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الخميس، 8 فبراير 2024

Sociedade civil prepara-se contra adiamento de presidenciais



Um grupo de organizações da sociedade civil senegalesa apelou hoje à população para se "mobilizar em massa" contra o adiamento das eleições presidenciais. Planeiam várias ações, incluindo manifestação e uma greve geral.

"Convidamos todos os cidadãos preocupados com a preservação das conquistas democráticas a mobilizarem-se em massa em todo o país e na diáspora para impedir esta confiscação do poder", declarou a nova plataforma Aar Sunu Election ("Vamos proteger a nossa eleição") num comunicado.

A plataforma inclui cerca de quarenta grupos de cidadãos, grupos religiosos e organizações profissionais, incluindo vários sindicatos do setor da educação. "Está prevista uma grande manifestação para terça-feira (13.02)", declarou Malick Diop, que se identifica como um dos coordenadores da plataforma, em declarações à comunicação social em Dacar.

A plataforma prepara-se para lançar um apelo a uma greve geral numa data não especificada e a uma paralisação a partir desta sexta-feira (09.02) no setor da educação. O comunicado da Aar Sunu Election apela ainda aos fiéis para que participem na oração muçulmana de sexta-feira vestidos de branco e com as cores nacionais.

As medidas de "apaziguamento" do PR

O Presidente senegalês, Macky Sall, fez saber esta quinta-feira (08.02) que deu ordem ao seu Governo para que adotasse medidas de "apaziguamento" em face à agitação causada pelo adiamento das eleições presidenciais, em aparente resposta a anúncios semelhantes ao da Aar Sunu Election por parte da oposição e da sociedade civil.

Para além da pressão interna, Sall está a ser alvo de pressões internacionais. Os chefes da diplomacia dos estados-membros da Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) estão reunidos hoje em Abuja, na Nigéria, onde a crise política no Senegal disputa as atenções do bloco regional ao lado do terramoto para a organização causado pelo anúncio do abandono do Burkina Faso, do Mali e do Níger do grupo de 15 países.

A CEDEAO apelou esta terça-feira (06.02) ao Senegal para restabelecer "urgentemente" o calendário das eleições presidenciais, inicialmente previstas para 25 de fevereiro e adiadas para 15 de dezembro apesar dos protestos da oposição e de uma grande parte da opinião pública. A União Europeia, que alinhou com a CEDEAO, apelou ao restabelecimento do dia 25 de fevereiro para a realização das presidenciais no país. 

A Polícia tem impedido as manifestações no paísA Polícia tem impedido as manifestações no país

"Dar prioridade à lógica política interna"

Já os Estados Unidos condenaram abertamente o adiamento das eleições, considerando-o "ilegítimo" e manifestaram a preocupação com o risco de agitação, mas também com o golpe nas práticas democráticas de que o Senegal, país vizinho da Guiné-Bissau, é frequentemente citado como exemplo. 

As autoridades senegalesas não deram qualquer sinal de estarem dispostas a reconsiderar o adiamento. Pelo contrário, nos termos de Ismaïla Madior Fall, chefe da diplomacia senegalesa, em declarações à estação de televisão France 24, Dacar está a "dar prioridade à lógica política interna".

O Presidente Macky Sall ordenou o adiamento das eleições presidenciais, três semanas antes do prazo previsto e a 12 horas do início da campanha eleitoral, culminando de forma surpreendente uma batalha política sobre a legitimidade dos candidatos aceites pelo Conselho Constitucional senegalês - organismo responsável pela fiscalização das eleições - para concorrer ao escrutínio.

⛲ Dw

الأربعاء، 31 يناير 2024

União Africana pede diálogo para evitar saídas na CEDEAO

 


A União Africana apelou, esta terça-feira, à conjugação de esforços para a preservação da unidade da CEDEAO e pediu a intensificação do diálogo entre o Mali, o Burkina Faso, o Níger e os dirigentes desta organização regional.

Em comunicado, citado pela DW, o presidente da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat, expressou o seu “profundo pesar” na sequência do anúncio da saída do Mali, do Burkina Faso e do Níger da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), e declarou a total disponibilidade da Comissão da União Africana para ajudar a garantir um “diálogo fraterno, longe de qualquer interferência externa, venha ela de onde vier”.

O comunicado da UA surge após a declaração do ministro dos Negócios Estrangeiros do Mali, Abdoulaye Diop, feita no Conselho de Ministros extraordinário, na segunda-feira, e divulgada pela Presidência do Mali nessa mesma noite, na qual defendeu que os três países trabalhem “pelos seus próprios interesses, livres de influências externas prejudiciais”.

A reunião extraordinária do Executivo realizou-se um dia depois de os três países vizinhos, governados por juntas militares, terem anunciado a saída da união económica de 15 nações, que tem uma moeda comum, o franco CFA, escreve a DW.

A retirada é uma reação directa às sanções económicas e financeiras impostas pela CEDEAO aos três países na sequência dos golpes de Estado, que levaram os militares ao poder, e à pressão do bloco para que regressem à ordem constitucional.

⛲: O país 


الاثنين، 29 يناير 2024

CEDEAO disposta a negociar com Burkina Faso, Mali e Níger

 


Mali, Burkina Faso e Níger decidiram sair da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO). Em reacção à decisão, a CEDEAO disse que continua determinada a encontrar uma solução negociada para o impasse político.

Os líderes das três nações do Sahel afirmam que se trata de uma “decisão soberana”

Num comunicado, citado pela Lusa, a CEDEAO indicou que ainda não recebeu directamente uma notificação formal dos três Estados-membros sobre a sua intenção de se retirarem da organização.

No entanto, a organização admitiu que continua ciente da situação e fará mais declarações mais tarde, dependendo da evolução da situação.

No domingo, num comunicado conjunto, os governos do Burkina Faso, Mali e Níger justificaram a saída da organização sub-regional com as sanções impostas e com a condenação dos golpes de Estado, escreve o Notícias ao Minuto.

Os golpes de Estado no Mali (24 de Maio de 2021), Níger (26 de Julho de 2023), Burkina Faso (06 de Agosto de 2023) derrubaram governos eleitos democraticamente e conduziram ao poder juntas militares que acusaram as forças ocidentais, em particular a antiga potência colonial, a França, de ingerência.

Em setembro, os três países, que formaram a Aliança dos Estados do Sahel, acordaram em reforçar a cooperação e negociar acordos de auxílio militar, em caso de intervenção externa.

A CEDEAO tem criticado os governos dos três países e vários governantes admitiram a possibilidade de acções militares no terreno para repor a ordem democrática.

⛲ O país

الأحد، 28 يناير 2024

Burkina Faso, Mali e Níger anunciam saída da CEDEAO

 


Países justificam a saída na sequência das sanções impostas e da condenação dos golpes de Estado.

O Burkina Faso, Mali e Níger, países governados por juntas militares não reconhecidas internacionalmente, decidiram retirar os seus países, com efeitos imediatos, da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Num comunicado conjunto, os governos dos três países justificam a saída daquela organização sub-regional, na sequência das sanções impostas e da condenação dos golpes de Estado.

Os respectivos dirigentes dos três Estados sahelianos, "assumindo plenamente as suas responsabilidades perante a história e respondendo às expectativas, preocupações e aspirações das suas populações, decidiram, em plena soberania, retirar sem demora o Burkina Faso, o Mali e o Níger da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental", refere o comunicado, que foi lido nos órgãos de comunicação social estatais daqueles países.

⛲ Cm

الاثنين، 14 أغسطس 2023

Níger: Militares denunciam sanções da CEDEAO

 


Militares que lideraram o golpe de Estado no Níger criticam sanções da CEDEAO e revelam planos de processar o deposto presidente Mohamed Bazoum por "alta traição" e "ameaça à segurança".

Os militares que fizeram ogolpe de Estado em julho no Níger denunciaram no domingo à noite "as sanções ilegais, desumanas e humilhantes" da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Num comunicado lido na televisão nacional do Níger, um dos membros do regime, o major coronel Amadou Abdramane, disse que as sanções da CEDEAO estão a "severamente prejudicar" a população do país.

Abdramane disse que as sanções impostas devido ao afastamento do Presidente eleito Mohamed Bazoum "chegam a privar o país de produtos farmacêuticos, alimentares" e do fornecimento de energia elétrica".

No mesmo comunicado, o major coronel disse que o regime militar quer processar Bazoum "e os seus cúmplices internos e estrangeiros, por alta traição e atentado à segurança interna e externa do Níger".

Processar presidente deposto por "alta traição"

Os militares que fizeram o golpe de Estado em julho no Níger anunciaram no domingo que querem processar o presidente deposto, Mohamed Bazoum, por "alta traição" e "ataque à segurança do país".

Num comunicado lido na televisão nacional, o major coronel Amadou Abdramane, um dos membros do regime militar, disse que estão reunidas "provas para processar, perante as autoridades nacionais e internacionais competentes, o presidente deposto e os seus cúmplices internos e estrangeiros, por alta traição e atentado à segurança interna e externa do Níger".

Conversar com a CEDEAO

No domingo, a junta militar no poder no Níger manifestou vontade de conversar com CEDEAO.

"A junta militar do Níger quer iniciar conversações com a CEDEAO para resolver a crise que o país atravessa e levantar as sanções que lhe são impostas", disse à agência de notícias espanhola EFE o xeque Abdul Rahman Ahmad, imã chefe da Ansar Ud Society da Nigéria, uma organização muçulmana.

O golpe de Estado no Níger de 26 de julho foi liderado pelo autodenominado Conselho Nacional para a Salvaguarda da Nação, que anunciou a destituição do Presidente e a suspensão da Constituição.

Os militares justificaram o golpe com a "contínua deterioração da situação de segurança e má gestão económica e social" e sublinharam que "todas as instituições" da república estão suspensas.

O golpe foi condenado pela comunidade internacional, nomeadamente a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a União Africana, a Organização da Nações Unidas. 

Em 30 de julho, quatro dias após o golpe, os líderes da CEDEAO decidiram sancionar financeiramente o Níger e deram aos militares um ultimato de sete dias para restaurar a ordem constitucional, ameaçando um possível uso da força como último recurso.

⛲ Dw

الجمعة، 11 أغسطس 2023

Níger: CEDEAO ordena mobilização "imediata" de força militar

 


A CEDEAO ordenou a mobilização "imediata" da sua força de reserva, dias depois de expirar um ultimato contra a junta militar golpista no Níger. O bloco regional garante que "todas as opções" estão em cima da mesa.

O diálogo é o caminho, insistiu esta quinta-feira (10.08) o Presidente da Nigéria, Bola Tinubu, no dia em que os chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) se reuniram em Abuja para debater a situação no Níger, depois do golpe de Estado.

Tinubu reconheceu contudo que o ultimato da CEDEAO, que ameaçava com o uso de força, "não produziu os resultados esperados".

A organização reiterou nesta cimeira de emergência que "todas as opções" estão em cima da mesa, incluindo o envio da força militar. Mas o caminho prioritário é outro, disse o Presidente da Nigéria.

"Temos de chamar à mesa todas as partes envolvidas, incluindo os autores do golpe de Estado, em discussões sérias para os convencer a abandonar o poder e reconduzir o Presidente Bazoum. É nosso dever esgotarmos todas as avenidas para assegurar um retorno rápido à ordem constitucional no Níger", sublinhou.

Para já, a CEDEAO diz que vai endurecer as sanções financeiras e comerciais contra o Níger.

Ao mesmo tempo, e sem avançar detalhes, os líderes do bloco regional ordenaram que se prepare "imediatamente" uma força militar que possa ser enviada para restabelecer a ordem constitucional no país. 

Analistas sublinham, no entanto, que a mobilização da força poderá demorar várias semanas, pelo que ainda há tempo para dialogar.

A junta militar do Níger prometeu responder a qualquer ataque externo e ameaçou matar o Presidente deposto, Mohamed Bazoum, se os países vizinhos consumarem uma intervenção militar, segundo disseram funcionários ocidentais, sob condição de anonimato.

Pouco antes da cimeira, os líderes golpistas anunciaram um novo Governo, chefiado pelo economista e ex-ministro Mahamane Lamine Zeine, que acumulará as pastas da Economia e das Finanças.

⛲ Dw

الأحد، 6 أغسطس 2023

Junta militar do Níger pede ajuda ao grupo Wagner

 


A junta militar no poder no Níger pediu ajuda ao grupo mercenário russo Wagner perante a possibilidade de uma intervenção militar da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental naquele país.

O pedido surgiu durante uma visita de um dos líderes do golpe de Estado ao vizinho Mali, onde conversou com um responsável do grupo Wagner, disse um investigador de um centro norte-americano de investigação citado pela agência Reuters.

A informação foi mais tarde confirmada por autoridades do Mali e avançada pela televisão pública francesa.

A 30 de Julho, quatro dias após o golpe que derrubou o Presidente eleito do Níger, Mohamed Bazoum, a CEDEAO deu aos militares um ultimato, cujo prazo termina este domingo, para restabelecerem a ordem constitucional, sob pena do recurso à força.

Ainda assim, a CEDEAO diz que continua a privilegiar a via diplomática para resolver a crise, garantiu o porta-voz dos chefes de Estado-Maior da organização.

Vários países da África Ocidental, como o Senegal e a Costa do Marfim, disseram estar prontos para enviar seus soldados.

Na sua primeira declaração pública desde o golpe de estado no Níger, o Presidente deposto Mohamed Bazoum mostrou-se preocupado com o iminente risco da retoma do terrorismo e de uma região sob influência russa se o Governo permanecer nas mãos dos golpistas.

⛲ O país 

السبت، 5 أغسطس 2023

Níger: "A CEDEAO não vai dizer quando e onde vai atacar"

 




Os contornos de uma "possível intervenção militar" contra os militares golpistas no Níger foram "definidos", diz a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO)

O anúncio foi feito esta sexta-feira (04.08) pelo comissão para os Assuntos Políticos e de Segurança da CEDEAO, Abdel-Fatau Musah, no final da reunião de três dias, em Abuja, dos chefes de Estado-Maior da organização.

"Todos os elementos de uma possível intervenção foram trabalhados nesta reunião, incluindo os recursos necessários, mas também como e quando vamos projetar a força", disse Musah.

"Os chefes de Estado-Maior e as suas equipas têm trabalhado 24 horas por dia (desde quarta-feira) para desenvolver um conceito de operações para uma possível intervenção militar na República do Níger, a fim de restaurar a ordem constitucional e garantir a libertação do Presidente detido", acrescentou.

No entanto, "a CEDEAO não vai dizer aos golpistas quando e onde vai atacar", disse, adiantando que se trata de uma "decisão operacional que será tomada pelos chefes de Estado" da organização.

Em 30 de julho, a CEDEAO, que impôs pesadas sanções a Niamey, deu aos golpistas sete dias para restabelecerem a Presidência de Mohamed Bazoum, derrubado em 26 de julho, sob pena do recurso à "força".

"QUEREMOS QUE A DIPLOMACIA FUNCIONE"

Os golpistas autointitulam-se Conselho Nacional de Salvaguarda da Pátria (CNSP), que é liderado pelo general Abdourahamane Tiani.

A dois dias do fim do ultimato, a CEDEAO continua a afirmar que privilegia a via diplomática para resolver a crise no Níger, nomeadamente através do envio de uma delegação a Niamey.

A opção militar é, na sua opinião, a última a ser posta em cima da mesa.

"Queremos que a diplomacia funcione e queremos que esta mensagem seja claramente transmitida (aos golpistas), nomeadamente que lhes damos todas as oportunidades para inverterem o que fizeram", acrescentou o responsável da CEDEAO.

Os golpistas garantiram já uma "resposta imediata" a "qualquer agressão" por parte de um país da CEDEAO.

O Mali e o Burkina Faso, vizinhos do Níger governados também por militares após os golpes de Estado de 2020 e 2022, respetivamente, apoiam a junta. Os dois países, que foram suspensos dos órgãos de governo do bloco da África Ocidental, declararam que qualquer intervenção armada seria considerada "uma declaração de guerra" e teria como consequência a sua retirada da CEDEAO.

⛲ DW

الجمعة، 4 أغسطس 2023

Níger: Três países dispostos a intervir militarmente



Três países da CEDEAO confirmaram a disponibilidade para medidas militares contra o Níger se os militares golpistas não restabelecerem a legalidade constitucional. Junta Militar avisa que ripostará a qualquer agressao

Os três países - Senegal, Costa do Marfim e Nigéria - dizem aguardar a decisão dos chefes de Estado-Maior da CEDEAO, que iniciaram na quarta-feira (02.07) uma reunião extraordinária em Abuja (Nigéria) para discutir a situação no Níger, três dias antes do fim do ultimato dado pelo bloco regional aos golpistas para restabelecerem a legalidade constitucional.

Os vizinhos da África Ocidental ameaçaram usar a "força" se o Presidente Bazoum não for reintegrado até ao próximo domingo.

Embora os líderes da CEDEAO não tenham excluído a possibilidade de uma intervenção militar no Níger, afirmaram que essa seria "a última opção".

Paralelamente a esta reunião, uma delegação da CEDEAO - chefiada pelo antigo presidente nigerino Abdusalami Abubakar - deslocou-se ontem a Niamey para dialogar com os líderes golpistas.

No mesmo dia, uma delegação da junta militar deslocou-se ao Mali e, mais tarde, ao Burkina Faso - países governados por juntas militares que manifestaram o seu apoio militar aos golpistas do Níger - a fim de pôr em prática uma estratégia de luta e de apoio comum.

A Junta Militar que tomou o poder no Níger a 26 de julho avisou quinta-feira (03.07) que ripostará imediatamente a qualquer agressão da CEDEAO, denunciou os acordos militares assinados com França e afastou quatro embaixadores noutros tantos países.

Num comunicado transmitido pela televisão nacional na noite de quinta-feira, lido pelo coronel Amadou Abduramane, os golpistas, organizados no Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP), apelam à população para que esteja "vigilante" contra "espiões e forças armadas estrangeiras" e para que alerte as autoridades para quaisquer movimentos suspeitos.

Por outro lado, os golpistas denunciaram os vários acordos militares assinados com a França, nomeadamente no que diz respeito ao "estacionamento" do destacamento francês e ao "estatuto" dos soldados presentes no âmbito da luta contra o ‘jihadismo'.

"Perante a atitude e a reação leviana da França face à situação" no Níger, "o CNSP decidiu denunciar os acordos de cooperação no domínio da segurança e da defesa com aquele país", declararam os golpistas.

A Junta Militar anunciou também a "cessação" das "funções" dos embaixadores do Níger em França, nos Estados Unidos, na Nigéria e no Togo.

A delegação da CEDEAO, chefiada pelo antigo chefe de Estado nigeriano Abdulsalami Abubakar, deverá "encontrar-se com os líderes do golpe de Estado no Níger para apresentar as exigências dos líderes da CEDEAO", de acordo com um comunicado da presidência nigeriana.

O Presidente da Nigéria, Bola Tinubu, atual Presidente da CEDEAO, pediu-lhe que "fizesse tudo o que fosse possível" para uma "resolução amigável" da crise no Níger, na sequência das sanções impostas ao país e de um ultimato dado aos golpistas para restabelecerem a ordem constitucional, sob pena de recorrerem à "força".

Relações tensas entre junta militar e a CEDEAO

Numa entrevista à agência noticiosa France-Presse (AFP), o embaixador do Níger em Washington, Kiari Liman-Tinguiri, um dos afastados do cargo, pediu à Junta Militar para "ganhar juízo".

"Se o Níger entrar em colapso, todo o Sahel entrará em colapso e será desestabilizado [...] e teremos [o grupo de mercenários] Wagner e os ‘jihadistas' a controlar a África desde a costa até ao Mediterrâneo", advertiu Liman-Tinguri.

Por outro lado, o Mali e o Burkina Faso declararam que qualquer intervenção armada no Níger será considerada "como uma declaração de guerra" contra os dois países.

Se as relações entre Niamey e o bloco da África Ocidental são tensas, também o são com a França, a antiga potência colonial.

Na quinta-feira (03.07), os programas da RFI (Radio France Internationale) e do canal de notícias televisivo France 24 foram interrompidos no Níger, "uma decisão tomada fora de qualquer quadro convencional e legal", segundo a empresa-mãe dos dois meios de comunicação, France Médias Monde.

A suspensão das emissões ocorreu no dia do 63.º aniversário da independência do Níger.

Desde o golpe de Estado, as relações com Paris deterioraram-se. Os incidentes ocorridos no domingo, durante uma manifestação diante da embaixada francesa, levaram à evacuação de mais de 500 cidadãos franceses.

Milhares de manifestantes que apoiam a junta no poder saíram às ruas de várias cidades nigerianas na quinta-feira, numa manifestação pacífica convocada pelo M62, uma coligação de organizações "soberanistas" da sociedade civil.

Muitos deles entoaram slogans críticos em relação à França e agitaram bandeiras da Rússia - país do qual o Mali e o Burkina Faso já se aproximaram.

O acesso à embaixada francesa e a outras chancelarias próximas foi bloqueado na quinta-feira pelas forças de segurança nigerianas, observaram os jornalistas da AFP. 

Antes da manifestação, Paris tinha reiterado "que a segurança das instalações diplomáticas e do pessoal (eram) obrigações ao abrigo do direito internacional".

O Níger é um dos países mais pobres do mundo, apesar dos seus recursos de urânio. 

Bazoum avisa que todo o Sahel pode cair sob influência russa

O Presidente deposto do Níger, Mohamed Bazoum, detido desde a semana passada, alertou na quinta-feira que, caso a junta militar permaneça no poder, "toda a região pode cair sob a influência russa".

"Com um convite aberto dos conspiradores e dos seus aliados regionais, toda a região central do Sahel pode cair sob influência russa por meio do grupo Wagner, cujo terrorismo brutal foi claramente visto na Ucrânia", escreveu Bazoum.

Num artigo de opinião publicado no jornal norte-americano The Washington Post, o Presidente do Níger pediu a ajuda dos Estados Unidos e da comunidade internacional para "restaurar a ordem constitucional".

Bazoum, que sublinhou que escreve "como refém", denunciou que o Níger "está sob ataque de uma junta militar que tenta derrubar" a democracia do país. "Sou apenas um de centenas de cidadãos que foram presos arbitrariamente e ilegalmente", lamentou.

O líder deposto criticou o Mali e Burkina Faso, países vizinhos do Níger, por "apoiarem o golpe ilegal" e acusou-os de utilizar mercenários do grupo paramilitar russo Wagner "às custas da dignidade e dos direitos dos seus cidadãos".

O chefe de Estado defendeu o historial do seu Governo, deposto a 26 de julho, e garantiu que o país, assolado por ataques de grupos ligados ao Estado Islâmico e à Al-Qaida, estava mais seguro do que em qualquer outro momento nos últimos 15 anos.

Bazoum lembrou as sanções económicas impostas ao Níger pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental e disse que "essas medidas já mostram como seria um futuro sob uma junta autocrática sem viSão e sem aliados confiáveis".

Biden "libertação imediata"

"O preço do arroz subiu 40% entre domingo e terça-feira, e alguns bairros começaram a relatar escassez de produtos e eletricidade", lamentou o chefe de Estado do Níger, um dos países mais pobres do mundo.

Horas antes, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tinha apelado à "libertação imediata" de Bazoum e "à preservação da democracia duramente conquistada pelo Níger", numa declaração emitida no 63.º aniversário da independência do país da África Ocidental.

Os Estados Unidos ordenaram na quarta-feira a retirada do pessoal não essencial e reduziu ao mínimo as atividades da embaixada norte-americana em Niamey, na sequência do golpe de Estado, sublinhando que só pode intervir em situações de emergência.

Atualmente, os EUA têm cerca de 1.100 soldados no Níger dedicados a tarefas de antiterrorismo, vigilância e inteligência, em cooperação com as forças locais.

⛲ DW

الأربعاء، 2 أغسطس 2023

Militares da CEDEAO reúnem-se para discutir o golpe no Níger


Os chefes militares dos membros do bloco da África Ocidental, a CEDEAO, vão reunir-se em Abuja, capital da Nigéria, de quarta a sexta-feira, para discutir o golpe de Estado no Níger, informou a organização.

Oficiais militares dos países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) reúnem-se hoje e até sexta-feira em Abuja, capital da Nigéria, para discutir o golpe de Estado no Níger.

No domingo, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental impôs sanções ao Níger e avisou que poderia usar a força, dando à junta uma semana para reintegrar o Presidente Mohamed Bazoum.

Um funcionário da CEDEAO disse também à AFP que uma delegação do bloco liderada pelo antigo Presidente nigeriano Abdulsalami Abubakar iria visitar o Níger na quarta-feira.

O primeiro-ministro do Níger, Ouhoumoudou Mahamadou, apelou à comunidade internacional a ajudar o país a restaurar a democracia. O político salientou que o Níger é crucial para o fortalecimento da democracia na África Ocidental e não só.

"O Níger é um país-chave em termos de segurança para o resto de África, mas também para o resto do mundo. (..) Podemos dizer que o Níger está na fronteira com a Europa e que os nossos esforços para combater a imigração ilegal estão a ajudar a reduzir o fluxo de migrantes que atravessam da Líbia para a Europa", disse Mahamadou.

Um ex-combatente jihadista, em entrevista à Associated Press (AP), defendeu na quarta-feira que o golpe no Níger apenas vai encorajar os extremistas islâmicos e aumentar a capacidade de recrutar no país e a violência, ameaçando ainda mais a estabilidade da região africana do Sahel.

Boubacar Moussa, que disse ser um ex-membro do grupo JNIM ligado à Al Qaeda e que já operou no Mali, considerou que o golpe pode tornar mais difícil melhorar a deterioração da situação de segurança no Níger.

Os líderes do golpe no Níger, que derrubaram o presidente do país na semana passada, juntaram-se aos vizinhos Mali e Burkina Faso para argumentar que um Governo militar pode proteger melhor o país da violência de militantes islâmicos. O golpe de Estado preocupou os países ocidentais que lutam para conter uma insurreição jihadista que surgiu no norte do Mali em 2012, avançou para o Níger e o Burkina Faso três anos mais tarde e agora ensombra Estados frágeis no Golfo da Guiné.

Um número incontável de civis, tropas e polícias foram mortos em toda a região, muitos deles em massacres impiedosos, enquanto cerca de 2,2 milhões de pessoas, só no Burkina Faso, fugiram das suas casas. Os prejuízos económicos foram devastadores.

⛲Dw

السبت، 16 يناير 2021

Camilo Leitão da Graça nomeado primeiro embaixador de Cabo Verde em Bissau



  



Em Dezembro de 2020, o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva, disse que abertura da missão diplomática na capital guineense visa o reforço das relações históricas e de irmandade, além de relações comerciais e desportivas.

A embaixada aixada servirá igualmente para prestar melhor atendimento à comunidade cabo-verdiana, mobilização de acções comuns no âmbito da CPLP e da CEDEAO, disse Correia e Silva.
A nomeação de Leitão da Graça é anunciada no momento em que Rui Figueiredo Soares acaba de ser empossado como novo ministro dos negócios e comunidades e ministro da defesa em substituição de Luís Filipe Tavares