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quinta-feira, 7 de setembro de 2023

Mulher grávida morre carbonizada numa ambulância em Nhamatanda

 


Uma mulher com gestação complicada e na fase final, morreu carbonizada, na noite de ontem, no distrito de Nhamatanda, província de Sofala, quando a ambulância em que se fazia transportar incendiou e feriu outros pacientes e técnicos da saúde, que estão fora de perigo de vida

As primeiras horas da noite da última quarta-feira, foram trágicas no distrito de Nhamatanda em Sofala. Os técnicos de saúde do hospital local estavam a manusear a botija que continha oxigénio para auxiliar uma paciente com gestação complicada , dentro desta ambulância, e a botija explodiu. O fogo rapidamente propagou pela viatura onde já estavam acomodadas outros doentes com destino a Beira.

Os bombeiros locais foram acionados prontamente, mas a ineficiência dos mesmos não ajudou a salvar a gestante. Desesperados os familiares e funcionários do hospital tentaram com recurso a força humana apagar o fogo mas foi em vão. Os técnicos de saúde não conseguiram socorrer todos os doentes e a senhora gravida prestes a ser transferida para o HCB morreu carbonizada.

Dentro da ambulância estavam mais dois doentes e dois técnicos de saúde. O administrador do distrito de Nhamatanda, Adamo Ossumane, garantiu que os mesmos contraíram ferimentos ligeiros e estão no convívio familiar. O administrador afirmou que nesta quinta-feira será criada uma comissão para averiguar as causas do incendiado.

⛲ O País 

quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Margarida Talapa submete queixa-crime contra edil de Nampula

 


O Edil de Nampula, Paulo Vahanle acusou, em viva voz, a ministra do Trabalho e Segurança Social, Margarida Talapa, de ter delegado alguém para o assassinar. Por entender que as acusações de Vahanle são pura provocação, Talapa decidiu submeter uma queixa – crime contra o mesmo.

A titular do pelouro do Trabalho e Segurança Social tornou público, na terça – feira, 05 de Setembro, que o presidente do Conselho Municipal de Nampula será chamado pelas instâncias jurídicas para provar as acusações contra si.

“Não respondo porque é provocação, vocês sabem muito bem que eu não sou esse tipo de pessoa e coloquei o caso às instâncias jurídicas. Esperemos que eles respondam e tragam a verdade”.

De lembrar que a Polícia da Republica de Moçambique (PRM) ao nível da província de Nampula jurou, através do seu porta-voz, Zacarias Nacute, que não houve nenhuma tentativa de assassinar o Edil de Nampula.

⛲ Evidências 

Grupo Wagner será declarado organização terrorista no Reino Unido

 


O governo do Reino Unido vai declarar o Grupo Wagner uma organização terrorista, o que significa que será ilegal ser membro ou apoiar o grupo, anunciou, esta terça-feira, o governo britânico, citado pela emissora pública britânica BBC.

Ao violar a lei antiterrorismo do país, os acusados podem enfrentar até 14 anos de prisão ou multas de até cinco mil libras esterlinas.

Em comunicado, citado pelo Notícias ao Minuto, a ministra do Interior do Reino Unido, Suella Braverman, afirmou que o Grupo Wagner é “violento e destrutivo, além de um instrumento militar da Rússia de Vladimir Putin”.Suella Braverman disse ainda que a actividade deste grupo na Ucrânia e em África é uma ameaça à segurança mundial”.

“As actividades desestabilizadoras do Grupo Wagner continuam a servir os objetivos políticos do Kremlin. São terroristas, pura e simplesmente, e esta ordem de proibição torna-o claro na legislação britânica”, acrescentou.

Assim passará a ser ilegal ser membro ou apoiar o grupo, o que o coloca ao lado do Estado Islâmico e da Al-Qaeda.

O grupo, anteriormente liderado pelo agora falecido Yevgeny Prigozhin, é conhecido por realizar o trabalho hediondo da Rússia na Síria e em África, e também proporcionou a Vladimir Putin a maior vitória da Rússia ao capturar Bakhmut contra a Ucrânia na invasão contínua.

O futuro do Grupo Wagner – empresa militar privada formada após a revolução ucraniana de 2014 e a anexação da Crimeia pela Rússia e que apoia os separatistas pró-russos, tem estado sob discussão após a morte dos fundadores Yevgeny Prigozhin e Dmitry Utkin, num acidente de aviação, ocorrido no mês passado, escreve o portal G7.

A morte de Prigozhin aconteceu dois meses após o líder do grupo de mercenários ter levado a cabo uma rebelião falhada contra o Kremlin, especificamente o Ministério da Defesa. Após a investida, que durou cerca de 24 horas e terminou com um acordo, Prigozhin passou a residir na Bielorrússia.

As autoridades russas até agora não avançaram quaisquer causas que expliquem a queda do jato privado Embraer Legacy que, segundo as autoridades de aviação civil russas, além de Prigozhin e Utkin, transportava outras oito pessoas.

⛲ O País 

Profissionais de saúde moçambicanos advertem que podem voltar à greve

 


 A Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM) alertou hoje que pode voltar à greve caso não sejam observados os acordos das negociações que decorrem com o Governo.

“Nós estamos cientes de que o Governo tem de fazer qualquer coisa e é por isso que avisamos que podemos quebrar os acordos a qualquer momento se o Governo não cumprir [a sua parte]”, declarou o presidente da APSUSM, o enfermeiro Anselmo Muchave, citado hoje pelo canal privado STV.

Em causa está a interrupção, até 05 de novembro, da greve convocada pela APSUSM, que abrange cerca de 65.000 técnicos, serventes e enfermeiros do sistema de saúde moçambicano, funcionários que exigem melhores condições de trabalho.

Segundo Anselmo Muchave, as negociações com a comissão governamental continuam e atualmente o debate circula em torno das revindicações salariais, embora não haja nada definitivamente acordado sobre a matéria.  

“Ainda não temos nada fechado, mas estamos neste compasso de espera para que tudo seja concretizado”, declarou o enfermeiro, acusando o Ministério da Saúde de ter escondido as revindicações dos profissionais no anterior modelo negocial.

“Nós negociávamos com o Ministério da Saúde e o Ministério não levava as nossas revindicações para quem é de direito”, afirmou Anselmo Muchave, acrescentando que a negociação direta com o Governo facilita o processo.

Entre outros aspetos, a APSUSM exige que o Governo providencie medicamentos aos hospitais, que têm, em alguns casos, de ser comprados pelos pacientes, adquira camas hospitalares e resolva o problema da “falta de alimentação” nas unidades de saúde.


Os profissionais de saúde também pedem para que o executivo moçambicano equipe ambulâncias com materiais de emergência para suporte rápido de vida ou de equipamentos de proteção individual não descartável, cuja falta de fornecimento vai “obrigando os funcionários a comprarem do seu próprio bolso”.

A Associação Médica de Moçambique (AMM) é outra entidade que anunciou a interrupção, até 02 de outubro, da greve que estava em curso há mais de um mês, para dar espaço às conversações com o novo grupo negocial liderado pelo Primeiro-Ministro moçambicano, Adriano Maleiane.

As greves destes grupos de profissionais provocaram uma crise no sistema de saúde, que aumentou o tempo de espera nas já limitadas unidades de saúde em todo país.

⛲ Lusa

Ministério da Saúde aloca equipamento médico-cirúrgico a hospitais com blocos operatórios

 


O Ministério da Saúde vai alocar equipamento médico-cirúrgico, avaliado em quatro milhões de dólares, a diferentes unidades sanitárias de todo o país. O Hospital Central de Maputo (HCM) foi a primeira unidade sanitária a receber o equipamento.

O ministro da Saúde deslocou-se, esta terça-feira, ao Hospital Central de Maputo, a maior unidade sanitária do país, para entregar o primeiro lote de material médico-cirúrgico que deve ser alocado em todo o país. Segundo Armindo Tiago, o objectivo é garantir que mais moçambicanos tenham acesso a serviços de qualidade no Sistema Nacional de Saúde.

“Nesta perspectiva, foram adquiridos diversos equipamentos, para garantir a melhoria de qualidade no funcionamento dos blocos operatórios, nomeadamente, 105 mesas operatórias, 105 aparelhos de anestesia, 205 monitores cardíacos, 55 electrocoaguladores, 43 aspiradores eléctricos, 36 candeeiros cialiticos, 500 kits de cesariana, 500 kits de herniorrafia, 200 kits de laparotomia, 100 kits de amputação e 100 kits de histerectomia no valor de quatro milhões de dólares americanos, cumprindo, assim, uma das premissas do Plano Quinquenal do Governo, que busca prover mais e melhores cuidados de saúde à população moçambicana”, avançou o governante.

“Como Governo e como sector de tutela, a nossa expectativa é de que estes equipamentos hospitalares com que apetrechamos hoje o Serviço Nacional de Saúde, a partir do Hospital Central de Maputo, tenham um impacto no desempenho de indicadores hospitalares”, garantiu Armindo Tiago.

O director do Hospital Central de Maputo disse que o equipamento vai garantir que mais moçambicanos tenham acesso ao bloco operatório da unidade sanitária.

O Ministério da Saúde revelou que, para além do material médico-cirúrgico, estava a alocar equipamentos, mobiliário e meios circulantes nas unidades sanitárias de todo o país, uma das questões colocadas nas reivindicações dos profissionais de saúde, quando falam de falta de meios para trabalhar.

A melhoria das condições de trabalho no Serviço Nacional de Saúde é reconhecida como uma prioridade e um longo caminho, sendo que todos os intervenientes são chamados a participar de forma activa.

O material está em processo de alocação em todos os hospitais com blocos operatórios do Serviço Nacional de Saúde.

⛲ O País 

terça-feira, 5 de setembro de 2023

QUALIFICAÇÃO AO CAN: FEDERAÇÃO COLOCA À DISPOSIÇÃO DE CADA JOGADOR 320 MIL METICAIS



O Presidente da Federação Moçambicana de Futebol, Feizal Sidat, coloca à disposição de cada jogador e elementos da equipa técnica 320 mil meticais, em caso de qualificação ao CAN. 

Para que a equipa leve o dinheiro aos bolsos, primeiro terá que vencer o Benin, na partida agendada para este sábado, no  Estádio Nacional do Zimpeto. 

Aliás, é no maior complexo desportivo nacional onde a selecção nacional de futebol realizou, esta terça-feira, o segundo treino para o jogo diante do Benin.  

O seleccionador nacional, Chiquinho Conde, começa a receber jogadores que militam em clubes da Europa, entre eles Jonathan Muiombo, Ratifo e Mexer. 

Jonathan Muiombo, a evoluir na Alemanha, estreia na convocatória dos mambas. Está satisfeito com a integração e espera contribuir na qualificação ao CAN.  

Os bilhetes para o jogo deste sábado já estão a venda a preços que variam de 100 a 3000 meticais. Moçambique ocupa a segunda posição do grupo "L" de acesso ao Can da Costa do Marfim. Os mambas precisam no mínimo de um empate para qualificar-se ao CAN da Costa do Marfim.


Fonte: TV Miramar

Médicos manifestam-se hoje perante reunião da OMS no Porto

 


A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) vai assinalar hoje as queixas do setor com uma iniciativa de protesto perante o Simpósio da Organização Mundial de Sáude, no Porto.

Entre as 08h00 e as 10h00, os médicos prometem um "flashmob", em defesa "da dignidade" da carreira médica e do futuro do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

"Visamos especialmente os ministros da Saúde estrangeiros presentes no evento, mas também o Governo português e o ministro da Saúde Dr. Manuel Pizarro, para dar um grito de alerta para abandonarem a sua teimosia e que tenham a coragem de incorporar as propostas dos médicos no SNS, para que todos os cidadãos em Portugal possam ter acesso a um serviço de saúde público, universal, com qualidade e com futuro", anunciou a federação em comunicado.

Os manifestantes dirigiram também uma carta à Organização Mundial da Saúde (OMS), para que, em próximas reflexões sobre "o futuro dos sistemas de saúde na era digital", não esqueça, "como o fez desta feita", o desafio digital no que aos sistemas públicos de saúde diz respeito.

A ação no Simpósio da OMS é a primeira etapa do "TOUR da FNAM", que vai percorrer várias unidades de saúde em Portugal, com o objetivo de reforçar a mobilização dos médicos para entregarem declarações de indisponibilidade ao trabalho suplementar além das 150 horas obrigatórias por ano, e mapear a "situação dramática" que se vive nas várias unidades de saúde.

A volta pelo país terminará em Lisboa, no dia 14 de novembro, com uma manifestação nacional em frente ao Ministério da Saúde, a par de uma greve nacional de dois dias, marcada para 14 e 15 de novembro.

Também os farmacêuticos do SNS estão em luta por melhores salários e progressão na carreira, entre outras reivindicações, cumprindo hoje um dia greve nos distritos de Beja, Évora, Faro, Lisboa, Portalegre, Santarém e Setúbal e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

⛲ Ao minuto 

Província moçambicana de Nampula regista 675 casos de cólera no mês de agosto

 


Doença é causada, em grande parte, pela ingestão de alimentos e água contaminados por falta de redes de saneamento.

A província de Nampula registou 675 novos casos de cólera em agosto, sendo o atual foco da preocupação das autoridades sanitárias de Moçambique no surto da doença que afeta algumas regiões do país há quase um ano.

Segundo os boletins diários sobre a progressão da doença, elaborados pela Direção Nacional de Saúde Pública e consultados esta segunda-feira pela agência Lusa, o atual surto de cólera em Moçambique regista um acumulado de 34.306 casos de 14 de setembro de 2022 até 02 de setembro, que provocaram 144 óbitos, três dos quais no mês de agosto em Nampula.

Na província da Nampula, norte do país, as autoridades de saúde tinham contabilizado, até 01 de agosto, 2.936 casos da doença, com três óbitos, desde o início da epidemia no país. Com foco essencialmente na cidade de Nampula, capital da província, em apenas um mês esse total subiu para 3.611 casos e seis óbitos.

"A epidemia em Nampula está sob controlo, mas ainda temos alguns casos e as equipas multissetoriais estão a trabalhar no intuito de prevenir novos focos na cidade", descreveu em agosto o vice-ministro da Saúde de Moçambique, Ilesh Jani.

⛲ CM

Rússia diz ter abatido três drones ucranianos, incluindo um na região de Moscovo


O autarca da capital da Rússia, Sergei Sobyanin, disse hoje que as defesas aéreas russas abateram esta madrugada três drones ucranianos nas regiões de Moscovo, Kaluga e Tver, no oeste do país.

“As defesas aéreas da região de Kaluga e do distrito de Istrinsky destruíram drones que tentavam atacar Moscovo”, com danos registados após a queda de destroços em Istrinsky, disse Sobyanin, na plataforma de mensagens Telegram.

O autarca indicou ainda que uma terceira aeronave não tripulada que se dirigia para a capital foi destruída pela defesa aérea russa em Zavidovo, na região de Tver, no noroeste do país, sem causar quaisquer vítimas ou danos.

Em três declarações separadas, o Ministério da Defesa russo confirmou que um drone foi abatido na região de Kaluga, outro no distrito de Istrinsky, a noroeste de Moscovo, e outro na região de Tver.

Os comunicados do ministério atribuíram o “ataque terrorista” à Ucrânia, mas não disseram que os drones tinham como alvo a capital da Rússia.

A Ucrânia tem intensificado os ataques no Mar Negro, na Crimeia e contra Moscovo, com recurso sobretudo a drones, que já provocaram danos severos, como no navio de guerra russo Olenogorsky Gornyak e na ponte Kerch, que liga a península da Crimeia ao território continental da Rússia.

Na segunda-feira, a Rússia disse ter abatido um drone ucraniano na península ucraniana da Crimeia, anexada por forças russas em 2014, bem como uma segunda aeronave não tripulada na região russa de Kursk, junto à fronteira com a Ucrânia.

O ainda ministro da Defesa ucraniano afirmou que a Ucrânia vai aumentar a produção de ‘drones’ já no outono, numa entrevista à agência de notícias ucraniana Ukrinform, publicada no domingo.

“Acredito que neste outono haverá um ‘boom’ na produção de vários ‘drones’ ucranianos - voadores, flutuantes, rastejantes” - e continuará a crescer em volume", disse Oleksii Reznikov, referindo que a política de aumento do fabrico deste armamento começou há quase um ano.

O governo simplificou ou deixou cair algumas leis e regulamentações, o que deu “a oportunidade de ter este impulso, especialmente para os fabricantes de ‘drones’ que iniciaram a produção a partir de garagens", referiu.

No domingo à noite, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou que iria substituir Reznikov por Rustem Umerov, um proeminente líder da comunidade tártara da Crimeia que tem representado Kiev em negociações sensíveis com Moscovo.

⛲ Lusa 

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

DÍVIDAS OCULTAS EM LONDRES: Filipe Nyusi não pode ser processado enquanto for Presidente de Moçambique


O Presidente Filipe Nyusi não pode ser processado no julgamento das ‘dívidas ocultas’ no Tribunal Superior de Londres, decidiu o juiz Robin Knowles.

Os advogados que representam a Privinvest tentaram argumentar que Nyusi também seria responsável pelo pagamento de indemnizações se os réus fossem considerados culpados de fraudar Moçambique em mais de 2 mil milhões de dólares, devido aos empréstimos garantidos pelo Estado e que não foram declarados publicamente.

Na sequência de uma audiência realizada de 1 a 2 de agosto, Knowles anunciou hoje que Nyusi está imune à jurisdição do Tribunal Superior enquanto exercer o cargo de chefe de Estado.

Lembre-se que em junho, o juiz britânico avisou que o Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, deveria se preparar para o julgamento sobre o caso das “dívidas ocultas” em outubro em Londres, apesar de invocar imunidade.

Numa audiência realizada na altura no Tribunal Comercial, o juiz Robin Knowles admitiu que “não era o momento de tomar decisões sobre o que acontecerá se o resultado da [discussão sobre a] imunidade for num sentido ou noutro”, admitiu. 

Porém, vincou, “todos, incluindo o Presidente Nyusi devem proceder com base no facto de que correm o risco de que esse julgamento aconteça e de que sejam envolvidos nele, ou das suas consequências”.

As palavras do magistrado eram uma referência à proximidade entre uma audiência de três dias para discutir a questão da alegada imunidade do chefe de Estado moçambicano, apontada para o início de agosto, e o começo do julgamento, em 03 de outubro.

O advogado que representou Nyusi em tribunal, Rodney Dixon, concordou que a questão da imunidade é crucial e que deve ser discutida “o mais cedo possível”.

Filipe Nyusi foi nomeado no processo que decorre na justiça britânica pelo grupo naval Privinvest e pelo respetivo proprietário, Iskandar Safa, por entenderem que deve ser responsabilizado caso sejam provadas as alegações de corrupção contra a Privinvest.

O Tribunal britânico autorizou a notificação do Presidente Nyusi em maio de 2021, mas esta só foi confirmada oficialmente em abril deste ano e hoje foi a primeira vez que se fez representar legalmente em tribunal para invocar imunidade diplomática.

O grupo naval libanês quer que Nyusi explique o envolvimento na compra de barcos e equipamento para pesca e protecção marítima em Moçambique através das empresas estatais Proindicus, Ematum e MAM.

Filipe Nyusi era ministro da Defesa quando foram assinados os contratos com a Privinvest e contraídos empréstimos de cerca de 2,2 mil milhões de dólares com os bancos Credit Suisse e VTB, entre 2013 e 2014.

Os empréstimos foram avalizados secretamente pelo governo da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) quando Armando Guebuza ainda era chefe de Estado, sem conhecimento do parlamento e do Tribunal Administrativo.

O caso, descoberto em 2016, ficou conhecido por “dívidas ocultas” e levou à suspensão de apoios internacionais, incluindo do Fundo Monetário Internacional (FMI), que só recentemente retomou a ajuda financeira ao país.

A Procuradoria-Geral de Moçambique iniciou uma ação judicial no Reino Unido em 2019 para tentar anular a dívida de 622 milhões de dólares da empresa estatal ProIndicus ao Credit Suisse, invocando que os contratos resultaram de corrupção.

Entretanto, o caso juntou mais processos relacionados com a suspensão de pagamentos das dívidas de Moçambique para serem julgados em conjunto entre outubro e dezembro de 2023.

Além de Nyusi, no processo em Londres estão nomeados vários altos funcionários públicos e figuras de Estado, como Guebuza e o antigo ministro das Finanças Manuel Chang.

Num julgamento em Maputo do mesmo caso que foi concluído em dezembro, 11 dos 19 arguidos foram condenados a penas de prisão de entre 10 e 12 anos.

Três deles, Ndambi Guebuza, filho do ex-Presidente Armando Guebuza, e dois ex-dirigentes do SISE, Gregório Leão e António Carlos do Rosário, foram ainda condenados a pagar uma indemnização ao Estado equivalente a 2,8 mil milhões de dólares.