do partido. "Convidamos a família RENAMO a estar focada na preparação da sessão do Conselho Nacional, do congresso e das eleições de 9 de outubro", disse Maquival.

"As falsas declarações do general Maquinze encarnam sentimentos de intriga, tribalismo e servilismo à agenda contraria da RENAMO o que contraria os ideiais de André Matsangaissa e Afonso Dlhakama", acrescentou.

A RENAMO realiza o seu congresso nos dias 15 e 16 de maio, num entendimento que teve que passar pelos tribunais. É que algumas vozes do partido reivindicavam a marcação do congresso para eleger um novo líder, e entendiam que Ossufo Momade pretendia permanecer na liderança ilegalente.

⛲ Dw

Igreja Anglicana revela que Dom Matsinhe será Bispo reformado a partir de Julho

 


Dom Carlos Simão Matsinhe está a gozar os últimos dias como Bispo da Diocese dos Libombos e líder da Igreja Anglicana de Moçambique e Angola (IAMA). Aquela congregação religiosa revelou que o actual presidente da Comissão de Eleições (CNE) passa a ostentar o estatuto de reformado a partir do dia 14 de Julho do corrente ano.

Em Novembro de 2023, os bispos da Igreja Anglicana em Moçambique e Angola (IAMA) convocaram uma reunião da Comissão Permanente da 23ª Sessão do Sínodo Diocesano para discutir a resignação imediata de Dom Carlos Matsinhe. Contudo, a reunião foi adiada para uma data ainda por anunciar.

Através do comunicado que o Evidências teve acesso, a IAMA revelou que marcou para o dia 14 de Julho do corrente ano o evento que, por sinal, marcará o fim da liderança eclesiástica de Dom Carlos Matsinhe.

“Assim sendo, está marcado para o dia 14 de julho de 2024 a celebração de uma Missa de Acção de Graças a Deus, pelos 45 anos do ministério ordenado ao serviço de Deus, acto público que assinalará o fim do exercício das funções de liderança eclesiástica do referido prelado”, lê-se no comunicado dos os bispos da Igreja Anglicana em Moçambique e Angola (IAMA).

No mês documento, aquela congregação religiosa clarifica que o “homem de Deus à política” vai, finalmente, para a reforma.

“Servimo-nos deste meio para vos comunicar que Dom Carlos Simão Matsinhe, actual Bispo da Diocese dos Libombos e Primaz da Igreja Anglicana de Moçambique e Angola (IAMA), irá, em breve, nos termos legais, reformar”.

Refira-se que IAMA aponta, por outro lado, “o local e a hora da referida celebração, serão anunciados oportunamente”.

⛲ Evidências

Waty diz que a segurança em Cabo Delgado é garantida pelas tropas amigas

 


O membro da Comissão Política da Frelimo, Teodoro Waty, defende que não é necessário ser militante do partido no poder para saber que a segurança na província de Cabo Delgado é garantida pelas forças da SADC e pelas forças de Kigali. Relativamente a demora histórica no anúncio dos pré – candidatos, Waty instou a Comissão Política para não testar os corações dos camaradas.  

A chegada das tropas estrangeiras, sobretudo as ruandesas, de acordos com os partidos da oposição, Renamo e MDM, colocou em casa a soberania nacional.

No entender do proeminente membro da Frelimo, Teodoro Waty, por sinal membro da Comissão Política, não há dúvidas de que, actualmente, são as forças amigas que garantem a segurança na província de Cabo Delgado.

“Cabo Delgado, durante muito tempo, foi assunto tabu. Poucos deviam mostrar saber que em algumas porções do território não se exercia a soberania do Estado por muitas horas, dias ou mesmo semanas. O tabu continua. Não é necessário ser membro da Frelimo para saber que a segurança de Cabo Delgado é garantida pelas forças da SADC e pelas forças de Kigali. Louvamos a cooperação, mesmo sem saber em que condições ela é feita, em termos de objectivos e prazos. Mas isso deve-se facto de não devermos saber”, disse Waty numa entrevista concedida ao Canal de Moçambique.

Ao contrário do que aconteceu com Armando Guebuza e Filipe, que foram anunciados como candidatos quando faltavam largos meses para a realização das eleições gerais, o próximo candidato da Frelimo terá pouco para percorrer o país. Esta situação levanta questionamento no seio do partido e na sociedade civil.

Perante ao actual cenário, o destemido Teodoro Waty insta a Comissão Política para não testar os corações dos camaradas.

“Apenas pedir a comissão política que não teste os Corações de muitos membros sequiosos de novidades, uns porque são candidatos, que não precisam de mordiscar, outros porque apoiam uns são candidatos, outros porque precisam mudar as agulhas”, atirou.

Nas entrelinhas, o proeminente membro da Frelimo mostrou que não alinha com a teoria de que Filipe Nyusi tem receio que o próximo inquilino da Ponta Vermelha lhe sirva o mesmo cálice que terá servido a Armando Guebuza.

⛲ Evidências 

Artistas promovem cultura moçambicana no E-Swatini

 


Artistas moçambicanos promovem a cultura nacional além fronteiras na terceira edição do “Festival Makoti”. Trata-se de um evento a decorrer no dia 27 de Abril, no reino E-Swatine. Estarão em palco os artistas Tchakaze (cantora), grupo Tufo da Mafalala a estilista Mabenna.

Tchakaze, uma artista enérgica que espanta “demônios” em palco, prometeu levar ao rubro os espectadores daquele país ao ritmo da marrabenta e outros estilos locais e, claro com mensagens que visam dar “stop” à violência e fim dos casamentos prematuros.

“Participar do Festival Makoti vai ser um prazer enorme. Vou carregar comigo ritmos tradicionais moçambicanos, para além das mensagens que já falam e são contra qualquer tipo de violência, casamentos prematuros (…) então esperem muita energia ” prometeu.

Por seu turno, um dos emblemáticos grupos de canto e danço no país e, veterano quando o assunto é levantar bandeira na diáspora, garante dar o seu máximo e levar o público ao delírio. “Nós somos velhas mas quando o assunto é dança, somos boas dançarinas” disse o representante do grupo. Para Rainha Saquina, integrante do grupo, promete tornar o evento memorável e representar como deve ser a bandeira nacional, em especial a província de Nampula.

No entanto, para a delegação moçambicana, fazer se presente no festival que celebra a mulher e o mosaico cultural africano, precisa ainda de apoio logístico. “Que o governo moçambicano apoie pelo menos a nossa delegação que é composta por cerca de 30 moçambicanos, então, gostaríamos de ter um apoio do governo pelo menos ao nível de transporte até à fronteira outra parte será feita pelo país do evento”. Destacou Féling capela.

⛲ Evidências 

CEO da Tropigalia foi solto e já está em casa: empresa distancia-se dele

 


Adolfo Manuel da Silva Correia (CEO da Tropigalia), de 60 anos de idade, de nacionalidade portuguesa, já está em casa. Ele foi solto na segunda-feira, depois de ter estado encarcerado no Estabelecimento Penitenciário Preventivo da cidade de Maputo, a antiga Cadeia Civil. Sua soltura foi garantida à “Carta” por uma fonte próxima da família. Adolfo Correia esta em casa, a descansar, disse a fonte, revelando o “abalo” familiar depois da sua detenção.

O advogado de Adolfo Correia, o conhecido causídico Eduardo Jorge, com quem estamos a tentar estabelecer conversa, não atendeu às nossas chamadas. Correia foi detido na sexta-feira, por iniciativa da Procuradoria-Geral da República. Dados não confirmados oficialmente referem-se a mandados de captura, alegadamente emitidos por um juiz de instrução, contra três indivíduos, nomeadamente o CEO da Tropigalia e dois outros indivíduos. Pesa sobre os mesmos a acusação de associação e crimes.

Ontem, a Tropigalia, uma sociedade anónima, emitiu um comunicado, informando os accionistas e o público, que “as recentes acusações veiculadas por alguns meios de comunicação social contra o seu PCA, Adolfo Correia, não estão, de forma alguma, relacionadas com as actividades da Tropigalia, por um lado, nem, por outro, relacionadas com o exercício de funções de PCA da Tropigalia, cargo ocupado pelo Adolfo Correia.”

A empresa frisa mesmo que “as acusações veiculadas por tais meios de comunicação social, falsa e levianamente conectadas à Tropigalia, são na verdade referentes à actuação do Senhor Adolfo Correia individualmente, em nada relacionadas com a Tropigalia, nem interferem com a capacidade da actual administração em prosseguir com normalidade as operações da Tropigalia.

A Tropigalia está actualmente em fase de expansão, tendo iniciado em 2021 a construção de um novo centro de distribuição que permitirá alavancar a sua estratégia de crescimento e optimizar a sua capacidade logística. Eventualmente, Adolfo Correia estaria directamente ligado à captação de âmbito. E foi nesse âmbito que ele se envolveu com um homem de nacionalidade turca.

⛲ CATMOZ 

PRM promete vingar-se do ataque mortífero em Quirimba

 

CABO delgado

O Comandante-Geral da PRM, Bernardino Rafael, promete vingar o ataque terrorista em Quirimba, ocorrido a dois de Março, durante o qual a corporação sofreu algumas baixas, incluindo dois comandantes, um Distrital e outro de companhia. Bernardino Rafael falava esta terça-feira (26) no cemitério municipal da cidade de Pemba, em Cabo Delgado.

Ele disse que a PRM fará tudo para se vingar, perseguindo os terroristas até às últimas consequências, ao mesmo tempo que reiterou que o terrorismo será vencido.

Numa mensagem de sentimento pela perda de vida dos membros da Polícia, Bernardino Rafael disse que não só foram as famílias que perderam, como também o Estado que tanto investiu na formação. Refira-se que, no passado dia 2 de Março, um grande número de terroristas lançou um ataque contra a sede do distrito de Quissanga e a ilha Quirimba no distrito do Ibo, tendo como principais alvos as FDS.

"Carta" apurou que, no total, as FDS sofreram sete baixas. Há duas semanas, os meios de propaganda do Estado Islâmico (EI) reivindicaram a morte daqueles agentes.

⛲ Cartamoz 

“assalto” chinês ao gás natural de Moçambique vem aí



O Conselho de Ministros reunido na nona sessão ordinária aprovou cinco decretos que aprovam os Termos do Contrato de Concessão de Pesquisa e Produção de Petróleo à empresa chinesa CNOOC Hong Kong Holding Ltd e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, (ENH), na qualidade de concessionárias. A ENH é uma empresa pública, braço do Estado no negócio de hidrocarbonetos.

Trata-se dos decretos que aprovam os Termos do Contrato de Concessão de Pesquisa e Produção de Petróleo, para as áreas Offshore Save, S6-A; Offshore Save, S6-B, Offshore Angoche A6-G, Offshore Angoche, A6-D e Offshore Angoche A6-E.

As empresas chinesas têm vindo a ganhar espaço na exploração dos recursos naturais em Moçambique, muitas vezes sem o benefício das comunidades afectadas e da economia do país, em última análise, mesmo com o conhecimento dos decisores políticos. Aconteceu nas florestas, no mar e, como se o negócio já não desse lucro nessas áreas, agora o foco está na exploração do gás natural.

Na reunião, o Executivo aprovou a Resolução que ratifica o Acordo de Financiamento do Compacto II para Moçambique, assinado a 21 de Setembro de 2023, em Washington D.C., Estados Unidos da América, no montante de 500 milhões de USD.

O Governo aprovou também o Decreto que aprova o Regulamento sobre a Gestão de Fertilizantes e revoga o Decreto n.º 11/2023, de 10 de Abril. O Regulamento estabelece o regime jurídico para a gestão de fertilizantes que circulam no país, observando os princípios de protecção da saúde pública, animal e meio ambiente. O instrumento aplica-se ao registo, produção, embalagem, reembalagem, armazenamento, rotulagem, exposição, distribuição, manuseamento, doação, comercialização, importação, exportação, transporte, trânsito, publicidade, uso e eliminação de todos os fertilizantes, por pessoas singulares ou colectivas.

Segundo o comunicado do Secretariado do Conselho de Ministros, o Executivo aprovou igualmente o Decreto que aprova o Regulamento de Actividades de Fiscalização e Inspecção Geral de Saúde. O Regulamento estabelece regras, princípios e procedimentos específicos.

Ainda na mesma Sessão, o Conselho de Ministros apreciou as informações sobre a situação da Época Chuvosa e Ciclónica 2023/2024, com enfoque para os impactos registados em resultado dos fenómenos naturais e antropogénicos ocorridos.

Apreciou igualmente a situação epidemiológica da Cólera e Conjuntivite Hemorrágica e as medidas de prevenção e controlo, o Relatório de Petições, Queixas e Reclamações Tramitadas na Administração Pública, no II Semestre de 2023 e aprovação da Resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a situação na Faixa de Gaza.

⛲ Cartamoz 

quarta-feira, 27 de março de 2024

Taxa de juros de referência cai de 16,50 para 15,75%

 


O custo do dinheiro para os bancos comerciais, ou seja, a taxa de juro MIMO, reduziu de 16,50% para 15,75%. Tal abre espaço para que as instituições financeiras emprestem dinheiro às famílias, empresas e ao Estado a taxas de juro mais baixas.

Com este marco, o sonho do Banco de Moçambique de reduzir a taxa de juro de política monetária para menos de 10%, em 36 meses, já começou a ser realizado.

Pela segunda vez consecutiva, em dois meses, o Comité de Política Monetária do Banco Central cortou o custo de dinheiro para os bancos.

“Esta decisão é sustentada pela consolidação das perspectivas de inflação em um dígito no médio prazo, num contexto em que a avaliação dos riscos e das incertezas associadas ás projecções continuam favoráveis”, anunciou Rogério Zandamela.

O corte da taxa abre espaço para os bancos comerciais se financiarem a custos mais baixos, ou melhor, concederem créditos mais baratos às famílias, empresas e ao Estado.

O custo de vida é sim um dos factores que contribuiu favoravelmente para a redução, mas há um outro que continua de alto risco, a dívida pública interna.

“A pressão sobre o endividamento público interno mantém-se elevada. O endividamento público interno, excluindo os contratos de mútuo e de locação e as responsabilidades em mora, situa-se em 344,0 mil milhões de Meticais, o que representa um aumento de 31,7 mil milhões em relação a Dezembro de 2023”, alertou o governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela.

Para o governador do banco central, é normal que o Estado contraia dívidas dentro do país, mas a forma como esse dinheiro é usado é que preocupa.

“Você pode se endividar e o dinheiro é investido em infra-estruturas, melhores capacidades e transformação da economia, isso é uma boa notícia, porque a dívida de hoje vai ser paga amanhã, agora, quando estamos a endividar-nos porque estamos a consumir, ou porque estamos a pagar salários e despesas correntes, aí já vira um outro ciclo”, explicou, ontem, Rogério Zandamela.

No que toca aos apagões frequentes registados no sistema financeiro, ligados a pagamentos e à carteira móvel, Rogério Zandamela culpa os bancos comerciais.

“As instituições atrasam ajustar os seus sistemas à nova plataforma e isso cria problemas. Eu já disse às instituições que têm que trabalhar porque atrasaram  ou porque acreditaram que não iria acontecer, não sei porquê”, referiu o governador.

Outro assunto que mereceu comentário foi o acordo extrajudicial com o banco Credit Suisse, através do qual o Estado passou a não ter de pagar parte da dívida de 622 milhões de dólares da ProIndicus. Zandamela não vê problemas no acordo.

“A dívida foi perdoada, mas nesse processo eles não eram os únicos credores, havia outros pequenos que exigiam pagamentos em dinheiro. Uma parte, usamos as nossas reservas para pagar esses pequenos credores, por parte de um acordo que tivemos”, explicou Rogério Zandamela.

No encontro que visava partilhar resultados da reunião do Comité de Política Monetária, o governador do banco central recusou-se a falar das recentes sanções a bancos comerciais, com destaque para o BCI e seus administradores.

Profissionais de saúde suspendem retoma da greve por 30 dias

 


Os profissionais de saúde decidiram suspender a retoma da greve por 30 dias a partir desta quarta-feira. A classe justifica a medida com o alcance de alguns consensos com o Governo.

Estava prevista para esta quinta-feira a retoma da greve dos profissionais de saúde, mas estes decidiram suspendê-la por 30 dias.

Falando numa conferência de imprensa, esta quarta-feira, a Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique diz que a suspensão é mediante algumas promessas feitas pelo Governo.

“Logo ao início do diálogo com o Governo, a Associação dos Profissionais de Saúde e Solidários de Moçambique (APSUSM) teve conhecimento documental de que, neste momento, o Governo adquiriu 400 ambulâncias para todo o país, um ganho para os moçambicanos, não só para os profissionais de saúde; incremento na importação de medicamentos e artigos médicos (luvas, seringas, aventais, máscaras etc). O enquadramento do regime geral esta palpável e foi igualmente provado o início de conversações com parceiros de cooperação para o apoio ao Orçamento do Estado para o enquadramento geral do pessoal do regime, explicou Anselmo Muchave, porta-voz da APSUSM.

Quanto às exigências dos subsídios e horas extras, os profissionais confirmam o pagamento a 60 mil profissionais faltando apenas cinco mil.

“O pagamento de horas extras já existe. Segundo os documentos que o Governo mostrou, serão pagas todas as horas extras até possivelmente finais do mês de Abril”, avançou.

Os profissionais de saúde denunciaram ainda a falta de medicamentos nas unidades sanitárias, um problema que pode ser ultrapassado brevemente, segundo a lista de documentos apresentados à associação.

⛲: O país