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‏إظهار الرسائل ذات التسميات Jean Boustani. إظهار كافة الرسائل
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الأربعاء، 31 يناير 2024

Morreu o magnata Iskandar Safa, o dono da Privinvest (Dívidas Ocultas)

 


O magnata dos estaleiros franco-libaneses Iskandar Safa, proprietário do semanário de extrema direita "Valeurs Acteurs" (Valores Correntes), e principal mentor do calote de 2 mil milhões de USD contra Moçambique, morreu nesta segunda-feira, 29 de janeiro, anunciou o diretor desta publicação.

“Estamos tristes esta noite em informar a morte de nosso proprietário, Iskandar Safa. Sai com a dignidade do cavaleiro que ele era", escreveu Tugdual Denis na rede social X.

Muito reservado, o empresário franco-libanês, nascido em 1955, era dono de vários estaleiros. Sucumbiu a uma “doença grave”, especifica um comunicado da revista que comprou em 2015.

“Guerreiro até o fim, ele enfrentou uma doença grave nos últimos meses, mas isso prejudicou sua coragem. Morreu em pé, no dia 29 de janeiro de 2024, em Mougins, rodeado pelo calor da sua família”, especifica um comunicado redigido pela redação do semanário e publicado no seu site.

Nascido em 1955, numa família cristã, o empresário foi um dos negociadores da libertação, em 1988, de reféns franceses no Líbano. Tornou-se conhecido do grande público em 1992, ao comprar os estaleiros de obras mecânicas da Normandia.

Muito secreto, Iskandar Safa controlava estaleiros em Cherbourg (CNM), na Grécia, em Abu Dhabi e no norte de Hamburgo, na Alemanha (GNYK para grandes navios militares e Nobiskrug, de onde saiu em 2017 o maior iate à vela do mundo). 

Tinha seis grandes fuzileiros navais nacionais como clientes. Comprou a "Valores Correntes" em 2015 por 9,2 milhões de euros, segundo as contas da holding criada para a ocasião.

Em maio de 2020, foi anunciado que os estaleiros navais alemães em Kiel, de propriedade e administrados pelo grupo Privinvest Holding SAL de Safa, estavam a celebrar um acordo de cooperação de longo prazo com a empresa de estaleiros Lürssen, com sede em Bremen. 

A ideia por trás da parceria era melhorar o sector o geral da construção naval alemã e melhorar a sustentabilidade e a eficiência. 

Como Safa era cristão maronita, ele ofereceu suprimentos ilimitados de mármore da pedreira que possui no sul da França para ajudar na reconstrução da Catedral de Notre Dame, de Paris, devastada por um incêndio em abril de 2019.

Na wikipédia, que já registou a sua morte, lê-se, hoje, que Safa “foi um empresário francês de origem libanesa. Juntamente com seu irmão Akram Safa, ele é proprietário da Privinvest Holding, um importante grupo internacional de construção naval. Além disso, Iskandar Safa e seu irmão Akram controlam, através do P.I. Dev SAL, empresa francesa FIMAS SA especializada na promoção e gestão imobiliária no Sul de França. Iskandar e Akram estão a ser processados em Londres pela República de Moçambique na sequência do escândalo de corrupção de 2 bilhões de USD".

Iskandar Safa foi, na verdade, o principal mentor das "Dívidas Ocultas", como mandante, que através do seu vendedor de barcos Jean Boustani, arrastou Moçambique, subornando uma figuras da elite política e burocrática, para um calote de 2 bilhões de USD. 

Sua morte tem algumas implicações directas nos processos judiciais em curso, através dos quais nosso Estado quer ver-se ressarcido do calote. Entre os casos em aberto está o processo de Londres, cível, contra o universo das empresas de Iskandar Safa, onde globalmente Moçambique exigia uma indemnização de 11 bilhões de USD. 

Esse valor baixou consideravelmente, porque a PGR fez acordos com o Credit Suisse (UBS) e os titulares dos empréstimos sindicados. Por outro lado, depois de chegar a acordo extrajudicial com o Grupo UBS, dono da Credit Suisse, a PGR decidiu deixar cair uma parte substancial da queixa contra a Privinvest e Iskandar Safa, ou seja, abandonando o processo por perdas econômicas.

O advogado do Governo moçambicano no julgamento das dívidas ocultas no Tribunal Comercial de Londres, Jonathan Adkin, justificou que a decisão de suavizar a queixa contra a Privinvest deriva das preocupações sobre a capacidade de pagamento da empresa libanesa caso fosse considerada responsável.

Mas Duncan Matthews, advogado da Privinvest, referiu perante ao Tribunal que Moçambique decidiu deixar cair uma parte substancial da queixa contra a Privinvest e Safa porque não tinha esperança de ganhar o processo e o julgamento seria profundamente embaraçoso para as suas testemunhas.

Refira-se que os documentos judiciais tornados públicos em Setembro de 2023 apontavam que o Governo moçambicano estava a pedir cerca de 830 milhões de dólares por perdas sofridas entre 2016 e 2018.

No caso da acusação da PGR contra a Privinvest e companhia, Iskandar Safa já tinha registado em tribunal suas declarações essenciais, em Londres. Na súmula, ele dizia que a Privinvest não pagava subornos. Sua defesa tentou de várias maneiras arrastar o Presidente Nyusi para a barra em Londres, mas isso foi descartado por causa da imunidade inerente ao cargo presidencial. Seja como for, o caso está na lista de espera para ser julgado. Quem poderá respirar de alívio são os acusados dos processos autônomos em Moçambique. Iskandar Safa seria a principal testemunha da acusação, mas sua voz calou. Resta agora Boustani.

⛲ Cartamoz 

الجمعة، 3 ديسمبر 2021

Juiz Efigenio Baptista joga última cartada para salvar Nyusi e Jean Boustani já não será ouvido

 


Considerado um verdadeiro tsunami, muito pela qualidade de informação, provas e detalhes que tem sobre o processo da contratação das dívidas ocultas, a audição do franco libanês, Jean Boustani, esta sexta-feira, era aguardada com muita expectativa, contudo, à boca do tribunal o Juiz Efigénio Baptista, muitas vezes acusado de estar a proteger o Presidente da República, Filipe Nyusi, anunciou, esta quinta-feira (um dia antes), que o mesmo não será mais ouvido, supostamente porque é réu num outro processo que corre termos no Ministério Público, um argumento por muitos tido como incoerente pelo facto de Ernesto Gove, Joana Matsombe, Valdemar de Sousa e, até, Alexandre Chivale, serem declarantes, mesmo sendo réus em processos autónomos em curso.

Jean Boustani, por muitos considerado o cérebro por detrás da concepção do projecto das três empresas e que assumiu em sede do Trubunal, em Nova York ter efectuado pagamentos a algumas pessoas em Moçambique, incluindo o partido no poder e Filipe Nyusi para a campanha em 2014, devia ser ouvido amanhã em vídeo-conferência e as autoridades libanesas já tinham tudo preparado.

No entanto, por decisão do tribunal, Jean Boustani, que se esperava que expusesse detalhes sobre o envolvimento de Filipe Nyusi e de outras figuras políticas relevantes no processo da contratação das dívidas ocultas, acaba de ser descartado como declarante.

O juiz, que já veio de casa com a decisão tomada, disse recebeu uma solicitação da Procuradoria Geral da República (PGR) evocando que o declarante Jean Boustani não fosse ouvido no principal processo das dívidas ocultas por ser réu num outro que corre termos em instrução preparatória no Ministério Público.

“Estava prevista para amanhã, dia 03 de Dezembro, a audição do senhor Jean Boustani por vídeo conferência, mas o Ministério Público submeteu ao tribunal um documento em que primeiro as autoridades libanesas informavam que já tinham tudo criado para que fosse ouvido. E o Ministério Público também aproveitou informar que o senhor Jean Boustani é arguido constituído no processo número 372/11/P-2020 em curso na Procuradoria da República da Cidade de Maputo. E o tribunal não tinha essa informação de que o senhor Jean Boustani é arguido num processo a correr termos na PGR”, começou por dizer Efigénio Baptista.

Prosseguindo, disse que “ e porque Jean Boustani é arguido num processo a correr termos na PGR não pode ser ouvido neste processo como declarante para ser interrogado sobre os mesmos factos. Por isso o tribunal revogou o despacho de audição do senhor Jean Boustani e não mais será ouvido neste processo como declarante, justamente por ser arguido num outro processo, em que é imputado factos de corrupção activa”.

Da dualidade de critérios

Advogado Abdul Gani inconformado com a postura do tribunal

A justificação do juiz não caiu de bom tom para os advogados, em particular ao decano Abdul Gani que reclamou que o tribunal estaria a adoptar uma dualidade de critérios, pois ouviu os declarantes Ernesto Gove e Joana Matsombe, e estava a se preparar para ouvir Waldemar de Sousa, Manuel Chang e, até Alexandre Chivale, sendo supostamente réus em processos autónomos abertos pela PGR.

“Se esta é a razão invocada pelo Ministério Público e que consequentemente o tribunal acaba por acolher, importa referir o seguinte: neste tribunal foi autorizada a audição do senhor Manuel Chang, foi ouvida a senhora Joana Matsombe, foi ouvido o senhor Ernesto Gove e está prevista a audição do senhor Valdemar de Sousa. As quatro pessoas aqui invocadas já foram acusadas pelo PGR, o processo está distribuído na 10 secção com o número 52-2020, pelas mesmas razões aqui evocadas pelo Ministério Público, que estranhamente no referente a estas pessoas não se opôs. Terá que haver aqui um tratamento igualitário. É uma questão de direito e coerência”, sustenta.

A situação gerou um intenso debate. O Ministério Público, através da procuradora Ana Sheila Marrengula, sem grande argumento, alegou que os declarantes citados pelo advogado Abdul Gani foram arrolados pelo tribunal e pelo assistente no processo, a Ordem dos Advogados de Moçambique e coube apenas a aquele sujeito processual comunicar ao tribunal.

Por seu turno, o juiz, no seu estilo característico referiu que a sexta secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo não tem conhecimento formal de que aqueles declarantes foram constituídos arguidos em processos autónomos, mas reconheceu que o declarante Valdemar de Sousa, ex gestor do Banco de Moçambique, poderá também não ser ouvido para não se criar a percepção de dualidade de critérios.

No entanto, o juiz não esclareceu o que sucederá com o caso dos declarantes que já foram ouvidos e, em sede do tribunal, deram declarações comprometedoras não só para si como também para a estratégia da defesa dos réus. A pergunta que não quer calar é: há espaço para a nulidade das declarações dos referidos declarantes?

Juiz e advogado de Filipe Nyusi em simultâneo?

Detalhe do suplemento humorístico do Jornal Canal de Moçambique – AJM 2021

A nova folha de serviço de Efigénio Baptista, considerado principal defensor de Filipe Nyusi, veio reacender o debate sobre a seriedade do julgamento, que desde o início vinha sendo encarado com algumas reservas por sectores que acreditam ter um forte condão político.

Desde a primeira audição, começaram a ficar claros alguns contornos políticos por detrás do julgamento das dívidas ocultas, quando o juiz Efigénio Baptista vestiu a capa de advogado do Presidente da República, Filipe Nyusi, que tem estado a ser citado desde a primeira hora. O juiz chegou a mostrar-se irritado sempre que se cita o nome de Filipe Nyusi no tribunal, muitas vezes cortando as intervenções dos réus com perguntas.

Esta desconfiança cresce de tom pelo facto de Jean Boustani ter várias vezes ameaçado expor o envolvimento de Filipe Nyusi no processo, durante a sua audição.

Recorde-se que na sua defesa no âmbito de um outro processo que corre termos na Suprema Corte de Londres, na Inglaterra, movido pela PGR contra o Grupo Privinvest, aquele conglomerado empresarial coloca Filipe Nyusi no centro das operações e dá detalhes de como terá pago quantias substanciais tanto directa quanto indirectamente para o Presidente Nyusi, após a sua eleição como candidato para as eleições presidenciais de 2014.

O estadista moçambicano terá recebido subornos na ordem de um milhão de dólares para a sua campanha de 2014 e outros um milhões terão sido pagos em bens ocultados em paraísos fiscais. O arguido António Carlos do Rosário foi quem terá dito a Boustani que o Presidente Nyusi desejava receber fundos da Privinvest para a sua campanha.

“Rosário indicou ao Sr. Boustani que o presidente Nyusi desejava receber recursos do Privinvest para sua campanha, separado dos fundos que estão sendo contribuídos directamente para FRELIMO (USD 10 milhões)”, refere Safa.

A Privinvest fez o referido pagamento a 10 de Abril de 2014, através da Logistics Offshore para uma conta em nome da Sunflower International Corp FZE na Emirates NBD. A Privinvest alega ainda que adquiriu uma viatura de marca Toyota Land Cruiser, por 728,6614.42 rands para uso pessoal de Filipe Nyusi na campanha eleitoral que o conduziu à Presidência da República em 2014

A Privinvest diz que para ocultar a proveniência do dinheiro, António Carlos do Rosário recebia o dinheiro de Nyusi e transferia para Sabrina Madebe, funcionária do Proindicus e parente do Presidente Nyusi, que se acredita que seja a sua testa de ferro. O ministério público moçambicano nunca se pronunciou sobre estas alegações.

“Por volta de Julho de 2014, o presidente Nyusi solicitou a aquisição de um veículo de campanha. Presidente Nyusi especificamente solicitou o seu carro por e-mails de 21 e 24 de Agosto 2014 que a obra de arte específica fosse fornecida. O veículo (um Toyota Land Cruiser com modificações adequadas e arte) foi adquirido mediante pagamento datado de 11 de Julho de 2014 pela Proindicus para a Spring Trade 206 CC, uma empresa sul-africana, no valor de 7. 286 614,42 ZAR”,

Prossegue Safa referindo que “Em uma reunião com Jean Boustani no Aeroporto Paris-Le-Bourget em 01 de Agosto Presidente Nyusi solicitou mais contribuições de campanha e / ou assistência da Privinvest. Esta reunião ocorreu no contexto do périplo do candidato pela Europa (Londres, Paris, Berlim e Lisboa)”.

O mesmo António Carlos de Rosário que falava em nome de Filipe Nyusi, segundo a Privinvest, terá comprado uma vivenda localizada num bairro da elite, em Cape Town, na África do Sul, para Jacinto Ferrão Filipe Nyusi, filho do Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, em Julho de 2014, coincidentemente  no mesmo período (Entre Abril e Agosto de 2014) em que a Privinvest diz ter aberto os cordões à bolsa para pagar subornos a aquele que viria a ser o quarto Presidente do país. Quando iniciaram as investigações do caso, o filho de Nyusi livrou-se daquele activo que se supõe ter sido adquirido com dinheiro das dívidas.

الخميس، 2 ديسمبر 2021

Autoridade de Moçambique esta a manipular seu sistema judicial para fins políticos"Diz Jean Boustani "

    


Estava prevista para amanhã (03), por vídeo-conferência, a audição em declarações do franco-libanês, Jean Boustani, contudo, na manhã de hoje, durante as questões prévias o Juiz Efigénio Baptista, muitas vezes acusado de estar a proteger o Presidente da República, Filipe Nyusi, anunciou que o mesmo não será mais ouvido, em virtude de ser réu num outro processo que corre termos no Ministério Público. Reagindo à informação, Boustani, que volta a frisar de Filipe Nyusi está no centro da história, lamentou o facto de não poder dar a sua versão e  destacou que a última cartada do Tribunal, “é mais uma prova de que as autoridades moçambicanas estão a manipular o seu sistema judicial para fins políticos”.

Através de um comunicado de imprensa, assinado pela firma de advogados Azoury & Associates Law Firm, baseada no Libano, Boustani diz ter tomado conhecimento na manhã desta quinta-feira pelo Procurador-Geral Libanês que o seu depoimento voluntário, previsto para amanhã (3 de Dezembro de 2021), não mais irá ocorrer, conforme previamente solicitado pelo Tribunal de Moçambique.

“Acredito fortemente que o povo moçambicano merece ouvir a verdade de mim e de Sua Excelência o Presidente Nyusi, o homem no centro da história. Esta última manobra é mais uma prova de que as autoridades moçambicanas estão a manipular o seu sistema judicial para fins políticos”, lamenta Boustani.

Boustani, que foi ilibado pela justiça norte americana após colaborar, fornecendo provas relevantes, algumas das quais na posse da PGR moçambicana, continua a colocar Filipe Nyusi no centro do escândalo das dívidas ocultas e dos subornos.

Recorde-se que, em sede de um processo que corre termos em Londres, Boustani e outros altos executivos da Privinvest acusam Filipe Nyusi, já inclusive notificado, de ter recebido pelo menos dois mil milhões de dólares para a sua campanha em 2014, incluindo uma viatura da marca Toyota Lande Cruzer personalizada com a qual o então candidato da Frelimo viajou pelo país de lés a lés.

“Foi deplorável e inacreditável ouvir, hoje, na televisão, o Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, em Moçambique bloquear a minha audição no julgamento, embora pareça justificar esta nova posição sobre alegada ignorância de que sou arguido noutro processo em Moçambique. Tratou-se de uma reversão de última hora à decisão anterior do Tribunal de Moçambique e às exigências oficiais comunicadas às autoridades libanesas”, sublinhou Boustani, na sua nota.

الثلاثاء، 28 سبتمبر 2021

Jean Bostani Pretende Lançar Livro sobre Dívidas Ocultas e Já não vai depor no Tribunal

 


  Segundo a publicação África Intelligence, o libanês, Jean Boustani, já não vai fazer parte do julgamento das Dívidas Ocultas como declarante, conforme havia se prontificado através de uma nota distribuída a imprensa.

 No entanto, segundo a publicação, para limpar a sua imagem e do seu chefe, Iskandar Safa, o libanês está a finalizar um livro onde pretende apresentar a sua versão sobre as dividas Ocultas. 

O livro poderá, segundo a refere a publicação, ser lançado no próximo ano, na França.

الجمعة، 10 سبتمبر 2021

Jean Boustani agita Frelimo e ala Nyusi por uma Audição

 


Embora o juiz Efigénio Baptista tenha indeferido a lista de 33 testemunhas, incluindo o actual Presidente da República, requeridas pelo réu António Carlos de Rosário, neste momento, o antigo ministro da Defesa está com um pé dentro do tribunal, onde poderá ser ouvido como declarante, e, se as diligências agora forem instruídas sem interferência política, Jean Boustani, pode implicar de forma séria a Nyusi e a Frelimo, inclusive com parte das provas que apresentou em 2019, em sede do julgamento em Nova York, onde foi identificado nas correspondências como New Man, New Guy ou Nuy.

É que, o Grupo Privinvest, com quem o Estado moçambicano, desde Março de 2019, trava uma batalha judicial na Suprema Corte de Londres, na sequência de um processo movido pela Procuradoria-geral da República, tem estado, desde o princípio, a colocar o Presidente de Moçambique no centro do escândalo, tendo chegado a dizer que se o Tribunal de Londres entender que os pagamentos feitos à altas entidades moçambicanas são subornos, então Filipe Nyusi também é corrupto. Foi com esse fundamento que conseguiu autorização do referido Tribunal para notificá-lo para aquela acção judicial que pode expô-lo à responsabilidade pessoal.

Neste momento, com o julgamento cada vez a ser levado pelos grupos de Armando Guebuza e Filipe Nyusi, para o “lado sujo”, a grande preocupação da Frelimo é com a sua própria imagem, que pode ficar cada vez mais beliscada. Com a provável audição já autorizada de Jean Boustani, um executivo do Grupo Privinvest que contactou a parte moçambicana, vendeu o projecto e fez os pagamentos dos subornos, as coisas podem sair totalmente do controlo.

Jean Boustani poderá ser uma dor de cabeça para a estratégia montada à medida de Filipe Nyusi por uma das alas da Frelimo. Em sede de um outro processo que corre em Londres, tem estado a acusar o estadista moçambicano de ter recebido subornos na ordem de um milhão de dólares para a sua campanha de 2014. O arguido António Carlos do Rosário foi quem terá dito a Boustani que o Presidente Nyusi desejava receber fundos da Privinvest para a sua campanha.

A Privinvest fez o referido pagamento a 10 de Abril de 2014, através da Logistics Offshore para uma conta em nome da Sunflower International Corp FZE nos Emirados NBD. A Privinvest alega ainda que adquiriu uma viatura de marca Toyota Land Cruiser, por 728,6614.42 rands para uso pessoal de Filipe Nyusi na campanha eleitoral que o conduziu à Presidência da República em 2014.

Para além de Filipe Nyusi, Jean Boustani já afirmou no julgamento nos Estados Unidos ter efectuado pagamentos a favor da Frelimo, na ordem de USD 10 milhões, em 2014, a pedido de Armando Guebuza, na altura Presidente da República e da Frelimo. O dinheiro foi debitado da conta da Logistics Offshore, nos dias 31 de Março de 2014, 29 de Maio de 2014, 19 de Junho de 2014 e 3 de Julho de 2014 para uma conta titulada pelo Comité Central do partido no Banco Internacional de Moçambique (BIM).

Na altura, Guebuza ainda era Presidente da República e Filipe Nyusi era candidato. No tribunal, o Ministério Público chegou a insinuar que Jean Boustani enviou oito toneladas de vinho e uma outra encomenda não especificada, que agora se suspeita que seja dinheiro, trazido da França a partir de um voo fretado.

Para além de Jean Boustani, o assistente do processo, a Ordem dos Advogados de Moçambique, em julgamento, pediu que sejam ouvidas instituições como os Aeroportos de Moçambique, Instituto de Aviação Civil de Moçambique e a Autoridade Tributária, para se ter detalhes sobre a referida mercadoria que seguiu de jacto privado da França para Maputo.

الأربعاء، 8 سبتمبر 2021

Jean Boustani destaca importância de testemunho de Filipe Nyusi


O negociador da Privinvest disse estar pronto para ser ouvido no âmbito das dívidas ocultas. Jean Boustani reitera que o testemunho de Filipe Nyusi "é crucial aos interesses de uma justiça transparente e justa".

Num com comunicado desta quarta-feira (08.09), publicado pela firma de advogados Azoury & Asssocites Law Firm, Jean Boustani começou por afirmar que vê de forma positiva o facto de o juiz Efigénio Baptista ter permitido a sua participação no julgamento do caso das dívidas ocultas que decorre em Moçambique.

Jean Boustani, entretanto, lembra que o juiz tinha rejeitado anteriormente, a 17 de agosto, um pedido para que prestasse declarações. "Teria testemunhado com prazer na ocasião, se ele o tivesse permitido", garante. 

O negociador da Privinvest, que supostamente pagou "luvas" a altos funcionários do Estado moçambicano e a "facilitadores" privados, diz ainda em comunicado, emitido em Beirute, que "ao contrário das palavras do meritíssimo juiz Efigénio José Baptista, nunca afirmei durante o meu julgamento nos Estados Unidos da América que corrompi moçambicanos ou autoridades moçambicanas".

Juiz Efigénio Baptista

Negociador da Privinvest alerta juiz

E Boustani se prontifica: "Terei todo o gosto em fornecer ao meritíssimo juiz todas as transcrições do meu julgamento nos Estados Unidos da América, caso tenha sido induzido em erro por terceiros, para que possa assumir a sua posição supostamente imparcial e independente ao longo do julgamento".

O negociador da Privinvest, que nega ser francês e se assume como libanês, tem um pedido para as autoridades moçambicanas: "Eu também solicito que a PGR responda a demanda oficial das autoridades libanesas para apresentar os detalhes das alegadas acusações ao invés de se manter em silêncio até a presente data".

E a finalizar o comunicado, Boustani assegura: "Estou disposto e pronto para comparecer perante Vossa Excelência juiz Efigénio José Baptista, assim que possível por videoconferência, realçando que qualquer processo burocrático proposto pela PGR pode consumir muito tempo e procedimentos".

O negociador da Privinvest destaca: "E eu acredito que o meu testemunho (e de Vossa Excelência Presidente Filipe Nyusi) é crucial aos interesses de uma justiça transparente e justa".

Jean Boustani diz estar pronto para testemunhar

 

Efigênio Baptista

Um dos nomes mais falado no julgamento do caso das dívidas ocultas é do libanês Jean Boustani. O mesmo foi arrolado para ser ouvido durante o julgamento e já reagiu através de um comunicado de imprensa.

“... estou disposto e pronto para comparecer perante Vossa Excelência Juiz Efigênio José Baptista, assim que possível por videoconferência, realçando que qualquer processo burocrático proposto pela PGR pode consumir muito tempo e procedimentos  e eu acredito que o meu testemunho (e de Vossa Excelência Presidente Filipe Nyusi) é crucial aos interesses de uma justiça transparente e justa.” refere o comunicado.

Boustani mostra receios em relação a Procuradoria Geral da República (PGR) que segundo ele carece de credibilidade no caso.

“As autoridades libanesas me informaram que as autoridades moçambicanas (através da PGR) alegaram acusações contra mim após a minha absolvição unânime na Corte Federal do Estados Unidos em Nova Iorque de todas as acusações contra mim (incluindo alegadas violações às leis moçambicanas), o que me deixa mais convencido sobre falta de credibilidade e as motivações políticas de todas as acções da PGR desde 2015”.

Na nota partilhada a imprensa Boustani esclarece que nunca disse as autoridades americanas que corrompeu autoridades moçambicanas. Esclarece ainda que é cidadão libanês e não tem nacionalidade francesa.

Jean Boustani fez um Comunicado de Imprensa

 

Dividas Ocultas

Recebi de forma positiva o fato do Juiz Efigénio José Baptista me ter permitido testemunhar no julgamento que está ocorrendo em Moçambique.

Na verdade, o Meritíssimo Juiz Efigénio José Baptista, por meio do Despacho datado de 17 de Agosto de 2021, havia anteriormente negado um pediUanas (através da PGR) alegaram acusações contra mim após a minha absolvição unânime na Corte Federal dos Estados Unidos em Nova Iorque de todas as acusações contra mim (incluindo alegadas violações de leis moçambicanas), o que me deixa mais convencido sobre a falta de credibilidade e as motivações políticas de todas as acções da PGR desde 2015. Além disso, e ao contrário das palavras do Meritíssimo Juiz Efigénio José Baptista, nunca afirmei durante o meu julgamento nos Estados Unidos da América que corrompi moçambicanos ou autoridades moçambicanas. Terei todo o gosto em fornecer ao Meritíssimo Juiz todas as transcrições do meu julgamento nos Estados Unidos da América, caso tenha sido induzido em erro por terceiros, para que possa assumir a sua posição supostamente imparcial e independente ao longo do julgamento em Moçambique. 

Eu gostaria de corrigir, para informação da PGR, que eu sou um cidadão libanês e que não possuo nacionalidade francesa. Eu também solicito que a PGR responda a demanda oficial das autoridades Libanesas para apresentar os detalhes das alegadas acusações ao invés de se manter em silêncio até a presente data. Finalmente, estou disposto e pronto para comparecer perante Vossa Excelência Juiz Efigénio José Baptista, assim que possível por videoconferência, realçando que qualquer processo burocrático proposto pela PGR pode consumir muito tempo e procedimentos e eu acredito que o meu testemunho (e de Vossa Excelência Presidente Filipe Nyusi) é crucial aos interesses de uma justiça transparente e justa.