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domingo, 30 de junho de 2024

“Homens-bomba” matam 18 pessoas na Nigéria

 


Em Gwoza, nordeste da Nigéria, atacantes suicidas mataram 18 pessoas. Entre as vítimas estão mulheres grávidas e crianças.

Barkindo Saidu, diretor-geral da Agência de Gerenciamento de Emergências do Estado de Borno, disse que o primeiro “homem-bomba” fez a detonação de um dispositivo explosivo durante a celebração de um casamento, por volta das 15 horas de sábado.

“Minutos depois, outra explosão ocorreu perto do Hospital Geral”, disse Saidu. Depois dos dois primeiros ataques, houve um terceiro em funeral, provocado por uma “mulher-bomba” disfarçada de enlutada.

Entre os mortos, estão adultos do sexo masculino, feminino e crianças, segundo a emissora de rádio.

Ninguém assumiu a responsabilidade pelos ataques, mas Gwoza fica no Estado de Borno, que foi fortemente afectado por uma insurgência lançada, em 2009, pelo Boko Haram, um grupo extremista islâmico.

Desde as suas origens no Estado, o grupo tem ameaçado a segurança da Nigéria e desestabilizado a região do Lago Chade.

No passado, o Boko Haram usou mulheres e meninas em atentados suicidas, por essa razão, o ressurgimento de atentados suicidas em Borno levanta preocupações significativas sobre a situação de segurança na região.

Acidente mata duas pessoas na Beira

 


Condução em estado de embriaguez e excesso de velocidade são apontados pela Polícia de Trânsito, na cidade da Beira, como as principais causas de um acidente de viação, ocorrido na noite de ontem, que resultou em morte. Duas pessoas foram carbonizadas.

As vítimas são uma senhora e um menor de idade, que seguiam na viatura ligeira carbonizada. Opaís soube no local dos factos que o automobilista da viatura sinistrada foi detido e outras duas pessoas que seguiam no seu interior foram socorridas para o hospital a fim de receberem o tratamento, dado os ferimentos que contrairam durante o acidente.

O acidente ocorreu devido a despiste. A viatura em causa seguia a alta velocidade de Dondo para Beira e ao chegar na zona de Cerâmica, o motorista perdeu o controle da mesma, e foi embater em duas viaturas estacionadas na berma da Estrada Nacional Número seis e depois foi bater um poste, onde ficou imobilizada e ardeu.

sábado, 29 de junho de 2024

Empresário escapa rapto em Maputo

 


Houve mais uma tentativa de rapto na cidade de Maputo. A vítima foi o proprietário das bombas de combustível localizadas próximo a praça da OMM. A acção resultou na morte de um dos meliantes, de origem sul-africana, bem como no baleamento de um agente da PRM, no torax.

É mais um crime na cidade de Maputo. Na noite de sexta-feira, quando eram 20h30, um indivíduo de origem sul-africana entrou no estabelecimento de venda de combustível, concretamente na loja de conveniência, e tentou raptar o seu proprietário. Um acto que foi impedido pela Polícia da República de Moçambique.

De acordo com o porta-voz da PRM, a nível da cidade de Maputo, o suposto raptor entrou na loja de conveniência alegadamente para adquirir rebuçados. Os bombeiros desconfiaram da sua presença na loja, bem como de uma viatura que rondava a área e acionaram a polícia, que prontamente fez ao local.

“O seu movimento suscitou desconfiança e imediatamente foi acionada esta força que fiz referência. E quando chega para fazer a primeira abordagem, este indivíduo sacou a arma de fogo e disparou contra o agente da autoridade, tendo-o alvejado na zona do tórax. Em resposta, os agentes abriram fogo e conseguiram alvejá-lo”, explicou Leonel Muchina.

Ora, alvejado, o cidadão sul-Áfricano ainda tentou fugir. Percorreu, sagrando, cerca de 100 metros e caiu aqui, próximo a paragem de transporte público, jogando dinheiro ao chão para criar agitação.

“Em socorro para o hospital Central de Maputo, acabou (o criminoso) perdendo a vida. Temos a confirmar que é um indivíduo sul-africano, que fazia-se portar, portanto, de uma arma de fogo de pistola, esta que vocês podem verificar, e trazia consigo três munições, dos quais dois foram disparados contra os agentes e um teria sido disparado para o ar”, referiu-se, tendo acrescido que o dinheiro usado para manobra, é uma estratégia dos meliantes na terra do rand. Aquele (o dinheiro) não foi entregue à polícia, por aqueles que o apanharam, no caso, populares.

Pelo relato da polícia, o criminoso não chegou a manter contacto com o proprietário do estabelecimento, o que levanta a questão de se tratar de tentativa de rapto ou assalto à loja. Mas Leonel Muchina tem uma explicação técnica.

“Nós, na cidade de Maputo, não temos registros de assaltos com arma de fogo a lojas de conveniência. Este pode ser um testemunho apresentado, mas não se pode ignorar este facto, de ter sido uma tentativa de rapto, que teria sido frustrada. Sobre roubos a lojas de conveniência com recurso a arma de fogo, não tem sido um crime registrado na cidade de Maputo. Daí que esta hipótese pode se descartar e analisarmos com mais profundidade a questão de tentativa de rapto que teria sido frustrada”.

A morte do meliante retira das mãos da polícia uma grande pista para esclarecer o caso.

“Com a morte deste indivíduo, as pistas reduzem, porque seria naturalmente este que poderia nos levar ao conhecimento de outros cenários que poderíamos destacar e trazer-nos os demais envolvidos. Mas o trabalho de investigação vai continuar, pode haver se calhar o reconhecimento facial a partir das câmaras, se é um indivíduo que frequenta o território nacional com alguma frequência, porque se é um indivíduo de nacionalidade sul-africana, para estar em Moçambique e cometer este tipo de delito, certamente que houve premeditação e isso significa a sua frequência no território”.

O gerente deste estabelecimento recusou-se a dar declarações à imprensa, bem como proibiu que os seus colegas o fizessem, em resposta a uma recomendação da Polícia da República de Moçambique, que diz estar a investigar o crime.

“Próximo chefe de estado não deve focar-se no antecessor”, diz Filipe Couto



O antigo reitor da Universidade Eduardo Mondlane, Filipe Couto, diz que o próximo Presidente da República deve ser um líder focado e não uma figura que fará críticas ao seu antecessor. O padre falava à margem da reunião anual da UEM.

O fim do último mandato do Governo liderado por Filipe Nyusi está cada vez mais próximo assim como as eleições presidenciais, por esta razão, o antigo reitor da Universidade Eduardo Mondlane e Padre Missionário da Consolata, Filipe Couto disse que espera um candidato jovem. “Seria bom que fosse um candidato dos seus 50 anos”, disse.

Além de considerar que o país precisa de ter um candidato jovem, também alertou que o mesmo deve ter maturidade de não crticar o seu antecessor.

Além disso, o Padre Couto diz que o próximo presidente moçambicano deve ser alguém que saiba trabalhar em cooperação e respeito pelo passado.

E, sobre as críticas lançadas ao actual Presidente da República, Couto diz que chegam tarde e vêm de pessoas que não tiveram coragem quando era altura de o fazer.

Questionado sobre a actual postura dos candidatos à presidência, Filipe Couto disse que a invenção de regras onde já existem, cria confusão e abre espaço para que estes façam acções da campanha eleitoral antes do tempo.

Padre Filipe Couto participou esta sexta-feira da reunião anual da Universidade Eduardo Mondlane que além do corpo académico, contou com a presença de diplomatas.

⛲ INTEGRITY 

Gabriel Júnior salva vidas no Hospital Central da Beira

 


O carismático apresentador e empresário moçambicano, Gabriel Júnior, carinhosamente chamado por “Filho do povo” salvou vidas de pacientes que estavam à beira da morte, por falta de insumos médicos no Hospital Central da Beira, província de Sofala.

Para o feito, fez, na quinta-feira, 27 de Junho, a de entrega de meia tonelada de suplementos hospitalares que correspondem 42 caixas.

De acordo com empresário, está acção altruísta surge como resposta após tomar conhecimento de que grupo de pacientes no Hospital Central da Beira sofrem de problemas renais por falta de kits de consumíveis hemodiálise.

“Ouvimos o clamor dos nossos irmãos, sobre a escassez que havia aqui, de material para eles fazem o seu tratamento que é a hemodiálise. Tudo que é necessário para fazer tratamento, o procedimento está nas caixas” disse

Em termos numéricos, os suplementos médicos custaram cerca de 600 mil meticais, angariados em suas campanhas com o povo moçambicano e, espera ainda fazer entrega de segundo kit.

“Começámos uma campanha com o povo e, nesta campanha conseguimos perto de 600 mil meticais e, hoje, estamos a trazer o primeiro kit de equipamentos. Acredito que brevemente, na próxima traremos o segundo kit de medicamentos” assegurou o PCA da TV Sucesso.

Face a esta iniciativa, o Hospital Central da Beira, através da Directora Clínica, Ana Nicolau, agradeceu profundamente o empresário e considerou esta acção “mais um acto de amor do que oferta” pois só com esta iniciativa seria possível salvar a vida dos pacientes. 

⛲ Evidências 

CAD denuncia tentativa de sabotagem da candidatura de Venâncio Mondlane

 


A Coligação Para a Aliança Democrática (CAD) foi notificada pela Comissão Nacional de Eleições para sanar algumas irregularidades na candidatura de Venâncio Mondlane. Para Elvino Dias, advogado da CAD, a instituição liderada por Dom Carlos Matsinhe, está a tentar a tudo custo sabotar a candidatura de Mondlane.

O advogado que se notabilizou por defender Venâncio Mondlane no diferendo com a Renamo e Ossufo Momade jura de pês juntos que a Coligação Para a Aliança Democrática (CAD) cumpriu todos os procedimentos, daí que considera que a exigência da CNE é infundada.

“Eles ligaram-nos a notificar que tínhamos irregularidades por suprir no processo das candidaturas, o que não constitui verdade. Nós temos expedientes submetidos à CNE, com carimbo de protocolo e tudo”, declarou.

Ainda no rol dos argumentos para provar que aquela instituição da Administração Eleitoral está a tentar sabotar a candidatura de Venâncio Mondlane apoia-se no princípio de aquisição progressiva dos actos eleitorais, referindo que a Comissão Nacional de Eleições não tem competências para impugnar a mesma, uma vez que já foi aprovada pelo Conselho Constitucional.

“Não faz sentido que uma comissão Nacional de Eleições, composta por vogais com mais de vinte anos de experiência, venha nesta altura do processo eleitoral, notificar-nos sobre a questão relacionada com a Inscrição dos partidos políticos, quando eles têm consciência de que esta fase terminou no dia sete de maio. A própria CNE publicou na sua página quais são os partidos que estão regularmente inscritos e no rol desses partidos, a CAD está lá”, declarou.

⛲ Evidências 

Apreendida uma tonelada e meia de cocaína camuflada em doces

 

SERNIC

O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) apreendeu ontem cerca de tonelada e meia de cocaína “disfarçada” em doces no Aeroporto Internacional de Maputo. Segundo o SERNIC as drogas são oriundas Brasil.

A cocaína foi enontrada em caixas, embalada e camuflada em doces para driblar as autoridades. Apesar da camuflagem aparentemente “bem feita”, não foi suficiente para enganar o SERNIC.

“Fez-se mais uma na mercadoria que aparenta tratar-se de rebuçados, mas após uma inspeção minuciosa, descobriu-se que não eram simplesmente rebuçados, porque no interior da embalagem estava la um pó branco que feito o teste preliminar constatou-se tratar-se de uma droga do tipo cocaína”, explicou Hilário Lole, porta-voz do SERNIC na cidade de Maputo.

Sem avançar a quantidades exacta, o SERNIC estima que seja cerca de uma tonelada e meia de droga cujo destino final ainda é desconhecido. “Estamos a falar de cerca de cerca e 120 caixas de rebuçados contendo um peso bruto de cerca uma tonelada e quatrocentos quilos de cocaína, proveniente do Brasil” disse Lole.

Sem revelar os rostos, Hilário Lole revelou que foram detidos três indivíduos, “dentre eles funcionários do MAHS, uma empresa que presta serviços ao Aeroporto internacional de Maputo, assim como funcionários da Autoridade tributária, que facilitaram a entrada deste produto no território nacional assim como outro produto que já foi apreendido no dia dezanove ” concluiu o Porta-Voz.

Para travar esta droga, o SERNIC iniciou um trabalho de investigação na semana passada, após ter apreendido no local cerca 95 quilos de cocaína, disfarçada de desodorante e óleo de pele.

⛲ O país 

sexta-feira, 28 de junho de 2024

Cabo Delgado: Secretário de Estado admite não ser oportuno o regresso de funcionários deslocados aos distritos

 


O Secretário de Estado em Cabo Delgado, António Supeia, defende não ser aconselhável o regresso de funcionários deslocados aos distritos, enquanto não existirem condições de infra-estruturas e de segurança. Supeia reagia sobre a obrigatoriedade do regresso dos Funcionários e Agentes do Estado aos distritos afectados pelo terrorismo.

Aquele dirigente argumentou que os Funcionários e Agentes do Estado estão deslocados em busca de segurança e o seu regresso está condicionado à reposição das infra-estruturas. A fonte afirmou ainda que o governo tem consciência de que os funcionários deslocados não saíram bem das suas zonas e há casos em que alguns estão traumatizados.

"Estamos a lidar com seres humanos, estamos a lidar com pessoas que tal como qualquer um de nós a primeira prioridade é segurança, então peço para encontrarmos um meio-termo com os funcionários", realçou, admitindo que nenhum funcionário nega regressar ao distrito.

Acrescentou que na interação com os Funcionários deslocados ficou evidente a vontade de regressar, mas não podem devido a questões de segurança, anotando que muitos se encontram enquadrados nos distritos onde estão acolhidos.

Os pronunciamentos do Secretário do Estado em Cabo Delgado surgem duas semanas depois de o Administrador do distrito de Muidumbe, João Bosco Casimiro, ter ameaçado tomar medidas administrativas contra os funcionários e Agentes do Estado que ainda não regressaram aos seus postos de trabalho, tal como reportou este Jornal.

Refira-se que, actualmente, os distritos de Macomia e Quissanga estão completamente abandonados pelos funcionários e agentes do Estado. No caso de Macomia, apresentaram-se pela primeira vez no dia 23 de Junho por ocasião do Dia Africano da Função Pública e depois do acto regressaram à cidade de Pemba. Os funcionários abandonaram a vila depois do ataque de 10 de Maio. 

⛲ Cartamoz

Ramaphosa dá aviso severo à Aliança Democrática sobre negociações do Governo de Unidade Nacional

 


O Presidente Cyril Ramaphosa deu um aviso severo à Aliança Democrática (DA, na sigla em inglês), dizendo que o ANC queria concluir as negociações do Governo de Unidade Nacional esta semana.

Numa carta datada de 25 de Junho, dirigida ao líder do partido, John Steenhuisen, Ramaphosa disse que a Aliança Democrática mudou as metas e isso não alinha com os princípios da declaração de intenções que a DA assinou ao aderir ao Governo de Unidade Nacional (GNU, na sigla em inglês).

Ramaphosa respondia à carta de Steenhuisen datada de 24 de Junho, na qual o partido exigia mais duas pastas ministeriais para adicionar às seis oferecidas. Steenhuisen disse na sua carta que o partido aceitou as seis pastas, mas queria mais duas, entre desporto, artes e cultura ou agricultura, desenvolvimento rural e reforma agrária ou serviço público e administração.

Mas Ramaphosa disse que a DA "parecia querer estabelecer um governo paralelo que operaria fora da estrutura e dos parâmetros do método e dos protocolos baseados na Constituição para administrar o governo da República da África do Sul..."

“Tenho a informar que a tarefa de estabelecer um governo é bastante urgente, pois, não podemos continuar com esta paralisia”, disse Ramaphosa.

"Pretendo concluir todas as negociações e consultas esta semana. Até lá, continuo aberto a novas discussões com vocês."

As negociações em torno do Governo de Unidade Nacional atingiram neste contexto outro impasse, no mais recente desenvolvimento no cenário político da África do Sul.

O ANC e a DA ainda não chegaram a um entendimento sobre as suas diferenças em relação aos postos ministeriais no Governo emergente de Unidade Nacional com divergências que fazem atrasar o processo.

A recente revisão da sua oferta inicial por parte do ANC causou retrocessos significativos nas discussões em curso. A DA manteve a sua parte no acordo inicial, apoiando a eleição de Cyril Ramaphosa como Presidente e apoiando Thoko Didiza como Presidente da Assembleia Nacional. No entanto, segundo fontes, a resistência interna do ANC levou a uma revisão da sua oferta à DA, dificultando as negociações.

De acordo com fontes de dentro do ANC, o partido enfrentou uma resistência significativa das suas facções internas, o que levou a uma reavaliação das pastas ministeriais oferecidas à DA. Os outros oito partidos do GNU retiraram-se temporariamente das discussões para permitir que o ANC e o DA resolvessem os seus desacordos.

Bantu Holomisa, do Movimento Democrático Unido (UDM), disse ao Daily Maverick que eles ouviram que a DA estava ameaçando sair das negociações se o ANC rever a sua oferta. Holomisa disse que a revisão da oferta não inclui os departamentos de comércio, indústria e concorrência, o que não agrada a DA.

“O ANC deveria ter um Plano B”, disse. “Agora parece que eles tinham um acordo privado antes das discussões do GNU. Estamos à espera que eles voltem para nós e deve-se notar que o GNU ainda não está estabelecido, é apenas uma declaração de intenções.”

Tensões emergentes

O Partido Comunista Sul-Africano (SACP), um parceiro do ANC, acusou a DA na quarta-feira de tentar ofuscar o ANC. Isso aconteceu depois que uma carta vazada de Helen Zille, presidente do Conselho Federal do DA, foi tornada pública. Na carta, Zille solicitou que os vice-ministros da DA fossem nomeados em todos os ministérios liderados pelo seu partido e exigiu uma palavra a dizer na nomeação de directores-gerais nestes ministérios.

As negociações atingiram um ponto crítico na noite de quarta-feira, quando o ANC propôs um novo acordo envolvendo “postos menores”, que não tinha sido considerado anteriormente. Esta mudança seguiu-se à disponibilidade da DA para aceitar sete ministros e sete vice-ministros, e vários departamentos importantes.

Fontes tanto do ANC como da DA disseram que a posição revista do ANC sugeria que a DA não receberia vários departamentos significativos dentro do pelouro económico, levando a um impasse.

Os membros da DA expressaram insatisfação com os novos termos, acusando o ANC de negociar de má-fé. O Secretário-Geral do ANC, Fikile Mbalula, apelou à realização de reuniões regionais extraordinárias durante o fim-de-semana para informar as estruturas do seu partido sobre as decisões do Conselho Executivo Nacional e o progresso das negociações do GNU. Isso está contido numa carta “vazada” para a mídia.

Entretanto, o ANC continua a colaborar com o partido uMkhonto Wesizwe e o Partido os Combatentes de Liberdade Económica (EFF, Economic Freedom Fighters) de Julius Malema. No entanto, um acordo com a EFF parece improvável, como evidenciado pela recente publicação do líder Julius Malema nas redes sociais, na qual menosprezou Mbalula, referindo-se a ele como Nelson Ramodike, uma comparação depreciativa com uma antiga figura da era do apartheid.

O porta-voz nacional da DA, Solly Malatsi, recusou-se a comentar os últimos desenvolvimentos, mas disse que o partido continua comprometido com a declaração de intenção de criar um GNU.

“O objectivo das nossas negociações agora é dar expressão a essa declaração para que possamos ter um impacto positivo na vida dos sul-africanos. Obviamente não podemos entrar num governo se não tivermos os meios para efectuar mudanças positivas. Temos esperança de que possamos chegar a um acordo satisfatório com o ANC.”

Impacto no Parlamento

O atraso na finalização do Governo já começou a afectar as funções operacionais do Parlamento. Masibulele Xaso, secretário da Assembleia Nacional, destacou a incerteza enfrentada pelos membros do Parlamento, que não têm certeza se permanecerão em suas funções parlamentares ou serão nomeados para cargos ministeriais.

À medida que a Assembleia Nacional começa a criar as suas estruturas e comissões após a criação do sétimo Parlamento, há duas semanas, as pastas ministeriais do Governo não resolvidas continuam a lançar uma sombra sobre os trabalhos do órgão legislativo. (DM/Sowetan)

⛲ Cartamoz 

UEM poderá retirar alguns cursos devido a baixa procura

 


A Universidade Eduardo Mondlane poderá retirar cursos de Biblioteconomia e Finanças no período pós-laboral devido ao baixo nível de procura nos últimos três anos. A informação foi avançada pelo reitor, que falava à margem da reunião anual da instituição.

A Universidade Eduardo Mondlane inscreveu para o ano acadêmico de 2023 um total de 22.753 candidatos para os cursos de licenciatura, 11% a menos em relação aos 25.485 inscritos em 2022.

Manuel Guilherme Junior diz que tal pode estar a ocorrer devido à saturação do mercado, entretanto a universidade, terá de se reinventar.

“A Universidade Eduardo Mondlane é a única faculdade que abastece o mercado ao nível nacional e provavelmente neste momento o mercado pode estar a ficar saturado, mas em geral, os nossos cursos são de muita procura e o que podemos fazer neste momento é retirar.”

Os mais preocupantes são os cursos do pós-laboral. “Grande parte destes cursos são do período pós-laboral e nós achamos que temos duas hipóteses, a primeira é fazermos uma reforma em função da demanda e a segunda é repensarmos a própria estrutura dos cursos.” Explicou Manuel Guilherme, Reitor da UEM.

Manuel Guilherme revelou também que o ano de 2023, a instituição que dirige teve grandes desafios, financeiramente, mas para já trabalha para reverter a situação.

Também, em 2023, a Universidade Eduardo Mondlane viu reduzidos os seus programas de investigação devido aos ligeiros cortes de linhas de financiamento por parte dos parceiros de cooperação.

⛲ O país 

MPLA garante apoio à FRELIMO

 


O Secretário Geral da FRELIMO e Candidato à Presidência da República de Moçambique, Daniel Francisco Chapo, iniciou ontem uma visita de dois dia à Angola.

Daniel Chapo foi recebido no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro pelos Membros do Partido FRELIMO

Em Luanda. Logo depois a sua Chegada, Chapo foi recebido pelo Presidente do MPLA e da República de Angola, João Lourenço de quem recebeu garantias de apoio para as eleições de Outubro próximo.

À saída do encontro, Daniel Chapo falou aos jornalistas, a quem explicou o contexto da sua visita. Segundo Daniel Chapo “ a FRELIMO e o MPLA são partidos irmãos com mesma história e mesmos desafios, tivemos independência no mesmo ano e logo a seguir tiver guerras de desestabilização e conseguimos juntos superar por isso estamos aqui mais uma vez para reafirmar as nossas relações de amizade e cooperação”.

As relações entre a FRELIMO e o MPLA enquanto partidos libertadores, se estendem a outros países como recordou Daniel Chapo “ temos relações com ANC na África do Sul, Chama Chá Mapinduzi na Tanzânia, ZANU-FP no Zimbabwe, SWAPO na Namíbia com que temos tudo ajuda mútua em vários momentos e nós estamos aqui para reafirmar que estamos juntos. Temos estado a visitar os outros países irmãos já estivemos na Tanzânia, Zimbabwe e hoje estamos aqui em

Angola”.

Segundo Daniel Chapo, o Presidente do MPLA João Lourenço garantiu apoio à Frelimo para as eleições de Outubro próximo “ o Presidente João Lourenço reafirmou o compromisso do MPLA de dar apoio incondicional à FRELIMO no processo eleitoral da mesma forma como a Frelimo apoio o MPLA durante momentos eleitorais. Somos partidos irmãos e estamos aqui para estreitar relações de amizade e cooperação”.

Segundo Daniel Chapo, a FRELIMO e o MPLA enquanto países que dirigem os seus países tem como agenda central “ o combate à fome e o desemprego dos jovens sobretudo, porque só assim iremos desenvolver os nossos países”.

A deslocação de Daniel Chapo insere-se no quadro do fortalecimento das tradicionais e históricas relações de amizade e cooperação existentes entre a FRELIMO e a Movimento Popular de Libertação de Angola– MPLA e entre os povos dos dois paíse.

⛲ Evidências 

CAD acusa CNE de tentar sabotar candidatura de Venâncio Mondlane

 


A Coligação Para Aliança Democrática acusa a CNE de tentar sabotar a candidatura de Venâncio Mondlane, ao notificar a organização política para ultrapassar algumas irregularidades na candidatura. A CAD diz já ter comprido todos os procedimentos.

Há sensivelmente uma semana, a Comissão Nacional de Eleições notificou a CAD para suprir algumas irregularidades na sua candidatura para as eleições gerais.

Tal exigência é infundada, segundo o mandatário de Venâncio Mondlane, Elvino Dias, que defende que a coligação terá cumprido todos os procedimentos legais.

“Eles ligaram-nos a notificar que tínhamos irregularidades por suprir no processo das candidaturas, o que não constitui verdade. Nós temos expedientes submetidos à CNE, com carimbo de protocolo e tudo.”

Diz ainda que de acordo com o princípio de aquisição progressiva dos actos eleitorais, a CNE já não tem competência para impugnar qualquer processo nesta fase, mesmo que tenha irregularidades, porque já foi aprovado pelo conselho Constitucional.

“Não faz sentido que uma comissão Nacional de Eleições, composta por vogais com mais de vinte anos de experiência, venha nesta altura do processo eleitoral, notificar-nos sobre a questão relacionada com a Inscrição dos partidos políticos, quando eles têm consciência de que esta fase terminou no dia sete de maio. A própria CNE publicou na sua página quais são os partidos que estão regularmente inscritos e no rol desses partidos, a CAD está lá.”

O também advogado, acusa a CNE de estar a criar manobras para embaraçar a candidatura de Venâncio Mondlane.

“Quando é que a CAD começou a ter problemas?, quando a CNE tomou conhecimento que a CAD passa a suportar a candidatura de Venâncio Mondlane , e é por isso mesmo que estamos, desde ja, a denunciar este acto que no nosso entender é ilegal.”

Ainda segundo Dias, a CNE só pode, neste momento, exigir a regularização de documentos dos candidatos, apenas nos casos de registro criminal, bilhete de identidade e não de documentos dos partidos, pois essa fase foi ultrapassada e já publicada no Boletim da República.

⛲ O país 

Renamo ameaça Venâncio Mondlane

  


Depois de Victor Viandro, Presidente da Associação dos Combatentes da Luta pela Democracia, ter pedido autorização para se responsabilizar pela cura de Venâncio Mondlane, agora é a vez de Geraldo Carvalho ameaçar “dar uma lição” ao ex-membro da Renamo por supostamente estar a mexer com as bases militares do maior partido da oposição.

A ameaça foi feita na manhã desta quarta-feira, momentos após a realização do sorteio para o posicionamento dos candidatos presidenciais no boletim de voto. Aos jornalistas, Carvalho disse que a Renamo não irá permitir “brincadeiras” de Venâncio Mondlane, candidato à Presidência da República, chamando-o de “um miúdo atrapalhado”.

"O número 3 [do boletim do voto, Venâncio Mondlane] é um atrapalhado, por isso, está aí e até faz de quem conhece os dossiers do DDR [Desarmamento, Desmobilização e Reintegração dos homens residuais da Renamo]. (…) Não vamos permitir brincadeiras, apesar desse miúdo andar aí a querer mexer com as bases militares e, com isso, ele vai apanhar uma lição, se brincar connosco”, ameaçou Carvalho, que foi colega de Venâncio Mondlane em dois partidos: primeiro, no MDM e depois na Renamo.

Questionado se a candidatura de Venâncio Mondlane representava alguma ameaça a Ossufo Momade e à Renamo, Geraldo Carvalho respondeu: “não olhamos como risco, é um miúdo que nós criamos. Está a beneficiar-se da luta da Renamo, acomodámo-lo na Renamo e agora quer concorrer”.

Refira-se que a ameaça de Geraldo Carvalho chega quase três meses depois da proferida por Victor Viandro que, na abertura da reunião do Conselho Nacional da Renamo, em Abril passado, pediu autorização para curar o então membro da “perdiz”.

“Queremos solicitar luz verde do Conselho Nacional e da direcção máxima do partido a autorização para nos responsabilizarmos por aqueles que andam nas televisões a insultar a liderança, confundindo a opinião pública com propaganda contra o próprio partido. Nós temos remédio para curá-los, se nos autorizar”, atirou, na altura, Viandro.

Alfredo Magumisse é maluco

Venâncio António Bila Mondlane não foi a única vítima de Geraldo Carvalho. Alfredo Magumisse, membro sénior da Renamo, foi outro visado. Carvalho classificou Magumisse de “maluco” por ter manifestado, publicamente, a sua preocupação em relação ao silêncio de Ossufo Momade desde a sua reeleição em Maio último.

“A nossa expectativa era que tanto o Presidente como a direcção começassem o seu trabalho de campo para divulgação dos membros dos órgãos eleitos e das decisões do Congresso. Isso ajudaria o partido a fazer a sua pré-campanha. Infelizmente, há um silêncio ensurdecedor, que torna o partido amorfo, acanhado e frágil. Este silêncio preocupa para quem quer tomar o poder. Desde que foi eleito, nunca voltou a fazer um «viva» em público”, defendeu Alfredo Magumisse, em conferência de imprensa concedida semana finda.

Para Geraldo Carvalho, “cada partido tem sua estratégia e cada casa tem os seus malucos”. Para ele, Alfredo Magumisse “sabe muito bem onde devia falar sobre isso”, porém, defende que “não estamos calados, estamos a trabalhar e nossa estratégia é nossa estratégia”. 

⛲ Cartamoz 

quinta-feira, 27 de junho de 2024

SERNIC neutraliza traficantes de droga

 


Quatro indivíduos estão a contas com o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) em Pemba, na província de Cabo Delgado, por posse de 14 quilos de haxixe.

Segundo o jornal Notícias, o grupo foi surpreendido quando transportava o produto em duas viaturas.

De acordo com o porta-voz do SERNIC, Sumail Sabile, as duas viaturas foram apreendidas e a neutralização dos supostos traficantes foi graças ao trabalho de inteligência da corporação.

Entretanto, os indiciados negam o seu envolvimento no caso.

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Eleições 2024: Lutero Simango lidera o boletim de voto à Presidência da República

 


Está confirmada a sequência dos candidatos à Presidente da República no boletim de voto para as eleições presidenciais de 09 de Outubro próximo.

De acordo com o sorteio realizado, na manhã de hoje, no Conselho de Constitucional, o Boletim de Voto às presidenciais será liderado por Lutero Simango, candidato do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), sendo que Daniel Chapo, da Frelimo, será o segundo da lista.

Venâncio Mondlane, da Coligação Aliança Democrática, será o terceiro, sendo que Ossufo Momade, da Renamo, deverá ser o último da lista.

Referir que o sorteio foi realizado na presença dos mandatários de Daniel Chapo, Ossufo Momade e Lutero Simango. O mandatário de Venâncio Mondlane não se fez presente na sala.

Mais um empresário sequestrado em Maputo

 


Mais um empresário foi sequestrado, na manhã de hoje, no bairro Alto-Maé B, na avenida Ho Chi Min, na cidade de Maputo.

Segundo o Notícias, o incidente ocorreu quando a vítima de mais de 50 anos de idade se dirigia ao seu estabelecimento comercial e foi interpelada por três indivíduos armados, que o arrastaram até a viatura estacionada nas imediações do mercado Mandela.

“Os raptores desceram de uma viatura branca com AK-47 e foram em direcção ao empresário que estava à caminho da sua papelaria, na companhia do seu segurança, que tentou mostrar resistência e acabou sendo baleado com gravidade”, relatou uma testemunha citada pelo Notícias.

De acordo com a fonte, o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) confirmou o rapto e referiu que estão a decorrer trabalhos de modo a resgatar rapidamente o empresário e garantir a sua segurança.


terça-feira, 25 de junho de 2024

Porto da Beira atinge números recordes no manuseamento de cargas

 


Foram manuseados no Porto da Beira, de Janeiro a Maio deste ano, 161 mil contentores, contra 102 mil, em igual período do ano passado. Na carga geral, foram manuseadas 1.6 milhões de toneladas, contra 1.4, do primeiro semestre do ano passado, um crescimento considerado robusto pelo gestor do Porto da Beira, a Cornelder de Moçambique.

A conclusão da reabilitação da primeira fase da terminal de mineiros, aquisição de equipamentos modernos para transporte de cargas e uso de tecnologias de ponta e dos recursos humanos são factores que estão a contribuir na melhoria do manuseamento de cargas no Porto da Beira, que já atingiu números recordes, segundo Jan De Vries, Administrador delegado da Cornelder de Moçambique(CdM), entidade gestora do porto da Beira.

“A Cornelder de Moçambique estabeleceu um recorde de produtividade no manuseio de minério de crómio, por exemplo, alcançando uma produtividade bruta, com a média diária de 14.446 toneladas, uma melhoria de 40% em relação ao recorde anterior de 10.400 toneladas por dia”, garantiu Jan De Vries.

Acrescentou também que “a excelente produtividade é resultado do forte investimento na capacidade de manuseamento de minérios. A CDM acaba de concluir a primeira fase da construção do Terminal de Minérios que inclui 4 hectares de área de armazenamento para diversos minérios em à granel e ensacados, onde estes podem ser manuseados de forma eficiente”.

Como fruto destas melhorias, há novas linhas de navegação intercontinentais que escalam o Porto da Beira, que foi reconhecido, nos últimos dois anos, como a terminal mais eficiente.

Neste ano, haverá novos investimentos para responder a demanda dos países do Interland.

“No terminal de contentores, dentro de duas semanas, iremos iniciar a remoção de um dos antigos armazéns e, no seu lugar, garantir a expansão de quase 4 hectares de um novo parque. Ainda no âmbito da modernização das infra-estruturas, iremos adquirir 4 novas gruas modernas. As que temos actualmente são as maiores no país, mas não estamos satisfeitos dada a demanda dos nossos serviços na região e no mundo. Um estudo de engenharia realizado recentemente indicou-nos que temos capacidade para acomodar gruas para atender navios com capacidade para transportar, numa única viagem, 10 mil contentores”, referiu o administrador delegado da Cornelder.

Além disso, a CdM recebeu, este ano, uma nova frota de escavadoras de 35 toneladas e Pás, Carregadoras com baldes de 7m³ de capacidade, que servem para fazer o carregamento de banheiras para granéis, em tempo recorde, sendo transportados até ao cais por uma frota renovada e ampliada de tratores de terminal.

Toda a movimentação de equipamentos é monitorada pela organização reestruturada do Terminal de Carga Geral, fazendo uso do novo Sistema Operacional do Terminal, bem como do Sistema de Monitoramento de Equipamentos.

A Cornelder de Moçambique está, entretanto, preocupada com a melhoria dos acessos no Porto da Beira, que impactam de forma negativa na fluidez das cargas.

“Os volumes que temos hoje são dez vezes maiores em relação há 25 anos e, infelizmente, as estradas são as mesmas, o que cria um enorme constrangimento para a fluidez de cargas na entrada e saída do Porto da Beira. Acreditamos que uma maior articulação entre os vários utentes do Porto da Beira, incluindo o governo, sector privado e município, pode se encontrar uma solução a curto prazo”.

Refira-se que o município da Beira sempre defendeu a construção de uma estrada que dá acesso directo ao Porto da Beira, e que tem estado à procura de investimentos para a sua construção.

⛲ Opais 

Estados Unidos felicitam Moçambique pelos 49 anos de Independência Nacional

 


O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken (direita), e o Presidente de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi (esquerda)

Os Estados Unidos felicitam Moçambique pelos 49 anos de Independência Nacional e afirmam que eleições livres podem demonstrar o poder de uma forte democracia.

“Há muito por celebrar na parceria entre os nossos países”, diz o secretário de Estado americano na mensagem de felicitação aos moçambicanos pelos 49 anos de independência Nacional.

Filipe Nyusi, Presidente de Moçambique (esq) e Ossufo Momade, líder da Renamo, na cerimónia de encerramento da base de Vunduzi, Gorongosa

Moçambique, 49 anos de Independência, Filipe Nyusi e oposição com visões diferentes do país

Antony Blinken acrescenta que, com Moçambique, “estamos a trabalhar juntos para enfrentar os desafios mais vitais da atualidade – saúde, alterações climáticas, desflorestação, segurança e educação”.

Blinken afirma que “este ano, durante o qual os cidadãos dos nossos dois países irão às urnas, o nosso compromisso partilhado com eleições livres e justas pode mostrar o poder de uma democracia forte na promoção do desenvolvimento e da prosperidade”.

Moçambique realiza eleições gerais a 9 de outubro e os Estados Unidos a 5 Novembro.

O país tornou-se independente de Portugal, a 25 de Junho de 1975.

Para Blinken “este é um dia e um marco importante, e estendemos os nossos calorosos votos e esperanças de um ano brilhante pela frente".

⛲ Boa português 

Pelo menos 24 mortos em inundações e deslizamentos de terra após fortes chuvas na Costa do Marfim

 


Tanzanianos atravessam uma estrada inundada após nova enchente em Dar es Salaam, Tanzânia, quarta-feira, 21 de dezembro de 2011.

Inundações e deslizamentos de terra na maior cidade da Costa do Marfim, Abidjan, deixaram pelo menos 24 mortos após uma semana de fortes chuvas, quatro vezes o volume normal em alguns casos, disseram as autoridades na terça-feira.

As mortes relacionadas com as cheias não são incomuns no país da África Ocidental durante a estação chuvosa, mas de acordo com a agência meteorológica da Costa do Marfim, as chuvas recentes foram particularmente violentas, com mais de 200 milímetros (8 polegadas) em alguns distritos, quatro vezes a quantidade habitual em um dia.

Os assentamentos informais são particularmente vulneráveis devido à má drenagem pluvial entre as casas, muitas vezes construídas rapidamente, sem regulamentos de zoneamento.

As inundações e os deslizamentos de terra também causaram danos “significativos” em toda a cidade, inundando casas e estradas, afirmou o Gabinete Nacional de Protecção Civil da Costa do Marfim. Pelo menos 271 pessoas que ficaram presas após as chuvas foram resgatadas com sucesso, disse.

As autoridades demoliram no ano passado casas construídas ao longo de uma lagoa em Abidjan como medida para evitar inundações mortais.

⛲ África News 

A campanha presidencial de Ruanda começa com Kagame enfrentando rivais familiares


A campanha oficial começou no sábado e terminará em 13 de julho. Os oponentes de Kagame são a figura da oposição de longa data, Frank Habineza, do Partido Verde Democrático de Ruanda, e o candidato independente Philippe Mpayimana – os mesmos oponentes que Kagame enfrentou em 2017.

Os eventos de campanha de Kagame costumam ser lotados e barulhentos, com apoiadores transportados de diferentes partes do país. Os seus adversários têm regularmente relações sombrias com poucas pessoas, sublinhando a percepção entre os ruandeses de que Kagame é imbatível.

Kagame assumiu o poder depois que suas forças detiveram o genocídio no qual cerca de 800 mil tutsis e hutus moderados foram mortos por extremistas hutus em 100 dias de violência.

Ativistas de direitos humanos e outros dizem que Kagame criou um clima de medo que desencoraja a discussão aberta e livre de questões nacionais. Os críticos acusaram o governo de forçar os opositores a fugir, prendendo-os ou fazendo-os desaparecer, enquanto alguns são mortos em circunstâncias misteriosas.

⛲ África News 

Um morto em debandada enquanto Kagame, de Ruanda, inicia campanha para a reeleição


O presidente de Ruanda, Paul Kagame, chega ao aeroporto de Seul, em Seongnam, Coreia do Sul

Os participantes de um comício de reeleição do presidente de longa data de Ruanda, Paul Kagame, provocaram uma debandada que matou pelo menos uma pessoa e feriu 37, disseram autoridades na segunda-feira.

A debandada ocorreu em Rubavu, no remoto oeste de Ruanda, no domingo, quando os participantes pressionaram para se aproximar de Kagame quando ele estava prestes a deixar o evento. Quatro dos feridos estavam em estado grave, informou o governo local em comunicado na segunda-feira.

Kagame, que tem sido o governante ou presidente autoritário de facto do Ruanda desde 1994, é amplamente esperado que seja reeleito nas eleições de 15 de Julho. Ele venceu a última eleição com quase 99% dos votos.

O partido RPF-Inkotanyi de Kagame disse num comunicado que estava “profundamente entristecido” com a notícia da vítima em Rubavu, uma cidade na província ocidental de Ruanda.

A campanha presidencial de Ruanda começa com Kagame enfrentando rivais familiares

A campanha oficial começou no sábado e terminará em 13 de julho. Os oponentes de Kagame são a figura da oposição de longa data, Frank Habineza, do Partido Verde Democrático de Ruanda, e o candidato independente Philippe Mpayimana – os mesmos oponentes que Kagame enfrentou em 2017.

Os eventos de campanha de Kagame costumam ser lotados e barulhentos, com apoiadores transportados de diferentes partes do país. Os seus adversários têm regularmente relações sombrias com poucas pessoas, sublinhando a percepção entre os ruandeses de que Kagame é imbatível.

Kagame assumiu o poder depois que suas forças detiveram o genocídio no qual cerca de 800 mil tutsis e hutus moderados foram mortos por extremistas hutus em 100 dias de violência.

Ativistas de direitos humanos e outros dizem que Kagame criou um clima de medo que desencoraja a discussão aberta e livre de questões nacionais. Os críticos acusaram o governo de forçar os opositores a fugir, prendendo-os ou fazendo-os desaparecer, enquanto alguns são mortos em circunstâncias misteriosas.

⛲ África News 

Manifestantes invadem o parlamento do Quénia enquanto deputados aprovam lei financeira

 


Manifestantes dispersam-se enquanto a polícia queniana os pulveriza com canhões de água no centro de Nairobi, Quénia, 25 de junho de 2024

Parte do edifício do parlamento do Quénia foi incendiado na terça-feira, quando milhares de manifestantes contra uma nova lei financeira entraram e os legisladores fugiram, no ataque mais direto ao governo em décadas. Os jornalistas viram pelo menos três corpos fora do complexo onde a polícia abriu fogo.

Os manifestantes exigiram que os legisladores votassem contra o polêmico projeto de lei que impõe novos impostos a um país onde as frustrações com o alto custo de vida fervilham há anos.

Os manifestantes enganaram a polícia para entrar no parlamento logo depois que os legisladores votaram pela aprovação do projeto. Os legisladores fugiram através de um túnel, mas os manifestantes permitiram que os legisladores da oposição que votaram contra o projeto de lei saíssem do edifício sitiado.

O gabinete do governador de Nairobi, membro do partido no poder, também estava em chamas. O escritório está localizado perto do parlamento. Canhões de água da polícia foram usados para extinguir o fogo.

Os manifestantes podiam ser ouvidos gritando: “Estamos vindo atrás de todos os políticos”.

Os agentes da polícia também dispararam munições reais e lançaram bombas de gás lacrimogéneo contra os manifestantes que procuravam tratamento numa tenda médica montada numa igreja perto do complexo do parlamento.

A Comissão de Direitos Humanos do Quénia partilhou um vídeo de agentes a disparar contra manifestantes e disse que estes seriam responsabilizados.

Duas pessoas morreram em protestos semelhantes na semana passada.

A presidente da Sociedade Jurídica do Quénia, Faith Odhiambo, disse na terça-feira que 50 quenianos, incluindo a sua assistente pessoal, foram “sequestrados” por pessoas que se acredita serem agentes da polícia.

Alguns dos desaparecidos incluíam aqueles que participaram nas manifestações e foram retirados das suas casas, locais de trabalho e espaços públicos antes dos protestos de terça-feira, segundo grupos da sociedade civil.

Os policiais não retornaram imediatamente as ligações solicitando comentários. O Presidente do Parlamento, Moses Wetangula, instruiu o inspector-geral da polícia a fornecer informações sobre o paradeiro daqueles que a oposição disse terem sido raptados.

O Presidente William Ruto estava fora da capital participando num retiro da União Africana. No domingo, ele disse estar orgulhoso dos jovens que vieram exercer o seu dever democrático e disse que iria envolver os jovens nas suas preocupações.

⛲ África News 

Mambas estreiam hoje no Cosafa frente a África do Sul

 


A selecção nacional de futebol, os Mambas, na versão dos sub-23, estreia esta quarta-feira no torneio Cosafa diante da África do Sul, a partir das 18h00, em partida do grupo A. A equipa técnica e os jogadores dizem estar preparados para vencer os Bafana Bafana e conquistar a prova.

É o arranque da edição 2024 do torneio Cosafa, prova que inicialmente estava marcada para decorrer de 14 a 22 de Junho em Durban, África do Sul, agora com pontapé de saída esta quarta-feira.

Os Mambas entram para esta competição como a quinta melhor selecção da região no ranking da FIFA, atrás da anfitriã, África do Sul, Zâmbia, Angola e Namíbia, mas também a quarta melhor, na classificação da prova do ano passado.

Para esta edição o objectivo passa por vencer todos os jogos da fase de grupos e chegar à final da prova, para depois procurar fazer a história com a conquista da prova. E o primeiro adversário são os Bafana Bafana, esta quarta-feira.

O seleccionador nacional, Victor Matine, garante que a equipa está preparada para este jogo e para toda competição. “Sabemos que vamos defrontar uma grande selecção, mas vamos tentar contrariar o favoritismo deles, jogar um pouco organizados e não facilitar”, disse, acrescentando que vai ajudar o facto de todos os processos trabalhados estarem patentes no combinado nacional.

Já o médio Gianluca Lorenzoni também considera que não será jogo fácil, mas a equipa tem um objectivo. “Nós estamos concentrados jogo após jogo, que é a vitória e vamos trabalhar para alcançar o objectivo”, disse Gianluca. 1ª

Para o jogador dos Mambas há outro objectivo principal do conjunto: “como grupo queremos vencer a prova”.

Para esta empreitada a equipa técnica nacional chamou 23 jogadores, dentre os quais três guarda-redes, oito defesas, dez médios e dois avançados. O maior reforço da selecção sub-23 é a integração de Edmilson Dove, que comunicou a Federação Moçambicana de Futebol da sua disponibilidade para integrar a equipa nacional que vai disputar esta competição.

Os Mambas integram o grupo A juntamente com Eswatini e Botswana, que fazem o jogo inaugural da prova, a partir das 15 horas desta quarta-feira.

Depois de defrontar a África do Sul, esta quarta-feira, os Mambas voltam a jogar três dias depois, desta feita pelas 15h00, defrontando o Eswatini, no Wolfson Stadium, também situado em Port Elizabeth. No mesmo dia a África do Sul mede forças com o Botswana.

A terceira e última jornada da fase de grupos terá lugar no dia 2 Julho, no qual Moçambique vai ter pela frente o Botswana, partida também agendada para o Wolfson Stadium, pelas 15h00, mesma hora em que a África do Sul jogará com Eswatine, no Estádio Nelson Mandela Bay.

Os primeiros classificados de cada um dos três grupos e o segundo melhor posicionado de todas séries apuram-se para as meias-finais da prova que terão lugar no dia 5 Julho, com os jogos agendados para o Estádio Nelson Mandela Bay.

A edição deste ano do torneio Cosafa terá lugar na cidade de Port Elizabeth, de 26 de Junho a 7 de Julho.

⛲ Opais 

“O sonho que temos para Moçambique está longe de ser realizado”, diz Chissano

 


Os moçambicanos ainda estão longe de ter o país que sonham, pois persistem os mesmos desafios de quando a independência foi proclamada. Quem o disse é o antigo presidente da República, Joaquim Chissano, durante as comemorações dos 49 anos da independência nacional.

O sonho “está longe”, mas a luta deve continuar e o investimento deve ser centrado no “homem e na mulher”. Parece um discurso filósfico mas o antigo dirigente explicou que o “homem e a mulher” devem acompanhar o desenvolvimento do tempo.

“Desenvolver o homem e a mulher é um desafio permanente, porque a ciência, a tecnologia, a forma da administração, de governação e tudo evolui com o tempo, portanto, o homem deve ser desenvolvido, queremos que o homem e a mulher moçambicana estejam ao nível mundial.”

Chissano entende igualmente que vencer o terrorismo é outra prioridade, visto que é também um dos factores que atrasam a “marcha do desenvolvimento”.

O “insucesso” nem sempre siginifica “fracasso”, portanto, Chissano também elogiou os moçambicanos e os chamou de “grandes”.

“Nós temos um grande povo, porque no meio das adversidades conseguimos resultados desejados por todo o mundo.”

O primeiro ministro que acompanhou o presidente nas cerimónias centrais, também considerou o terrorismo como uma “mancha negra” para o desenvoilvimento do país, e apelou a unidade nacional como forma de se alcançar o desenvolvimento e a paz.

⛲ O país 

Conselho Constitucional aprova quatro candidaturas a Presidente da República

 


O Conselho Constitucional (CC) aprovou ontem quatro candidaturas para o cargo de Presidente da República nas eleições de 09 de outubro, de um total de 11 submetidas ao órgão.

“O Conselho Constitucional delibera admitir como candidatos ao cargo de Presidente da República, para a eleição presidencial de 09 de outubro de 2024, os cidadãos Daniel Francisco Chapo, Lutero Simango, Ossufo Momade e Venâncio Mondlane”, lê-se no acórdão do CC divulgado ontem.

O Conselho Constitucional moçambicano recebeu um total de 11 candidaturas a Presidente da República e rejeitou sete porque não tinham, entre outros aspetos, o mínimo de 10.000 assinaturas exigidas, apresentavam fichas sem nenhuma assinatura, com nomes e supostas assinaturas sem nenhum número de cartão de eleitor, sem nenhum reconhecimento notarial e com evidências “flagrantes de terem sido assinadas por um mesmo punho no lugar de vários supostos cidadãos eleitores proponentes”.

“As irregularidades em alusão são invalidantes porque não constituem a expressão da vontade do eleitor manifestada em apoio a uma determinada candidatura. O Conselho Constitucional condena veementemente a prática destes atos que violam o direito fundamental de participação política dos cidadãos”, refere o CC no documento.

O CC aprovou as candidaturas de Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder, Ossufo Momade, apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido da oposição, Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar, e Venâncio Mondlane, apoiado pela Coligação Aliança Democrática (CAD), que congrega nove formações políticas.

Segundo o Conselho Constitucional, as quatro candidaturas aprovadas “preenchem o requisito substancial e os requisitos formais exigidos pela constituição e demais leis”.

O órgão rejeitou as candidaturas de Domingos Zucula, Feliciano Machava, Manuel Pinto Júnior, Mário Albino, Miguel Mabote, Rafael Bata e Dorinda Eduardo, esta última a única mulher a submeter candidatura.

Moçambique realiza em 09 de outubro eleições gerais, incluindo presidenciais, às quais já não concorre o atual Presidente e líder da Frelimo, Filipe Nyusi, por ter atingido o limite de dois mandatos previsto na Constituição, depois de ter sido eleito em 2015 e em 2019.

As eleições presidenciais vão decorrer em simultâneo com as legislativas e eleições dos governadores e das assembleias provinciais.

Cabo Delgado. Insurgentes "sofreram as maiores baixas" de sempre em maio

 


O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse hoje que os grupos armados que protagonizam ataques na província de Cabo Delgado, norte do país, "sofreram as maiores baixas de todos os tempos" em confrontos com as forças governamentais, em maio.

Cabo Delgado. Insurgentes "sofreram as maiores baixas" de sempre em maio

"Os terroristas sofreram as maiores baixas de todos os tempos, centenas e centenas caíram no chão, ficaram fora de combate", afirmou Nyusi.

O chefe de Estado referiu-se aos "últimos desenvolvimentos" no teatro de guerra em Cabo Delgado, quando discursava nas cerimónias centrais do dia da independência nacional.

Os insurgentes sofreram grandes baixas, quando tentaram lançar um ataque de "alguma envergadura" à zona de Mbau, no distrito de Cabo Delgado, tendo sido travados por uma resposta conjunta das forças governamentais moçambicanas e do Ruanda.

"Mais uma vez, a nossa saudação a esses filhos que dia e noite trabalham para estabilizar a região", referiu o chefe de Estado moçambicano.

Filipe Nyusi referiu que os rebeldes tentaram atacar Mbau, depois de terem fracassado na tentativa de ocupar a vila de Quissanga e de alastrar a sua ação ao sul da província de Cabo Delgado e de invadir distritos da província vizinha de Nampula.

"Em março, os terroristas atacaram a vila de Quissanga, com alguma dimensão anormal, e as Forças de Defesa e Segurança tiveram contacto em resposta a esses atos, daí o inimigo abandonou a zona e passou a fazer ataques isolados", frisou.

O chefe de Estado apontou os ataques terroristas na província de Cabo Delgado, como um desafio à paz e segurança, defendendo a unidade nacional como instrumento para a vitória contra a violência armada naquela região.

"O grande desafio é controlar o terrorismo que perturba alguns distritos da província de Cabo Delgado, mas estamos convictos de que se estivermos unidos, vamos vencer", declarou o Presidente moçambicano.

Cabo Delgado enfrenta desde outubro de 2017 uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico.

O último grande ataque deu-se em 10 e 11 de maio, à sede distrital de Macomia, com cerca de uma centena de insurgentes a saquearem a vila, provocando vários mortos e fortes combates com as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique.

A população de outros distritos da província tem relatado a movimentação destes grupos de insurgentes, que provocam o pânico à sua passagem, nas matas, mas sem registo de confrontos, o que acontece numa altura em que os camponeses tentam realizar trabalhos de colheita nos campos de cultivo.

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, afirmou em 16 de junho que a ação das várias forças de defesa permitiu acabar com "praticamente todas" as bases dos grupos terroristas que operam em Cabo Delgado, que se limitam agora a "andar no mato".

⛲ Ao minuto 

Alemanha: Relatório anual sobre discriminação regista aumento de 22% nos casos



Uma agência governamental que combate a discriminação na Alemanha registou um número recorde de queixas em 2023. Cerca de 40% delas diziam respeito ao racismo, enquanto cerca de um quarto visava pessoas com deficiência ou doenças crónicas.

Ferda Ataman apresentando o relatório em conferência de imprensa em Berlim

A agência governamental alemã de combate à discriminação (ADS) registou 10.772 reclamações de membros do público em 2023, o seu valor anual mais elevado e um aumento de 22% em relação aos números do ano anterior. 

“Nossos números de casos mostram uma tendência alarmante”, disse a comissária que chefia a agência, Ferda Ataman, em Berlim na terça-feira, durante a apresentação do relatório . "Mais pessoas do que nunca estão a ter experiência em primeira mão da crescente polarização e radicalização social. A situação é grave." 

Ataman disse que "o mau humor dos estrangeiros e o desprezo pelos seres humanos tornaram-se normais hoje em dia - não apenas durante festas em Sylt ou em festivais públicos", referindo-se a dois casos recentes proeminentes que atraíram a atenção da mídia nacional e, às vezes, internacional. 

Que tipos de discriminação eram mais comuns? 

A maior parte das queixas, cerca de 3.400 casos ou 41% do total, dizia respeito à discriminação racista.

Seguiram-se pouco mais de 2.000 queixas de discriminação relacionadas com deficiências ou doenças crónicas. 

A discriminação com base no sexo ou na identidade de género ficou logo atrás, com pouco menos de 2.000 queixas durante o ano. A agência também registou um aumento nas reclamações baseadas em discriminação etária, religião ou visão do mundo e orientação sexual. 

Onde ocorreram os casos?

Mais de um quarto dos casos, 2.646, tiveram origem no local de trabalho – tornando esta a fonte mais comum de reclamações.

A segunda fonte mais comum veio da vida quotidiana, por exemplo num restaurante, num supermercado ou nos transportes públicos, com mais de 1.500 reclamações.

Outras 1.146 queixas alegavam discriminação por parte de agências públicas e governamentais, enquanto mais de 400 diziam respeito à polícia ou ao sistema judicial. 

Comissário pede reformas nas leis prometidas em 2020

Ataman apelou ao governo para finalizar "rapidamente" as reformas da lei geral da Alemanha sobre o tratamento igualitário das pessoas (conhecida como AGG) que a coligação prometeu ao tomar posse em 2020, mas que ainda não finalizou. O crescente número de casos mostrou que estas reformas estavam “atrasadas”, disse ela. 

“A reforma da AGG deve agora ter a mais alta prioridade”, disse Ataman. "Não pode mais ser adiado. Espero uma ação concertada do governo contra este ódio e racismo diários. O governo deve isso às pessoas afetadas." 

A agência foi fundada em 2006 e começou a apresentar relatórios regulares sobre esta e outras questões logo depois.

⛲ DW

Sonda chinesa retorna com amostras do outro lado da Lua

 


A espaçonave Chang'e-6 pousou de volta à Terra na terça-feira, pousando nas estepes da região norte da Mongólia Interior, no norte da China. Ele retorna trazendo as primeiras amostras do outro lado da lua.

Quatro funcionários da agência espacial chinesa estão perto da sonda lunar Chang'e-6 que pousou logo após seu retorno à Terra. Uma bandeira chinesa está fincada no solo próximo à nave carbonizada, exibindo marcas de queimadura de sua reentrada na atmosfera da Terra. 

A sonda lunar da China pousou com segurança nas estepes remotas da região fronteiriça do norte da China com a Mongólia na terça-feira. 

Ele retorna trazendo as primeiras amostras já coletadas de rocha e solo do lado oculto da Lua , em grande parte inexplorado , o lado que nunca é visível da Terra.

"Declaro agora que a missão de exploração lunar Chang'e 6 obteve sucesso total", disse Zhang Kejian, diretor da agência de Administração Espacial Nacional da China, em entrevista coletiva televisionada logo após o pouso. A TV estatal transmitiu imagens ao vivo do navio pousando. 

O presidente da China, Xi Jinping, enviou uma mensagem de parabéns à equipa Chang'e-6, dizendo que a missão foi uma "conquista histórica nos esforços do nosso país para se tornar uma potência espacial e tecnológica". 

As amostras seriam transportadas por via aérea para Pequim para estudos mais aprofundados, segundo a emissora chinesa CCTV.

Nesta foto divulgada pela Agência de Notícias Xinhua, uma tela de replay mostra a sonda Chang'e-6 coletando amostras na superfície da lua, no Centro de Controle Aeroespacial de Pequim (BACC) em Pequim, terça-feira, 4 de junho de 2024.Nesta foto divulgada pela Agência de Notícias Xinhua, uma tela de replay mostra a sonda Chang'e-6 coletando amostras na superfície da lua, no Centro de Controle Aeroespacial de Pequim (BACC) em Pequim, terça-feira, 4 de junho de 2024.

O que os pesquisadores esperam encontrar e aprender? 

Os cientistas chineses prevêem que as amostras incluirão rochas vulcânicas com mais de 2 milhões de anos e outros materiais. Os pesquisadores esperam aprender mais sobre as diferenças entre os dois lados da lua. Eles esperavam coletar cerca de 2 quilos (4,5 libras) de amostras.

A sonda deixou a Terra em 3 de maio para uma missão que durou 53 dias. Ele retirou rochas da superfície e também perfurou o solo para obter amostras com raízes mais profundas .

O lado oculto da Lua é conhecido por ter montanhas e crateras de impacto, enquanto o lado visível da Terra é relativamente plano.

Missões anteriores de pouso na Lua dos EUA e da União Soviética coletaram amostras do lado próximo da Lua, mas apenas de lá. 

“Espera-se que a carga útil responda a uma das questões científicas mais fundamentais na pesquisa lunar: que atividade geológica é responsável pelas diferenças entre os dois lados?” disse Zongyu Yue, geólogo da Academia Chinesa de Ciências, em comunicado divulgado em um jornal apoiado pela academia.

Entre outras coisas, os cientistas esperam encontrar evidências de quedas de meteoritos no passado. 

A longo prazo, a perspectiva de identificar reservas utilizáveis de gelo e, portanto, de água, na Lua é particularmente atraente para o futuro da exploração espacial. O recurso, crucial para qualquer missão espacial tripulada, é muito pesado e praticamente não pode ser lançado em grandes quantidades para fora da atmosfera de alta gravidade da Terra.

Além de ser adequada para hidratação, a água também pode ser separada em oxigênio para respirar e hidrogênio, que poderia ser usado como combustível para foguetes.

Um foguete Longa Marcha-5, transportando a espaçonave Chang e-6, decola de sua plataforma de lançamento no Local de Lançamento Espacial de Wenchang, na província de Hainan, no sul da China, em 3 de maio de 2024.Um foguete Longa Marcha-5, transportando a espaçonave Chang e-6, decola de sua plataforma de lançamento no Local de Lançamento Espacial de Wenchang, na província de Hainan, no sul da China, em 3 de maio de 2024.

Vários países importantes intensificaram a sua actividade espacial nos últimos anos, à medida que se tornaram disponíveis métodos de lançamento mais económicos e mais simples. Os EUA, a Rússia, a China, a Índia e outros demonstraram interesse renovado na exploração lunar nos últimos anos. A sonda Chang'e-5 da China coletou com sucesso amostras do lado próximo da Lua em 2020.

O administrador da NASA, Bill Nelson, no início deste ano, expressou sentimentos contraditórios sobre este interesse renovado, dizendo que era lamentável que a última "corrida espacial" parecesse estar a ocorrer no meio de uma competição global intensificada, e não de cooperação. 

“Estou feliz que tenha havido um ressurgimento nesta corrida [espacial], mas é claro que gostaria de nos ver correndo lado a lado e juntos”, disse Neil Melville-Kenney, oficial técnico da Agência Espacial Europeia (ESA). ) que está trabalhando com pesquisadores chineses em uma das cargas úteis do Chang'e-6. 

Dito isto, por enquanto o espaço tem sido uma área onde persiste um certo grau de cooperação internacional, mesmo no meio de tensões globais. Isto é provavelmente melhor concretizado pela cooperação contínua entre os EUA e a Rússia a bordo da Estação Espacial Internacional, mesmo no meio da invasão da Ucrânia pela Rússia.

⛲ Dw