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terça-feira, 7 de setembro de 2021

Namburete diz que entrou no negócio através da secretária de Guebuza

 

Maria Ines Moiane

Sérgio Namburete diz ter auferido pagamentos ilícitos da Privinvest, grupo associado ao escândalo das dívidas ocultas. Arguido tem intenção de devolver montante: "Se eu entrei neste negócio, não me apercebi do que era".

Foto do julgamento da audição de 25 de agosto na "BO"

A audição do réu Sérgio Namburete, acusado pelo Ministério Público de ter recebido 127.500 euros no âmbito do escândalo das dívidas ocultas que lesaram o estado moçambicano em cerca de dois mil milhões de euros, foi marcada pelo seu estado visivelmente emocionado.  

"A única coisa que eu queria dentro deste tribunal é pedir perdão do meu coração a toda a gente, neste momento, neste mundo a quem fiz mal. À minha família. A minha mulher foi presa por causa deste negócio", afirmou. "Se eu entrei neste negócio, não me apercebi do que era", acrescentou.

Mais tarde, durante a sessão de perguntas, o juiz Efigénio Baptista chegou mesmo a suspender momentaneamente a audiência devido ao estado emocional do réu. 

Foi uma secretária do antigo Presidente Armando Guebuza que terá levado Sérgio Namburete a entrar no negócio

Pedido da secretária de Guebuza

Namburete afirma que recebeu o dinheiro na sequência de um contrato assinado com a Logistic International Abu Dhabi, uma empresa do grupo Privinvest, alegadamente para intermediar o trespasse de um terreno, a pedido de outra arguida do caso, Maria Inês Moiane. Na altura dos factos, Maria Inês Moiane era secretária do então Presidente da República, Armando Guebuza. 

O réu informou que Maria Inês Moiane justificou o convite, alegando que a Logistic International Abu Dhabi exigia que o contrato fosse celebrado com uma empresa para permitir a faturação da operação.  

Segundo o arguido, a sua intervenção no projeto consistiu em acompanhar os técnicos para a demarcação do terreno e a produção de uma planta topográfica para a construção de um prédio que acabou por não sair do papel. 

Questionado sobre se tinha algum relatório sobre a implementação do seu contrato com a empresa Logistic International Abu Dhabi, o réu respondeu negativamente.  

Arguido disposto a devolver dinheiro

O juiz da causa, Efigénio Baptista, questionou o arguido: "Está disposto a devolver o dinheiro que recebeu, 127.500 euros?"

"Estou disposto, estou disposto", respondeu Sérgio Namburete.

Privinvest é uma das empresas envolvidas no escândalo das dívidas ocultas

O réu disse ainda ao tribunal que à data dos factos não tinha conhecimento do projeto de proteção costeira, nem da criação das empresas ProIndicus, EMATUM e Moçambique Asset Managentement que estão associadas ao escândalo das dívidas ocultas. 

Comentando a postura do réu Sérgio Namburete durante a audição, o analista Elísio de Sousa denota alguma teatralidade no depoimento do réu.

Nós tivemos um homem grande, um homem quase idoso [61 anos], a chorar perante o tribunal e a pedir desculpas. Há de ter sido um pouco teatral. Normalmente quando a pessoa jura arrependimento tem que depois mostrar os atos subsequentes. Portanto, não faz sentido eu dizer que estou arrependido e depois dizer que se viesse uma outra empresa faria tudo de novo", comentou.

O julgamento prossegue na próxima quinta-feira (09.09) com a audição de Maria Inês Moiane. 

Outro colaborador próximo do ex-Presidente Armando Guebuza, o seu assessor político, Renato Matusse, será ouvido na próxima sexta-feira (10.09) e o próprio Armando Guebuza comparece no tribunal como declarante no dia 2 de dezembro

Cyril Ramaphosa saúda liberdade condicional de Jacob Zuma

 


Ramaphosa desejou rápida recuperação ao seu antecessor "ao regressar à casa para os seus entes queridos". Zuma ganhou liberdade condicional por razões clínicas dias antes do reinício do seu julgamento por corrupção.

Encontro de Ramaphosa (esq.) e Zuma em 2018

O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, saudou esta segunda-feira a colocação em liberdade condicional, por razões clínicas, do seu antecessor, Jacob Zuma, dias antes do reinício do julgamento do antigo chefe de Estado por corrupção.

"Congratulamo-nos com isto" e "desejamos-lhe uma rápida recuperação ao regressar a casa para os seus entes queridos", afirmou Ramaphosa numa conferência de imprensa, citada pela agência France-Presse (AFP), após uma reunião do Congresso Nacional Africano (ANC), partido no poder.

Jacob Zuma, 79 anos, estava hospitalizado desde 06 de agosto fora da prisão onde estava a cumprir uma pena de 15 meses por se recusar a comparecer perante uma comissão de inquérito sobre corrupção no período em que foi Presidente, entre 2009 e 2018.

"O Departamento de Serviços Penitenciários pode confirmar que Jacob Gedleyihlekisa Zuma foi colocado em liberdade condicional médica", anunciaram os serviços num comunicado divulgado no domingo.

Zuma enfrenta acusações de corrupção e sua saúde estaria a deteriorar-se

Reunião do ANC

A libertação condicional de Jacob Zuma por razões médicas "significa que cumprirá o resto da sua pena no sistema prisional comunitário, onde terá que cumprir uma série de condições e estar sob vigilância", adiantaram os serviços prisionais sul-africanos.

A decisão de libertar Zuma coincidiu com a realização de uma reunião do ANC, algo que o opositor John Steenhuisen, da Aliança Democrática (AD), disse à AFP ser "extremamente suspeito".  "Esta decisão é política, não é médica", atirou o opositor.

Cyril Ramaphosa, que fez da luta à corrupção uma das suas principais bandeiras na corrida ao cargo, tem sido acusado de ser brando no combate à corrupção.

Em 10 de agosto, um tribunal sul-africano adiou para 9 e 10 de setembro o julgamento de Zuma, que terá de defender-se de 18 acusações, incluindo fraude, corrupção, lavagem de dinheiro e extorsão, relacionadas com a compra de equipamento militar a cinco empresas de armamento europeias, em 1999, quando era vice-Presidente do país.

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Lágrimas e pedido de desculpas… Namburete diz que foi enganado

 

Efigenio Baptista

O primeiro réu do dia estava visivelmente emocionado e até deixou cair lágrimas. “Peço perdão a todos que ofendi”. Sérgio Namburete tem, ainda, as memórias bem vivas da sua detenção por envolvimento no esquema das dívidas ocultas. Com perto de 60 anos, ele e a esposa foram à cadeia, deixando um bebé de quatro meses, por sinal, a primeira sorte do casal.

“Até hoje, não sei como pedir desculpas à minha mulher”. E essa mulher é Márcia Namburete, que chegou a ser arguida no caso, por alegadamente ter recebido parte do dinheiro ilegal através do seu marido Sérgio Namburete.

O Juiz Efigénio Baptista apelou ao réu para que ficasse calmo, porque “não está a ser condenado, ainda, nem absolvido”.

As questões de fundo foram-se desenvolvendo e Sérgio Namburete disse ter conhecido Inês Moiane (sua amiga) na década de 90. Revela que a então secretária do antigo Presidente da República, Armando Guebuza, o convenceu a entrar no esquema sem dizer, de facto, qual era o negócio.

Segundo o réu, Inês Moiane disse que havia um projecto de se erguer prédio de mais de 20 andares no terreno da co-ré, na zona do ATCM (Costa do Sol), cujo investidor era de Abu Dhabi e que para Namburete ser intermediário tinha de ser através de uma empresa.

“Eu fiquei muito feliz quando soube que era um empresário de Abu Dhabi. Naquela altura, quando se falava de um empresário dos Emirados Árabes Unidos… vi que era uma oportunidade de abrir uma empresa e fazer os meus negócios”.

O réu diz que o investidor não queria fazer negócio com singulares, mas sim com empresa e que ele tinha de ter uma firma para poder facturar.

Questionado sobre que trabalho de consultoria fez, Namburete diz que foi um dos assinantes do contrato, fez a demarcação do terreno e levou os topógrafos para fazerem a planta topográfica do projecto que nunca mais avançou.

“Quem deu o preço foi o senhor Jean Boustani. O valor era de 750 mil euros sem acréscimo de nada. Mantive contacto com o senhor Jean via telefone e o contacto foi-me passado por ela (Inês Moiane). Ela pensava que eu já tinha a empresa”, detalha.

Lembre-se que Sérgio Namburete, de acordo com a acusação, abriu uma empresa de consultoria que nunca esteve em actividade, apenas serviu para receber dinheiro da Privinvest, num esquema coordenado com Inês Moiane, então secretária particular de Armando Guebuza, sendo que a verba teria sido recebida por Moiane para facilitar reuniões entre Guebuza e Jean Boustani.

O valor canalizado neste esquema é de 877.500 euros. Deste valor, 127.500 euros foram para os bolsos de Namburete, conforme diz a acusação e a assunção do próprio réu.

O réu pediu uma pausa para tomar medicamentos e, minutos depois, a sessão foi retomada. O Juiz quis perceber como é que a ré Inês Moiane procurou um intermediário para um negócio no qual conhecia a outra parte e podia negociar pessoalmente, entretanto a Defesa de Namburete pediu que o Juiz fosse directo nos seus questionamentos de modo a que o réu conseguisse responder.

Neste momento, o Juiz dita a acta das respostas e, logo a seguir, deverá ser o Ministério Público a fazer perguntas.

Julgado terrorista envolvido no ataque que matou 130 pessoas e feriu outras 4 mil em França

 


Seis anos após o maior ataque terrorista em Paris, começa esta semana o julgamento do único cidadão vivo, dos implicados no atentado que causou 130 mortos e mais de 4 mil feridos. Este é o maior processo da história jurídica da França.

Salah Abdeslam é o único terrorista que participou activamente nos atentados de 13 de Novembro de 2015, no estádio de futebol “Stade de France”. Cento e trinta pessoas morreram e mais de 4.000 ficaram feridas.

Dos implicados no atentado, apenas este belga de origem marroquina está vivo e as autoridades dizem que têm provas de que ele ajudou a preparar os ataques coordenados, deixou os seus companheiros no estádio de futebol “Stade de France” para cometerem o ataque, mas acabou por deitar fora o seu próprio colete de explosivos.

Desde a sua prisão, em 2016, Salah Abdeslam tem optado pelo silêncio, recusa-se a cooperar com as autoridades, referindo apenas que o que fez foi a pedido do irmão, que morreu nos atentados. Agora, ele comparecerá em público e será questionado pelos seus crimes.

No banco dos réus, no processo com início marcado para esta quarta-feira, estão mais 13 acusados de colaborar na organização da logística dos ataques. Seis pessoas serão julgadas à revelia, perfazendo um total de 20 incriminados, segundo escreve o Notícias ao Minuto.

Ao todo, 330 advogados vão intervir directamente no processo, alguns para defender os supostos terroristas, e a maior parte pertence à acusação.

Antiga secretária de Guebuza e seu amigo Namburete explicam-se hoje sobre 877 mil euros recebidos da Privinvest

 


Sérgio Alberto Namburete e Maria Inês Moiane Dove teriam encaixado 877.500 mil euros no escândalo das dívidas ocultas. Segundo a acusação, houve uma empresa de disfarce no processo e, uma vez mais, prestar consultoria era o pretexto para receber dinheiro ilegal.

Ainda não se ouviram os seus nomes a ser pronunciados em tribunal durante as audições dos réus já interrogados, mas o Ministério Público parece ter clareza da sua participação no esquema das dívidas.

De acordo com a acusação da Procuradoria-Geral da República, Inês Moiane foi o caminho para a entrada do seu amigo Namburete no calote. À data dos factos, Moiane era secretária particular do antigo Presidente da República, Armando Guebuza. Inês Moiane preparou pelo menos seis encontros entre Guebuza e dirigentes da Privinvest.

E sob o pretexto de facilitar reuniões que Jean Boustani, da Privinvest, pretendia ter com o então Chefe de Estado, Inês Moiane recebeu 877.500 euros daquela empresa. Mas, ela não podia receber o valor na sua conta e, por isso, pediu ao seu amigo que recebesse o bolo para depois pass­á-lo a si.

Daí, e para justificar, Namburete criou a empresa SEN – Consultoria e Investimentos, a 18 de Novembro de 2014, só com o objectivo de receber o dinheiro. No mesmo dia, abriu a conta bancária da firma e, sete dias depois, isto é, a 25 de Novembro, fechava um suposto contrato com a Privinvest, para prestar serviços de consultoria no âmbito de um projecto de construção civil durante um ano.

Recebeu, à luz do dito contrato, 877.500 euros das empresas Logistic International e Privinvest Shipbuilding, sem nunca ter prestado o serviço em causa e esse foi o único valor que a empresa recebeu desde a sua criação, há cerca de 10 anos.

Da verba, segundo a Procuradoria, Sérgio Namburete passou 750 mil euros à sua amiga Inês Moiane e teria ficado com 127.500 euros, tendo levantado boa parte por meio de cheques e outra foi canalizada na conta da sua esposa, Márcia Namburete, que tinha sido constituída arguida, mas depois despronunciada.

Já Inês Moiane fez depósito a prazo e depois comprou casas, tendo colocado o seu irmão no processo e, por essa via, também implicado no esquema.

Os amigos Namburete e Moiane terão de explicar as suas versões ao tribunal esta segunda-feira, sendo Sérgio Namburete o primeiro a ser ouvido.

Paul Kagame nega que haja financiadores de apoio militar em Cabo Delgado

 


O Presidente ruandês disse ontem que o apoio militar a Moçambique para estabilizar Cabo Delgado é totalmente suportado por recursos próprios, negando ter financiadores como a França ou a petrolífera Total.

"Até agora, estamos a usar os nossos meios. Temos meios decentes que estamos satisfeitos em poder partilhar. Não há ninguém a patrocinar-nos", referiu Paul Kagame numa entrevista à televisão pública ruandesa RBA.

O chefe de Estado respondia a uma pergunta sobre um eventual financiamento da França ou da Total, que tem sido suscitado por vários analistas, tendo em conta o investimento em Cabo Delgado para extração de gás, interrompido em março devido à insurgência no norte de Moçambique.

Trata-se do maior investimento privado da atualidade em África, da ordem dos 20 mil milhões de euros.

"Não há ninguém a patrocinar-nos. Digo isto em frente ao ministro das Finanças: ele sabe quanto é que [a intervenção] nos está a custar. Mas acho que os resultados valem mais que o dinheiro", acrescentou.

A rapidez de resposta do Ruanda também tem levantado questões - ao ir para o terreno antes da força conjunta da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) -, levando Kagame a ironizar: "Há um vizinho com a casa a arder" e "aquele que chega primeiro é questionado: porque é que foi tão rápido a apagar fogo? (…) Nunca tinha visto isto".

O chefe de Estado destacou o facto de haver outras petrolíferas envolvidas nos investimentos em gás natural e, por outro lado, justificou-se também com a presença de ruandeses entre os "terroristas" presentes em Cabo Delgado - mas sem outros detalhes.

O Presidente ruandês espera que os investidores na extração de gás "voltem ao trabalho, porque isso significa muito para Moçambique", disse, acrescentando que "depois da missão [pelos militares] e de a região estar segura", será feita "nova avaliação" e os objetivos serão ajustados "de acordo com as intenções de Moçambique".

Em resposta a outra questão, especificou que, até agora, as forças deslocadas pelo Ruanda são suficientes - além de que haver um envolvimento crescente de outros parceiros, nomeadamente da SADC com uma força conjunta de vários países no terreno.

"A nossa missão não está ligada a recursos nem a outras coisas, é só para tornar a zona segura" e assim apoiar Moçambique, porque "há muito para fazer, um parceiro não chega", dado o grau de destruição em Cabo Delgado, concluiu.

O Ruanda é o quinto país que mais contribui para operações de paz das Nações Unidas, com um total de cerca de 5.100 elementos.

A nível bilateral, tem desde o início de julho cerca de mil militares e polícias em Cabo Delgado para apoiar Moçambique que entraram em ação antes da força conjunta da SADC - que anunciou na última sexta-feira estar totalmente operacional.

Os militares ruandeses e as forças moçambicanas reconquistaram no início de agosto a vila de Mocímboa da Praia, sede de distrito, considerada por muitos a “base” dos grupos insurgentes que têm protagonizado ataques armados em Cabo Delgado desde 2017.

O conflito armado entre forças militares e insurgentes naquela província nortenha de Cabo Delgado já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, segundo as autoridades moçambicanas.

Armando Guebuza vai depor no dia 02 de Dezembro

          Há muita poeira, Há muito Boato


O antigo Presidente da República, Armando Emilio Guebuza, será o último dos 69 declarantes que vão depor no julgamento das dívidas ocultas. De acordo com a lista tornada pública pelo Tribunal Supremo, Guebuza vai se apresentar na Penitenciária da Máxima Segurança, vulgo BO, no dia 02 de Dezembro.

Desde que foi despoletado o escândalo das dívidas ocultas, Armando Guebuza mostrou disponibilidade para prestar esclarecimentos. Contudo, para se apresentar em tribunal tinha que ser autorizado pelo Conselho do Estado.

Recentemente, tal o Evidências escreveu na sua 29ª edição, o Conselho de Estado deliberou a autorização do antigo Chefe de Estado para que esteja livre de ser ouvido em resposta a solicitação do Tribunal Supremo (TS).

No novo cronograma tornado público pelo TS, Armando Emilio Guebuza será o último declarante a ser ouvido quando se apresentar em tribunal no dia 02 de Dezembro de 2021 corrente.

Outro declarante de peso arrolado pelo tribunal é o actual ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, que já ocupava o cargo quando as dívidas ocultas foram reveladas. Maleiane vai se apresentar no dia 29 de Novembro.

Refira-se que a lista de declarantes inclui ainda o antigo governador do Banco de Moçambique Ernesto Gove e os antigos ministros do Interior Alberto Mondlane e das Pescas Vítor Bernardo.

O ex-presidente sul-africano Jacob Zuma concedeu liberdade condicional médica


Zuma foi internado no hospital para observação em 6 de agosto por uma condição não revelada, e foi submetido a um procedimento cirúrgico em 14 de agosto

O ex-presidente da África do Sul, Jacob Zuma, preso por 15 meses em julho por desacato ao tribunal depois de esnobar investigadores de enxertos, foi colocado em liberdade condicional hoje, apenas dois meses após seu mandato, anunciaram as autoridades prisionais.

Zuma, 79, está hospitalizado desde 6 de agosto em um centro de saúde fora da prisão onde foi encarcerado por ignorar uma ordem judicial para testemunhar perante um painel judicial que investigava a corrupção durante seu mandato de nove anos, que durou até 2018.

O Departamento de Serviços Correcionais disse em um comunicado hoje que a "liberdade condicional médica" de Zuma entrou em vigor no domingo e ele cumprirá o resto da pena de prisão de 15 meses fora da prisão.

O Sr. Zuma "completará o resto da sentença no sistema de correções comunitárias, pelo qual ele deve cumprir um conjunto específico de condições e estará sujeito à supervisão até que sua sentença expire", disse o comunicado.

A decisão foi motivada "por um relatório médico" que o departamento recebeu, disse.

Zuma foi internado no hospital para observação em 6 de agosto por uma condição não revelada, e foi submetido a um procedimento cirúrgico em 14 de agosto. Ele permanece hospitalizado.

'Dignidade'

As autoridades prisionais apelaram aos sul-africanos para "darem dignidade ao Sr. Zuma, uma vez que continua a receber tratamento médico".

Ele começou a cumprir sua pena em 8 de julho na prisão de Estcourt, cerca de 180 quilômetros a noroeste de Durban. Duas semanas depois, ele foi autorizado a deixar a prisão para assistir ao funeral de seu irmão em sua casa rural na cidade de Nkandla.

Sua prisão gerou uma onda de violência sem precedentes e saques de empresas e lojas na África do Sul pós-apartheid, resultando em milhões de dólares em danos e perdas.

Seu sucessor, Cyril Ramaphosa, descreveu a agitação como uma tentativa orquestrada de desestabilizar o país e prometeu reprimir os supostos instigadores.

Hoje cedo, um punhado de veteranos do braço da luta armada do ANC, Umkhonto we Sizwe, que apoiou Zuma nos últimos anos, interrompeu um elogio do presidente do partido, Gwede Mantashe, no funeral de um dos líderes do grupo, cantando por Zuma para ser libertado da prisão.

O porta-voz de Zuma, Mzwanele Manyi, disse à AFP que embora não tenha falado com o ex-presidente desde que a notícia foi divulgada, "ele deveria ter ficado aliviado, qualquer pessoa só pode ficar exultante quando isso acontecer".

Ele disse que a prisão "inconstitucional" de Zuma piorou sua saúde.

"Isso (teve) um impacto exponencial em termos de deterioração de sua condição", disse ele, enquanto se recusava a divulgar a doença.

O maior partido da oposição, Aliança Democrática, declarou a liberdade condicional como "totalmente ilegal e zomba" dos regulamentos da prisão.

Enquanto isso, o longo julgamento de Zuma por corrupção devido a um acordo de armas que data de mais de duas décadas foi adiado no mês passado para 9 de setembro, enquanto se aguarda um relatório médico sobre sua aptidão para ser julgado.

Os processos foram repetidamente adiados por mais de uma década, enquanto Zuma lutava para que as acusações fossem retiradas.

Ele enfrenta 16 acusações de fraude, suborno e extorsão relacionadas à compra, em 1999, de jatos de combate, barcos-patrulha e equipamentos de cinco firmas europeias de armas, quando era vice-presidente.

Ele é acusado de aceitar suborno de uma das empresas, a gigante da defesa francesa Thales, que foi acusada de corrupção e lavagem de dinheiro.

Forças especiais da Guiné-Conacri dizem ter detido presidente

 


As forças especiais da Guiné-Conacri afirmaram hoje ter capturado o presidente Alpha Conde e “dissolvido” as instituições, num vídeo enviado à AFP, enquanto o Ministério da Defesa garante ter repelido a tentativa de golpe.

“Decidimos, depois de retirar o Presidente, que actualmente está connosco (…), dissolver a Constituição em vigor e dissolver as instituições; decidimos também dissolver o Governo e fechar as fronteiras terrestres e aéreas”, disse um dos membros do grupo envolvido num alegado golpe de Estado e que se apresentou de uniforme armado numa declaração divulgada nas redes sociais, mas não transmitida pela televisão nacional.

Os golpistas, que confirmaram à AFP a origem do vídeo, divulgaram imagens do Presidente, nas quais lhe perguntam se foi maltratado, tendo Alpha Condé, vestido com calças de ganga e camisa e sentado num sofá, recusado responder, escreve o Notícias ao Minuto.

Por seu lado, o Ministério da Defesa afirmou, em comunicado, que “os insurgentes tinham semeado o medo em Conacri antes de tomarem o palácio presidencial, mas a guarda presidencial, apoiada pelas forças de defesa e segurança leais e republicanas, conteve a ameaça e repeliu o grupo de atacantes”.

Hoje de manhã, foram ouvidos tiros de armas automáticas no centro de Conacri, capital da Guiné-Conacri, e muitos soldados eram visíveis nas ruas, segundo relataram várias testemunhas à agência AFP.

domingo, 5 de setembro de 2021

O Afeganistão 'provavelmente' entrará em erupção em uma guerra civil, diz general dos EUA

 


Movimento de resistência afegão e forças rebeldes anti-Talibã participam de treinamento militar

O Afeganistão "provavelmente" entrará em erupção em uma guerra civil, disse o general dos EUA à mídia norte-americana, alertando que essas condições podem levar ao ressurgimento de grupos terroristas no país.

Quando as forças americanas começaram sua retirada, o Taleban assumiu o controle do Afeganistão em uma campanha relâmpago, com apenas a província do norte de Panjshir resistindo aos islâmicos linha-dura.

"Minha estimativa militar ... é que as condições provavelmente se desenvolverão para uma guerra civil", disse o general Mark Milley, presidente da Junta de Chefes de Estado-Maior, à Fox News.

Ele questionou se o Taleban, que ainda não declarou um governo, seria capaz de consolidar o poder e estabelecer uma governança efetiva.

"Acho que há pelo menos uma probabilidade muito boa de uma guerra civil mais ampla e que, por sua vez, levará a condições que poderiam, de fato, levar a uma reconstituição da Al-Qaeda ou ao crescimento do ISIS ou de outros ... grupos terroristas ", Disse o Sr. Milley.

Enfatizando que não podia prever o que aconteceria a seguir no Afeganistão, ele fez uma avaliação desanimadora.

Enquanto isso, os combatentes do Taleban avançaram profundamente no  Vale de Panjshir , no Afeganistão, com combatentes da resistência dizendo que estão mantendo os islâmicos afastados, mas analistas alertaram que estão lutando.

A agência de ajuda italiana Emergency, que administra um hospital em Panjshir, disse que as forças do Taleban chegaram ao vilarejo de Anabah, onde administram um centro cirúrgico.

"Muitas pessoas fugiram de vilas locais nos últimos dias", disse o Emergency em um comunicado, acrescentando que continua prestando serviços médicos.

"Até agora não houve interferência nas atividades do Emergency", disse o jornal.

"Recebemos um pequeno número de feridos no Centro Cirúrgico Anabah."

Anabah fica cerca de 25 quilômetros ao norte dentro de um vale de 115 quilômetros de extensão, mas relatos não confirmados sugerem que o Taleban também tomou outras áreas.

Bill Roggio, editor-chefe do Long War Journal, dos Estados Unidos, disse esta manhã que ainda havia uma "névoa de guerra" com relatos não confirmados de que o Taleban havia capturado vários distritos.

Ambos os lados afirmam ter infligido pesadas perdas um ao outro.

"O exército do Taleban endureceu com 20 anos de guerra, e não se engane, o Taleban treinou um exército", tuitou Roggio hoje, acrescentando que "as chances eram grandes" para a resistência Panjshir.

"O exército do Taleban foi injetado com uma grande quantidade de armas e munições após a retirada dos EUA e o colapso do ANA" (Exército Nacional Afegão), acrescentou.

Os combatentes em Panjshir resistiram por uma década contra os militares soviéticos e também contra o primeiro regime do Talibã de 1996 a 2001.

Ali Maisam Nazary, que não está em Panjshir mas continua a ser um porta-voz da resistência, disse hoje que a resistência "nunca irá falhar".

Mas o ex-vice-presidente Amrullah Saleh, que está escondido em Panjshir ao lado de Ahmad Massoud, filho do lendário comandante anti-Talibã Ahmad Shah Massoud, alertou para uma situação sombria.

O Sr. Saleh em um comunicado falou de uma "crise humanitária em grande escala", com milhares "deslocados pelo ataque do Taleban".

A mídia social pró-Taleban se gabou de capturar áreas do vale, mas Nick Waters, do site investigativo Bellingcat, disse que as postagens não incluíam fotos verificáveis ​​para apoiar as alegações.

"Será muito fácil verificar um vídeo mostrando o Taleban no vale de Panjshir", disse Waters.

O Vale Panjshir, cercado por picos recortados de neve, oferece uma vantagem defensiva natural, com os guerreiros derretendo diante do avanço das forças e, em seguida, lançando emboscadas disparando dos topos altos para o vale.