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quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Ministro da Defesa nega recrudescimento do terrorismo em Cabo Delgado

 


O ministro da Defesa, Cristóvão Chume, desdramatiza os ataques terroristas em Cabo Delgado, e diz que que não há nenhum recrudescimento do terrorismo naquela próvincia, até porque, se fosse o caso, as sedes dos distritos estariam ocupadas e a população não teria acesso.

Segundo o ministro, o que aconteceu nesses distritos, como o caso de Metuge, Ancuabe e Chiúre, que sofreram, há semanas, ataques dos terroristas, que culminaram com mais de 70 mil deslocados, foi a incursão de um pequeno grupo de terroristas, que saíram dos seus quartéis, na zona de Namarussia, foram a algumas aldeias e criaram pânico às populações.

“Quero, aqui, dizer que dois ou três terroristas armados, chegaram a uma aldeia que em não está lá a polícia ou as forças armadas disparam para o ar, queimam duas ou três casas. Na era das comunicações, a mensagem é difundida rapidamente, cria pânico não só naquelas aldeias como a nível nacional e internacional”, disse.

Apesar de considerar estável a situação naquele ponto do país, Chume referiu que, com isso, “não queremos dizer que não há ocorrência de terrorismo. Há, sim”, mas garantiu que não voltará a acontecer o que aconteceu no passado, em distritos como Palma e Quissanga, em que os terroristas ocuparam as vilas.

Ainda assim, não tem dúvidas de que situações como as que aconteceram em Chiúre e Metuge voltarão a acontecer no futuro, porque faz parte da estratégia dos terroristas, e é algo que as Forças de Defesa não podem evitar.

Por isso, garantiu que “estamos firmes nisso e vamos continuar a combater”.

E, por considerar que não há perigo, o ministro diz que a população que saiu dessas zonas para Nampula e alguns pontos de Cabo Delgado já pode voltar para casa. Aliás, garantiu que já está a voltar.

“Estão a voltar. As pessoas que saíram de alguns distritos afirmam que estão a voltar, porque a situação voltou à normalidade.”

O ministro disse, ainda, que há condições de segurança para que tenha lugar o recenseamento eleitoral naquela província.

⛲ O país 

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Venâncio Mondlane desafia Momade e gera incertezas

 


Venâncio Mondlane desafia a liderança da RENAMO e gera incertezas no seio do maior partido da oposição moçambicana. Analistas dizem que isto pode indicar um possível "vazio de poder" na direção do partido.

Ainda na ressaca das eleições autárquicas de outubro passado, a política moçambicana vê-se abalada por uma crise interna no maior partido da oposição, com Venâncio Mondlane como protagonista.

O deputado da Assembleia da República pela bancada da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) desafiou publicamente a liderança partidária, ao submeter ao Tribunal duas providências cautelares, onde questiona a liderança do presidente Ossufo Momade. Venâncio Mondlane alega que Momade está fora dos limites estatutários e exige a convocação imediata de um congresso.

Fontes ouvidas pela DW fazem uma análise que vai do heroísmo de Venâncio Mondlane a um futuro inglório dentro da RENAMO.

"Vazio de poder"

O jurista e analista político Ernesto Júnior entende que apesar desta ação não estar em conformidade com a disciplina partidária, Mondlane agiu de acordo com a legislação que regula a atividade dos partidos políticos.

Ossufo Momade já cumpriu os seus cinco anos de mandato na direção da RENAMO, mas segue na liderança do partidoOssufo Momade já cumpriu os seus cinco anos de mandato na direção da RENAMO, mas segue na liderança do Partido 

De acordo com Júnior, "tendo expirado o mandato de cinco anos e não ter sido feito um congresso para a reeleição ou eleição de novos membros de direção, diríamos que, neste momento, a RENAMO tem um vazio de poder, porque os órgãos que foram eleitos há mais de cinco anos estão fora do seu mandato, o que significa que estão a exercer os seus cargos ilegalmente".

Por outro lado, o professor universitário Hilário Chacate considera que a atitude de Venâncio Mondlane pode representar a vontade da maioria. "Parece-me que é um interesse de vários segmentos da própria RENAMO; [o Venâncio] foi o único que teve coragem de tomar esta postura e confrontar Ossufo Momade e ninguém mais conseguiu o fazer".

Futuro incerto

Apesar da legitimidade que os analistas atribuem na ação de Venâncio Mondlane, vislumbra-se um futuro incerto para o político.

Hilário Chacate prevê medidas drásticas a serem tomadas pelo partido. Segundo o professor universitário, "a RENAMO não permitirá que Venâncio apareça na lista para a sua candidatura como deputado na Assembleia da República, ou será colocado numa posição em que se sabe que terá muitas dificuldades para ser eleito".

Chacate vai mais longe ao afirmar que, "na RENAMO, Venâncio já não tem futuro, já se esgotou tudo o que ele poderia conseguir".

Venâncio Mondlane foi recentemente exonerado como relator da sua bancada no Parlamento, tendo sido igualmente, afastado como segundo da fila da RENAMO a nível da Assembleia da República.

Venâncio Mondlane durante a campanha para as autárquicas em MaputoVenâncio Mondlane durante a campanha para as autárquicas em Maputo

Face a este cenário, Ernesto Júnior entende que restam apenas duas opções para Venâncio Mondlane, que o considera um ator político com expressão em Moçambique: "ou se filiar a uma outra formação política ou criar o seu próprio partido".

"E também pode ser o enterrar político de Venâncio Mondlane já que ele é visto como 'persona non grata' dentro da própria RENAMO", ressalta o jurista.

Entretanto, a DW contatou o porta-voz do partido, José Manteigas, que optou por um silêncio estratégico, recusando-se a comentar sobre a crise. Manteigas avançou, no entanto, que o "partido vai se pronunciar oportunamente".

Venâncio Mondlane iniciou a sua carreira política como membro do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira maior forca política em Moçambique, tendo abonado o partido devido a divergências internas junto à liderança.

⛲Dw

FMI diz que raptos estão a afectar ambiente de negócios em Moçambique

 


A onda dos raptos que assola o país desde 2011 e que nos últimos anos tende a crescer, ganhando contornos alarmantes, está a afectar o ambiente de negócios em Moçambique. Quem o diz é o Representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Moçambique, Alexis Meyer Cirkel.

“Há impacto sim, não há dúvida. A insegurança pública gerada pelos raptos tem um impacto sobre a vontade de investir. Os investidores que se sentem ameaçados acabam cancelando os investimentos projectados. Contudo, nós ainda não fizemos um estudo quantitativo para definir o real impacto económico do fenómeno”, afirmou o Representante do FMI, em Moçambique. 

Cirkel falava esta terça-feira (27) em Maputo, à margem de um seminário organizado pela Comissão do Plano e Orçamento da Assembleia da República, sobre perspectivas e oportunidades macro-económicas para 2024.

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) anunciou no ano passado estar a realizar um estudo para apurar quanto o fenómeno já extorquiu aos empresários que já foram vítimas. Dados preliminares do estudo, avançados pelo organismo, indicam que os raptores já embolsaram 2.2 mil milhões de Meticais em resgates.

Há dias, a Câmara do Comércio de Moçambique (CCM) queixou-se da intensificação da onda de raptos. Para a Secretária-geral do CCM, Teresa Muenda, a qualquer momento, os raptos já não se irão circunscrever apenas aos empresários, mas poderão abranger qualquer cidadão. Face a esse risco iminente, a empresária apelou ao Governo e a toda a sociedade à união de esforços para combater o mal.

“As pessoas que raptam estão no nosso seio, convivem connosco. Assim, o apelo é para sermos mais vigilantes e pedir às autoridades para que intensifiquem as acções para a identificação dos sujeitos”, disse Muenda.

O último rapto aconteceu há uma semana, cuja vítima foi um empresário moçambicano da comunidade hindu, raptado em Maputo, a poucos metros de um quartel na Avenida Amílcar Cabral, no bairro Sommerschield.

O rapto ocorreu por volta das 9h00 e a vítima, identificada como Dharmendra, era proprietário de uma “loja de garrafas” localizada a menos de 50 metros do quartel militar e junto ao “O Vosso Supermercado”, na zona conhecida como ‘zona militar’.

Os raptores estavam armados e executaram o crime rapidamente e sem qualquer hipótese de reacção da vítima, tendo a polícia chegado ao local mais tarde, já depois do acto consumado.

⛲ Cartamoz 

“Guerra” entre os profissionais de saúde parece não ter fim à vista



O Presidente da Associação dos Profissionais de Saúde (APSUSM) Anselmo Muchave acusa o seu colega Horácio Nhoca de violar a providência cautelar e exige uma indemnização de 4 milhões de Mts.

Muchave voltou ao tribunal no passado dia 29 de Janeiro de 2024, depois de ter submetido em Dezembro do ano passado uma providência cautelar contra o seu colega Horácio Nhoca por alegada usurpação de poderes.

De acordo com um documento da 5ª Secção do Tribunal Judicial da cidade de Maputo, Horácio Nhoca é acusado de resistência à decisão, criação de novos grupos em nome da APSUSM (grupos de que o mesmo não faz parte), mobilização de membros da associação e adesão a grupos.

Dentre vários pontos, o réu é também acusado de afrontar a deliberação imposta pelo tribunal, o que configura num acto criminal, com agravante deste estar a mobilizar os demais membros da associação a aderirem a este golpe.

Neste âmbito, a Associação pede para que Horácio Nhoca seja condenado a abster-se de fazer-se passar de representante da APSUSM e, consequentemente, proibido de proceder qualquer conferência de imprensa nacional ou internacional, assim como praticar qualquer acto em nome desta.

Outrossim, a Associação exige que seja condenado em custas e procuradoria condigna na sua taxa máxima no valor de 4 milhões de Meticais.

Entretanto, nesta terça-feira (27), “Carta” conversou com o mentor da APSUSM, Francisco Cossi, que contou que Anselmo Muchave está a agir como um chantagista com pretensão de perturbar os seus colegas.

“Entendemos que o Anselmo anda stressado por falta de pagamento dos valores ilícitos que recebia na sua conta, inclusive o valor que em algum momento recebeu na mesa negocial. Ele acha que encontrou no colega (Horácio Nhoca) uma fonte para poder ganhar dinheiro com esta indemnização absurda. Mais ainda, ele não é Presidente eleito pela Assembleia-Geral dos Associados, está a agir de má-fé”, refere a fonte.

Tentamos ouvir o Presidente da APSUSM, Anselmo Muchave, mas sem sucesso, pois este encontrava-se com o telemóvel fora de área.

⛲ 

CARTAMOZ 


FDS interditam entrada de deslocados de Mucojo às ilhas de Quirambo e Matemo no distrito de Ibo

 


Os membros das Forças de Defesa e Segurança (FDS) afectos na ilha Quirambo, distrito do Ibo e famílias deslocadas do posto administrativo de Mucojo em Macomia entraram numa confrontação verbal, na manhã desta terça-feira (27), quando os agentes da autoridade tentaram impedir as novas chegadas.

Não se sabe se as FDS estavam a cumprir "ordens superiores" ou a agir à sua conta e risco, mas o certo é que faziam de tudo para que os deslocados que saíram de Mucojo não entrassem na ilha Quirambo, mesmo em regime de trânsito.

"Houve um braço-de-ferro em Quirambo. Os nossos familiares estão a ser impedidos de entrar em Quirambo pelos polícias. Não sabemos as causas. Assim (10 horas), as pessoas ainda estão na praia, são muitas ao longo da orla marítima. Os agentes estão a dizer aos deslocados para subir de novo no barco e regressar à procedência", disse, na manhã desta terça-feira, Mabade Abdala, um dos familiares das pessoas interditas que se encontra em Macomia-sede.

Fátima Andarrusse, residente em Quirambo, confirmou: “houve uma tentativa para impedir a entrada das famílias deslocadas de Mucojo. As pessoas ficaram muito tempo na praia e mais tarde algumas tiveram que passar do lado do mangal até chegar aqui na aldeia".

Já na ilha Matemo, a interdição de deslocados idos de Mucojo decorre desde Janeiro. Segundo fontes, muitas embarcações vindas daquela zona e das ilhas ao largo não foram autorizadas a atracar em Matemo.

"Os militares não permitiram a atracagem de uma embarcação de Matemo a Mucojo, com algumas pessoas a bordo. Os militares ameaçaram disparar e as pessoas regressaram", disse Sualeh Amade, explicando: "mesmo se um barco chegar à noite, os chefes dos quarteirões denunciam estas chegadas e logo a seguir as pessoas são levadas pelos militares. Isso aconteceu muitas vezes".

Relatos a que "Carta" teve acesso indicam que as autoridades do distrito de Macomia avisaram todos os residentes do posto administrativo Mucojo para abandonar a região até amanhã (29). Segundo as fontes, não foram avançadas as razões da evacuação daquela zona, onde os terroristas e a população estiveram nos últimos meses em convivência pacífica.

Lembre-se que, desde Janeiro passado, os terroristas atacaram uma posição das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), obrigando o abandono dos militares de toda a área administrativa de Mucojo.

 Cartanoz

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Primeiro-Ministro e Ministro das Finanças chefiam logística eleitoral da Frelimo

 


A Comissão Política da Frelimo nomeou o Primeiro-Ministro, Adriano Maleiane, e o Ministro da Economia e Finanças, Max Tonela, para liderarem a Área de Finanças e Logística do Gabinete Central de Preparação de Eleições, que terão lugar no próximo dia 9 de Outubro.

A decisão foi tomada na noite desta segunda-feira, no decurso da 20ª Sessão Ordinária daquele órgão, que é responsável pela gestão da Frelimo no intervalo entre as sessões do Comité Central. Os dois principais gestores dos dinheiros públicos serão responsáveis pela mobilização e gestão dos fundos do partido no poder para as eleições presidenciais, legislativas e das Assembleias Provinciais, facto que cria alguns questionamentos, tendo em conta que a campanha eleitoral da Frelimo sempre foi feita a reboque dos bens do Estado.

Aliás, no caso do Primeiro-Ministro não será a primeira vez que será responsável pela gestão da logística e do dinheiro da campanha eleitoral do partido Frelimo. Em 2023, Adriano Maleiane foi gestor do dinheiro da campanha eleitoral para as eleições autárquicas.

Sem ainda avançar a lista dos pré-candidatos à Presidência da República, a Comissão Política da Frelimo convocou a III Sessão Ordinária do Comité Central para os dias 5 e 6 de Abril, na Escola Central do partido, na autarquia da Matola, província de Maputo. Refira-se que será nesta sessão em que será eleito o candidato da Frelimo à Presidência da República.

Em comunicado enviado à “Carta” na noite de ontem, a Comissão Política da Frelimo anunciou também mexidas nas brigadas centrais de assistência às províncias. Assim, Filipe Paúnde passa a liderar a província do Niassa, enquanto Amélia Muendane chefia a brigada central de assistência à província de Cabo Delgado e Fernando Faustino lidera a província de Nampula.

Por sua vez, Aires Ali vai chefiar a brigada central da província da Zambézia; Eneas Comiche vai assistir a província de Sofala; Esperança Bias a província de Manica; Damião José vai liderar Tete; Celso Correia vai dirigir a província de Inhambane; Margarida Talapa vai assistir Gaza; Verónica Macamo e Tomás Salomão vão liderar a província de Maputo; e a Francisco Mucanheia a Cidade de Maputo.

Refira-se que José Pacheco, Basílio Monteiro, Alberto Vaquina, Luísa Diogo, Celso Correia, Aires Bonifácio Ali e Amélia Muendane são alguns dos nomes avançados nos bastidores como tendo a ambição de desalojar Filipe Jacinto Nyusi do trono, no entanto, nenhum deles já veio a público confirmar tal pretensão. 

⛲ Cartamoz 

Reinildo Mandava é o mais valioso jogador moçambicano

 


O internacional moçambicano tem um valor do mercado fixado em 16 milhões de euros e é o mais cotado dos jogadores que actuam além fornteiras, seguido de Geny Catamo, extremo do Sporting, que tem o passe de 4 milhões de euros. Fecha o pódio Bruno Langa, recentemente transferido para o Almería da Espanha, que tem o passo fixado em 1.5 milhão de euros

Para além de ser pretendido por um gigante do futebol europeu e mundial, Reinildo Mandava é, actualmente, o jogador mais valioso dos moçambicanos. De acordo com o TransferMarkt, o site oficial que acompanha detalhadamente o valor do mercado de todos os futebolistas a nível mundial, o lateral-esquerdo é o mais cotado, com um valor de mercado a rondar os 16 milhões de euros.

O jogador do Atlético de Madrid, transferido do Lille da França por 3 milhões de euros, foi formado no Ferroviário da Beira e tem passagem por vários clubes portugueses, nomeadamente Fafe, Benfica e Covilhã.

Segundo o site supracitado, que funciona sob tutela da FIFA, órgão máximo do futebol mundial, Geny Catamo aparece em segundo lugar com valor de mercado de 4 milhões de euros, seguido de Bruno Langa, que fecha o pódio com um valor de 1,5 milhões de euros.

Na lista dos jogadores que fazem parte da base de dados dos Mambas, Edmilson, Witi, Guima, Alfons Amade, Clésio e Kambala aparecem a seguir como dos mais cotados.

De acordo com o TransferMarkt, Infren Matola, mais conhecido por Nanani, é o mais cotado dos jogadores que actuam internamente, com um valor de mercado avaliado em 100 mil euros.

REINILDO MANDAVA “ESPIONADO” PELA JUVENTUS

O prestigiado jornal desportivo italiano “La Gazzetta dello sport” avança que o internacional moçambicano Reinildo Mandava é um dos alvos para a próxima época 2024–2025.

O periódico escreve que Mandava, de 30 anos, é um jogador versátil e que pode desempenhar diferentes funções e adaptar-se a diferentes sistemas, tal como Alex Sandro, que está de saída.

Depois de se ter recuperado de uma lesão e regressado aos relvados, Reinildo Mandava contabiliza, esta época, 378 minutos em sete jogos.

Mandava foi convocado por Chiquinho Conde para o CAN 2023, assinando exibições notáveis e, desde então, contabiliza mais minutos pelo Atlético Madrid.

Mocambique devia pedir ajuda externa para combater raptos

 


Os analistas moçambicanos Borges Nhamirre e Hélder Jauana dizem que o Estado falhou na missão de acabar com os raptos logo no início. Os dois analistas não entendem porque é que Moçambique não pede ajuda a outros países para estancar o fenómeno. Borges Nhamirre e Hélder Jauana falavam esta segunda-feira, no programa Noite Informativa, da Stv Notícias.

Moçambique continua a ser assolado pelos raptos desde 2021 e, até ao momento, foram registados 234, segundo dados do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC).

Um fenómeno que preocupa vários quadrantes da sociedade no país, que apresentam sugestões de soluções para que o fenómeno seja estancado e combatido em Moçambique.

Borges Nhamirre e Hélder Jauana consideram que o Estado moçambicano falhou na missão de acabar com os raptos logo no início e que, a esta altura, devia pedir ajuda a outros países para estancar o fenómeno.

Hélder Jauana, analista e académico, coloca questões que considera que não têm resposta ainda. “Aconteceu o primeiro rapto, aconteceu o segundo e depois aconteceu o terceiro. A pergunta é ‘como é que nós deixamos até hoje acontecerem 234 raptos, pelo menos nos meus registros?'”, questiona.

Segundo os dados que apresenta, Jauana diz que, dos 234 raptos que aconteceram, 12 destas pessoas foram assassinadas em cativeiros. A pergunta, para o analista moçambicano é “como é que tu deixas acontecer isso tudo e não solicitas ajuda?”.

Para Hélder Jauana, “há um discurso de que somos uma nação soberana” e não precisamos de ajuda. Mas, segundo disse, tal como acontece com a situação de Cabo Delgado, assolada pelo terrorismo, “foste buscar ajuda do Ruanda e da SAMIM. A minha grande questão é: o que está acontecer, que volvidos tantos anos, nós não nos preocupamos em ir buscar quem nos pode ajudar?”.

Jauana traz, ainda assim, propostas de soluções que podem ajudar nestas questões que coloca. “O Quénia é um país amigo e irmão para terrorismo e outros tipos de crimes. O Quénia, quando teve necessidade, pediu ao FBI americano para poder ajudar e tiveram ajuda”, esclarece.

“Eu, particularmente, ainda não percebi porque é que Moçambique não pede apoios à Mossad israelita, por exemplo, que é uma polícia que admiro e, para mim, é a melhor do mundo”, sugere e conclui que “para este tipo de crime, temos de pedir ajuda”.

Por sua vez, Borges Nhamirre diz que o país falhou na prevenção, porque “o melhor momento para combater ou impedir que um crime organizado floresça está na prevenção que é feita através de uma coisa chamada de ‘Comunidade de Inteligência’, que é um conjunto de instituições que se dedicam a estudar ameaças à segurança nacional”.

E não termina por aí: “Numa gíria securitária, diz-se que a segurança se mede pelos crimes que não acontecem”. E dá exemplos de muitas tentativas de assaltos a bancos e de ataques terroristas, “eventualmente, nas cidades como Pemba e Maputo”, que não aconteceram e tentativas de tráfico de crianças que, também, não aconteceram, “porque a inteligência trabalhou na prevenção e impediu que isso acontecesse”.

O analista diz que há dificuldades em controlar este mal, uma vez que, “a partir do momento em que há erupção deste fenómeno, é muito mais difícil parar”. Para além de que “quando se consolida e passa de ‘caso’ para ‘fenómeno’, fica ainda mais difícil estancar”.

Borges Nhamirre fala de ‘tentáculos’, numa perspectiva de que “aquilo que você vê como um pequeno raptor aqui ou um caso ali são só tentáculos de um grande centro de poder, e é difícil de identificar a cabeça do polvo”.

Estes comentários de Borges Nhamirre e Hélder Jauana vêm a propósito da actualização feita pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal em relação aos raptos que aconteceram recentemente, aquando da apresentação, na segunda-feira, de dois indiciados de envolvimento nos raptos de um empresário, a 20 de Janeiro, e outra vítima, a 1 de Novembro do ano passado.

De acordo com a actualização do SERNIC, o empresário raptado na Cidade de Maputo continua em cativeiro e a vítima raptada a 1 de Novembro de 2023 foi resgatada 51 dias depois e encontra-se em convívio familiar.

Comité Central da Frelimo reúne-se nos dias 5 e 6 de Abril

 


O Comité Central da Frelimo irá reunir-se entre os dias 5 e 6 de Abril de 2024, na Escola Central do Partido, na Matola, segundo deu a conhecer esta segunda-feira a porta-voz desta força, Ludmila Maguni. 

Maguni, que falava depois da XX Sessão Ordinária da Comissão Política, justificou que a indicação destas datas tem a ver com o período da Páscoa no final do mês de Março.

A porta-voz da Frelimo deixou ainda claro que a indicação dos pré-candidatos a Presidente não foi tema da XX Sessão Ordinária da Comissão Política.

Durante o encontro de ontem, foram também indicados novos Chefes da Brigada Central da Frelimo de assistência às províncias.

Com efeito, Filipe Paúnde foi indicado como Chefe da Brigada Central de assistência à Província do Niassa. Por sua vez, Amélia Muendane será a Chefe da Brigada Central de assistência à Província de Cabo Delgado. Eneas Comiche foi indicado como Chefe da Brigada Central de assistência à Província de Sofala, enquanto Esperança Bias fica como Chefe da Brigada Central de assistência à Província de Manica.

Há, ainda neste rol de indicações, a nomeação de Damião José como Chefe da Brigada Central de assistência à Província de Tete. Já Celso Correia é o novo Chefe da Brigada Central de assistência à Província de Inhambane. 

Para a província de Gaza, foi indicada Margarida Talapa, sendo que Francisco Mucanheias é a figura escolhida como Chefe da Brigada Central de assistência à Cidade de Maputo. 

Finalmente, Verónica Macamo e Tomás Salomão serão os Chefes da Brigada Central de assistência à Província de Maputo. Alcinda de Abreu foi indicada como Chefe da Brigada Central de assistência à diáspora.  

A Comissão Política da Frelimo saudou e encoraja, por lado, as Forças de Defesa e Segurança a continuarem a combater os terroristas no “teatro operacional norte”, para além de apelar aos moçambicanos a serem solidários com as vítimas dos insurgentes

Outrossim, saudou Filipe Nyusi pela participação na cimeira da União Africana, encontro que se realizou em Adis Abeba, na Etiópia.

⛲ O país 

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Venâncio Mondlane recorre a justiça para pressionar Ossufo Momade a marcar datas do Congresso

 


VM7 submeteu duas providencias cautelares para pressionar Momade a cumprir na integra os estatutos da Renamo

Mondlane quer ver anuladas todas as decisões do líder da perdiz depois do dia 17 de Janeiro

Venâncio Mondlane atiçou, nesta sexta-feira, 23 de Fevereiro, a rivalidade com Ossufo Mondlane. O cabaça – de – lista da perdiz na Cidade de Maputo nas VI Eleições Autárquicas submeteu, no Tribunal Judicial da Cidade de Maputo (TJCM), duas providências cautelares com o objectivo de repor a legalidade no partido. Através dos expedientes que submeteu no TJCM, Mondlane pretende que o líder do partido seja notificado para marcar a data do Congresso e, por outro lado, quer ver anuladas todas decisões tomadas por Ossufo Momade depois do 17 de Janeiro, por sinal data que terminou o mandato do sucessor de Afonso Dhlakama.

Na primeira providencia cautelar, Venâncio Mondlane almeja que o líder do maior partido da oposição em Moçambique seja notificado para marcar as datas do congresso, uma vez que já está fora do mandato.

“Submeti ao Tribunal Judicial da Cidade de Maputo duas providências cautelares. A primeira tem duas vertentes. A primeira tem a ver com a marcação do congresso da Renamo. Os estatutos do partido estão extremamente claros e evidentes. A competência da marcação do congresso é do presidente da Renamo, uma vez que a data do congresso não foi marcada significa que não havendo razões que foram dadas a conhecer aos membros, aos quadros estamos perante uma situação de uma grave irregularidade estatutária , logo, não conhecendo os fundamentos da não marcação do congresso submetemos uma providencia para os órgãos da justiça notifiquem o presidente da Renamo para cumprir os estatutos dos partidos na integra, isto é, a ser obrigado a marcar a data do congresso , sobretudo, porque neste momento não são conhecidas as razoes objectivas para o não cumprimento de uma norma estatutária imperativa e não negociável”, referiu para depois denunciar a conduta anti-democrática de Momade contra os potenciais candidatos a liderança do partido.

“Neste momento, fomos vedados para fazer trabalho político nas delegações políticas do partido e outros tipos de impedimento na actividade política que é algo anti – democrático, anti constitucional o que significa que estamos a instar os órgãos da justiça para uma vez mais notificar o presidente do partido para se abster dos actos anti – democráticos ilegais e anti – constitucionais de impedir a liberdade política de qualquer membro do partido”

Na segunda, Mondlane quer ver anuladas todos os actos de exoneração praticados por Ossufo Momade depois do dia 17 de Janeiro, por sinal data que terminou o mandato de Momade.

“Estes actos, sobretudo os estruturantes, como por exemplo, a exoneração em massa dos delegados políticos provinciais e não so, agora estão a o nível de exonerar também delegados políticos distritais … há um vasto leque de delegados que foram exonerados numa altura em que presidente do partido não tem mandato legal para o fazer. Em relação a esta segunda providencia cautelar, todos estes actos estruturantes que foram tomados pelo presidente fora do mandato sem nenhuma justificação plausível, segundo a legislação, são actos nulos e de nenhum feito. Para que fosse ao nível da justiça, esta providencia cautelar eh para que os órgãos da justiça notifiquem o presidente para repor a legalidade e repor todos cargos que foram destituídos ilegalmente”

⛲ Evidências

Beira: Quatro jovens detidos indiciados de raptar e matar menor



Quatro jovens, residentes no distrito de Gorongosa, em Sofala, foram detidos, indiciados de terem raptado um menor de oito anos e depois o mataram para supostamente venderem parte do seu corpo, escreve o jornal “O País”.

De acordo com o jornal, o crime ocorreu numa machamba, localizada próximo da residência da vítima, na localidade de Canda, em Gorongosa. A vítima era filho de um amigo de dois dos 4 supostos autores do crime.

Os pais da vítima contaram que o menor, tal como fazia habitualmente em todas as manhãs, saiu para escola e nunca mais regressou. O menor foi morto muito perto da sua residência, quando ia à escola onde frequentava a segunda classe.

Consumado o crime eles telefonaram para o intermediário no sentido de procederem a entrega dos órgãos da criança.

No local estava um agente da PRM a quem o suposto mandante alertou sobre a tentativa de venda de órgãos humanos e eles foram detidos

⛲ Mznews 

Malfeitores abusam sexualmente alunas menores de idade na Beira

 


Três jovens são indiciados de recorrerem a objectos cortantes para obrigar alunas, menores de idades, a manterem relações sexuais com os mesmos. Um dos supostos malfeitores foi detido e os outros dois andam fugitivos.

De acordo com uma das vítimas, na terça-feira da semana passada, quando saia da escola, onde frequenta a 10ª classe, em direcção a sua residência, foi interpelado por três indivíduos que estavam a fumar e que empunhavam uma faca, uma garrafa partida e um prego. 

“Eles mandaram-me parar e de seguida arrancaram-me a mochila que continha os meus livros. Bateram-me duas vezes na face e obrigaram-me a caminhar com eles. Alguns metros depois entramos numa mata e forçaram-me a tirar a roupa e os três violaram-me. Enquanto o acto decorria aproximou um jovem que começou a gritar pedindo socorro quando descobriu que eu estava sendo violado. Eles fugiram”, contou uma das vítimas

A outra vítima foi abusada no dia seguinte num outro ponto. Ela disse que foi interpelada por um jovem quando se dirigia à escola. “Vi alguém me seguindo e antes de eu perceber as suas intenções segurou-me com força. Ele tinha uma garrafa partida na mão e com ela ameaçou cortar-me caso eu pedisse socorro. Enquanto isso, foi arrastando-me para uma casa abandonada onde me violou. Depois da violação ele garantiu que caso eu contasse para alguém ele iria à minha escola para ajustar contas”.

As duas vítimas contaram o sucedido a polícia e exames médicos concluíram que houve abuso sexual. Investigações preliminares levaram à detenção de um jovem que foi reconhecido pelas duas alunas como sendo um dos autores do crime e tentou dizer à polícia que era namorado de uma delas e negou a acusação.

A polícia esta a procura dos outros dois supostos autores do crime, apelou a uma maior vigilância e garantiu que irá aprimorar a vigilância para evitar mais casos de abuso sexual.

⛲ O país 

Nampula com mais de 1300 casos de conjuntivite hemorrágica

 


A província de Nampula regista, por dia, entre 80 a 100 casos de conjuntivite hemorrágica. O Ministério da Saúde alerta que há casos a serem detectados noutras províncias, por isso apela para o reforço das medidas de higiene. 

A conjuntivite hemorrágica é uma doença infecciosa, causada por um vírus. O surto é facilmente identificado por causar vermelhidão e dor nos olhos. Desde o seu surgimento na província de Nampula, a 10 de Fevereiro até este domingo, totalizavam-se 1326 casos registados.

A falta de higiene e aglomerados populacionais são favoráveis para a expansão da doença. Apesar de o surto ter sido declarado em Nampula, o Ministério da Saúde alerta que há casos esporádicos noutros pontos do país. 

Sobre a cólera, Quinhas Fernandes alertou que os casos continuam preocupantes em 32 distritos. 

Já em relação ao Coronavírus, o MISAU diz ter registrado este ano 108 casos positivos, das mais de 2000 pessoas testadas.

⛲ Opais 

Governo não tem dinheiro suficiente para responder à crise em Cabo Delgado

 


O primeiro-ministro, Adriano Maleiane, admitiu quinta-feira que o governo não tem dinheiro suficiente para responder à crise humanitária que envolve vítimas do terrorismo islâmico na província nortenha de Cabo Delgado

Em declarações aos jornalistas após a cerimónia de abertura de uma sessão da Assembleia da República (AR), o primeiro-ministro lamentou o aumento dos ataques e a deslocação da população de alguns distritos de Cabo Delgado.

“Os recursos nunca são suficientes, estamos preparados para a época das chuvas, mas agora esta situação precisa de apoio adicional”, disse.

Segundo Maleiane, esta crise está a provocar fome e falta de bens de primeira necessidade e, por isso, o governo promete levar o assunto para a próxima reunião plenária do Conselho de Ministros marcada para amanhã.

“Combater o terrorismo não é fácil, mas as nossas forças devem continuar a trabalhar. É lamentável porque há toda uma população que se desloca de um lugar para outro, o que está a criar problemas alimentares e por isso temos que encontrar soluções”, disse o Primeiro-Ministro.

Para minimizar a situação, Maleiane apela ao espírito de solidariedade para com as vítimas do terrorismo, enquanto o governo procura soluções com os seus parceiros.

Ultimamente, os terroristas têm intensificado os seus ataques em determinados distritos de Cabo Delgado, causando a morte e deslocamento de populações locais, queimando edifícios públicos e privados, bem como extorquindo dinheiro aos motoristas que utilizam as principais estradas da província.

A deterioração da situação de segurança em Cabo Delgado este mês parece ter apanhado o governo de surpresa. Os terroristas deslocaram-se para sul, para o distrito de Chiúre e para a província vizinha de Nampula.

As chuvas torrenciais em Cabo Delgado estão a causar inundações e a tornar muitas estradas intransitáveis para veículos. Chuva e nuvens também dificultam os voos e por isso há poucos helicópteros em operação.

A investida terrorista em Chiúre levou aldeões assustados a invadirem a capital do distrito, a vila de Chiure. A Organização Internacional para as Migrações (OIM) informou que, até 16 de Fevereiro, 2.046 pessoas deslocadas tinham chegado à vila.

Outros fogem em direcção à capital provincial, Pemba, ou em direcção ao sul, através do rio Lúrio, para Nampula. O governo provincial de Nampula abriu um centro de acolhimento para deslocados no distrito de Erati. Até à manhã de quarta-feira, segundo o administrador distrital de Erati, Manuel Manussa, haviam sido registadas 13.640 pessoas que atravessavam a partir de Chiure. No entanto, o fluxo de pessoas através do Lúrio parecia ter parado na quinta-feira. (AIM)

⛲ Cartamoz

Oxford Economics diz que a economia de Moçambique vai abrandar para 4,5% este ano

 


Consultora antevê "uma produção mais lenta de gás natural".

"Antevemos que uma produção mais lenta de gás natural este ano, de 2,5%, vá contribuir para o abrandamento do crescimento económico para 4,5% este ano", escrevem os analistas da Oxford Economics, num comentário à expansão económica de 5% no ano passado.

"Apesar da adversidade de terem tido de enfrentar o ciclone Fredy, o mais prolongado ciclone alguma vez registado, e a violência em curso em Cabo Delgado, a economia conseguiu avançar em 2023 graças ao aumento da produção de gás natural liquefeito ao largo da costa", aponta-se no departamento africano desta consultora britânica.

⛲ Cm

15 mortos e dois feridos em ataque a igreja católica no Burkina Faso



Comunidade estava concentrada para "oração dominical", revelou a diocese.

Pelo menos 15 pessoas morreram e duas ficaram feridas durante um ataque a uma igreja católica, este domingo, no norte de Burkina Faso, segundo o site France 24.

"Chamamos a vossa atenção para um atentado terrorista de que foi vítima a comunidade católica da aldeia de Essakane, hoje, 25 de fevereiro, quando se encontrava reunida para a oração dominical", anunciou o vigário da diocese de Dori, Jean-Pierre Sawadogo.

O país tem sido alvo de alguns ataques, nomeadamente em igrejas cristãs

ANC quer que o governo priorize empregos para os sul-africanos em relação aos estrangeiros

 


O Congresso Nacional Africano endossou para o efeito propostas para leis de imigração mais rigorosas no seu manifesto eleitoral apresentado no último sábado pelo Presidente Cyril Ramaphosa. Ainda no manifesto, Ramaphosa promete 2,5 milhões de empregos em cinco anos.

Ele disse que o seu partido se concentrará em seis prioridades, incluindo a criação de empregos, o investimento nas pessoas, a defesa da democracia e a promoção da liberdade.

“Continuaremos a construir uma África e um mundo melhores. O ANC está a olhar para os próximos 30 anos, não estamos a olhar para o passado – não estamos a olhar apenas para os próximos cinco anos”, disse ele.

Apesar de admitir que o ANC teve falhas, citando os municípios como exemplo, Ramaphosa disse que o partido aprendeu com os seus erros e com a sua experiência era o único partido adequado para governar.

Falando no estádio Moses Madiba em Durban, na apresentação do manifesto eleitoral do partido, ele prometeu que o governo forneceria mais apoio aos municípios em dificuldades. Milhares de apoiantes do ANC encheram o estádio para ouvir Ramaphosa.

A manifestação foi a mais recente demonstração de força de Ramaphosa em Kwazulu-Natal antes das eleições, numa província onde não só o domínio do seu partido está a diminuir, mas também é o território e a base de poder do mais novo arqui-inimigo do ANC, o antigo presidente Jacob Zuma.

Milhares de pessoas permaneceram durante horas num calor sufocante à espera do presidente, que proferiu um discurso inflamado no qual apelou a “uma vitória decisiva” nas eleições de Maio. 

Ramaphosa anunciou o compromisso do ANC em promover a industrialização como motor da transformação económica, protegendo as indústrias estratégicas existentes, como o aço, e promovendo as indústrias do futuro, incluindo o aumento do investimento num plano de infra-estruturas sociais e económicas em grande escala.

Disse que o ANC continuará a prosseguir a realização de serviços básicos universais de qualidade e a prestação de um salário social através da educação, habitação, transportes, água, saneamento, electricidade, cuidados de saúde e comunicações.

Ramaphosa foi eleito principalmente com a promessa de acabar com a corrupção e limpar o ANC. Ele concorre agora a um segundo e último mandato de cinco anos em eleições que ocorrerão dentro de três meses. Ele enfatizou a defesa da democracia e o avanço da liberdade através da boa governação limpa. “Vamos combater a corrupção, melhorar a responsabilização pública, reforçar as capacidades de investigação e acção penal e punir severamente actividades corruptas nas esferas pública e privada.”

Ramaphosa também pareceu não se incomodar com a ruptura do Partido MK de Zuma, dizendo que “outros estavam a retirar-se do ANC, eles não pertencem ao ANC. Não há lugar para aqueles que são faccionais.” Acrescentou que o ANC garantirá que será representado pela “melhor liderança” na próxima administração.

Ele apelou aos seus apoiantes – “a verdadeira lança da nação” – numa clara afronta ao Mkhonto Wesizwe (lança da nação) de Zuma, para trabalharem em conjunto para defender a liberdade das forças que procuram “usar esta eleição para desfazer o progresso da democracia”. 

⛲ Cartamoz 

Guerra da sucessão na Renamo chega aos Tribunais

 


Quando faltam pouco mais de 40 dias para a realização do Conselho Nacional da Renamo, evento que deverá eleger o candidato presidencial daquela formação política, a guerra da sucessão no maior partido da oposição abre uma nova frente, desta vez chegando aos Tribunais.

A primeira batalha judicial pela liderança da Renamo foi aberta pelo deputado Venâncio António Bila Mondlane, assumido candidato à presidência daquela formação política, que, na sexta-feira, submeteu uma providência cautelar contra o Presidente da Renamo, pedindo a suspensão de todos os actos estruturantes praticados por Ossufo Momade, assim como a notificação deste para abster-se de nomear ou exonerar membros do partido “fora do período da vigência do seu mandato”. O documento foi entregue à Secção Cível do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo.

Em causa, justifica o ex-assessor político de Ossufo Momade, está o facto de o Líder da Renamo continuar a praticar actos estruturantes do partido (como é o caso da nomeação e exoneração de membros do partido), estando fora do mandato desde 17 de Janeiro último.

Segundo Venâncio Mondlane, após anunciar a sua intenção de se candidatar à presidência da Renamo, em Janeiro passado, na cidade de Nacala-Porto, província de Nampula, Ossufo Momade desencadeou uma onda de intimidação aos membros do partido e de exoneração de todos os delegados que manifestaram o seu apoio ao ex-cabeça-de-lista da “perdiz”, na cidade de Maputo.

Dos exonerados, revela o político, estão os delegados políticos da Renamo na Cidade de Maputo, nas províncias de Gaza, Tete, Manica e Zambézia, assim como nos distritos de Nacala e Inhassoro e na cidade de Inhambane. Os actos, diz Venâncio Mondlane, foram praticados pela Secretária-Geral do partido, Clementina Bomba, sob orientação do seu superior hierárquico.

Para Venâncio Mondlane, a conduta de Ossufo Momade é “contrária à Constituição da República que estabelece, no artigo 74, que o funcionamento dos partidos deve assentar numa base democrática”. Defende ainda que tal conduta está a criar “um forte divisionismo no seio dos membros do partido”, quando se está à porta das eleições gerais, facto que pode precipitar uma derrota eleitoral.

Venâncio Mondlane sublinha, na sua providência cautelar, que todos os membros do maior partido da oposição devem respeitar e fazer respeitar os estatutos do partido, bem como todas as decisões superiormente aprovadas pelos competentes órgãos, pelo que, à luz do artigo 24 dos estatutos da “perdiz”, a convocação do Congresso deve ser efectuada na vigência do mandato e não fora deste.

“Sucede que, na vigência dos referidos cinco anos, o requerido [Ossufo Momade] não convocou o Congresso e sequer invocou qualquer razão plausível para sua não convocação”, diz Mondlane, detalhando que “a não convocação do Congresso não se prende por razões financeiras porque, conforme é de domínio público, o partido e o Gabinete do Presidente receberam ao longo dos cinco anos várias subvenções do Estado”.

Segundo o deputado da Renamo, a não convocação do Congresso violou gravemente a alínea m) do artigo 24 dos estatutos daquele partido, aprovados em 2019, para além de ter deixado o Presidente do partido e os órgãos eleitos no Congresso de 2019 em situação ilegal desde 17 de Janeiro, pelo que, desde aquela data, Ossufo Momade está a praticar actos jurídicos, despido de qualquer base estatutária.

Venâncio Mondlane esclarece ainda que o Congresso é o órgão supremo do partido, pelo que o Líder da Renamo não tem legitimidade de se sobrepor ao Congresso. “A realização do Congresso reveste-se de natureza obrigatória, porque ele é o órgão legitimador de todos os órgãos electivos. É a partir do Congresso que se inicia a contagem do mandato dos órgãos eleitos e a sua realização não está subordinada a nenhum condicionalismo, é de cinco em cinco anos”, atira.

Refira-se que a guerra pela sucessão de Ossufo Momade na liderança da Renamo iniciou em Janeiro último, quando o porta-voz da Renamo, José Manteigas, anunciou o actual Presidente do partido como candidato único às eleições presidenciais do dia 09 de Outubro deste ano sem qualquer deliberação dos órgãos daquele partido, com destaque para o Conselho Nacional e o Congresso.

Após o “deslize” da ala “tradicional” e “conservadora” do maior partido da oposição, Venâncio Mondlane, Juliano Picardo e Elias Dhlakama anunciaram a sua intenção de se candidatar à presidência da Renamo, mas até hoje não há data para a realização do Congresso, o único órgão com competência para eleger o Líder do partido.

Ossufo Momade, lembre-se, foi eleito presidente da Renamo a 17 de Janeiro de 2019, durante a realização do VI Congresso daquela formação política, que teve lugar na Serra da Gorongosa, província de Sofala. Momade ganhou o escrutínio com 410 votos, contra 238 obtidos por Elias Dhlakama, irmão do histórico líder da Renamo, Afonso Dhlakama, falecido a 3 de Maio de 2018.

No entanto, apesar de ter conseguido uma vitória expressiva, Ossufo Momade nunca teve paz na liderança da Renamo. Ainda em 2019, recorde-se, Ossufo Momade testemunhou o nascimento da Junta Militar, criada e liderada por Mariano Nhongo, em contestação à sua liderança. Já em 2023, as contestações subiram de tom, depois de Ossufo Momade se ter mostrado impotente para contestar a mega fraude eleitoral, que levou o Conselho Constitucional (CC) a atribuir quatro municípios ao segundo maior partido político do país, de mais de uma dezena de autarquias em que aquela formação política reclamava vitória.

⛲ Cartamoz 

Assistente do vice-ministro da Justiça presa na Índia por tráfico de drogas: Ana Massuanganhe e a conexão nigeriana

 


Os corredores da justiça e da diplomacia muitas vezes ecoam histórias de intriga, mas poucas ressoam tão profundamente como a história de Ana Massuanganhe, uma assistente pessoal enredada numa teia de tráfico internacional de drogas. 

A sua detenção no aeroporto de Deli, em 8 de Janeiro, não só causou ondas de choque no governo moçambicano, mas também levantou questões sobre as intersecções obscuras do amor, da confiança e do engano. 

À medida que revelamos as camadas desta saga complexa, lembramo-nos dos rostos humanos por trás das manchetes e das reviravoltas imprevisíveis que a vida pode sofrer.

Uma jornada que virou pesadelo

A narrativa começa com a saída de Massuanganhe de Moçambique, com destino à Índia, ao lado de um companheiro nigeriano descrito como seu namorado. Esta viagem, que pretendia ser uma passagem para um novo capítulo nas suas vidas, tomou um rumo sombrio na sua separação na África do Sul. 

O plano era um reencontro em Nova Deli, um sonho destruído pela dura realidade da detenção de Massuanganhe pelas drogas descobertas na sua bagagem. A história de traição, compartilhada no Facebook, pinta um quadro de inocência enganada pelo amor, alegando que as drogas foram plantadas pelo namorado, sem que ela soubesse. No entanto, este relato, envolto em mistério e afirmações não verificadas, deixa mais perguntas do que respostas.

A resposta oficial

Após a prisão, o vice-ministro da Justiça de Moçambique, Filimão Suaze, confirmou o incidente, embora com poucos detalhes. A confirmação veio através de uma retransmissão de comunicações da embaixada de Moçambique na Índia para o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Moçambique e, eventualmente, para o próprio Ministério da Justiça.

Esta cadeia de informações realça a gravidade com que o caso está a ser tratado, sublinhando a delicadeza diplomática que encarna. No entanto, no meio destas trocas oficiais, o silêncio sobre os desenvolvimentos do julgamento de Massuanganhe ou qualquer confissão que ela possa ter feito diz muito, deixando uma nuvem de incerteza sobre o seu futuro.

Descompactando as camadas

Na sua essência, a história de Massuanganhe é um lembrete claro das vulnerabilidades que residem na confiança e nas complexidades das relações humanas. As alegações de que drogas foram colocadas clandestinamente em sua mala por alguém em quem ela confiava retratam uma traição da mais alta ordem.

Este incidente não só levanta alarmes sobre as facetas sinistras do tráfico de drogas, mas também lança uma sombra sobre as narrativas de inocência e culpa que muitas vezes se entrelaçam em tais casos. Enquanto aguardamos novos desenvolvimentos, a verdade permanece ilusória, enterrada sob camadas de narrativas não confirmadas e de testemunhos silenciosos dos envolvidos.

No mundo do crime e da justiça internacionais, histórias como a de Massuanganhe servem como um conto de advertência sobre a linha tênue entre confiança e ingenuidade, amor e traição. À medida que esta saga se desenrola, deixa um rasto de lições sobre a imprevisibilidade das ações humanas e as consequências muitas vezes imprevistas que se seguem. Enquanto a comunidade global observa e espera, a resolução deste caso promete revelar muito sobre a natureza da justiça, da diplomacia e da capacidade humana para o engano e a resiliência.

⛲ Cartamoz 

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Ministra da justiça pede desculpas pelos preços de documentos tratados nas conservatórias

 


Ministra da Justiça admite que faltou bom senso na marcação de preços de documentos que são tratados nas conservatórias. Pelo erro, Helena Kida pede desculpas, mas adianta que haverá agravamento noutras proporções.

Os novos preços de documentos tratados nas conservatórias foram aprovados por este Diploma Ministerial aprovado pelo pelouro da Justiça, a 07 de Fevereiro passado e estabeleciam aumentos de mais de 100 por cento.

Por exemplo, no Registo Criminal, o cidadão que antes pagava 160 meticais para um certificado de Categoria 1 (para estágio, bolsa de estudo e visto) passaria a pagar 1000 meticais, uma subida de 840 meticais, equivalente a 625%. O certificado de categoria B (para Carta de Condução, DIRE, Carteira Profissional e Licenças e Alvarás) passaria a custar 2000 meticais e o de categoria C (para abertura de empresas e registo de marcas e patentes) 5000 meticais.

Já no Registo Automóvel, se o livrete de uma viatura ligeira custa agora 2450 meticais, com a subida, passaria a custar 6000, um aumento de 3550 meticais. O mesmo documento de uma viatura da categoria de Pesado custa 3450 meticais. Com a subida custaria 7000 meticais, uma subida igualmente de 3 550 meticais.

Diante do problema que assustou a sociedade, a Ministra da Justiça esclarece que o novo diploma deixa de ter valor e era apenas de consumo interno.

Segundo Helena Kida, a falta de razoabilidade determinou a anulação do documento, por isso pede desculpas a toda sociedade moçambicana.

⛲ O país 

Nyusi revela que FDS abortaram recrutamento de jovens e crianças em Chiúre

 


O Presidente da República, Filipe Nyusi, revelou, nesta quarta-feira, 21 de Fevereiro, que os terroristas queriam recrutar jovens e crianças para fortalecer as suas fileiras no distrito de Chiúre, província de Cabo Delgado, mas acção foi frustrada pelas Forças de Defesa e Segurança.

Foi depois da reunião com as chefias militares da SADC e do Ruanda para se inteirar prontidão combativa das duas forças que oi Chefe de Estado falou das últimas movimentações dos terroristas no distrito de Chiure.

“Estavam em Mucojo, e estavam a seguir para Metuge e Chiúre. Não conseguiram fazer recrutamento, porque a consciência das pessoas cresceu. Os nossos colegas das Forças de Defesa investigaram. Eles queriam levar crianças e jovens, mas não foram felizes. A acção das FDS impediu que conseguissem também recrutar. A coisa segura é que não conseguiram recrutar”, revelou Filipe Nyusi.

O Presidente da República reconheceu, por outro lado, que o número de deslocados cresceu nos últimos dias devido a nova vaga de ataques em vários distritos a província de Cabo Delgado, tendo alertado que as pessoas devem produzir e não ficarem eternamente à espera do apoio

“Há número significativo de pessoas que mudam de uma zona para outra. Mesmo aqueles que saíram há muito tempo já estabilizaram as suas vidas. As pessoas não podem ficar infinitamente à espera de apoio. Vi uma reportagem de uma senhora que está a produzir, e muito bem”, frisou.

⛲ Evidências

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Professores moçambicanos acusam Governo de "transferências compulsivas"

 


Presidente da Anapro diz que vários professores foram transferidos para escolas a mais de 150 quilómetros dos locais onde trabalhavam por suspeitas de serem da oposição

A Associação Nacional dos Professores (Anapro) de Moçambique acusou esta terça-feira o Governo de transferir compulsivamente professores militantes ou com alegadas ligações à oposição para escolas distantes, classificando a ação de "cúmulo da intolerância política".

"Eles não cumprem a lei, vão perseguindo, de forma arbitrária, é o cúmulo da intolerância política", disse à Lusa o presidente da Anapro, Isac Marrengula.

A Lusa não conseguiu até ao momento uma reação do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano às acusações imputadas pelos professores.

Marrengula afirmou que na autarquia de Vilankulo, no sul do país, vários professores foram transferidos para escolas a mais de 150 quilómetros dos locais onde trabalhavam por suspeitas de serem da oposição.

Vilankulo, que era um bastião da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, foi conquistada pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, nas eleições autárquicas de outubro.

Na autarquia de Milange, no centro de Moçambique, um candidato da oposição nas eleições autárquicas também foi transferido, num ato de "perseguição política", avançou o presidente da Anapro.

Marrengula declarou que outros professores têm sido vítimas de ameaças, por dirigentes do setor da educação e por membros da Frelimo, devido a alegadas ligações à oposição.

O dirigente sustentou que as transferências de professores têm sido feitas contra a lei, uma vez que as normas determinam que os deslocados devem receber um subsídio de adaptação equivalente a três salários mínimos.

O presidente da Anapro acusou o Presidente da República, Filipe Nyusi, ele próprio um docente universitário, da autoria moral da perseguição movida contra os professores.

No final de janeiro, Nyusi disse que os profissionais da classe são "confusos e agitadores", na sequência dos protestos contra a forma como está a ser implementada a Tabela Salarial Única (TSU).

"Não somos agitadores, nem confusos, muito menos barulhentos", enfatizou Marrengula.

O dirigente disse que o departamento jurídico da Anapro está a estudar formas de luta pacífica contra as "transferências compulsivas".

Marrengula declarou que a perseguição aos professores começou após as jornadas de luta empreendidas pela classe contra a TSU em 2023.

⛲ Cm

Hospitais provinciais só atenderão pacientes transferidos

 


Doentes poderão não ser atendidos em hospitais centrais sem que tenham passado por um hospital provincial. Este último só receberá pacientes transferidos de centros de saúde e hospitais distritais.

A medida é uma das inovações trazidas na proposta de Lei de Saúde pública, que esteve a ser discutida esta terça-feira, em Chimoio.

“Há regras do sistema de referência e contra-referência. Estas regras não estão dispostas na lei. Como disse, há um documento que nós chamamos de zona de captação. Mesmo um hospital central ou geral tem aquilo que chamamos de zona de captação. Mas o mesmo não podemos responder, por exemplo, para um hospital provincial de Chimoio. E, nas suas redondezas, a alguns quilómetros, temos centros de saúde. Cada unidade sanitária vai ser tratada com a devida especificidade”, explicou Sérgio Seni, director nacional de Assistência Médica do Ministério da Saúde.

Este processo, assegurou Sérgio Seni, “não é para prejudicar nenhum paciente”. Segundo explicou, “os pacientes de carácter urgente, e que tenham necessidade, são atendidos em primeira instância. Nós estamos, aqui, a falar daqueles serviços de atenção, que pensamos que podem ser primários e podem ser atendidos ao nível dos cuidados mais básicos de saúde. Isto para que os médicos, ao nível das unidades mais baixas, possam, realmente, olhar para pacientes que necessitem”, observou.

⛲ O país 

Paramilitares capturam supostos terroristas em Cabo Delgado

 


Um grupo de naparamas, paramilitares moçambicanos, capturou três supostos terroristas no distrito de Ancuabe, província moçambicana de Cabo Delgado. Alegaram que queriam atacar a comunidade para levar alimentos.

A captura terá acontecido na passada quinta-feira (15.02), na comunidade de Muaja, distrito de Ancuabe, após uma tentativa de ataque à aldeia por parte de grupos terroristas.

"Graças aos naparamas que a comunidade de Muaja escapou da violência dos terroristas. Entraram e encontraram naparamas no terreno, perseguiram-nos e três dos sete foram capturados e apresentados à comunidade", disse uma fonte da comunidade a partir de Pemba, que presenciou a fúria dos populares.

Segundo a fonte, após capturados, os supostos terroristas alegaram que queriam atacar a comunidade para levar alimentos, devido à fome, motivado por falta de logística.

"Disseram que estavam com fome, queriam assustar a comunidade para pilhar seus bens", relatou a fonte. Os três foram depois conduzidos à polícia.

Os naparamas são paramilitares moçambicanos que surgiram na década de 80, durante a guerra civil, aliando conhecimentos tradicionais e elementos místicos no combate aos inimigos, atuando em comunidade.

A comunidade de Muaja, no distrito de Ancuabe, na província de Cabo Delgado, dista pouco mais de 100 quilómetros da cidade de Pemba, localizada ao longo da estrada Nacional 14, e faz limite com o distrito de Montepuez, ligando aos distritos mais a sul da província.

⛲ Dw

MISAU alerta sobre a ocorrência de surto de conjuntivite hemorrágica na cidade de Nampula

 


Desde o dia 10 de Fevereiro de 2024, a Cidade de Nampula tem registado a ocorrência de casos de conjuntivite hemorrágica. Até ao dia 18 de Fevereiro corrente, foram notificados 33 casos, com o pico registado no dia 13 de Fevereiro.

A maioria dos casos foi registada em estudantes do ensino primário e secundário, com idade entre 11 e 15 anos, no Bairro Muhala-Sede.

A conjuntivite hemorrágica é causada por vírus, sendo altamente contagiosa. A doença é autolimitada e não é grave, podendo durar de 7 a 10 dias. A doença transmite-se por meio do contacto com as secreções oculares de uma pessoa infectada ou objectos contaminados.

Caracteriza-se clinicamente por inflamação das pálpebras, olhos vermelhos, lacrimejo, dor nos olhos, sensação de presença de corpo estranho (areia) nos olhos, secreção (ramela) e fotofobia (sensibilidade excessiva à luz).

A conjuntivite pode ser prevenida através das seguintes medidas:

• Lavar as mãos com frequência, com água e sabão ou cinza;

• Evitar o contacto com pessoas infectadas e com objectos ou superfícies contaminadas;

• Evitar a partilha de objectos de uso pessoal como toalhas e roupa de cama, entre outros; e

• Permanecer em casa enquanto durarem os sintomas da doença.

O Ministério da Saúde está a implementar um conjunto de medidas visando assegurar a prevenção, controlo e corte das cadeias de transmissão da doença.

⛲ INTEGRITY 

PGR chumba mais um “recurso” eleitoral da RENAMO

 


Como que a confirmar o que já se suspeitava desde o princípio, a Procuradoria-Geral da República julgou improcedente a participação criminal submetida pela Renamo contra os sete juízes do Conselho Constitucional, em virtude destes, alegadamente, terem chancelado a vitória da Frelimo nas últimas eleições autárquicas com base em editais falsificados.

Em comunicado de imprensa divulgado esta segunda-feira, o Ministério Público defende que os juízes do Conselho Constitucional “agiram no exercício de suas competências constitucionais e legais, em obediência ao princípio de livre convicção do juiz”. Defende ainda que não se pode pronunciar sobre a falsificação dos editais, uma vez que o Conselho Constitucional, na qualidade de órgão de última instância eleitoral, negou provimento às alegações de falsificação dos editais

Esta, sublinhe-se, foi a terceira nega do Ministério Público às reclamações da Renamo sobre o processo eleitoral de 11 de Outubro e 10 de Dezembro de 2023, que determinou a vitória da Frelimo em 60 municípios, dos 65 existentes no país.

A primeira nega estava relacionada ao recurso extraordinário submetido pelo partido de Ossufo Momade para pedir a anulação da decisão do Conselho Constitucional de validar os resultados das VI Eleições Autárquicas, pelo facto de ter usurpado poderes legislativo e administrativo e por não ter fundamentado a sua decisão. A PGR negou provimento ao referido recurso pelo facto de as decisões do Conselho Constitucional não serem passíveis de recurso.

Seguiu-se, depois, a participação criminal contra o Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, devido à actuação dos seus agentes durante as eleições autárquicas. À Renamo, a PGR disse não haver provas de que os baleamentos verificados durante as marchas e que causaram a morte de pelo menos 15 moçambicanos em todo o país tenham sido ordenados por Bernardino Rafael, pelo que a “perdiz” devia processar os agentes da Polícia e não o seu líder.

Refira-se que, para além de responder aos pedidos da Renamo, não é conhecida outra intervenção da PGR em relação aos ilícitos cometidos durante as eleições autárquicas, desde a actuação da Polícia até à destruição do material de propaganda, com destaque para os actos praticados pelo deputado da Frelimo, Dias Letela, que destruiu material de propaganda do MDM (Movimento Democrático de Moçambique), na autarquia de Homoíne, província de Inhambane.

⛲ Cartamoz