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quarta-feira, 5 de junho de 2024

Nove mortos e quatro feridos graves devido a despiste de camião em Angola

 


A viatura pesada fazia transporte de areia e terá perdido os travões embatendo contra uma loja de conveniênci

Nove pessoas morreram e quatro ficaram gravemente feridas devido ao despiste de um camião que transportava inertes e embateu contra uma loja, esta quarta-feira de manhã, no município da Humpata, província angolana da Huíla.

Segundo a Rádio Nacional de Angola, a viatura pesada fazia transporte de areia e terá perdido os travões embatendo contra uma loja de conveniência.

A segunda-comandante da polícia no município, inspetora-chefe Sandra Gonçalves, confirmou as mortes e apontou o excesso de velocidade e perda de travões como possíveis causas do acidente.

Uma testemunha, Simão José, citado pela agência de notícias angolana Angop, afirmou que todas as vítimas vinham no camião e acabaram soterradas pela carga de areia.

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Ana Constantino, outra testemunha, disse que o camião vinha da comuna do Alto Bimbe em alta velocidade e antes de embater contra o estabelecimento atropelou dois bois.

O porta-voz do INEMA, instituição que prestou assistência aos feridos, Serafim Mundombe, afirmou que um dos sobreviventes está em situação crítica, estando a ser assistido no hospital central do Lubango.

O município da Humpata fica a 22 quilómetros do Lubango, na fronteira entre a Huíla e o Namibe.

⛲ Cm

Eleições de candidatos a candidatos a deputados da AR: Vuma acusado de comprar votos em Gaza


A Frelimo realizou, entre 30 de Maio e 02 de Junho em curso, o processo de eleição de candidatos a candidatos a deputados da Assembleia da República em todos os círculos eleitorais. No círculo eleitoral de Gaza, Agostinho Vuma, actual presidente da Confederação das Associações Econômicas de Moçambique (CTA) e deputado da Frelimo na Assembleia da República, aparece na lista dos eleitos. No entanto, Margarida Magaia, membro da Frelimo que participou no pleito que elegeu os candidatos a candidatos a deputados naquele círculo eleitoral, pede a anulação da eleição de Vuma, alegando que o mesmo cometeu ilícitos eleitorais através da compra de votos.

Na história da jovem democracia moçambicana é raro ouvir membros da Frelimo a reclamar de fraude. A música cantada pelos partidos da oposição desde 1994 foi ouvida nas hostes do partido libertador depois do processo de eleição de candidatos a candidatos a deputados da Assembleia da República em todos os círculos eleitorais.

Em Gaza, Agostinho Vuma consta da lista dos que foram eleitos para concorrer para serem os dignos representantes do povo no Parlamento. Contudo, Margarida Júlio Diogo Magaia, que fez parte do processo de eleição de candidatos a candidatos a deputados da Assembleia da República no círculo eleitoral de Gaza, requere a anulação da eleição de Vuma, alegando que o presidente da Confederação das Associações Econômicas de Moçambique cometeu ilícitos eleitorais.

A queixosa, que requereu ao Secretário do Comitê de Verificação do Comitê Provincial de Gaza, refere que Agostinho Vuma praticou vários actos de corrupção eleitoral sob o olhar impávido da comissão eleitoral, destacando que o mesmo distribuiu valores monetários aos camaradas.

“A Requerente possui evidências claras e robustas, que demonstram que o Camarada Agostinho Vuma praticou actos que se consubstanciam em ilícitos eleitorais e de total afronta à respectiva Directiva, já que o mesmo distribuiu valores financeiros para vários camaradas, incluindo para a Requerente, o que fez canalizando o valor para a conta 22061541110001 do Banco BCI, no valor de trinta mil meticais, através de um seu colaborador que usa o número de telefone 873243900”, lê-se no expediente enviado por Margarida Magaia ao Secretário do Comitê de Verificação do Comitê Provincial de Gaza

Apoiando-se no Artigo 45 da Directiva (Corrupção Eleitoral) e, sobretudo, na sanção, por sinal Artigo 46 da Directiva, que aponta que “aos candidatos a Candidatos a Deputados da Assembleia da República, a cabeça de lista e a Membros das assembleias Provinciais e seus apoiantes que tenham comprovadamente cometido as infracções previstas na presente Directiva, é aplicada a sanção de perda de qualidade de candidato, depois do devido processo disciplinar, nos termos dos artigos 15, 16 e 17 dos estatutos do Partido, atinente à disciplina dos membros do Partido”, Magaia pede a anulação da eleição de Vuma.

“Pelo Exposto, requer-se a anulação da eleição do Camarada Agostinho Vuma para a posição de candidato a Deputado da Assembleia da República, por prática comprovada de corrupção eleitoral, depois de instaurado o devido Processo Disciplinar nos termos do Artigo 46 da Directiva, conjugado com os artigos 15, 16 e 17 dos estatutos do Partido”, lê-se no documento.

⛲ Evidências

Chapo promete resgatar valores que foram perdidos nos últimos anos

 


O candidato da Frelimo para as Eleições Gerais de Outubro próximo submeteu, nesta quarta-feira, 05 de Junho, a sua candidatura no Conselho Constitucional. Formalizada a sua inscrição para o pleito eleitoral na qual será escolhido o novo inquilino da Ponta Vermelha, Chapo prometeu, em caso de granjear a simpatia dos moçambicanos, apostar numa governação inclusiva e, sobretudo, recuperar os valores que foram perdidos ao longo dos últimos anos.

Falando após a submissão candidatura, Daniel Chapo referiu que a sua candidatura é juventude e, sobretudo, de renovação, apontado que o grande objectivo é trabalhar para o desenvolvimento de Moçambique.

“Como jovens queremos trabalhar para a juventude, para as mulheres, para os combatentes, para homens e crianças. O nosso objectivo é trabalhar para o desenvolvimento de Moçambique. Como jovens vamos trabalhar para que realmente Moçambique continue a registar este progresso. Queremos que haja renovação. As raízes são as mesmas, aquelas de 25 de Junho de 1962, mas como jovens há necessidade de renovarmos”, disse Chapo.

O candidato da Frelimo apontou aqueles que serão os principais pilares na sua agenda de governação, tendo destacado a recuperação dos valores que foram perdidos ao longo dos últimos anos, nomeadamente, integridade, transparência, honestidade e competência.

Aliás, de acordo com Chapo, o regionalismo, localismo, tribalismo, egoísmo, clientelismo, amiguismo e, sobretudo, a corrupção são fenômenos que, actualmente, afectam a sociedade, daí que prometeu combate-los em diversos sectores do Estado.

“Durante a nossa governação vamos recuperar alguns valores que achamos que são importantes, quais são? de honestidade, de justiça, responsabilidade, competência. Vamos trabalhar para que durante a nossa governação haja transparência para a boa governação. São princípios importantes que devem nortear o processo de desenvolvimento”, disse Daniel Chapo para posteriormente falar dos planos para melhorar os sectores da educação e saúde.

“Vamos continuar a construir hospitais nas zonas rurais, ao nível dos distritos, nas vilas sedes, mas também vamos trabalhar para que o sistema de atendimento a nossa população melhor porque a saúde não é só construir centros de saúde e hospitais, mas também colocar nesses centros de saúde medicamentos em qualidade assim como e quantidade para a nossa população. No sector da educação vamos construir mais escolas, mas não basta construir mais escolas, precisamos melhorar a qualidade do ensino. Como é ela pode melhorar? Moçambique é um país rico em termos de formação de professores, temos pedagogos neste país com domínio do sector da educação e vamos conversar com eles durante a discussão para a aprovação do nosso manifesto eleitoral”

Relativamente ao terrorismo, Daniel Chapo reconheceu que o fenômeno coloca em causa a independência nacional, tendo ainda referido que um dos primeiros passos quando chegar à Ponta Vermelha será se inteirar do assunto com intuito de tomar medidas para estancar este mal que afecta não só Moçambique mas outros pontos do mundo.

“É preciso que todos percebam que o terrorismo é uma questão de soberania, é uma questão também de integridade territorial, de manutenção da nossa independência, daí que é extremamente importante perceber primeiro que o terrorismo é um fenômeno universal, não é só de Moçambique. Se é universal é extremamente importante perceber este fenômeno complexo, mas queria deixar claro que o terrorismo coloca em causa a nossa independência, a nossa soberania, daí que é extremamente importante perceber que em função deste fenômeno temos que trabalhar para defender a nossa soberania e manter a paz. Não há desenvolvimento sem a paz”

O encontro com o sector privado, por sinal o maior empregador na perola do indico, consta igualmente na agenda de Chapo no âmbito da preparação do seu manifesto eleitoral.

Por sua vez, Verônica Macamo, na qualidade de mandatária da Frelimo, revelou que a formalização da candidatura de Daniel Chapo foi suportada por 20 mil fichas de assinaturas recolhidas em todos os distritos do país.

⛲ Evidências

Maleiane defende reflexão conjunta sobre cibersegurança na abertura da Moztech



Os moçambicanos devem reflectir conjuntamente sobre a problemática e os impactos dos crimes cibernéticos que têm vindo a aumentar a nível do país e no mundo, defende o Primeiro-ministro, que falava na abertura da 11ª. Edição da expo digital Moztech.

Para Adriano Maleiane, o tema escolhido para o evento, Cibersegurança, Desafios e Transformação Digital, é de importância capital para a resolução dos referidos problemas que têm causado elevados danos morais e financeiros aos cidadãos.

No entender do governante, tais acções de pessoas mal-intencionadas têm afectado negativamente o desenvolvimento económico. Por isso, Moçambique começou a fazer alterações à legislação há cerca de 10 anos.

“Procedeu-se em 2014 a revisão do código penal de modo a incluir o título terceiro sobre os crimes informáticos e fraudes electrónicas, assim como está em implementação a política nacional de segurança cibernética e a respectiva estratégia”, disse Maleiane.

De acordo com o Primeiro-ministro, a referida legislação realça dentre outras acções, a necessidade de maior coordenação, bem como da promoção de investigação e inovação, no sentido de se proteger infra-estruturas e activos de informação diversos.

No âmbito internacional, já que crimes cibernéticos são transnacionais, o Governo diz que tem vindo a reforçar a cooperação a nível bilateral e multilateral em matéria de segurança cibernética e transformação digital para evitar problemas para o país.

Maleiane destaca a ratificação, em 2019, por Moçambique, da convenção da união africana sobre cibersegurança e protecção de dados pessoais. E, actualmente, está em curso a adesão do país à Convenção de Budapeste, “uma importante plataforma para a ajuda mútua e obtenção de provas contra crimes cibernéticos a nível internacional”.

Porque estava numa mantra das tecnologias, o Primeiro-ministro falou da evolução das tecnologias que têm impacto no mercado da geopolítica mundial. No seu entender, o desenvolvimento do 5G permite a transmissão rápida de elevado volume de dados.

Rever continuamente a legislação em vigor no país é um desafio, considera Maleiane, um exercício que segundo o governante pode criar condições para que as Tecnologias de Informação e Comunicação sirvam para dinamizar o desenvolvimento social inclusivo.

“Desafiamos os participantes deste evento a trazerem propostas inovadoras com vista a garantir o contínuo desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação e maior segurança do espaço cibernético no nosso país”, sugeriu Adriano Maleiane.

O Governo espera ainda da Moztech propostas que promovam literacia digital, melhoria da boa governação, o desenvolvimento do capital humano, aumento dos níveis de produção e produtividade, do fluxo de investimento, do comércio e da bancarização. 

Maleiane explicou a participação de membros do Governo na cerimónia de abertura da Moztech. Diz tratar-se de uma plataforma de interacção e promoção de inovações, produtos, serviços e soluções tecnológicas que apoiam a economia.

No seu discurso de abertura da Moztech, o Primeiro-ministro felicitou os organizadores e seus parceiros pela perseverança e ganhos obtidos ao longo dos 11 anos de realização da iniciativa e falou das acções levadas a cabo pelo Governo no mesmo sentido.

“Pretendemos assegurar que as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) sejam, de facto, nesta era digital, uma ferramenta importante e facilitadora do processo de desenvolvimento socio-económico sustentável e inclusivo do nosso país”, disse Maleiane.

Segundo o Primeiro-ministro, as TIC possuem um enorme potencial de viabilizar, em tempo útil, com eficiência e eficácia, o acesso à informação por parte da sociedade, melhorar a interacção entre os cidadãos, entre estes e o Governo e o sector privado.

Nos últimos anos, o país aprovou os seguintes instrumentos: decreto de registo dos cartões SIM, em 2015, a lei de telecomunicações (2016), o quadro de interoperabilidade do Governo electrónico (2017), a lei das transações electrónicas (2017), a política para a sociedade de informação, em 2018 e o sistema de certificação digital (2019).

“Temos a destacar a marcação electrónica do serviço de obtenção dos bilhetes de identidade, passaporte, carta de condução, assim como outros aplicativos relactivos ao sistema de prova de vida electrónica, o e-SISTAFE, o e-tributação, o sistema de informação de gestão de terras, entre outros”, disse Adriano Maleiane.

Na sessão de abertura da Moztech participou também o ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, que considerou a Moztech uma iniciativa de capital importância para a promoção da transformação digital, uma das prioridades do seu sector.

Estiveram ainda na sessão de abertura, o vice-ministro do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia, especialistas, empresas e gestores públicos ligados ao sector de Tecnologias e Informação e Comunicação, expositores, entre outras entidades.

⛲ O país 

terça-feira, 4 de junho de 2024

Professores ameaçam paralisar actividades em todo o país

 


A Associação Nacional dos Professores poderá paralisar as suas actividades, caso a Assembleia da República não dê resposta positiva à carta submetida esta terça-feira. A ANAPRO exige que o Governo a pague as horas extras referentes ao período 2022-2023.

Depois de ter escalado as instâncias que julgava procedentes para intervirem ao seu favor, a Associação Nacional dos Professores submeteu, em Abril, uma carta à Assembleia da República, na qual apelava ao Parlamento a pressionar o Governo a pagar as horas extra.

A resposta da “casa do povo”, segundo os professores, foi desfavorável e cheia de informações infundadas, pelo que decidiram esta terça-feira voltar com o contraditório.

“Decidimos voltar à Assembleia da República, na dita casa do povo, para submetermos uma carta com teor contraditório à resposta que tivemos há dias. Achamos que a presidente do parlamento está a ser enganada pelos ministérios da Educação e da Economia e Finanças, que dizem que o processo de pagamento está em andamento mas isso não consta verdade”, disse Isac Marrengula, presidente da Associação Nacional dos Professores após a submissão do documento na secretaria da Assembleia da República.

A ANAPRO entende que o Governo tem condições para pagar a dívida e, constam, se não o faz é por falta de vontade própria. Por isso, os associados ameaçam paralisar as actividades, caso num espaço de 15 dias não haja resposta positiva.

“Depois deste processo, vamos procurar ter um encontro com todos os associados para uma reflexão, mas tudo indica que poderemos paralisar as actividades caso cheguemos ao dia 19 de Junho a nesta situação. Nós temos visto o Governo a comprar carros de alta cilindragem com custos iguais a três milhões de Meticais cada. Achamos que este valor pode ser significante para a resolução do nosso problema.”

A Associação Nacional dos Professores escalou, no dia 8 de Maio, o Tribunal Administrativo (TA) para reclamar a falta de pagamento das horas extras, bem como pedir a intervenção deste órgão para reposição dos seus direitos.

O atraso no pagamento das horas extras aos professores é uma situação que se arrasta desde desde o ano 2022, forçando esta classe a fazer de tudo para pressionar o Governo no sentido de efectuar o desembolso dos seus honorários, o que não aconteceu até hoje.

No dia 19 de Junho a associação agendou um encontro de reflexão entre a classe, e de lá poderá sair a conduta do associado para os próximos dias

⛲ O país 

Zandamela defende melhoria de inclusão financeira para impulsionar comércio intra-africano


O Governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, defendeu, na segunda-feira, 03 de Junho, a melhoria de inclusão financeira com vista a impulsionar o comércio intra-africano.

Foi à margem da abertura do seminário Continental da Associação dos Bancos Centrais Africanos que decorre “Desenvolvimento de Sistemas de Pagamento para a Promoção da Inclusão Financeira e do Comércio Intra-Africano: Desafios e Oportunidades” que Rogério Zandamela lançou o repto para melhorar o comércio no continente africano.

“Para impulsionar o comércio intra-africano e continuar a melhorar a inclusão financeira em África, precisamos de um sistema de pagamentos eficiente e seguro”, afirmou Zandamela.

Ainda na sua intervenção, o Governador do Banco Central destacou os progressos que derivam da implementação de três plataformas de pagamento e liquidação na região Austral, tendo ainda destacado as reformas introduzidas para mitigar o branqueamento de capitais e o financiamento ao terrorismo.

“No entanto, para além de criar várias plataformas de pagamento, África precisa de integração e interoperabilidade entre os vários sistemas para que atendam aos nossos propósitos. Para o efeito, temos de continuar a trabalhar em prol da harmonização dos quadros regulamentares e de supervisão e continuar a acompanhar e mitigar os diferentes riscos, nomeadamente a cibersegurança, o branqueamento de capitais e o financiamento ao terrorismo”, referiu.

Nas entrelinhas, Zandamela revelou que, apesar do potencial inexplorado de 43% nas exportações, o comércio intra-africano cresceu 4%, representando apenas 14% do total das exportações africanas.

⛲ Evidências 

Insurgentes do EI percorrem Cabo Delgado enquanto a SADC se retira, projectos de gás ficam parados

 


Cabo Delgado, uma província do norte que se espera que se torne o centro de uma indústria de gás natural após várias descobertas promissoras, tem assistido a uma série de ataques às forças de segurança e aos civis.

Os jihadistas parecem estar a vaguear por Macomia, em Cabo Delgado, embora pareçam não estar a salvo das tropas ruandesas. A área encontra-se num período de janela enquanto a força da SADC se retira e as tropas ruandesas de substituição ainda estão a ser destacadas.

A insurgência está enraizada na pobreza, relatou um especialista em direitos humanos, o que está agora a atrasar o desenvolvimento lucrativo dos seus enormes depósitos de gás. Os insurgentes do Estado Islâmico (EI) em Moçambique parecem estar a tirar partido de um período de janela enquanto a Missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique (SAMIM) se retira e antes de uma força ruandesa ser totalmente destacada.

Mas eles não estavam fazendo tudo do seu jeito, mostram evidências não verificadas de um grupo de insurgentes mortos. Há cerca de uma semana, terroristas do EI atacaram um posto das Forças de Defesa do Ruanda (RDF) na aldeia de Mbau, na zona de Mocímboa da Praia, uma semana depois de alegarem ter invadido a SAMIM em Macomia, Cabo Delgado.

O director do Centro para a Democracia e Direitos Humanos em Moçambique, Professor Adriano Nuvunga, partilhou um vídeo de insurgentes a passear livremente com as suas armas no distrito central de Macomia. Há também imagens não verificadas partilhadas que mostram insurgentes com veículos que alegadamente roubaram em Mucojo e imagens aéreas deles a conduzir por Macomia com bens roubados.

Mas também circulam vídeos não verificados que mostram 13 insurgentes supostamente mortos em Mocímboa da Praia numa operação da RDF.

A SAMIM deverá partir em meados de Julho, no que é visto como um fracasso político e diplomático para a SADC. No lugar da SAMIM, a RDF deverá mobilizar mais 2 000 soldados. O porta-voz das Forças de Defesa do Ruanda (RDF), Brigadeiro-General Ronald Rwivanga, disse aos jornalistas que o novo contingente cobriria os distritos de Palma, Mocímboa da Praia e Ancuabe.

Ele alegou que o plano era "poder mover-se com flexibilidade para outras áreas e expulsar rapidamente os remanescentes de terroristas que estão escondidos nas florestas do distrito de Macomia".

A RDF ainda não tinha sido totalmente mobilizada e o vídeo dos supostos combatentes do EI mortos "pode estar relacionado com o combate à recente propaganda negativa contra a RDF", disse Piers Pigou, chefe do programa da África Austral no Instituto de Estudos de Segurança.

Pigou alertou que Macomia é uma das áreas mais complicadas de Cabo Delgado, onde os insurgentes não foram expulsos desde o início do conflito.

'Não podemos fazer isso sozinhos'

Cabo Delgado é o bastião não só de terroristas, mas também de depósitos de gás equivalentes a metade dos encontrados no Qatar, disse Patrick Pouyanné, CEO da TotalEnergies, à Comissão de Inquérito do Senado Francês, numa audiência perante esta, no dia 29 de Abril. A empresa interrompeu o desenvolvimento de uma central de gás natural liquefeito em Cabo Delgado, no valor de 380 mil milhões de rands, devido à situação de segurança.

A ExxonMobil, com a parceira Eni, também está a desenvolver um projecto de GNL na área. A TotalEnergies não poderá regressar ao projecto sem segurança, e não poderá conseguir isso sozinha, disse Pouyanné.

“Estamos numa situação clara: a segurança de Cabo Delgado é da responsabilidade não da TotalEnergies, mas do Estado moçambicano. “Somos uma empresa privada e não uma autoridade pública. Posso garantir a segurança do complexo industrial onde posso operar, mas não da região.

“Não tenho meios de segurança suficientes e esse não é o nosso trabalho. Cabe às autoridades moçambicanas dizer se a segurança foi restaurada”.

Acrescentou que, como accionista de 26% do projecto, a TotalEnergies não tomava decisões independentes e necessitaria do acordo dos seus parceiros tailandeses, japoneses e indianos antes de regressar.

No ano passado, o consórcio contratou o especialista em direitos humanos Jean-Christophe Rufin para avaliar a situação. Ele relatou que as raízes da insurgência islâmica eram a pobreza, que poderia ser aliviada através de projectos de gás retido pela insurgência.

Venâncio Mondlane candidata-se a Presidente da República na quinta-feira

 


Venâncio Mondlane vai submeter, quinta-feira, 6 de Junho, ao Conselho Constitucional, a sua candidatura ao cargo de Presidente da República.

Mondlane confirmou esta intenção, curiosamente, 24 horas depois de ter renunciado ao mandato como deputado da Assembleia da República pela bancada parlamentar da Renamo e membro da “perdiz”.

A renúncia, segundo Mondlane, surge “em consequência de uma tomada de consciência profunda da necessidade de busca de meios mais eficientes” e de uma “atmosfera política propícia para continuar o seu combate em defesa da democracia plena e na luta para o livre exercício dos deveres patrióticos”.

Outrossim, Venâncio Mondlane escreveu ao secretário-geral da Renamo a anunciar que ia abandonar o partido, alegando que “deve buscar meios alternativos para continuar a promover a ética, princípios e valores duma democracia plena”.

O ex-deputado foi impedido de participar no Congresso da Renamo, em meados de Maio, em que havia manifestado interesse em concorrer à presidência do maior partido da oposição em Moçambique.

Ainda assim, recorreu ao Tribunal Judicial de Alto-Molócuè, que julgou procedente a providência cautelar por si interposta. O tribunal ordenou a Renamo a permitir a entrada na sala do Congresso de Mondlane, mas tal não veio a ser acatado.

No entanto, a Unidade de Intervenção Rápida da Polícia de Moçambique bloqueou as ruas que dão acesso ao local onde decorreu o congresso.

O objectivo seria impedir a passagem de Venâncio Mondlane e seus apoiantes para o recinto do congresso do maior partido da oposição no país.

Daniel Chapo submete amanhã candidatura ao cargo de Presidente da República

 


Daniel Chapo irá submeter, esta quarta-feira, a sua candidatura a Presidente da República nas eleições marcadas para 9 de Outubro.

Daniel Francisco Chapo, actual governador da província de Inhambane, foi eleito na noite de 5 de Maio, com 225 votos dos membros do Comité Central, o correspondente a 94,1 por cento dos 249 votantes.

A escolha foi o culminar de três dias da sessão extraordinária do Comité Central da Frelimo.

Nos últimos dias, em actos de apresentação pública nas províncias, o candidato presidencial da Frelimo, Daniel Chapo, garantiu que, em caso de vitória no escrutínio de Outubro deste ano, vai apostar no combate à corrupção, um mal que condiciona o desenvolvimento socioeconómico do país.

Em Gaza, por exemplo, Chapo explicou que o combate à corrupção passa pela transparência, cultura de prestação de contas e educação moral da sociedade.

Já no último domingo, o secretário-geral interino da Frelimo e candidato a Presidente da República assegurou que vai trabalhar com todas as organizações sociais do partido para garantir a vitória desta formação política nas próximas eleições gerais.

Falando perante centenas de membros e simpatizantes do partido na Escola Central da Frelimo, na Matola, Província de Maputo, Daniel Chapo explicou que o partido reconhece o papel das organizações sociais na mobilização do eleitorado.

Daniel Chapo acrescentou que, para o escrutínio de 9 de Outubro próximo, os membros e simpatizantes do partido devem reforçar os níveis de coesão para uma vitória expressiva da Frelimo e do seu candidato a Presidente da República.

Daniel Chapo falava no quadro da Conferência Regional de África para a eleição do candidato a deputado da Assembleia da República pelo círculo eleitoral de África.

segunda-feira, 3 de junho de 2024

Venâncio Mondlane já não é membro da Renamo nem deputado do Parlamento

 




Venâncio Mondlane renunciou ser membro da Renamo e deputado deste partido na Assembleia da República. Para o efeito, o político dirigiu uma carta ao partido e ao Parlamento.

No documento, Mondlane diz que a decisão resulta de “uma tomada de consciência profunda da necessidade de busca de meios mais eficientes e de uma esfera política propícia para continuar o seu combate pela defesa da democracia e na luta pelo livre exercício dos deveres patrioticos”.