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‏إظهار الرسائل ذات التسميات Deslocados. إظهار كافة الرسائل
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الاثنين، 26 يوليو 2021

Suécia já disponibilizou USD 5 milhões para apoiar deslocados em Cabo Delgado

 


A embaixadora da Suécia em Moçambique, Mette Sunnergren, fez saber que o seu país tem estado a acompanhar, com agrado, os passos que têm sido tomados rumo à pacificação na província de Cabo Delgado.

“Temos prestado os nossos apoios, através das Nações Unidas e algumas organizações internacionais, para ajudar os deslocados,  bem como encontrar soluções para as famílias que os recebem. Como parte da União Europeia, vamos apoiar na missão de treinamento de militares que serão destacados para Cabo Delgado”, disse a diplomata, realçando que o grande compromisso, neste momento, é a tranquilidade para o povo se recompor.

“Estamos a falar de  assistência social, energia, incentivo para economia e outras coisas”, realçou Sunnergren.

Em Moçambique, a Suécia tem uma longa história de cooperação para o desenvolvimento, que data desde 1965. Em linha com a agenda de Paris, a cooperação sueco-moçambicana foi focalizada em poucas áreas.

A Suécia tem apoiado os programas moçambicanos de redução à pobreza, financiamento de programas sectoriais, bem como apoio ao orçamento. Actua nas áreas, tais como política, governação democrática e direitos humanos, apoio à sociedade civil, programas de treinamento internacional e monitoria sobre a situação da pobreza.


الجمعة، 23 يوليو 2021

Deslocados à deriva no campo de concentração em Matemo



Centenas de sobreviventes dos ataques terroristas em Cabo Delgado vivem em condições consideradas desumanas em Matemo, uma pequena ilha do distrito do Ibo, que continua a receber centenas de deslocados, que vêm dos distritos de Palma e Macomia, em consequência dos ataques terroristas.

O drama humanitário foi confirmado por algumas famílias que desembarcaram, recentemente, na cidade de Pemba, a capital da província, em busca de alternativas de sobrevivência e fuga das zonas de conflito armado.

“Muitas pessoas dormem ao relento e outras construíram pequenas tendas cobertas de capim e dormem no chão, na areia mesmo,” contou Binaue Juabo, uma mulher de trinta e cinco anos de idade que, devido à insegurança, não conseguiu realizar o funeral  do seu filho decapitado pelos supostos terroristas e só conseguiu fugir com um sobrinho de cerca de 10 anos de idade, deixando para trás a sua mãe e esposo.

Além de acomodação, de acordo com a fonte, a ilha está a enfrentar situações de fome, devido à insuficiência da ajuda humanitária, que supostamente beneficia apenas as famílias registadas e reconhecidas pelo Governo.

“Eu comia graças à minha prima, que, às vezes, recebia apoio em comida de algumas organizações que continuam a apoiar os deslocados”, revelou Binaue Jaubo.

A situação humanitária na ilha de Matemo é considerada dramática e os deslocados correm risco de vida, devido à eclosão de doenças, uma das causas que força algumas famílias a fugirem para a cidade de Pemba, em busca de melhores condições de vida e de segurança.

“Eu não aguentei ficar em Matemo. Há muitas pessoas doentes, principalmente diarreia. E agora quase toda gente tem ‘matequenha’ (pulgas nos pés) lá, aquilo está mal”, descreveu Mussa Alfane, pouco depois de desembarcar em Pemba numa embarcação artesanal com cerca de 80 deslocados.

Devido à gravidade da situação humanitária, os marinheiros das poucas embarcações que continuam a realizar viagens para as zonas de conflito prevêem a chegada de mais deslocados nos próximos dias.

“Há muitas pessoas que querem vir a Pemba, mas há poucos barcos que arriscam a fazer estas viagens, porque são perigosas devido aos riscos de naufrágio, por causa da superlotação de passageiros, mas também por causa dos ataques, uma vez que algumas embarcações já foram interpeladas pelos alshababes no mar”, descreveu Mussa Alfane

Entretanto, além do medo, de acordo com os transportadores, muitas pessoas continuam em Matemo, apenas por falta de dinheiro para pagar a passagem.

“Quase todos querem vir a Pemba, mas não têm como pagar a passagem que custa entre seiscentos meticais e mil meticais por pessoa adulta e os poucos que conseguem são aqueles que recebem dinheiro dos familiares, além de alguns que nós ajudamos”, explicou Andinane Abudo, um marinheiro que faz constantes viagens para a ilha do Ibo.

Outra preocupação dos deslocados que chegam a Pemba é a falta de comunicação com os seus familiares de quem se separaram há bastante tempo e desconhecem, até hoje, o seu paradeiro.

“Fugi de Palma quando entraram pela primeira vez (24 de Março) e, um mês depois, voltei a Palma, quando começaram a mobilizar as pessoas para regressar, porque a situação estava controlada, mas antes de chegar cá, houve mais um ataque e voltei a fugir e, até hoje, não sei onde estão a minha esposa e os meus dois filhos. Como ninguém está em Palma, não há notícias sobre o que terá acontecido”, contou Abdul Assane, um jovem deslocado de Palma, durante o desembarque na Praia de Paquitequete, que se tornou num dos principais pontos de chegada dos deslocados  na cidade de Pemba

A cidade de Pemba recebe, em média, duas embarcações com sobreviventes dos ataques terroristas em Cabo Delgado e todos vêm de Matemo, na Ilha do Ibo, que, desde o ataque à vila de Palma, a 24 de Março, se tornou num dos maiores campos de concentração de deslocados, mais próximos da zona de conflito armado


الأربعاء، 16 يونيو 2021

Ataques em Cabo Delgado: Apoio aos deslocados deve integrar quem os acolhe - bispo



O administrador apostólico da diocese de Pemba, António Juliasse Sandramo, disse hoje que as famílias de acolhimento dos deslocados da guerra em Cabo Delgado devem ser incluídas nos pacotes de apoio ao desenvolvimento de quem sofre com a violência.


"Todas as intervenções devem integrar aspetos de boa convivência entre deslocados e os locais, os apoios não devem ser canalizados só para deslocados, ignorando totalmente a população local", referiu o prelado.


O bispo referia-se tanto à "alocação de infraestruturas" - como terrenos e materiais de construção de casas - como a outros "benefícios de desenvolvimento": devem ser "integrados deslocados e os locais”.


António Juliasse Sandramo falava à Lusa depois de se ter reunido na sexta-feira com consultores da Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN), entidade estatal que está a traçar planos para o desenvolvimento social e económico de Cabo Delgado. 


Segundo afirmou, na perspetiva, da igreja a ADIN deve contribuir para uma boa convivência social entre deslocados e locais.


"A necessidade de haver segurança" está "acima de tudo" e assim aponta uma prioridade: "Que não se alargue cada vez mais o conflito militar que existe na província de Cabo Delgado".


O prelado disse que promover o diálogo com muçulmanos e no seu seio é uma das chaves para travar a violência armada.


Para tal, defende "o diálogo com irmãos muçulmanos e [entre] eles mesmos, nas suas várias vertentes e famílias, [para que] encontrem caminhos também de dialogar com a juventude e demonstrar que a verdadeira face da religião islâmica não combina com a violência".


"Tudo o que é violento e extremista não é a verdadeira face [do islamismo]", sublinhou.


"Estamos todos juntos nesta busca da paz", destacou.


Juliasse Sandramo lembrou ainda que sem segurança os investimentos retraem-se ou recuam, dando como exemplo o atual momento, em que vários projetos criados para Cabo Delgado pararam devido aos ataques armados de insurgentes.


“Se não houver segurança, é difícil haver algum investimento. Alguns investimentos estão parados justamente por causa de insegurança", acrescentou.


Grupos armados aterrorizam Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico.


Os ataques e confrontos com militares moçambicanos já provocaram mais de 2.800 mortes segundo o projeto de registo de conflitos ACLED e 714.000 deslocados de acordo com o Governo moçambicano.


Um ataque a Palma, junto ao projeto de gás em construção, em 24 de março provocou dezenas de mortos e feridos, sem balanço oficial anunciado


As autoridades moçambicanas anunciaram ter recuperado o controlo da vila, mas a população continua em fuga e tem relatado novos tiroteios e mortes. 


A situação levou a petrolífera Total a abandonar o recinto do empreendimento que tinha início de produção previsto para 2024 e no qual estão ancoradas muitas das expectativas de crescimento económico de Moçambique na próxima década


الخميس، 20 مايو 2021

Relatório expõe dramas e gritos de socorro de crianças refugiadas em Cabo Delgado

 


Documentação perdida, pais desaparecidos, discriminação nas escolas e necessidades básicas não atendidas. Estes são os retratos da situação das crianças deslocadas pelas acções terroristas em Cabo Delgado, traçado num relatório da Save the Children, que dá voz às vítimas.


O relatório, que sai amanhã ao público, tem como título “Ouvindo a Voz das Crianças em Cabo Delgado” e foi produzido com base em depoimentos de mais de 180 crianças, com idades entre 12 e 17 anos, que têm, como principal aspecto comum, o facto de terem sido forçadas a abandonar as suas zonas de origem e residência habitual por causa da guerra.


Em centros transitórios ou famílias de acolhimento, as crianças, muitas das quais sem qualquer documento de identificação, falam, no relatório, das suas preocupações e receios.

“Eu gostaria de poder ter minha certidão de nascimento e BI, novamente. Perdi todos”, disse uma menina de 16 anos do distrito de Metuge, citada no relatório.


Depois de terem testemunhado várias situações de terror e lutado dias e noites pela vida, à procura de lugares seguros, muitas das crianças desconhecem, hoje, o paradeiro dos pais e membros directos da família.


“Alguns de nós não estamos com os nossos pais neste centro (trânsito) e não estamos em contacto com eles. Não sabemos onde estão”, disse uma das fontes, de 12 de idade, que, segundo o relatório, faz parte de, pelo menos, 384 crianças que foram separadas dos progenitores, nos ataques registados nos finais de Março, no distrito de Palma.


INSERÇÃO ESCOLAR 

Outro problema relatado pelos deslocados tem a ver com inserção nas escolas. Segundo o relatório, as crianças reclamam de falta de oportunidades de frequentar a escola, por dificuldades que incluem a falta de material didáctico.


“Há escolas aqui, mas alguns de nós não vão, porque faltam materiais escolares e uniformes” disse uma menina de 16 anos de idade, residente no distrito de Meconta que apontou, também, a falta de escolas secundárias, como outro problema.

Por outro lado, as crianças reclamam, segundo a Save the Children, de questões relacionadas com a “saúde e exposição a doenças”.


“A água do tanque é salgada, por isso bebemos água a partir de poços, embora tenhamos sido informados para não beber, por causa da cólera”, disse um menino de 17 anos de idade.

De acordo com a Save the Children, entre Janeiro e Março deste ano, um total de 3,334 casos de cólera e 179,967 casos de malária foram registados em Cabo Delgado.


Preocupações à parte, “as crianças deslocadas identificaram alguns aspectos positivos na situação em que, actualmente, se encontram, nomeadamente, o acolhimento comunitário.


Para o Director Geral da Save the Children em Moçambique, Chance Brigs, destacou a importância do relatório, para dar a conhecer as histórias dos dramas das crianças refugiadas, pela sua própria voz.


“As crianças estão a sofrer desproporcionalmente neste conflito e precisam de atenção especial. Chamamos à comunidade de doadores, para garantir que o financiamento para as necessidades das crianças seja priorizado. Isso inclui fundos para protecção, saúde, educação e garantir que as crianças obtenham a saúde mental e o cuidado psicossocial e o apoio de que precisam”, disse, citado no comunicado de imprensa, alusivo ao lançamento do relatório, que terá lugar nesta quinta-feira, na cidade de Maputo.

الجمعة، 30 أبريل 2021

Sobe para 30 mil o número de deslocados do ataque a Palma

 



Nos últimos sete dias, subiu de 24 para 30 mil o número de deslocados causados pelo ataque à Vila Sede do distrito de Palma, no norte da província de Cabo Delgado.

Na sua mais recente comunicação, divulgada esta sexta-feira, a Agência das Nações Unidas para Refugiados fala de uma “profunda preocupação com as consequências humanitárias devido à rápida ascendência de violência no norte de Moçambique, onde cerca de 30 mil pessoas foram forçadas a fugir da cidade costeira de Palma, depois de essa ter sido atacada por grupos armados, a 24 de Março”, alerta a agência, que acrescenta que: “acredita-se que muitas mais pessoas ainda estejam presas em Palma. Aquelas que fugiram enfrentaram barreiras significativas ao procurar abrigos seguros dentro e fora do país”.

O número representa um aumento de cerca de seis mil deslocados em relação à semana passada.

Entretanto, a organização chama atenção em relação ao respeito pelos direitos humanos dos deslocados. “Algumas pessoas ainda fogem de Palma, mas com apenas algumas rotas de evacuação disponíveis. Estamos preocupados com aquelas que não têm alternativas senão permanecer em Palma”. Na vila de Quitunda, exemplifica a agência, partilhando que “recebeu relatos de graves abusos cometidos contra grupos vulneráveis, incluindo agressões físicas às pessoas que tentavam fugir para áreas mais seguras usando barcos”.

Desde 2017, o conflito, no norte de Moçambique, deixou dezenas de milhares de mortes ou feridos e forçou o deslocamento de mais de 700 mil pessoas.