As obras de reabilitação dos sanitários em algumas escolas de Tete que deverão retomar às aulas presenciais, na próxima segunda-feira, ainda não foram concluídas. O empreiteiro garante fazer a entrega dentro de 48 horas.
A informação foi avançada pelo Governador de Tete, Domingos Viola, que efectuou nesta quinta-feira uma visita relâmpago em dois estabelecimentos de ensino, nomeadamente, Escola Secundária Francisco Manyanga e Primária e Completa de Canongola.
O Governador ficou insatisfeito ao saber que as obras de reabilitação dos sanitários na Francisco Manyanga, ainda estavam em curso, uma vez que deviam ser entregues no princípio do mês passado.
“Havia um compromisso e o mesmo devia ser cumprido. Estamos acima da hora para o arranque das aulas, por isso essas obras devem ser concluídas até segunda-feira”, exigiu Viola.
Já na Escola Primária e Completa de Canongola, o Governador mostrou-se aborrecido devido a má qualidade das obras que, segundo o governante, não apresentavam as projecções desejadas.
Refira-se que a Província de Tete conta com um universo de setecentos e setenta e nove mil alunos matriculados em todos os subsistemas de ensino.
A multinacional brasileira Vale, uma das principais companhias mineiras a operar em Moçambique, adianta que o abandono do carvão se insere nos seus planos ambientais.
Segundo um comunicado publicado nesta quinta-feira (21/01), a Vale assinou um princípio de entendimento com a parceira Mitsui, "permitindo a ambas as partes estruturar a saída da Mitsui da mina de carvão de Moatize e do Corredor Logístico de Nacala (NLC, sigla inglesa), como primeiro passo para o desinvestimento da Vale no negócio de carvão". O comunicado acrescenta que a empresa procura interessados para a compra dos ativos.
A Vale aponta como objetivo ser neutra ao nível das emissões de carbono até 2050 e reduzir algumas das suas principais fontes de poluição daquele tipo até 2030.
A transação com a japonesa Mitsui é feita pelo preço simbólico de um dólar, mas passam para a Vale todas as despesas e encargos associados - incluindo um saldo em aberto de 2,5 mil milhões de dólares (equivalente a dois mil milhões de euros).
Apesar do anúncio, a Vale mantém a implementação de investimentos que devem aumentar a produção da mina de Moatize nos próximos anos.
Depois de o investimento estar totalmente executado, "a Vale espera alcançar uma retoma de produção, atingindo 15 milhões de toneladas em 2021 e 18 milhões de toneladas em 2022.
O Governo promete que a transição se fará sem sobressaltos para a população
Perdas de lucros
Atualmente, a mineira brasileira tem capacidade instalada para produzir 12 milhões de toneladas de carvão por ano, mas tem ficado aquém do valor: em 2018 produziu 11,5 milhões de toneladas e em 2019 produziu oito milhões de toneladas.
Em 2020, o valor deverá ter sido ainda mais baixo devido à quebra na procura de carvão, causada pelo abrandamento da economia global face à pandemia de covid-19.
O carvão é atualmente um dos principais produtos de exportação de Moçambique, destinado sobretudo à Ásia.
O Governo moçambicano já foi informado sobre a transação, referiu hoje o Ministério dos Recursos Minerais e Energia, igualmente em comunicado.
A operação "deverá ser concluída em 30 de junho" e o processo de reestruturação vai "salvaguardar os direitos dos trabalhadores e das comunidades onde a empresa opera" e prevê "a identificação de um novo investidor com idoneidade e capacidade reconhecida para conduzir o projeto", afirma o governo.