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الخميس، 23 سبتمبر 2021

Ruandeses pedem comissão independente para investigar homicídio de refugiado em Moçambique

 


O presidente da Associação dos Ruandeses Refugiados em Moçambique pediu ontem a criação de uma comissão independente para investigação do homicídio a tiro de um conterrâneo na Matola, arredores de Maputo. “O que nós estamos a pedir é que haja uma comissão independente para investigar este caso e tenho a certeza de que haverá resultados”, disse à Lusa Cleophas Habiyareme.

O empresário ruandês da área do comércio, Revocat Karemangingo, a residir em Moçambique desde 1996 - onde se refugiou após o genocídio no Ruanda em 1994 -, foi morto a tiro perto de casa quando voltava de automóvel, sozinho, de um dos seus armazéns de venda de refrigerante e cervejas, segundo a Polícia da República de Moçambique (PRM).

Revocat terá sido interceptado no dia 13, às 17:30 (16:30 em Lisboa), por duas viaturas, que o bloquearam, a partir das quais desconhecidos fizeram vários disparos. O presidente da associação dos ruandeses quer que a mesma comissão independente investigue também o desaparecimento, em maio, do jornalista Ntamuhanga Cassien que residia na ilha de Inhaca, em Maputo, bem como uma tentativa de rapto do secretário da associação.

Cleophas Habiyareme questiona o facto de a comunidade ruandesa ser a “única” que passa por esse tipo de problemas e, por isso, pede que o Governo moçambicano “pense sobre isso”. “Tratam-se de três casos que ocorreram dentro da mesma comunidade. Aqui temos quatro grandes comunidades de refugiados, entre ruandeses, burundeses, congoleses e somalianos, mas a única que está a passar mal, que sofre sequestros, desaparecimento, morte, é a comunidade ruandesa”, disse, indignado, à Lusa o presidente da associação.

Contactada hoje pela Lusa, a PRM disse não haver ainda resultados das investigações sobre a morte do empresário ruandês. “Ainda estamos a trabalhar”, disse Carmínia Leite, porta-voz da PRM na província de Maputo. Ruanda foi o primeiro país estrangeiro a colocar tropas no terreno em Moçambique, ao abrigo de um acordo bilateral, para combater os insurgentes islâmicos no norte do país, na província de Cabo Delgado.

Com o apoio dos mil soldados ruandeses, Maputo reconquistou bases dos rebeldes e localidades que haviam sido ocupadas, mas que os militares moçambicanos, de modo isolado, não conseguiram recuperar. Segundo o presidente da Associação dos Ruandeses Refugiados em Moçambique, o empresário era alvo de perseguição política desde 2016, quando residia em Boane, a sul de Maputo: escapou a uma alegada tentativa de homicídio, seguindo-se um processo de “tortura psicológica” contra ele e contra “todos os que eram considerados opositores [do regime] de Kigali”, capital do Ruanda, e do Presidente Paul Kagame.

Líder do Ruanda desde 1994, a Paul Kagamé é atribuído o desenvolvimento do país após o genocídio de tutsis daquele ano, mas o chefe de Estado é também acusado de limitar a liberdade de expressão e de reprimir a oposição.

A organização Human Rights Watch (HRW) acusou no final de março as autoridades ruandesas de estarem a limitar a população que recorre à Internet para se expressar no país, depois de restringirem a liberdade de expressão nos órgãos de comunicação social. A restrição de liberdades têm também sido denunciada e condenada por outras organizações como a Repórteres sem Fronteiras e a União Europeia (UE). O genocídio no Ruanda foi responsável pela morte de mais de 800.000 pessoas, principalmente da minoria tutsi, entre abril e julho de 1994.

الاثنين، 9 أغسطس 2021

Mocímboa da Praia: Ruandeses expõem "deficiências" do exército moçambicano

 


"Em menos de 30 dias, os ruandeses expulsaram aqueles que num ano [o exército moçambicano] não conseguiu expulsar", diz o editor do semanário Zambeze, reagindo à reconquista de Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado.

O Governo moçambicano anunciou neste domingo (08.08), o controlo da vila da Mocímboa da Praia, tomada pelos insurgentes em Cabo Delgado há quase um ano, numa operação conjunta entre as tropas de Moçambique e do Ruanda.

As Forças de Defesa e Segurança de Moçambique contam, desde o início de julho, com o apoio de mil militares e polícias do Ruanda para a luta contra os grupos armados, no quadro de um acordo bilateral entre o Governo moçambicano e as autoridades de Kigali. 

"As tropas conjuntas Moçambique e Ruanda controlam a vila de Mocimboa da Praia desde as 11h00 de hoje, [domingo] dia 8 de agosto de 2021, controlam as infraestruturas públicas e privadas com enfoque para os edifícios do governo local, porto, aeroporto, hospital, mercados, estabelecimentos de restauração entre outros projetos económicos", anunciou o coronel Omar Saranga, porta-voz do Ministério da Defesa moçambicano.

"Essa tomada vai marcar um ponto muito importante", considera o editor do semanário Zambeze, Egídio Plácido. "De há algum tempo para cá os insurgentes fizeram de Mocímboa da Praia um autêntico califado, um ponto estratégico, não só como forma de pressionar o Governo moçambicano nesta luta mas também para o abastecimento dos terroristas", lembra.

Soldados moçambicanos numa missão de rotina em Mocímboa da Praia, em setembro de 2020.

Para o editor do Zambeze, "a localização estratégica de Mocímboa da Praia permite que as forças moçambicanas, com o apoio estrangeiro, [SADC] tenham maior flexibilidade no abastecimento das forças no terreno".

Problemas de comunicação, logísticos e de combate

A recuperação da vila, no entanto, serve também para expor as fragilidades das forças militares moçambicanas, afirma o editor. "Há mais de um ano que Mocímboa da Praia foi tomada. Antes de os ruandeses chegarem, não tínhamos nenhuma notícia fiável sobre o que estava a acontecer no terreno. E em algum momento a parte do exército moçambicano escondia a verdade", considera.

"A chegada dos ruandeses mostra claramente que as nossas forças têm muitas deficiências, desde a logística até à própria capacidade combativa. Em menos de 30 dias, os ruandeses chegaram e expulsaram aqueles que num ano [as forças moçambicanas] não conseguiram expulsar".

O avanço dos ruandeses no teatro das operações, segundo  Egídio Plácido, cria "ciúmes por parte das chefias militares" moçambicanas, "porque alguns ainda acham que isto é propaganda, principalmente os mais conservadores que sempre acharam que Moçambique nunca precisaria de apoio para vencer o terrorismo".

"Essa ala mais conservadora, ligada ao partido FRELIMO [no poder], está a ver que é possível expulsar os terroristas e precisamos desse apoio que é fundamental para a retoma da vida naquele ponto de Cabo Delgado", conclui