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quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Moçambique e Malawi assinam acordos sobre comércio e recursos minerais


Protocolos de cooperação rubricados Ontem em Malawi abriram uma nova página em novas áreas de cooperação entre os dois países. Filipe Nyusi diz que os novos projectos em implementação, com destaque para área da energia, são uma forma de apoiar o Malawi e trazer ganhos para Moçambique.

Moçambique e Malawi vão cooperar nas áreas de comércio e recursos minerais e pretendem instalar uma fronteira de paragem única entre os dois países. As pretensões foram formalizadas hoje pelas mãos da ministra moçambicana dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, e do ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional da República do Malawi, Eisenhower Mkaka.

Após a assinatura dos protocolos de cooperação, seguiu-se a uma sessão de conversações entre as delegações dos dois países vizinhos, lideradas pelos respectivos Chefes de Estado, Filipe Nyusi e Lazarus Chakwera. Os dois Presidentes deverão partilhar amanhã  mais detalhes sobre o conteúdo dos acordos rubricados durante numa declaração conjunta à imprensa, na capital Lilongwe, acto que vai marcar o fim da visita de Estado de três dias ao Malawi.

MOÇAMBIQUE DISPOSTO A CONSTRUIR LINHA FÉRREA EM MALAWI

No banquete oferecido à delegação moçambicana pelo anfitrião Malawi, o Presidente da República fez o ponto de situação sobre dois projectos importantes que os dois países acordaram implementar. O primeiro tem a ver com a construção de uma linha férrea que ligue Moçambique e Malawi e que facilite o escoamento de mercadoria dos portos nacionais para este país e para outras nações do interland.

Lembre-se que, à semelhança de outros países da região, o Malawi não tem acesso ao mar, portanto depende de Moçambique para fazer importações e exportações. Durante anos, o país tentou convencer Moçambique a aceitar a navegação do Rio Chiri, que separa as províncias de Tete e Zambézia. Mas, a pretensão nunca se converteu em resultados. Uma linha férrea é o novo caminho do país.

“Como resultado da vossa primeira deslocação a Moçambique, senhor Presidente (Chakwera), no dia 06 de Outubro de 2020, no distrito de Songo, província de Tete, acordamos sobre a reconstrução da linha férrea de Sena-Vila Nova, na fronteira de Nsange”, introduziu o Estadista moçambicano para a seguir anunciar que “do lado de Moçambique, a linha já está na sua fase final e apreciamos o facto de o Presidente Chakwera ter colocado, no programa, a visita conjunta a estes dois empreendimentos, que já estão na fronteira e, da parte moçambicana, já estão prontas para prosseguir à construção até onde os malawianos quiserem”, disse o Chefe de Estado, assegurando que acredita que esse sonho se pode concretizar no presente mandato de Lazarus Chakwera.

Outro projecto importante para os dois países é a interconexão de electricidade entre Moçambique e Malawi. “Orgulha-nos, igualmente, anunciar que as obras dessa linha de energia arrancam em Março do próximo ano. O povo malawiano, em 2023, poderá ver melhorada a sua situação de energia neste país, porque este projecto terá a sua conclusão”, adiantou.

Confiança é a palavra de ordem nesta nova era da cooperação Moçambique-Malawi, dois países que já viveram em desconfianças durante a guerra dos 16 anos. Uma vizinhança também beliscada por questões económicas, concretamente a intenção gorada de Malawi de ter acesso ao mar através do Rio Chiri.

“Eu não posso desconfiar do Malawi e Malawi não pode desconfiar de Moçambique ou Tanzânia, nem Botswana. Se trabalharmos em confiança, vamos avançar” terminou.

A visita de Filipe Nyusi a Malawi termina Hoje


Fonte: O país

sábado, 20 de novembro de 2021

Presidente da Guiné-Bissau exonera Procurador-Geral da República

 


O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, exonerou neste sábado (20.11) o Procurador-Geral da República, Fernando Gomes, segundo um decreto presidencial.

Segundo um decreto presidencial publicado, a que a DW África teve acesso, o Presidente da Guiné-Bissau exonerou o Procurador-Geral da República, Fernando Gomes.

Para o seu lugar, Umaro Sissoco Embaló nomeou Bacari Biai, que já desempenhou no passado as funções do Procurador-Geral.

Jurista, Fernando Gomes havia sido nomeado para o cargo em 2020 por Umaro Sissoco Embaló, na sequência do pedido de demissão apresentado por Ladislau Embassa, anterior titular do cargo, nomeado pelo ex-Presidente José Mário Vaz.

Gomes já foi alvo de várias acusações, como mexer em processos e perseguições políticas, nomeadamente a dirigentes do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). O ex-presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos também foi acusado de desvio de fundos.

Neste sábado, segundo a agência de notícias Lusa, Fernando Gomes terá dito que pediu a demissão do cargo alegando razões pessoais.

 "Vim apresentar ao Presidente da República o meu pedido de exoneração do cargo de procurador-geral da República por motivos pessoais. Tive todo o apoio do chefe de Estado, mas por razões pessoais entendi que devia pedir para ser exonerado do cargo", afirmou Fernando Gomes, segundo a Lusa.

Diversos partidos políticos guineenses de oposição têm vindo a pedir a demissão de Fernando Gomes, cujo trabalho também é criticado pela sociedade civil e organizações defensoras dos direitos humanos.

Entretanto, de acordo com um segundo decreto presidencial divulgado à imprensa hoje, Fernando Gomes foi nomeado pelo chefe de Estado para o cargo de conselheiro especial do Presidente da República.

Kyle Rittenhouse: Biden 'zangado' após adolescente ser inocentado de tiroteios

 

Americanos reagem à absolvição total de Kyle Rittenhouse

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que está "zangado" depois que um adolescente que matou dois homens a tiros durante um conflito racial no ano passado em Wisconsin foi inocentado.

O presidente expressou consternação com o veredicto em um comunicado por escrito, depois de dizer a repórteres que apoiava a decisão do júri.

Kyle Rittenhouse, 18, soluçou ao ser absolvido de todas as acusações pelo tiroteio em Kenosha em 25 de agosto de 2020.

Houve protestos discretos sobre o resultado de um julgamento que dividiu os EUA.

Rittenhouse quase desmaiou de alívio ao saber seu destino na sexta-feira com um júri de sete mulheres e cinco homens, após três dias e meio de deliberações. Sua mãe, Wendy, também chorou.

O ex-cadete jovem da polícia foi inocentado de duas acusações de homicídio doloso, uma de tentativa de homicídio e duas de colocar a segurança de forma imprudente em risco.

O Sr. Rittenhouse reconheceu atirar fatalmente em Joseph Rosenbaum, 36, e Anthony Huber, 26, e ferir Gaige Grosskreutz, 28, mas afirmou que fez isso em legítima defesa.

O réu e os homens que ele atirou eram todos brancos, mas a questão da raça pairava sobre o caso porque o tiroteio aconteceu durante uma desordem civil por causa da brutalidade policial percebida.

Durante a campanha eleitoral do ano passado, Biden tuitou um vídeo que parecia vincular Rittenhouse, sem qualquer evidência, aos supremacistas brancos.

Na sexta-feira, do lado de fora da Casa Branca, um repórter perguntou ao presidente democrata se ele mantinha seus comentários anteriores sobre o adolescente.

O Sr. Biden respondeu: "Eu mantenho o que o júri concluiu. O sistema do júri funciona e temos que obedecê-lo."

Posteriormente, ele divulgou um comunicado dizendo: "Embora o veredicto de Kenosha deixe muitos americanos zangados e preocupados, eu inclusive, devemos reconhecer que o júri falou."

O que aconteceu em Kenosha?

Rittenhouse, então com 17 anos, apareceu em Kenosha após a cidade ter sido convulsionada por duas noites de tumultos, saques e incêndios criminosos quando a polícia atirou sete vezes nas costas de um homem negro, Jacob Blake, em 23 de agosto de 2020, sete vezes em 23 de agosto de 2020, deixando-o paralisado.

A defesa apresentou seu cliente como um adolescente de espírito cívico que fora para a cidade do meio-oeste dos Estados Unidos para proteger a propriedade privada e só atirou nos homens porque temia por sua vida.

A promotoria descreveu o Sr. Rittenhouse como um vigilante imprudente e os homens que ele atirou como heróis tentando desarmar alguém que eles pensavam ser um "atirador ativo".

O julgamento ouviu que Rosenbaum agiu de forma irregular naquela noite e perseguiu Rittenhouse antes de tentar pegar sua arma. O Sr. Rittenhouse atirou nele fatalmente.

O Sr. Huber foi morto depois de atingir o Sr. Rittenhouse na cabeça ou no pescoço com um skate.

Grosskreutz teve seu bíceps disparado depois de apontar sua própria arma para Rittenhouse.

Que outra reação houve?

Após o veredicto, o advogado de defesa Mark Richards disse sobre seu cliente: "Ele quer continuar com sua vida.

"Ele gostaria que nada disso nunca tivesse acontecido. Mas, como ele disse quando testemunhou, ele não começou isso."

Os pais de Huber, a segunda pessoa alvejada por Rittenhouse, disseram que ficaram "de coração partido" com o veredicto.

Karen Bloom e John Huber disseram em um comunicado: "Isso envia a mensagem inaceitável de que civis armados podem aparecer em qualquer cidade, incitar à violência e então usar o perigo que criaram para justificar atirar em pessoas nas ruas".

Para os conservadores, o Sr. Rittenhouse é um patriota heróico que afirmou seus direitos de portar armas e autodefesa contra uma multidão violenta

Nomia Iqbal, da BBC, em Kenosha, disse que um pequeno número de manifestantes se reuniu do lado de fora do tribunal, segurando cartazes que diziam "Killer Kyle" e "Sem justiça, sem paz".

Os donos de lojas locais disseram a ela que ficariam felizes quando o veredicto fosse anunciado para que a cidade pudesse seguir em frente.

O julgamento expôs as divisões políticas, com muitos democratas condenando o veredicto, enquanto os republicanos disseram que a justiça havia sido feita, com alguns até oferecendo-lhe estágios.

Após o veredicto, o apresentador de direita da Fox News, Tucker Carlson, postou um clipe de uma entrevista exclusiva com Rittenhouse, que será transmitida na segunda-feira.

Na filmagem, o Sr. Rittenhouse descreve acordar suando frio por causa de sonhos "assustadores" que tem todas as noites sobre o que aconteceu.

União Europeia apoia forças formadas com 40 milhões de euros por missão militar

  

Uniao Europeia

O Conselho da União Europeia adotou uma medida de assistência de 40 milhões de euros a Moçambique, de apoio às unidades militares moçambicanas formadas pela missão de formação da UE em Moçambique (EUTM Moçambique). 

De acordo com um comunicado do Conselho, este apoio, concedido ao abrigo do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz, e que complementa uma anterior assistência financeira de 4 milhões de euros aprovada em julho passado para o equipamento mais urgentemente necessário, permitirá também às forças moçambicanas conduzir operações de segurança na província de Cabo Delgado, no norte do país. 

Apoios que respeitam os diretos humanos

"A medida de assistência irá, em particular, fornecer equipamento adequado e não letal para reforçar as capacidades das primeiras forças militares moçambicanas a beneficiar da formação da EUTM Moçambique. Tal inclui equipamento individual e coletivo, meios de mobilidade terrestre, ferramentas técnicas e um hospital de campanha", especifica. 

Esta instituição europeia, constituída pelos 27 Estados-membros, sublinha que "a prestação da assistência será sujeita à conformidade das unidades formadas pela EUTM das forças armadas moçambicanas com o direito internacional relevante, em particular os direitos humanos internacionais e o direito humanitário internacional, bem como com os instrumentos legais relevantes e as melhores práticas baseadas nas regras, normas e políticas internacionais e da UE na área do fornecimento de equipamento militar"

Famílias deslocadas de Cabo Delgado

"A medida de assistência cobrirá parte da duração do mandato da EUTM. Em 2021, serão fornecidos pacotes parciais de apoio às duas forças militares atualmente a serem formadas por Portugal e, a partir de 2022, três companhias militares adicionais receberão apoio", complementa o comunicado. 

Crise humanitária continua

A primeira missão militar da EU em Moçambique, dedicada a treinar tropas para enfrentar a insurgência armada em Cabo Delgado, arrancou a 3 de novembro com uma cerimónia oficial na Companhia de Fuzileiros Independente da Katembe, Maputo. 

A missão de dois anos e que deverá contar com 140 militares formadores responde ao pedido de ajuda do Governo moçambicano para preparação das suas tropas. A província norte de Cabo Delgado tem sido alvo de ataques armados, que em março levaram à suspensão de projetos de gás fulcrais para o país. 

A região enfrenta uma crise humanitária com 817 mil deslocados, segundo números do Governo, num conflito com 3.100 mortos de acordo com o projeto de registo de conflitos ACLED. O efetivo da missão não se envolverá em operações militares, contará com cerca de 140 militares divididos entre dois centros de treino, um para comandos no Campo Militar do Dongo (Chimoio, centro do país) e outro para fuzileiros na Katembe, do lado oposto à capital na baía de Maputo. 

Primeiro carro da Apple promete surpreender tudo e todos com a sua tecnologia


 

O conhecido jornalista Mak Gurman teceu algumas considerações acerca de um dos projetos mais arrojados de sempre da Apple. Citando fontes familiarizadas com o processo, esta fonte revela-nos o que esperar do primeiro carro elétrico da marca americana.

Segundo o seu mais recente relatório, o alegado Apple Car será um veículo totalmente autónomo. Significa que poderá conduzir-se a ele próprio sem qualquer intervenção humana.

Apple Car será totalmente autónomo, ou seja, sem volante ou pedais

O mais recente relatório da Bloomberg assinado por Mark Guman vem trazer a público pormenores muito relevantes acerca do Apple Car. Este texto revela-nos de que forma o veículo da tecnológica americana se destacará da sua concorrência.

Segundo o que se pode ler na peça, a Apple tinha duas opções: desenvolver um veículo com autonomia limitada (tipo Tesla) ou um totalmente independente da intervenção humana. De acordo com as fontes de Mark Gurman, a equipa liderada por Kevin Lynch concentra os seus na segunda opção.

Isto significa que o primeiro carro da Apple será o primeiro - ou uns dos primeiros - a chegar ao mercado sem volante e sem pedais. Os componentes vitais que associamos a qualquer veículo automóvel não farão parte do produto desenvolvido pela empresa de Cupertino.

A interação do condutor com o carro será feita através de um ecrã, ou seja, através do sistema de navegação e entretenimento do veículo. Os detalhes desta abordagem estão ainda por esmiuçar, o que se compreende face à fase precoce do desenvolvimento deste projeto.

Para alcançar esta proeza, a Apple terá já conseguido desenvolver o processador que ficará encarregue desta tarefa. Uma vez mais, não temos detalhes acerca deste revolucionário componente, mas terá de ser algo surpreendente para gerir todas as tarefas associadas à condução de um carro.

Apple Car será lançado em 2025

Mark Gurman aponta ainda que a hercúlea tarefa a que a Apple se terá comprometido será concluída nos próximos quatro anos. Isto remete o lançamento do Apple Car para 2025.

Até lá, os engenheiros da Apple terão muito trabalho pela frente para conseguir desenvolver o produto que aqui nos é retratado. Se a empresa americana concluir com sucesso este projeto, teremos uma viragem significativa no mercado automóvel.

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Recurso da PGR pode gerar novo rombo aos cofres do Estado

 

Manuel

   Quem paga(rá) a factura da nova batalha por Chang?  De meados de 2019 até Janeiro de 2020, PGR gastou mais de 100 milhões para salvar Chang  Teatro da BO não foi suficiente para convencer sul-africanos da seriedade do nosso judiciário  Há cepticismo em relação à eficácia da nova acção que ainda carece autorização do TC

Menos de 24 horas depois do Tribunal Superior de Gauteng ter decidido extraditar Manuel Chang para os Estados Unidos da América, a Procuradoria-Geral da República anunciou que vai recorrer da decisão e instruiu ao seu advogado no caso para solicitar a  suspensão da implementação da decisão e, simultaneamente, apresentar um pedido de acesso directo ao Tribunal Constitucional para a reapreciação da decisão. É mais um capítulo de uma novela que de 30 de Julho de 2019 até Janeiro de 2020 já havia custado aos cofres do Estado moçambicano mais de 100 milhões de meticais, só em despesas com advogados na terra do Rand, e este recurso poderá resultar em mais gastos que Moçambique tem estado a fazer para tentar salvar o ex-ministro das Finanças.


Em Agosto do ano em curso, o ministro da Justiça da África do Sul decidiu que Manuel Chang seria extraditado para Moçambique. Entretanto, um recurso tempestivo do Fórum da Monitoria do Orçamento acabou por baralhar os planos da Procuradoria-Geral da República, e, como tal, Chang, que já estava no aeroporto, perto de embarcar numa aeronave da Força Aérea de Moçambique, acabou sendo devolvido para a cadeia de Medebee, onde está detido há mais de três anos.

Na última quarta-feira, 10 de Novembro, o Tribunal Superior de Gauteng, Johanesburgo, anulou a decisão de Ronald Lamola e decidiu extraditar o antigo ministro das Finanças para os Estados Unidos da América.

Entretanto, este desfecho não agradou ao Ministério Público, que tornou público, nesta quinta-feira, 11 de Novembro, que instruiu ao seu advogado no caso para solicitar a suspensão da implementação da decisão, interpor recurso e, simultaneamente, apresentar um pedido de acesso directo ao Tribunal Constitucional para a reapreciação da decisão.

A disputa por Chang data desde Janeiro de 2019, quando, sem ter nenhum processo aberto, a Procuradoria-Geral da República solicitou a sua extradição da República da África do Sul para Moçambique, para efeitos de responsabilização criminal, cível e administrativa por infracções cometidas no País. O processo contra o ex-ministro das Finanças só foi aberto após ter sido detido na África do Sul, quando ia passar férias no Dubai com a família, enquanto nos EUA já havia um processo formado.

Desde então, várias decisões foram tomadas sobre o destino de Manuel Chang. No dia 21 de Maio de 2019, o então ministro da Justiça da República da África do Sul decidiu pela extradição de Chang para a República de Moçambique. Entretanto, o seu sucessor, o actual ministro da Justiça, por discordar daquela decisão, recorreu ao High Court of South Africa, Gauteng Division, Johannesburg, tendo, este, dado por procedente o pedido e remetido de volta ao ministro para reanálise.

Na sequência, o actual ministro da Justiça tomou, novamente, a decisão de extraditar Manuel Chang para a República de Moçambique. Inconformado com a decisão, o Fórum de Monitoria do Orçamento (FMO) recorreu daquela decisão, junto do High Court of South Africa, Gauteng Division, Johannesburg, culminando com a decisão desta-feira que autoriza a extradição de Manuel Chang para os EUA, por haver garantias de que poderá mesmo haver justiça em Moçambique.

A factura que o povo está a pagar

A decisão do Governo moçambicano, através da Procuradoria-Geral da República, de entrar na disputa com os Estados Unidos da América pela extradição, para Moçambique, do ex-ministro das Finanças, Manuel Chang, já custou muito dinheiro, fruto dos impostos dos moçambicanos.

Até Janeiro de 2020, o Governo, através da Direcção Nacional de Contabilidade Pública, por solicitação da PGR, já havia pago pelo menos 23 milhões de rands, correspondentes a mais de 100 milhões de meticais, para tentar “salvar” Manuel Chang, tido como mastermind pela justiça norte americana.

O valor é referente ao pagamento à firma “Mabunda Incorporated Attorneys At Law”, escritório sul-africano de advogados que representa a Procuradoria-Geral da República em tribunais da África do Sul no caso Chang. Este valor destinava-se ao pagamento pelo serviço de dois advogados da firma e consultores jurídicos, que chegavam a cobrar mais de seis mil rands por hora.

O contrato entre a PGR e aquela firma de advogados foi assinado em 30 de Julho de 2019, numa primeira fase para contestar os recursos apresentados pelo actual ministro da Justiça da RSA, Ronald Lamola, e pelo Fórum de Monitoria de Orçamento (FMO), que tinham solicitado ao Tribunal Supremo da RSA a revisão da decisão do antigo ministro da Justiça da África do Sul, Michael Masutha, de extraditar Manuel Chang para Moçambique. Aqui a despesa estava fixada em três milhões de rands.

No entanto, mesmo com tanto dinheiro gasto, o Tribunal Supremo anulou a decisão de extradição de Chang para Moçambique, a 1 de Novembro de 2019, levando a PGR a entrar numa nova empreitada.

Desta vez, requereu a revisão da referida decisão, o que custou 20 milhões de rands (89 milhões de meticais). O valor viria a ser solicitado à Direcção Nacional de Contabilidade Pública em ofício datado de 22 de Dezembro de 2019, tal como demonstrou na altura o Centro de Integridade Pública.

Ainda não se sabe quanto é que o Governo poderá gastar nesta nova e mais complicada fase da luta pela posse de Manuel Chang, contudo, pelo volume de trabalho, ou seja, três acções simultâneas (recorrer da decisão, suspensão da implementação da decisão e pedido de acesso directo ao Tribunal Constitucional), a factura pode ser ainda mais alta.

Um certificado de incompetência ao judiciário moçambicano?

A derradeira fase da disputa pela posse de Chang acontece numa altura em que, em Moçambique, a terceira secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo está a julgar o caso das dívidas odiosas, contudo, ouvidos 19 réus e uma dezena de declarantes, não foi possível convencer aos moçambicanos e a comunidade internacional sobre a seriedade do sector judiciário.

Desde o arranque do processo, o Tribunal e o Ministério Público têm sido acusados de estar a proteger actores políticos que tiveram papel relevante na tomada de decisão e contratação das dívidas ocultas.

O facto de aparentemente o tribunal estar a julgar peixe miúdo pode ter sido determinante para a última decisão do Tribunal Supremo de Gauteng, tendo em conta que uma das alegações do FMO é de que não havia garantias claras de que Chang seria realmente responsabilizado, uma vez chegado em Moçambique, pois não havia sequer qualquer informação de algum mandado de captura contra ele.

Recorde-se que até à data da sua detenção pela Interpol na África do Sul, quando fazia escala para Dubai, onde ia inaugurar o seu empreendimento hoteleiro e passar férias da quadra festiva, não havia nenhum processo contra Chang em Moçambique e nem sequer nenhum detido em conexão com o processo das dívidas ocultas.

As primeiras detenções e todos os passos do processo das dívidas ocultas, incluindo o julgamento em Moçambique, foram acontecendo à medida dos acontecimentos na África do Sul.

Um caminho sinuoso e complexo

A batalha pela posse de Manuel Chang pode durar mais alguns meses. Fontes abalizadas com o processo estimam que pode levar mais de seis meses, caso o Tribunal Constitucional Sul Africano autorize o recurso. Numa primeira fase, a firma que representa a PGR deve enviar um requerimento pedindo autorização para contestar a decisão.

No entanto, apesar da pretensão já manifestada, há chance de nem sequer ser dada a oportunidade de contestar, caso o Tribunal Supremo reprove o requerimento. Prevendo essa situação, a PGR já solicitou para ter acesso directo ao Tribunal Constitucional, contudo, André Thomashausen, especialista em direito internacional, considera que isso só vai atrasar o processo.

“Acho quase impossível, porque, em qualquer parte do mundo, o acesso directo ao TC, saltando por cima das instâncias normais, raramente é permitido, por muito boas razões. O TC não é um tribunal que vai considerar as circunstâncias, é um tribunal que pode julgar em última instância, após todo o processo concluído. Eles terão que concluir o processo de recurso e só depois poderão apresentar-se ao TC”, sustenta.

Detidos informantes dos terroristas em Nangade

 


Três cidadãos moçambicanos, suspeitos de serem informantes dos terroristas, foram detidos na semana finda pelos milicianos na aldeia de Litingina, no distrito de Nangade, no norte da província de Cabo Delgado.

Nativos daquela aldeia do distrito de Nangade, os indivíduos são suspeitos de terem fornecido informações aos terroristas acerca das movimentações dos milicianos e das tropas da SADC, durante os últimos ataques terroristas verificados naquele ponto do país. Lembre-se que Nangade foi palco, nas últimas semanas, de novos ataques terroristas, apesar das tropas da SADC terem desactivado algumas bases dos insurgentes e abatido alguns membros do grupo.

De acordo com as fontes, os supostos informantes dos terroristas foram encaminhados ao Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique (PRM) de Nangade para proceder com o interrogatório.f sem

Refira-se que, apesar do relativo sucesso que se verifica no combate ao terrorismo, em resultado da intervenção das tropas estrangeiras, os insurgentes continuam a espalhar terror e semear luto nos distritos de Nangade, Mueda, Macomia e Muidumbe, os mais afectados pela resistência terrorista. Sublinhar que, até ao momento, os líderes ideológico (Sheik Hassan) e militar (Bonomado Machube) dos terroristas ainda continuam em parte incerta, mas algures na província de Cabo Delgado.

Banco de Moçambique constrói Praça do Metical na marginal em Pemba

 


O Banco de Moçambique, em parceria com o Município de Pemba, está a erguer uma Praça do Metical na praia do Wimbi, próximo à Avenida Marginal. Um facto inovador, mas também um "insólito" e, por consequência, severamente criticado pela Agência Nacional para Controlo da Qualidade Ambiental (AQUA).

"Insólito" porque nunca se tinha ouvido que praças como aquela foram construídas na praia. É um facto inovador porque o Banco de Moçambique ainda não tinha erguido uma infra-estrutura do género numa praia, senão em rotundas, um modelo quase comum.

Apesar da inovação, a instalação da obra naquele local não foi bem-vista pela AQUA. Em declarações à STV, no princípio desta semana, o Coordenador de Fiscalização da instituição, Mário Parina, explicou que a Praça do Metical está a ser construída “dentro dos 100 metros da preamar”, área que é legal e ambientalmente reservada.

Ao abrigo das suas atribuições, a AQUA exigiu dois documentos ao empreiteiro, nomeadamente, “licença especial” e “estudo ambiental”, mas não lhos foram apresentados. Por consequência, mandou suspender temporariamente a obra. Entretanto, o empreiteiro ignorou. As obras continuam. Um incumprimento legal.

“Há incumprimento da lei porque nós emitimos o documento de suspensão da obra há dois dias, mas nada mudou. O empreiteiro continua a erguer a obra normalmente”, afirmou o Coordenador de Fiscalização da AQUA.

Entretanto, há que sublinhar que, antes da construção daquela praça, a praia do Wimbe já contava com inúmeras infra-estruturas construídas dentro dos 100 metros da orla marítima, com destaque para restaurantes e hotéis, facto que levanta dúvidas sobre a decisão tomada pela AQUA.

“Carta” não conseguiu obter qualquer explicação junto do Banco de Moçambique em torno do assunto.

Desvantagens da localização da Praça

O Banco de Moçambique e o Município de Pemba correm o risco de responsabilização por erguer uma obra, embora pública, numa área reservada e por desacato à AQUA. Por efeito da erosão, a Praça do Metical poderá (tarde ou cedo) desabar e, consequentemente, gastar-se fundos públicos para a devida transferência.

Face a esses pressupostos, “Carta” faz uma pergunta aberta às duas instituições: onde está o bom senso na construção daquela Praça do Metical?

Vantagens

Para além de desvantagens, há benefícios previstos da instalação da Praça do Metical naquele local. O destaque vai para a maior atracção turística da infra-estrutura, visto que a praia é um local turístico por excelência. Este facto irá, sem reservas, materializar os objectivos do Banco Central na construção de Praças do Metical pelo país, no âmbito da valorização da moeda nacional.

Juiz Efigénio Baptista visitou estúdio da RM e TVM que cobre informações do Julgamento das Dívidas ocultas

 


O Juiz do processo sobre as Dívidas não-declaradas, visitou na tarde desta terça-feira, o estúdio da Rádio Moçambique, instalado ao lado da tenda onde decorrem as sessões de julgamento, desde o passado dia 23 de Agosto.

O Juiz Efigénio Baptista aproveitou o intervalo para, segundo ele, perceber o que acontece nas tendas adjacentes onde operam os órgãos de comunicação social, incluindo a Rádio Moçambique.

Na ocasião, o Juiz recebeu explicações dos profissionais desta estação emissora que fazem a cobertura do julgamento, sobre o trabalho desenvolvido naquele espaço.

Na sequência, o Juiz Efigénio Baptista, para além de alimentar a sua curiosidade, agradeceu os esforços dos profissionais de comunicação social, que cobrem o julgamento.

Na sua ronda, o juiz Efigénio Baptista, visitou também o estúdio da Televisão de Moçambique e a tenda onde trabalham os demais profissionais de comunicação social que fazem a cobertura do julgamento do caso Dívidas não-declaradas.  

Moznews

Comandante dos EUA visita Moçambique para reforçar a cooperação bilateral

  


O comandante do Africom, o Comando dos EUA para África, general Stephen Townsend, visitou Moçambique para reforçar a cooperação na área da segurança entre os dois países, anunciou a embaixada norte-americana em Maputo.

"Vim para discutir com os líderes de segurança de Moçambique os nossos desafios comuns", disse Townsend, citado pelo comunicado da representação diplomática, acerca da visita que começou na terça-feira (16.11) e terminou esta quinta-feira (18.11).

 "Temos uma boa relação bilateral e o Comando dos EUA para África está à procura de formas de reforçar essa relação para responder a preocupações mútuas", acrescentou.

O general e o embaixador dos EUA, Dennis Hearne, encontraram-se com o novo ministro da Defesa, Cristóvão Chume, nomeado na última semana, bem como com o chefe do Estado-Maior General, Joaquim Mangrasse.  

Os oficiais discutiram "a importância da parceria EUA-Moçambique e o progresso na estabilização da situação no norte de Moçambique", numa alusão a Cabo Delgado.   

"Os Estados Unidos e Moçambique estão a construir uma forte parceria de segurança", visando "um objetivo mútuo de estabelecer e manter a paz e a estabilidade" no país lusófono, disse Hearne.

Soldados moçambicanos destacados em Cabo Delgado

Périplo por outros países

A visita a Maputo do comandante do Africom fez parte de um périplo pelos países parceiros regionais da África Austral.

No caso de Moçambique, aconteceu um mês após a visita de um navio da marinha norte-americana ao porto de Maputo e depois de forças especiais dos EUA terem conduzido dois programas de formação de comandos e fuzileiros moçambicanos.

A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, de acordo com as autoridades moçambicanas.

Desde julho, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda a que se juntou depois a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) permitiu aumentar a segurança, recuperando várias zonas onde havia presença de rebeldes, nomeadamente a vila de Mocímboa da Praia, que estava ocupada desde agosto de 2020.