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الخميس، 7 مارس 2024

Governo de Nampula garante assistência aos deslocados e reitera a necessidade de vigilância

 


O governador de Nampula, Manuel Rodrigues, diz que haver necessidade de vigilância para que não haja infiltrados, oportunistas e até mesmo insurgentes nos deslocados do terrorismo que se encontram refugiados na vila-sede de Namapa, em Eráti.

Rodrigues garante ainda que a questão da segurança sempre foi prioritária por parte dos governos provinciais de Nampula e de Cabo Delgado.

O governante assegurou, ainda, a contínua assistência aos cerca de 45 mil deslocados do terrorismo, indicando, por outro lado, que algumas escolas que acomodavam os concidadãos moçambicanos foram libertas para se dar continuidade ao processo de ensino-aprendizagem.

“A população que está na vila-sede de Namapa, praticamente, precisa de segurança. Como sabem, o movimento terrorista é complexo e precisa da atenção de todos nós. A questão da segurança sempre esteve no topo das prioridades por parte, tanto do nosso Governo provincial de Nampula, quanto de Cabo Delgado. Daí a necessidade se movimentarem as autoridades locais e a própria população, para que façam vigilância dentro do próprio grupo dos deslocados vindos de Chiúre, para que não haja infiltrados, para que não haja terroristas dentro das pessoas. Para que não haja infiltrados, para que não haja oportunistas”, frisou o governador de Nampula.

Rodrigues falou, igualmente, da necessidade de se dar prosseguimento às aulas, criando condições para que as escolas não estejam pressionadas.

“É nesta sequência que, na segunda-feira passada, se iniciou o processo de aulas no distrito de Eráti, tendo sido libertas as seis escolas que estavam ocupadas por estes concidadãos. A recomendação é que as escolas devem estar disponíveis para continuar com o processo lectivo que já se iniciou na nossa província e no país, de uma forma geral. É com satisfação que temos estado a notar o regresso, desde terça-feira, ainda que tímido, das populações para as suas zonas de origem. É preciso que seja dito, aqui, que a província de Nampula não está a expulsar muito menos a forçar que estes concidadãos regressem, porque o país é uno. Estar na vila-sede de Namapa é como estar na vila-sede de Chiúre”, precisou.

A província de Nampula ficou, tal como sublinhou, pressionada com entrada de deslocados do terrorismo, tendo sido desenvolvidos esforços no sentido de se prestar a devida assistência aos que fugiram da acção dos insurgentes em Cabo Delgado.

“O que nós podemos depreender é que esta situação provocou alguma pressão na província de Nampula, que é a prestação de serviços básicos àquela população. Portanto, são serviços acrescidos em termos de assistência humanitária, alimentar e também saúde. Mas também, a acomodação devia ser providenciada para este número da população. O outro aspecto que constatámos é que começaram a aparecer algumas doenças de momento e outras provocadas por questões adversas, como é o caso das diarreias agudas. Houve indicação de malária e, nos últimos dias, problemas de conjuntivite hemorágica”, frisou.

O trabalho passa por reforçar a assistência, sem, no entanto, colocar em causa a acomodação dos deslocados.

“É uma situação, sim, que faz pressão. Naturalmente, nós, como província de Nampula, estamos a trabalhar para que continuemos a assistir aquelas populações. Portanto, são moçambicanos que precisam do apoio de todos nós moçambicanos, e nós estamos a dar continuidade ao apoio a estas populações que, infelizmente, estão ali por conta desta situação de terrorismo. Nós, em coordenação com os parceiros, criámos locais para acomodação destas pessoas.”

⛲ O país 

الاثنين، 26 فبراير 2024

Governo não tem dinheiro suficiente para responder à crise em Cabo Delgado

 


O primeiro-ministro, Adriano Maleiane, admitiu quinta-feira que o governo não tem dinheiro suficiente para responder à crise humanitária que envolve vítimas do terrorismo islâmico na província nortenha de Cabo Delgado

Em declarações aos jornalistas após a cerimónia de abertura de uma sessão da Assembleia da República (AR), o primeiro-ministro lamentou o aumento dos ataques e a deslocação da população de alguns distritos de Cabo Delgado.

“Os recursos nunca são suficientes, estamos preparados para a época das chuvas, mas agora esta situação precisa de apoio adicional”, disse.

Segundo Maleiane, esta crise está a provocar fome e falta de bens de primeira necessidade e, por isso, o governo promete levar o assunto para a próxima reunião plenária do Conselho de Ministros marcada para amanhã.

“Combater o terrorismo não é fácil, mas as nossas forças devem continuar a trabalhar. É lamentável porque há toda uma população que se desloca de um lugar para outro, o que está a criar problemas alimentares e por isso temos que encontrar soluções”, disse o Primeiro-Ministro.

Para minimizar a situação, Maleiane apela ao espírito de solidariedade para com as vítimas do terrorismo, enquanto o governo procura soluções com os seus parceiros.

Ultimamente, os terroristas têm intensificado os seus ataques em determinados distritos de Cabo Delgado, causando a morte e deslocamento de populações locais, queimando edifícios públicos e privados, bem como extorquindo dinheiro aos motoristas que utilizam as principais estradas da província.

A deterioração da situação de segurança em Cabo Delgado este mês parece ter apanhado o governo de surpresa. Os terroristas deslocaram-se para sul, para o distrito de Chiúre e para a província vizinha de Nampula.

As chuvas torrenciais em Cabo Delgado estão a causar inundações e a tornar muitas estradas intransitáveis para veículos. Chuva e nuvens também dificultam os voos e por isso há poucos helicópteros em operação.

A investida terrorista em Chiúre levou aldeões assustados a invadirem a capital do distrito, a vila de Chiure. A Organização Internacional para as Migrações (OIM) informou que, até 16 de Fevereiro, 2.046 pessoas deslocadas tinham chegado à vila.

Outros fogem em direcção à capital provincial, Pemba, ou em direcção ao sul, através do rio Lúrio, para Nampula. O governo provincial de Nampula abriu um centro de acolhimento para deslocados no distrito de Erati. Até à manhã de quarta-feira, segundo o administrador distrital de Erati, Manuel Manussa, haviam sido registadas 13.640 pessoas que atravessavam a partir de Chiure. No entanto, o fluxo de pessoas através do Lúrio parecia ter parado na quinta-feira. (AIM)

⛲ Cartamoz

الأربعاء، 7 يونيو 2023

Investigador americano acusa Governo e Total de terem ocultado número de mortos no ataque a Palma em 2021



Relatório de Perry aponta que 1357 pessoas foram mortas no “massacre” de Palma

“A TotalEnergies tem responsabilidade porque quando os insurgentes atacaram saiu e fechou os seus portões”

“É ridículo a Total contratar este exército (moçambicano) para proteger pessoas”

O Governo falsificou os dados do “massacre” de Palma. Este facto foi tornado público pelo jornalista e investigador norte-americano, Alex Perry. Enquanto o Executivo fala em dezenas de mortos, Perry, na base de uma investigação independente, aponta que os insurgentes mataram 1357 pessoas entre civis e trabalhadores das empresas subcontratadas pela TotalEnergies. O investigador norte – americano, que referiu que Moçambique é um Estado falhado, declarou que as Forças de Defesa e Segurança não tem capacidade para ombrear com os insurgentes. Alex Perry acusa ainda a TotalEnergies de não ter honrado o compromisso de garantir a segurança das pessoas que estão no perímetro do maior investimento estrangeiro de sempre no continente africano.

Texto: Duarte Sitoe

Os insurgentes atacaram a vila de Palma no dia 24 de Março de 2021, sendo que no dia 28 do mês em alusão o Ministério da Defesa Nacional convocou uma conferência de imprensa sem direito a perguntas para revelar que dezenas de pessoas morreram na sequência dos ataques.

“Um grupo de terroristas penetrou, dissimuladamente, na vila sede do distrito de Palma e desencadeou acções que culminaram com o assassinato cobarde de dezenas de pessoas indefesas e danos materiais em algumas infraestruturas do Governo” relatou o então porta – voz do Ministério da Defesa Nacional, Omar Saranga.

Enquanto o Governo fala de dezenas de mortos, o jornalista e investigador norte – americano, Alex Perry, na base de uma investigação que durou 15 meses, aponta que os dados revelados pelo Executivo foram sonegados, uma vez que morreram cerca de 1357 pessoas entre civis e trabalhadores das empresas subcontratadas pela TotalEnergies. Aliás, Perry, que revelou que gastou cerca de vinte mil dólares para fazer a investigação, classificou o “massacre” de Palma como o maior ataque da história do petróleo e gás, tendo acusado o Governo e a TotalEnergies de omitir dados.

 “Os dados estão em bruto, é provisório. Nós fizemos a contagem dupla, mas gostaria de ter uma auditoria independente, mas pretendia dizer a Total o que teria acontecido porque muito claramente eles não sabiam. Sou jornalista e estou interessado em factos. Havia um facto sobre o massacre de Palma que eu não sabia que era simplesmente quantas pessoas morreram. Demorei cinco meses e gastei 20 000 dólares para descobrir esse facto. O facto é que 1357 pessoas foram mortas. O Al Shabab foi impiedoso, a Total não fez contagem, eles são basicamente o poder na região. As autoridades moçambicanas também não contabilizaram, isso para mim parece uma omissão que quase parece deliberada porque tudo mundo está ciente de que algo terrível aconteceu, ninguém quer quantificar e eu quantifiquei porque é meu trabalho”, declarou Perry numa entrevista a RDP África.

O investigador norte – americano revelou que cerca de 184 pessoas no universo de 1357 são jovens, classificando o ataque a Vila de Palma como o segundo maior ataque terrorista de sempre.

“É importante saber que as mortes foram descriminadas, as idades variam entre os dois meses e os 105 anos. 184 crianças foram mortas e identificadas como menores de 18 anos. No dia 11 de Setembro de 2021 foram mortas mais de 3000 pessoas, mas aqui é a metade disso, sendo que na Síria e Afeganistão pessoas com menos de 20 anos chegam perto disso. Este é o segundo maior terrorista que alguma vez aconteceu. É pior desastre em 164 anos de história do petróleo e do gás”.

“É ridículo a Total contratar este exército (moçambicano) para proteger pessoas”

Alex Perry inocenta as Forças de Defesa e Segurança da responsabilidade pelos mortes e decapitações em Palma, porém declarou que as garantias de segurança por parte da Total e do Governo foram um autêntico fracasso.

“Acho que ninguém disse que o exército decapitou pessoas, então acho que foi o Al Shabab que decapitou pessoas. Tenho a certeza de que houve represálias é um exército muito indisciplinado, mas tudo na minha pesquisa indica que todas as mortes foram culpa do Al Shabab. A TotalEnergies vale dez vezes mais em relação a Moçambique. Este ataque era destinado a TotalEnergies. Eles não atacariam a total porque o complexo estava defendido, mas atacaram todos os trabalhadores que trabalhavam para a empresa e os que estavam fora da região.

“Tentei contactar a Total sobre os números, mas ficaram em silêncio ou ignoram. Estamos a falar de uma completa aberração de responsabilidade. As garantias de segurança foram um completo fracasso por parte da Total que garantia a segurança das pessoas dizendo que o exército ia protegê-las, mas não fez nada foi uma falha em todas as suas partes e eles não querem aceitar essa falha”.

Ainda na entrevista concedida a RDP África, Alex Perry vincou que foram os terroristas que mataram pessoas. No entanto, atira a culpa a multinacional francesa, visto contratou cerca de 600 militares para proteger as suas instalações e as pessoas que estão no perímetro do maior investimento estrangeiro de sempre no continente africano.

“A TotalEnergies tem responsabilidade porque quando os insurgentes atacaram saiu e fechou os seus portões, os gerentes entraram em helicópteros e foram embora. Eles abandonaram toda gente e como resultado 1357 pessoa morreram. A Total Tinha garantido segurança e quando aconteceu o ataque não cumpriu com a promessa, deixou as pessoas morrerem”, declarou Perry para posteriormente apontar que o exército moçambicano para além de ser incapaz é composto por traficantes de drogas e de produtos da vida selvagem

“No mundo actual só uma entidade capaz, com exercício eficiente e disciplinado pode controlar uma guerra civil ou um grupo de rebeldes… Na verdade Moçambique é um dos estados mais corruptos do mundo, o exército é uma organização mafiosa que faz contrabando um pouco por todo mundo. Eles traficam pedras preciosas, peles de animais e drogas. A CIA nomeou Maputo como o maior exportador drogas mais de uma vez nos seus relatórios. Pedir ao exército moçambicano para agir como exército é o mesmo que pedir a um bando de traficantes para ser um exército, eles simplesmente não são capazes. Não se pode gastar tempo em exigir responsabilidade a este exército porque toda gente sabe que é uma instituição corrupta. É ridículo a Total contratar este exército para proteger pessoas. Moçambique é um estado falhado, o problema são as pessoas que se aliam a este fracasso e Total fez isso”

⛲ Evidências 

الأربعاء، 29 مارس 2023

Botswana envia quarto batalhão para missão de manutenção de paz em Cabo Delgado


O Botswana acaba de anunciar o envio de um novo batalhão composto por 362 soldados de diversas especialidades para a missão de manutenção de paz em Cabo Delgado, Norte do País, no âmbito da Missão Militar dos países da SADC em Moçambique (SAMIM). 

A informação foi avançada pelo ministro da Defesa e Segurança daquele País, Kagiso Mmusi, adiantando que um total de 1.338 militares das Forças de Defesa do Botswana serviram em Moçambique desde o início da sua participação no SAMIM em 2021.

Prestando contas ao parlamento do seu País, uma prática, de resto adoptada também pela África do Sul e que não se verifica do lado moçambicano, anunciou que o quarto contingente de 362 soldados foi recentemente enviado para a província de Cabo Delgado para a missão de manutenção da paz.

Na ocasião lamentou a morte de seis soldados do seu país, que perderam a vida em diferentes circunstâncias em Cabo Delgado.

“Até o momento, grandes passos foram dados para trazer a área de volta à normalidade após um período prolongado de insurgência islâmica contra o governo e o povo de Moçambique”, assegura.

Refira-se que o Evidências, que mantém uma rede de informantes no terreno, tem estado a reportar alguma calma nas últimas semanas, com os insurgentes a atacarem somente de forma esporádica sem grande intensidade. Os ganhos no terreno são atribuídos, sobretudo, à operação Vulcão IV.


⛲ Jornal Evidências 

السبت، 4 فبراير 2023

Embaixadora dos EUA diz que situação em Cabo Delgado melhorou, mas terroristas “ainda são uma ameaça”



Embaixadora dos EUA diz que situação em Cabo Delgado melhorou, mas terroristas “ainda são uma ameaça”

A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas alertou que os terroristas continuam a ser uma ameaça na província moçambicana de Cabo Delgado, apesar da melhoria da situação, com a expulsão dos insurgentes das principais áreas urbanas.

No encontro diário com a imprensa no Departamento de Estado na quarta-feira, 1, Linda Thomas-Greenfield disse, citada pela VOA, ter abordado, na sua recente visita a Moçambique, durante “muito tempo” a situação em Cabo Delgado”, em discussões com o Governo, a ONU e embaixada americana.

“De facto, a situação melhorou. Ao trabalharem com os ruandeses e outras forças regionais, eles conseguiram expulsar os terroristas das principais áreas urbanas ou pelo menos das cidades”, afirmou a diplomata, alertando, no entanto, que eles “ainda são uma ameaça e continuam a aterrorizar as pessoas”.

Instada a comentar a situação, ela abordou também a situação humanitária, dizendo que “conseguimos obter assistência humanitária, as ONG estão a trabalhar lá, a USAID tem um programa extenso e o sector privado está a voltar aos poucos”.

Thomas-Greenfield destacou ainda o encontro que manteve com a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verônica Macamo, no qual foi abordado o “histórico primeiro mandato” de Moçambique no Conselho de Segurança da ONU.

“Discutimos como podemos usar o Conselho, bem como nosso relacionamento bilateral, para promover prioridades compartilhadas, como os direitos e a liderança de mulheres e meninas e as ameaças à segurança regional”, afirmou a embaixadora, acrescentando que também abordaram o combate às mudanças climáticas.

“Eu também me ofereci como voluntária ao lado de activistas e grupos da sociedade civil para ajudar a restaurar a última floresta costeira de mangais remanescente na área urbana de Maputo (…) que é uma importante defesa natural contra os efeitos da mudança climática que devemos proteger”, disse.

Durante a sua estada na capital moçambicana, Maputo, Linda Thomas-Greenfield, além das autoridades governamentais, encontrou-se com funcionários da ONU membros da sociedade civil, empresários, estudantes, activistas e antigos participantes do programa de intercâmbio Iniciativa para Líderes Jovens Africanos (Yali).

Além de Moçambique, a embaixadora americana junto das Nações Unidas visitou o Gana e Quénia.



Fnt:Mznews

“Restabelecimento da paz e reconstrução em Cabo Delgado são prioridades” – Filipe Nyusi

 


O Presidente da República, Filipe Nyusi, disse ontem que o restabelecimento da paz e a reconstrução dos edifícios públicos em áreas afectadas pelas incursões rebeldes em Cabo Delgado são prioridades, apesar de ainda existirem “focos isolados” de ataques.

“Apesar de existirem ainda focos isolados de ataques terroristas, há um grande esforço para o restabelecimento da segurança nos locais afectados”, declarou o chefe de Estado moçambicano.

O Presidente falava durante as cerimónias centrais das comemorações do Dia dos Heróis Nacionais, que se assinalou nesta sexta-feira.

Segundo Filipe Nyusi, além de esforços para estabilização dos pontos afectados pela insurgência, as autoridades moçambicanas desdobram-se para cumprir os calendários da reconstrução dos edifícios públicos devastados pelos rebeldes.

“Temos estado a reconstruir gradualmente os edifícios de serviços e outras infraestruturas sócio-económicas, como as de energia, água, saúde, comunicações e vias de acesso”, afirmou Nyusi.

Embora classifique os resultados operacionais das forças governamentais no terreno como positivos, Filipe Nyusi reiterou que não se pode considerar que a ameaça terrorista foi extinta.

“Não estamos a dizer que o terrorismo acabou”, frisou o chefe do Estado moçambicano, citado pela Lusa, destacando os esforços das forças governamentais que combatem os rebeldes no terreno.

A província de Cabo Delgado enfrenta há cinco anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

الأربعاء، 25 يناير 2023

Confrontos fazem cinco mortos e três feridos em Cabo Delgado



Pelo menos cinco insurgentes morreram durante confrontos ocorridos, esta terça-feira (24.01), na aldeia de Nacala, a 50 quilómetros de Mueda. Outras três pessoas ficaram feridas.

Milícias em Cabo Delgado, norte de Moçambique, anunciaram, esta quarta-feira (25.01), ter morto cinco insurgentes durante confrontos ocorridos na terça-feira na aldeia de Nacala, situada entre Nanhala e Chude, a 50 quilómetros da sede de distrito de Mueda. 

"Disparámos porque eles começaram a queimar casas", referiu um dos membros da chamada "força local", acrescentando que, entre os feridos, estão dois elementos da "força local" e um civil. 

Outra fonte da "força local" referiu que as trocas de tiro continuaram até às 05:00 (UTC - Tempo Universal Coordenado) desta quarta-feira e que a situação já estava controlada por parte da milícia.

Os confrontos fizeram com que muitas pessoas fugissem desde terça-feira em direção a Mueda, relatou uma mulher de 43 anos, mãe de cinco filhos, e que decidiu procurar segurança na sede de distrito. 

Insurgência armada

A província de Cabo Delgado enfrenta há cinco anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico. 

A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de 2021 com apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul da região e na vizinha província de Nampula.  

O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLE.


Fonte:Dw

الثلاثاء، 24 يناير 2023

Terrorismo: Filipe Nyusi diz que nenhuma província está “imune” a grupos armados



Filipe Nyusi alertou ontem que nenhuma província do país “está imune” à ação de “terroristas”, apontando a prevenção e combate aos grupos armados como prioridade.

“As ações do terrorismo podem ocorrer em qualquer parte do território nacional, nenhuma província pode se sentir imune”, declarou Nyusi.

O chefe de Estado moçambicano falava durante a tomada de posse do novo vice-ministro da Saúde, Ilesh Jani, e de cinco novos secretários de Estado.

Filipe Nyusi avançou que mesmo as províncias que escapam aos ataques de grupos armados podem ser palco de recrutamento de membros ou fontes de financiamento.

Nesse sentido, a prioridade dos governantes locais deve ser a prevenção e combate ao terrorismo, uma vez que a violência atenta contra a vida das populações e constitui um grande obstáculo ao desenvolvimento, prosseguiu.

Filipe Nyusi apelou aos dirigentes hoje investidos nas novas funções que impulsionem a execução dos programas de combate à pobreza e desenvolvimento do país.

A província moçambicana de Cabo Delgado enfrenta há cinco anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de 2021 com apoio do Ruanda e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul da região e na vizinha província de Nampula.

O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.


Fonte: Cartamoz 

السبت، 14 يناير 2023

“Terrorismo agravou situação humanitária no país em 2022”, revela relatório internacional

 


O relatório é da Human Rights Watch, uma organização internacional reconhecida por investigar casos de violação de direitos humanos. Os defensores dos direitos humanos dizem que Moçambique deve usar da sua influência como membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para reduzir casos de violação dos direitos humanos.

O relatório, que é resultado de uma análise, examinou a situação dos direitos humanos em quase 100 países do mundo, durante o ano 2022.

Nos países africanos, os países incluídos são Angola e Moçambique. Para o caso do nosso país, o relatório, lançado no sítio da internet da Human Rights Watch, começa por abordar a evolução do terrorismo, que assola o país desde 2017 e conclui que, em 2022, a situação agravou a crise humanitária no território nacional.

Sobre o exercício do direito à manifestação pacífica, o relatório refere que o Governo continuou a usar a força e as detenções arbitrárias para restringir o direito dos cidadãos à manifestação pacífica.

Já em relação à liberdade de imprensa, o documento diz que esta esteve condicionada, devido à aprovação de algumas leis que limitam a liberdade de expressão e o trabalho jornalístico, como é o exemplo da lei contra o terrorismo, aprovada em Maio de 2022, que estabelece que:

“Qualquer pessoa que dissemine falsas informações intencionalmente sobre o acto terrorista pode ser punida com uma pena de 8 a 12 anos de prisão.”

Relativamente a casos de rapto, o relatório sobre os direitos humanos lamenta ter continuado a haver agentes de polícia implicados, em todo o país.

Apesar deste cenário, o relatório refere que a comunidade internacional continuou a prestar apoio ao país no combate ao terrorismo.

REACÇÃO DOS DEFENSORES DOS DIREITOS HUMANOS

Em reacção ao assunto, os defensores dos direitos humanos dizem não estar surpreendidos com as constatações do relatório.

 A Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados de Moçambique e a Rede Moçambicana dos Defensores dos Direitos Humanos entendem que o país pode usar da posição que ocupa como membro não-perante do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas para mitigar problemas relacionados à violação dos direitos humanos.

Para a Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados, apesar de o relatório ter levantado elementos já bem conhecidos pelo país, estes podem ser resolvidos se Moçambique usar do seu assento nas Nações Unidas para trabalhar nos assuntos.

“O relatório foi fiel e espelhou o que se viveu no país no ano de 2022. Cabe a Moçambique garantir que a sua nomeação no Conselho de Segurança não seja apenas para constar do papel, mas que sirva como um combustível. Estamos no primeiro mês do mandato nas Nações Unidas, este relatório, de novo, despertou a necessidade de responder às violações dos direitos humanos, bem como a necessidade de responsabilização”, disse Ferosa Chaúque, da Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados de Moçambique.

Já para a Rede Moçambicana dos Defensores dos Direitos Humanos, o Governo moçambicano deve conciliar a ajuda Internacional com a da sociedade civil nacional.

“Podemos usar dessa influência para ter mais apoio internacional e colher experiências sobre a paz efectiva. Outro ponto é que o Estado precisa de juntar os actores que podem influenciar neste processo, incluindo a sociedade civil, que muito tem feito neste processo”, disse Sheila Nhacale, coordenadora da Rede Moçambicana dos Defensores dos Direitos Humanos.

Os defensores dos direitos humanos entendem, porém, que o trabalho a ser feito para garantir o respeito pelos direitos humanos abrange não apenas o mundo, no geral, mas as sociedades, em particular, por isso apelam a cada cidadão para contribuir para a causa.

Fonte: O país 

الأربعاء، 11 يناير 2023

Cabo Delgado: Forças estrangeiras "numa pátria sem Dono A

 


RENAMO diz-se chocada com as imagens de supostos militares sul-africanos a queimar cadáveres. O partido vê nas imagens atos de "crimes de guerra" e diz que o Presidente Nyusi perdeu o controlo da situação no terreno.

O principal partido de oposição moçambicana acusa o Presidente da República, Filipe Nyusi, de ter perdido o controlo da situação em Cabo Delgado, deixando a soberania do país nas mãos das forças estrangeiras que combatem o terrorismo na província nortenha.

Em entrevista à DW África, o porta-voz da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), José Manteigas, diz ter ficado chocado com as imagens que circulam nas redes sociais, que mostram alegadamente tropas estrangeiras a queimar corpos de supostos terroristas numa fogueira.

Para o porta-voz, esses crimes acontecem porque "as [tropas estrangeiras] estão a se sentir numa terra sem dono. E já nos retiraram a soberania". José Manteigas acrescenta que, no combate ao terrorismo em Cabo Delgado, o chefe de Estado moçambicano não parece ser mais do que "um ajudante de campo" do seu homólogo ruandês, Paul Kagame.

José Manteigas, porta-voz da RENAMOJosé Manteigas, porta-voz da RENAMO

José Manteigas, porta-voz da RENAMOFoto: DW/M. Mueia

DW África: Como reage a RENAMO aos vídeos que circulam nas redes sociais de supostos terroristas queimados alegadamente por militares estrangeiros em Cabo Delgado?

José Manteigas (JM): O nosso primeiro pronunciamento é de repúdio e lamentação. Acima de tudo, é de muita indignação. Nós, como partido, somos contra qualquer tipo de violência. Não podemos ficar impávidos perante uma violência tão cruel como esta.

Por outro lado, começamos a ficar intrigados sobre quem está a praticar a maior crueldade e a matar mais em Cabo Delgado? Serão os terroristas ou as forças que "legalmente" [os combatem]. Digo "legalmente" entre aspas porque o Presidente da República, Filipe Nyusi, contratou a presença da Missão Militar da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral em Moçambique (SAMIM) e das forças ruandesas à revelia da Assembleia da República e dos moçambicanos. E nós condenamos isso, justamente porque receávamos essas atitudes descontroladas de forças que estão no país, que ninguém sabe como entraram e quais são os acordos que foram celebrados para a sua presença em Moçambique.

DW África: A comprovar-se a autenticidade destas imagens de Cabo Delgado, estaríamos aqui perante crimes de guerra?

JM: Claramente. E os terroristas estão a atuar no mesmo 'modus operandi': a esquartejar e decapitar pessoas. Atirar cadáveres ao fogo não foge a este método dos terroristas. Isto cria uma situação de medo, de grande insegurança, e sobretudo de grande desconfiança em relação a qualquer força que esteja a operar naquele teatro.

DW África: Mas o que pode explicar militares a cometer este tipo de atrocidades?

JM: Eles estão a sentir-se como se estivessem numa pátria sem dono. As Forças de Defesa e Segurança moçambicanas não estão no comando. Eles já nos retiraram a soberania. Aliás, lembre-se que, há uns tempos, quem trazia informações relevantes sobre o terrorismo em Cabo Delgado era o Ruanda, na pessoa do seu Presidente, Paul Kagame, sob o olhar impávido e de pequenez de Moçambique e do seu Presidente. Moçambique nem sequer tem o poder de comandar essas forças.

DW África: Sendo assim, a RENAMO acha que era momento para o chefe do Estado, como comandante em chefe, poder ter algum controlo de todos os militares que estão a atuar em Cabo Delgado?

JM: Ele próprio deixou-se manietar. Houve um incidente que chocou o país em que o Presidente do Ruanda, Paul Kagame, estava a passar por um tapete vermelho e o próprio Presidente de Moçambique estava ali como um "ajudante do campo" de Kagame. Portanto, se o próprio chefe de Estado se tornou tão pequeno perante o seu povo e o seu Estado em relação às forças estrangeiras, é uma situação de difícil controlo.

DW África: E como é que se remedia isso?

JM: O chefe de Estado deve redimir-se e deve colocar essa questão do terrorismo como um debate nacional, porque o que parece até aqui é que o Presidente da República, Filipe Nyusi, está a privatizar o [combate ao] terrorismo em Cabo Delgado


Fonte: Dw 

SADC investiga caso de soldados acusados de queimar corpos em Cabo Delgado




Foi aberta, esta terça-feira, uma investigação pela missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) para aferir a veracidade de um alegado envolvimento de soldados na queima de corpos em Cabo Delgado. O vídeo circula nas redes sociais e mostra militares sul-africanos a atirar corpos para uma pilha de chamas.

A missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) em Moçambique emitiu, esta terça-feira, um comunicado no qual informa que foi aberta uma investigação para aferir a veracidade de um vídeo que circula nas redes sociais, mostrando soldados aparentemente queimando corpos de insurgentes perto da aldeia de Nkonga, no distrito de Nangade, na província de Cabo Delgado.

No vídeo de 20 segundos, pode-se ver uma pilha de lixo em chamas com um corpo no topo. Dois soldados não identificados jogam um segundo corpo nas chamas. Um soldado derrama um líquido sobre o corpo enquanto outros, incluindo um com o uniforme sul-africano, filmam a cena nos seus telemóveis.



Os detalhes do incidente não são bem claros, mas a Força de Defesa Nacional Sul-africana disse que acredita ter ocorrido em Novembro do ano passado.

O general sul-africano Andries Mahapa, citado pelo portal sul-africano DefenceWeb, confirma que o exército da África do Sul tomou conhecimento do vídeo, no entanto condenam os actos cometidos e prometem que “os culpados serão levados à justiça”.

Em comunicado, a missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral refere que não consegue confirmar se o incidente ocorreu na sua área de jurisdição, mas promete trazer, prontamente, os resultados assim que o inquérito estiver concluído.

Ainda em Cabo Delgado, esta segunda-feira, a força armada de Botswana anunciou mais um caso de suicídio entre os militares destacados para combater o terrorismo naquela região.

Lembre-se que, em Dezembro do ano passado, um militar das forças tswanas, com patente de Major, tirou a sua própria vida depois de ter baleado mortalmente a sua colega e ter ferido, também com recurso a uma arma de fogo, outra militar. As razões ainda não são conhecidas.


Fonte: O país 

الثلاثاء، 10 يناير 2023

Vídeo de soldados a queimar cadáveres "embaraça" Moçambique

 


Nas redes sociais, circulam imagens de soldados não identificados, supostamente a queimar corpos de insurgentes na província de Cabo Delgado. "É embaraçoso" para a imagem de Moçambique na ONU, diz investigador.

https://youtube.com/shorts/YkU8Y6pClFw?feature=share

As Forças Armadas da África do Sul emitiram esta terça-feira (10.01) um comunicado informando que foi aberta uma investigação pela Missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) em Moçambique (SAMIM) para aferir a veracidade dos vídeos que circulam nos últimos dias nas redes sociais mostrando soldados aparentemente queimando corpos de insurgentes perto da aldeia de Nkonga, no distrito de Nangade, na província de Cabo Delgado, em Moçambique.

Segundo o comunicado da Força Nacional de Defesa da África do Sul (SANDF, na sigla em inglês), citado pelo jornal sul-africano Daily Maverick, o vídeo "mostra as SANDF e outros membros de forças de defesa desconhecidas envolvidos em atividades contra a lei do conflito armado".

O general sul-africano Andries Mahapa, citado pelo portal sul-africano DefenceWeb, confirma que o Exército da África do Sul "tomou conhecimento de um vídeo a circular nas redes sociais mostrando membros de uma força de defesa ainda não identificada a atirar cadáveres para uma pilha de entulho a arder, bem como membros das SANDF de pé, a observá-los".

O incidente terá tido lugar em novembro, acrescenta o portal. As Forças Armadas sul-africanas, na voz de Mahapa, condenam os atos cometidos no vídeo e prometem que "os culpados serão levados à justiça". No entanto, o general sublinha que as tropas da missão da SADC em Moçambique são da responsabilidade da SAMIM.

Em comunicado, a força regional refere que "não consegue confirmar se o incidente ocorreu na sua área de jurisdição", mas promete informar "prontamente" o público em geral "assim que o inquérito estiver concluído".

Em entrevista à DW, João Feijó, investigador do Observatório do Meio Rural, considera que, a confirmar-se, o incidente pode prejudicar a imagem de Moçambique e do Presidente Filipe Nyusi, que se apresentou internacionalmente como "arauto da paz" depois do país assumir um assento como membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).

DW África: Caso se comprove a veracidade dos vídeos em questão, em que contexto pode ter acontecido este incidente?

João Feijó (JF): Acho que esta situação nos permite tirar algumas ilações. A primeira que gostava de salientar é que os militares dão este destino aos cadáveres de uma forma um pouco leviana e demasiado naturalizada. Através do vídeo é possível ver que pelo menos três militares estão a filmar. Isto traduz uma certa naturalização deste fenómeno, que revela a desumanização que já se tornou banal no terreno. 

DW África: O que é que isto pode representar para a credibilidade da SAMIM na luta contra o terrorismo em Cabo Delgado?

JF: Naturalmente que a credibilidade da SAMIM sai beliscada, porque isto revela alguma indisciplina por parte dos militares, que trazem telemóveis e fazem filmagens no terreno. Isto é algo que foi conhecido porque foi filmado. Resta saber a quantidade de atos deste género que acontecem e que não são filmados — por parte de todos os agentes no terreno, não só da SAMIM. As tropas moçambicanas também já fizeram os seus massacres, que também estão documentados e apareceram nos média. A única diferença é que houve uma negação por parte das autoridades moçambicanas, que disseram que estes vídeos são fake news.

Uma outra ilação que podemos tirar é que a reação de comunicação por parte do Exército da SAMIM, sobretudo o sul-africano, foi muito mais assertiva. Reconheceram o ato, referiram que não se identificam com o mesmo.

Agora, o Exército sul-africano atirou a responsabilidade para a SAMIM, que estava a comandar as operações, a SAMIM demarca-se desta situação e diz que vai investigar, mas não nega abertamente como fez o Governo moçambicano.

DW África: Quais serão as repercussões a nível internacional, nomeadamente da Organização das Nações Unidas, caso se venha a comprovar a veracidade dos vídeos?

JF: Moçambique, desde 1 de janeiro, faz parte do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Levantou como bandeira as questões da paz, do combate ao terrorismo, da partilha de experiências.

Perante as Nações Unidas, esta situação é embaraçosa para Moçambique, indiretamente. Apesar de não ter sido cometido por tropas moçambicanas, foi um ato realizado em território moçambicano, portanto, é embaraçoso. Perante os grandes doadores que estão a fazer uma guerra por correspondência — a União Europeia tem ali interesses energéticos, nomeadamente através da Total, da Eni e da Galp — este incidente é embaraçoso. Quem ganha mais com isto é o Ruanda, porque até hoje não surgiram notícias deste tipo de comportamentos protagonizados pelas tropas ruandesas.


Fonte:DW

الأربعاء، 13 أكتوبر 2021

Terrorismo em Cabo Delgado: grande parte das 31 mil crianças deslocadas sofre de transtornos psicossocias

 


Das cerca de 31 mil crianças na condição de deslocadas, devido ao terrorismo em Cabo Delgado, a maioria sofre de transtornos psicossociais, tais como depressão, ansiedade generalizada, pânico e fobias sociais. A informação foi avançada hoje, em Maputo, pelo Ministério do Género, Criança e Acção Social, no arranque da oitava Reunião Regional sobre apoio a este grupo de pessoas.

A violência armada na província de Cabo Delgado está a causar alteração de comportamento numa larga franja da população, principalmente crianças.

Na abertura da oitava reunião regional sobre o apoio psicológico, o Ministério do Género, Criança e Acção Social disse que há um trabalho em curso para assistir às crianças que se ressentem dos efeitos da violência armada.

“É preciso saber que o Governo de Moçambique, com a intervenção de outros parceiros, está a actuar em Cabo Delgado, em diversas esferas, no sentido de colocar um ambiente saudável para as crianças que estão a sofrer neste momento. Nós sabemos que, ao nível de Cabo Delgado, temos cerca de 31.352 crianças em situação de deslocados”, disse o director do Departamento da Criança em Situação Difícil do Ministério do Género Criança e Acção Social, Vladimir Nomier.

Para esta iniciativa, as autoridades já têm um plano. “Em todo caso, está a decorrer um trabalho de localização para posterior reunificação das condições. Para aquelas crianças que não têm a possibilidade de reencontrar os seus familiares, vamos priorizar o acolhimento em detrimento das condições”, frisou.

Para a REPSSI, uma organização não-governamental e parceira do Governo no projecto para assistência às crianças, adolescentes e jovens que carecem de apoio psicossocial devido ao terrorismo e à pandemia da COVID-19, a província de Cabo Delgado deve merecer atenção de todos.

“O objectivo deste fórum é que haja um interesse global no desenvolvimento de meios de assistência psicossocial, o que passa por procurar por novos mecanismos de trabalho, colher experiências de diferentes contextos sociais, como é o caso da província de Cabo Delgado. Estamos a aferir de que forma pode ser feita a intervenção psicossocial”, afirmou Patrick Mangen, representante regional da REPSSI.

A sexta reunião regional sobre o apoio psicológico decorre de 13 a 15 de Outubro corrente, na Cidade de Maputo e conta com a participação de vários parceiros não-governamentais.

الاثنين، 27 سبتمبر 2021

Ruanda sofre baixas militares em Moçambique


Quatro soldados ruandeses morreram em operações militares contra os terroristas em Cabo Delgado, segundo a imprensa ruandesa, sendo esta a primeira vez que Ruanda anuncia baixas no seu contingente de mil homens desde o início da sua intervenção militar em Moçambique. De acordo com a imprensa de Kigali, "em batalhas ferozes contra os insurgentes nos últimos dois meses, Ruanda perdeu quatro soldados para além de 14 feridos graves".

O jornal ruandês "The New Times" escreve que as forças combinadas estão agora a vasculhar a maior parte do território recapturado para garantir que o remanescente dos terroristas não volte a minar a paz. No entanto, o jornal não faz referência aos locais onde os soldados ruandeses foram mortos em Cabo Delgado. Palma, Mocímboa da Praia, Mueda, Macomia e Muidumbe, são os distritos afectados pelo terrorismo naquela província nortenha.

As Forças Armadas de Defesa de Moçambique normalmente não anunciam as suas baixas e Cabo Delgado não é excepção. Mas, no último sábado, os Chefes de Estado de Moçambique e do Ruanda presidiram à cerimónia de atribuição de medalhas de heroísmo a vários soldados das FADM que deram “louvável” resistência aos terroristas em várias partes da Província de Cabo Delgado desde o início da insurgência.

Alguns foram condecorados com a medalha militar de bravura a título póstumo por terem sacrificado as suas vidas em defesa da Pátria, sinal de que o exército moçambicano também tem vindo a registar algumas baixas, já que como é sabido "a guerra alimenta-se de sangue".

الاثنين، 30 أغسطس 2021

Autoridades já identificaram seis possíveis financiadores do terrorismo em Cabo Delgado

 


Fontes da “Carta” garantem que as autoridades moçambicanas já identificaram seis possíveis financiadores do grupo terrorista que, desde Outubro de 2017, causa pânico, luto e terror em alguns distritos da província de Cabo Delgado, no norte do país.

De acordo com as fontes, dos seis possíveis financiadores, três estão baseados na República Unida da Tanzânia e três em Moçambique. Dos que estão em Moçambique, dizem as fontes, dois encontram-se na cidade de Maputo e um na cidade de Pemba, capital provincial de Cabo Delgado.

Sem revelar nomes e muito menos os canais usados para canalizar os fundos, as fontes explicaram que a melhoria das operações no Teatro Operacional Norte permitiu que se chegasse aos visados, devido à chegada das tropas ruandesas e da SADC, que tem contribuído com a sua inteligência.

Sublinhar que as fontes acreditam haver mais pessoas, entre moçambicanos e estrangeiros, envolvidas no financiamento dos ataques terroristas, que já causaram a morte de mais de 2.000 pessoas e a deslocação forçada de mais de 800 mil pessoas

الاثنين، 9 أغسطس 2021

Mocímboa da Praia: Ruandeses expõem "deficiências" do exército moçambicano

 


"Em menos de 30 dias, os ruandeses expulsaram aqueles que num ano [o exército moçambicano] não conseguiu expulsar", diz o editor do semanário Zambeze, reagindo à reconquista de Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado.

O Governo moçambicano anunciou neste domingo (08.08), o controlo da vila da Mocímboa da Praia, tomada pelos insurgentes em Cabo Delgado há quase um ano, numa operação conjunta entre as tropas de Moçambique e do Ruanda.

As Forças de Defesa e Segurança de Moçambique contam, desde o início de julho, com o apoio de mil militares e polícias do Ruanda para a luta contra os grupos armados, no quadro de um acordo bilateral entre o Governo moçambicano e as autoridades de Kigali. 

"As tropas conjuntas Moçambique e Ruanda controlam a vila de Mocimboa da Praia desde as 11h00 de hoje, [domingo] dia 8 de agosto de 2021, controlam as infraestruturas públicas e privadas com enfoque para os edifícios do governo local, porto, aeroporto, hospital, mercados, estabelecimentos de restauração entre outros projetos económicos", anunciou o coronel Omar Saranga, porta-voz do Ministério da Defesa moçambicano.

"Essa tomada vai marcar um ponto muito importante", considera o editor do semanário Zambeze, Egídio Plácido. "De há algum tempo para cá os insurgentes fizeram de Mocímboa da Praia um autêntico califado, um ponto estratégico, não só como forma de pressionar o Governo moçambicano nesta luta mas também para o abastecimento dos terroristas", lembra.

Soldados moçambicanos numa missão de rotina em Mocímboa da Praia, em setembro de 2020.

Para o editor do Zambeze, "a localização estratégica de Mocímboa da Praia permite que as forças moçambicanas, com o apoio estrangeiro, [SADC] tenham maior flexibilidade no abastecimento das forças no terreno".

Problemas de comunicação, logísticos e de combate

A recuperação da vila, no entanto, serve também para expor as fragilidades das forças militares moçambicanas, afirma o editor. "Há mais de um ano que Mocímboa da Praia foi tomada. Antes de os ruandeses chegarem, não tínhamos nenhuma notícia fiável sobre o que estava a acontecer no terreno. E em algum momento a parte do exército moçambicano escondia a verdade", considera.

"A chegada dos ruandeses mostra claramente que as nossas forças têm muitas deficiências, desde a logística até à própria capacidade combativa. Em menos de 30 dias, os ruandeses chegaram e expulsaram aqueles que num ano [as forças moçambicanas] não conseguiram expulsar".

O avanço dos ruandeses no teatro das operações, segundo  Egídio Plácido, cria "ciúmes por parte das chefias militares" moçambicanas, "porque alguns ainda acham que isto é propaganda, principalmente os mais conservadores que sempre acharam que Moçambique nunca precisaria de apoio para vencer o terrorismo".

"Essa ala mais conservadora, ligada ao partido FRELIMO [no poder], está a ver que é possível expulsar os terroristas e precisamos desse apoio que é fundamental para a retoma da vida naquele ponto de Cabo Delgado", conclui