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الاثنين، 29 يناير 2024

Moçambique (não) está livre da lepra

 


Em 2008, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou Moçambique livre da lepra. O parâmetro usado, na altura, foi de ocorrência de menos de um caso em cada 100 mil habitantes. 16 anos depois, quase todas as acções de luta contra a lepra foram relegados para o terceiro plano. Os casos que estavam ainda activos foram negligenciados e o país volta a estar a braços com a lepra. Só em 2021, foram diagnosticados 3135 novos casos.

Não é preciso andar muito. Basta sair da cidade de Nampula pela estrada Nacional N.°1 (em direcção à Zambézia) para encontrar o posto administrativo de Namaíta, no distrito de Rapale, a menos de 50 km da cidade de Nampula. O local é representativo em todos os sentidos: o distrito faz parte de um total de cinco que registam maior número de casos de lepra na província de Nampula, e Namaíta é um dos pontos onde funcionou uma das gafarias – nome que designa o local onde eram concentrados e tratados os leprosos.

Seguimos com um propósito concreto. Depois de uma viagem de menos de uma hora, encontramos um pequeno “comité de recepção” composto por idosos. Através de cânticos e danças, expressam o seu sentimento… é o chamado “grupo de autocuidado” que se reúne regulamente num local concreto para cuidar da sua saúde. No grupo, há homens e mulheres de diferentes idades, mas com algo em comum: alguma parte do corpo tem deformidade por causa da lepra.

Amisse Mopiha é um dos activistas e é membro do grupo. Explica-nos o que justifica a ocorrência de muitos casos de lepra naquele local: há muitos casos de lepra porque Namaíta, antes desse nome, era chamado de gafaria, porque traziam casos de lepra de outras províncias, assim como de outros distritos vizinhos. E sempre tinha concentração e tratamento, cá, em Namaíta. Por isso, sempre existem esses casos.

A lepra é uma doença transmitida através do bacilo de hansen. Foi descoberta em 1873 e, durante muito tempo, não tinha um tratamento eficiente. Os doentes sempre foram alvo de discriminação familiar e social. A sua transmissão é através de secreções, por via oral, tal como acontece com a tuberculose. A diferença é que a lepra é menos infecciosa e pode incubar-se no organismo durante dois a cinco anos sem apresentar manifestações visíveis.

Sentado num banquinho de madeira, com os pés imersos em meia profundidade numa cova que tem na base folhas de bananeiras para conservar a água (uma espécie de bacia que se improvisa para quem não a tem), Horário da Silva esfrega a base dos pés com uma pedra e molha-se com água limpa.

“Meu pai tinha, minha mãe tinha. Posso dizer que é natural”, abrevia o homem de 50 anos, com um olhar tímido que se estende no horizonte como se estivesse a rebuscar as memórias do seu passado dramático.

Há 37 diagnosticada a doença. Nessa altura, já estava no segundo grau, que é quando o paciente começa a registar perda de sensibilidade no corpo, atrofiamento e queda dos dedos das mãos e dos pés.

Uma das manifestações mais comuns da lepra é o ressecamento excessivo da pele, por isso, é importante a lavagem frequente e lubrificação com óleo cutâneo ou qualquer creme hidratante.

“Nós, que temos feridas, todos os dias, temos de as lavar e fazer o penso”, explica o homem que perdeu todos os dedos dos pés e parte dos das mãos. As sapatilhas que calça servem também de suporte para que possa ter estabilidade na marcha.

Horácio da Silva saiu do distrito de Mecubure, também em Nampula, em 1987, para ir à gafaria de Namaíta a fim de ter tratamento. Só que já era tarde; o mal já estava instalado – a perda dos dedos –, por isso, tudo quanto conseguiu com o tratamento foi evitar novas lesões graves. Não se assume um incapaz, pois consegue organizar a sua casa e praticar agricultura de subsistência. Todavia, há algo que não conseguiu superar: o estigma.

“Não tenho filhos porque não tenho mulher”, responde o homem quando questionado por nós sobre a sua vida familiar. A uma pergunta sobre o porquê de abraçar a solidão, a resposta é peremptória: não faço tudo o que os homens fazem.

Nas comunidades de Namaíta, a lepra tem rostos; a história é contada por personagens que a viveram. Os vestígios sustentam o que as palavras dizem.

É o caso Silvestre dos Santos Amadeu. No limiar da década de 70, foi-lhe diagnosticada a lepra, depois de uma suspeita de missionárias católicas numa comunidade do distrito de Mossuril (parte costeira de Nampula) que frequentava.

“Elas disseram: ‘É lepra isto!’. Levaram-me de carro e viemos aqui. Tiraram todos os meus dados na secretaria e estive internado por seis meses lá, em baixo”, narra o homem com o rosto já envelhecido, mas dono de uma memória extraordinária. A conversa acontece em movimento, enquanto percorremos o recinto e os compartimentos da antiga gafaria de Namaíta.

“Fui curado, sim”, responde, com firmeza, o homem alto e escuro. Lembra-se das datas como uma mãe se lembra dos aniversários dos filhos. “Desde 1974, com asulfona e com lambrena, até 1986 quando larguei”. Silvestre dos Santos é uma das provas vivas de que, quando o diagnóstico que é feito precocemente, tem cura e não leva à queda de dedos.

O tratamento da lepra é longo, tal como acontece com a tuberculose. Varia de seis a 12 meses, mas o sucesso depende muito do diagnóstico precoce.

“Por falta de sensibilidade dos pés das pessoas, eles vão sofrendo traumatismos nos pés e até mesmo queimaduras e vão x cx de úlceras perfurantes, e são essas úlceras que também podem evoluir com a amputação dos dedos, principalmente os dos pés”, explica o dermatologista Marcelo Banquimane. Marcelo faz parte do total de 15 dermatologistas moçambicanos que o país tem. Aliás, apesar de Nampula reportar maior número de casos, como viremos mais a baixo, existem apenas três dermatologistas: um moçambicano e dois estrangeiros.

Importa explicar que, sendo a pele a parte que mais sofre com a lepra, são os dermatologistas que cuidam dos pacientes.

O QUE FALHOU NOS ÚLTIMOS 16 ANOS?

Em 2008, a OMS declarou Moçambique livre a lepra. A partir daí, as organizações que trabalhavam nessa área cessaram a sua intervenção e o Ministério da Saúde não deu o devido seguimento aos casos que ainda estavam activos, tendo-se transformado em focos de novas contaminações nas comunidades.

“Quando se declara erradicada a doença, não significa que já não temos o problema. Estamos num período de controlo, digamos assim, mas a prevalência caiu. Naquela altura, tínhamos uma prevalência menor de um caso em cada 100 mil habitantes. A OMS assim ditou e tem sido assim. Nós estamos cientes de que o erradicar não significa que não vamos diagnosticar sequer um caso. E sempre que se erradica, há uma vigilância intensificada que deve ser feita a seguir para observar a ocorrência de novos casos”, esclarece Geraldino Avalinho, chefe do departamento de Saúde Pública no Serviço Provincial de Saúde em Nampula, para quem a nova vaga de casos prova que os casos que estavam activos na altura foram transformando-se em focos de propagação nas comunidades.

Em 2022, Moçambique foi classificado o terceiro país de África com maior número de casos, perdendo para Etiópia e República Democrática de Congo. Do levantamento feito em 2021, o país apresentou 3135 novos casos de lepra. Nampula (1395), Zambézia (769), Cabo Delgado (494) e Niassa (247) são as províncias com mais casos.

O que chama atenção é que 10% a 20% dos novos casos de 2021 foram em menores de 15 anos de idade, o que, mais uma vez, evidencia tratar-se de contágios que se registam depois de 2008.

“Sem fazer tratamento, estes músculos iam começar a atrofiar. Hipotrofia muscular da região do punho. É isso que provoca essas deformidades. Mas, como já está a tomar aquele medicamento prezerona, já está a começar a reduzir”, diz o médico e activista da organização não-governamental NLR, Domingos Nicala, enquanto tateia os braços de uma menina de 14 anos de idade que lhe foi diagnosticada a doença há três meses.

A adolescente vive na periferia da cidade de Nampula e sempre foi ao hospital, só que nunca teve um diagnóstico conclusivo dos clínicos, até que foi descoberta pelos activisvas da NLR no trabalho de busca por pessoas com sintomas sugestivos à lepra. É, aliás, esse trabalho que deixou de ser feito com frequência, por isso os casos foram sendo negligenciados.

“Depois de ter sido eliminada, algumas actividades, provavelmente, não tenham sido levadas a cabo, que é a vigilância epidemiológica forte, de modo a que a lepra começou a ressurgir em Moçambique, principalmente nas zonas onde sempre foi endémica, neste caso em Nampula, Niassa, Cabo Delgado e Zambézia. A lepra é uma doença que, mesmo nos currículos de formação, quer do ensino superior, ela escasseia; se for ao nível médio, praticamente ela já não existe. Então, os técnicos de saúde formados recentemente não têm esta componente. Consequentemente, se o doente aparece com os sintomas e sinais na sua frente, ele não vai reconhecer. Eu tinha um professor que dizia que ‘o que a mente não sabe, os olhos não vêem. Então, a falta de conhecimento dos técnicos que estão nas unidades sanitárias faz com que o paciente venha às unidades sanitárias e acabam por diagnosticar como sendo uma outra doença de pele banal e vai recebendo pomadas e cremes até à fase que vai tendo deformidades”, considera o clínico geral e coordenador provincial da NLR em Nampula, Hélder Rassolo.

É evidente que os 3135 novos casos de 2021 correspondem a uma proporção de 0,03 casos em cada 100 mil habitantes, o que, no parâmetro da OMS, ainda se considera o país livre da lepra. Todavia, facto preocupante é que esse número resultou de actividades de campanha de busca activa realizada essencialmente por organizações não-governamentais, o que pode levar a inferir que, num trabalho mais aturado, se pode identificar casos em números assustadores.

Celebra-se, no último domingo do mês de Janeiro, o Dia Mundial de Luta contra a Lepra e, no dia 30 de Janeiro, o Dia das Doenças Negligenciadas, das quais faz parte a lepra. Aliás, a lepra em Moçambique está a ser tão negligenciada de tal forma que, neste momento, apenas três organizações não-governamentais trabalham nessa área: a NLR, que actua em Nampula, Zambézia, Niassa e Cabo Delgado; a Missão Contra a Lepra, que desenvolve actividades em Cabo Delgado e Zambézia e a AIFO, que está em Nampula e Manica.

⛲: O país 


الجمعة، 17 نوفمبر 2023

Milhões de crianças sem vacina contra sarampo no mundo



Milhões de crianças estão sem a primeira dose da vacina contra o sarampo, a maioria nos continentes africano e asiático, que são as regiões mais afectadas por surtos desta doença. Estes são os dados de um novo relatório de organizações intrnacionais,citadas pelo Notícias ao Minuto. 

O documento da Organização Mundial de Saúde (OMS) e dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) indica que os casos de sarampo aumentaram 18% em 2022 e as mortes subiram 43% em todo o mundo, em relação ao ano anterior.

O número estimado de casos de sarampo foi de nove milhões, dos quais 136.000 mortais, atingindo principalmente as crianças.

No ano passado, de acordo com a fonte, 37 países registaram surtos de sarampo “grandes ou perturbadores” (22 em 2021), dos quais 28 se situam na região da OMS para África, seis no Mediterrâneo oriental, dois no sudeste asiático e um na região europeia.

Trata-se de uma doença que pode ser prevenida com duas doses da vacina, mas em 2022 cerca de 33 milhões de crianças tinham em falta uma dose da vacina contra o sarampo, dos quais 22 milhões perderam a primeira dose e outros 11 milhões perderam a segunda dose.

A taxa de cobertura global da primeira dose da vacina (83%) e da segunda dose (74%) ainda estava muito abaixo da cobertura de 95% com duas doses, que é necessária para proteger as comunidades de surtos.

Os países de baixos rendimentos, onde o risco de morte por sarampo é mais elevado, continuam a apresentar as taxas de vacinação mais baixas, com apenas 66%, “uma taxa que não revela qualquer recuperação em relação ao retrocesso verificado durante a pandemia” de covid-19.

Segundo as duas organizações, dos 22 milhões de crianças que não receberam a primeira dose da vacina contra o sarampo em 2022, mais de metade vive em 10 países: Angola, Brasil, República Democrática do Congo, Etiópia, Índia, Indonésia, Madagáscar, Nigéria, Paquistão e Filipinas


⛲ Opais 

الجمعة، 8 سبتمبر 2023

OMS despede especialista em biossegurança por má conduta sexual


É o segundo especialista a ser demitido este ano por alegações de má conduta sexual que surgem na sequência de inquéritos internos levados a cabo pela Organização Mundial de Saúde.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) demitiu um especialista em biossegurança depois de um inquérito interno por má conduta sexual. No entanto, a defesa do trabalhador demitido a 6 de setembro, considerou a investigação uma campanha difamatória.

Os detalhes das acusações não foram revelados, avança a Reuters. Num e-mail enviado à agência de notícias, a porta-voz da OMS, Márcia Pole, disse apenas que o especialista foi “despedido da OMS após alegações de má conduta sexual contra ele”.

Não se conhece a identidade do especialista visado, uma vez que a lei suíça impede a identificação de pessoas acusadas de delitos, a menos que sejam muito conhecidas e haja uma necessidade real de o público conhecer os detalhes dos alegados atos.

A advogada do especialista disse à Reuters, esta quinta-feira, que o seu cliente já contestou as acusações de que está a ser alvo e que contestará também a demissão.

“Os processos contra o meu cliente foram ilegalmente baseados em alegações vagas e boatos, sem declarações factuais apoiadas em datas ou supostas palavras ou comportamentos que correspondam à definição legal de conduta imprópria”, referiu.

“Isto mostra o verdadeiro objetivo da campanha – difamar o meu cliente sem um acusador visível”, continuou.

Questionada pela Reuters, a porta-voz da OMS indicou que o funcionário foi despedido depois de uma investigação completa

Este não é o primeiro caso em que um funcionário da Organização Mundial de Saúde é demitido após acusações de má conduta sexual. Em abril deste ano, o médico Temo Waqanivalu, alto funcionário da OMS, foi demitido pelas mesmas razões. Em maio, soube-se também que Peter Ben Embarek, principal investigador da origem da Covid-19, tinha sido despedido no ano anterior por má conduta sexual.

⛲ Integrity 

الثلاثاء، 5 سبتمبر 2023

Médicos manifestam-se hoje perante reunião da OMS no Porto

 


A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) vai assinalar hoje as queixas do setor com uma iniciativa de protesto perante o Simpósio da Organização Mundial de Sáude, no Porto.

Entre as 08h00 e as 10h00, os médicos prometem um "flashmob", em defesa "da dignidade" da carreira médica e do futuro do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

"Visamos especialmente os ministros da Saúde estrangeiros presentes no evento, mas também o Governo português e o ministro da Saúde Dr. Manuel Pizarro, para dar um grito de alerta para abandonarem a sua teimosia e que tenham a coragem de incorporar as propostas dos médicos no SNS, para que todos os cidadãos em Portugal possam ter acesso a um serviço de saúde público, universal, com qualidade e com futuro", anunciou a federação em comunicado.

Os manifestantes dirigiram também uma carta à Organização Mundial da Saúde (OMS), para que, em próximas reflexões sobre "o futuro dos sistemas de saúde na era digital", não esqueça, "como o fez desta feita", o desafio digital no que aos sistemas públicos de saúde diz respeito.

A ação no Simpósio da OMS é a primeira etapa do "TOUR da FNAM", que vai percorrer várias unidades de saúde em Portugal, com o objetivo de reforçar a mobilização dos médicos para entregarem declarações de indisponibilidade ao trabalho suplementar além das 150 horas obrigatórias por ano, e mapear a "situação dramática" que se vive nas várias unidades de saúde.

A volta pelo país terminará em Lisboa, no dia 14 de novembro, com uma manifestação nacional em frente ao Ministério da Saúde, a par de uma greve nacional de dois dias, marcada para 14 e 15 de novembro.

Também os farmacêuticos do SNS estão em luta por melhores salários e progressão na carreira, entre outras reivindicações, cumprindo hoje um dia greve nos distritos de Beja, Évora, Faro, Lisboa, Portalegre, Santarém e Setúbal e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.

⛲ Ao minuto 

السبت، 5 أغسطس 2023

Mais 42 casos de cólera em Moçambique nos primeiros dois dias de agosto

 


Cinco distritos do país com surtos ativos.

As autoridades sanitárias moçambicanas confirmaram mais 42 casos de cólera apenas nos primeiros dois dias de agosto, com cinco distritos do país com surtos ativos, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

Segundo dados dos boletins diários sobre a progressão da doença, elaborados pela Direção Nacional de Saúde Pública, o atual surto de cólera em Moçambique regista um acumulado de 33.601 casos desde 14 de setembro a 02 de agosto último.

No primeiro dia de agosto registaram-se 17 novos casos e no dia seguinte mais 25, enquanto o número de doentes internados passou de 27 para 42 em 24 horas, mantendo-se o número de óbitos provocado pela doença inalterado, em 141.

As autoridades de saúde moçambicanas declararam no final de julho surtos de cólera em mais dois distritos, Mocímboa da Praia e Mueda, província de Cabo Delgado, que se juntaram a outros três, admitindo preocupação com o aumento de casos no norte daquela província.

Só em Cabo Delgado, norte do país, segundo dados recolhidos esta sexta-feira pela Lusa, já se registaram desde setembro do ano passado 1.205 casos, com três mortos. Os novos casos detetados no país nos últimos dias estão essencialmente concentrados naquela província, afetada por ataques de insurgentes nos últimos cinco anos.

Até 02 de agosto, a maioria dos casos de cólera em Moçambique foi registada na província da Zambézia, no centro do país, (13.400 diagnosticados e 38 mortos) especialmente afetada depois da destruição provocada pelo ciclone Freddy, em fevereiro e março, seguindo-se Sofala (7.527 casos e 30 mortos) e Niassa (3.501 casos e 25 mortos).

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou em 13 de julho, em Maputo, os esforços de Moçambique, e do Presidente da República, Filipe Niyusi, para travar esta epidemia de cólera.

"Estou muito feliz em ver um chefe de Estado que está muito comprometido com a saúde. Ele é um dos poucos líderes, no mundo, que assume este compromisso e está diretamente envolvido em questões ligadas à saúde", declarou Tedros Tedros Ghebreyes.

Moçambique regista mais de 130 mortes por cólera desde setembro

Para o diretor-geral da OMS, o executivo moçambicano teve uma gestão assinalável da epidemia, que foi agravada pelo impacto do ciclone Freddy.

"Saudei o Presidente moçambicano e o ministro da Saúde [Armindo Tiago] pela sua liderança na gestão da epidemia da cólera. No mesmo período foram registados casos de pólio e que também foram controlados, após serem detetados antecipadamente. Não há qualquer caso agora desde agosto", observou.

Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, situação que agrava a resistência de infraestruturas e serviços que permitam evitar a doença.

A cólera é uma doença que provoca fortes diarreias, que é tratável, mas que pode provocar a morte por desidratação se não for prontamente combatida.

A doença é causada, em grande parte, pela ingestão de alimentos e água contaminados por falta de redes de saneamento.

Em maio, a Organização Mundial da Saúde alertou que o mundo terá um défice de vacinas contra a cólera até 2025 e que um bilião de pessoas de 43 países podem ser infetadas com a doença.

⛲CM

الجمعة، 5 مايو 2023

OMS declara fim da pandemia da COVID-19 no mundo

 


A Organização Mundial da Saúde anunciou, hoje, que a pandemia da COVID-19 chegou, oficialmente, ao fim. Contudo, o vírus “está aqui para ficar”, continuando a representar uma ameaça à saúde pública a nível global.

Falando em conferência de imprensa, o director-geral da OMS, Tedros Adhanom, sublinhou que isso não significa que a COVID-19 já não representa uma ameaça à saúde pública a nível global.

Tedros Adhanom explicou que, na reunião de quinta-feira, o Comité de Emergência aconselhou que esta classificação, que estava em vigor desde o dia 11 de Março de 2020, fosse alterada para um nível mais baixo de alarme, ditando, assim, o fim da emergência de saúde global.

Nesse sentido, Tedros Adhanom salientou que esta não é uma decisão repentina, mas que foi “ponderada durante algum tempo, planeada e tomada com base na análise cuidada dos dados”.

Expressando a sua gratidão ao organismo, o responsável disse ainda que, apesar do seu fim, o mundo não deverá baixar a guarda, decidindo, por isso, estabelecer um comité de revisão para desenvolver recomendações a longo prazo para a doença. Esta semana, a OMS publicará também a quarta edição do plano de resposta global para a COVID-19.

Dados mais recentes da OMS indicam que a pandemia já provocou mais de 765 milhões de infecções e mais de 6.9 milhões de mortos a nível mundial.


⛲ O País 

الأربعاء، 3 مايو 2023

OMS abre possibilidade da eliminação da cólera no mundo

 


É possível controlar e acabar com a cólera no mundo, com o envolvimento das autoridades locais no combate à doença. O posicionamento é da Organização Mundial da Saúde, através do Grupo de Trabalho Mundial para o Controlo da doença.

A região Austral de África tem registado, desde o ano passado, o ressurgimento de surtos de cólera, associados a fragilidades no saneamento, que é agravado por eventos climáticos extremos.

“Estes eventos climáticos extremos colocaram pressão negativa nos esforços que foram desenvolvidos pelos países da região, incluindo Moçambique, para o controlo da cólera. Como resultado, tivemos surtos massivos em Moçambique e outros países da região”, disse Filipe Barbosa, representante da Organização Mundial da Saúde, Programa de Cólera.

Moçambique tem sido atingido por ciclones, mas ainda assim, conseguiu controlar o surto, o que para Grupo de Trabalho Mundial para o Controlo da Cólera constitui esperança para eliminação da doença no continente africano e no mundo.

“O Exemplo de Moçambique para mim ilustra duas grandes relações. A primeira é que é possível controlar a cólera, que é possível eliminar a cólera. É verdade que os desafios foram enormes, os eventos extremos climáticos vão continuar em toda a parte do mundo. A comunidade global deve providenciar mais apoio à África para o controlo da doença”, acrescentou Filipe Barbosa, representante da Organização Mundial da Saúde, Programa da Cólera.

O Grupo de Trabalho Mundial para o Controlo da Cólera para além da comunidade internacional, insta a sociedade no geral a adoptar as medidas de prevenção da doença para a devida erradicação.

O Grupo de Trabalho Mundial para o Controlo da Cólera (GTFCC, sigla em Inglês) é uma parceria de mais de 50 instituições, incluindo organizações não-governamentais, instituições académicas e agências das Nações Unidas.

A plataforma reúne organizações que trabalham em vários sectores e servimos como uma plataforma eficaz para apoiar os países na implementação do Roteiro Global, que tem como objectivo uma redução de 90% nas mortes por cólera e a eliminação da cólera em 20 países.


⛲ O País 

الأربعاء، 29 سبتمبر 2021

OMS lança estratégia para combater a meningite e salvar 200.000 vidas

 


A Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou hoje pela primeira vez uma estratégia mundial para combater a meningite, com a qual pretende salvar 200.000 vidas por ano.

O objetivo é eliminar, até 2030, epidemias de meningite bacteriana, a mais letal, reduzir as mortes em 70% e diminuir o número de casos para metade.

As autoridades de saúde estimam ser possível reduzir significativamente as incapacidades causadas pela doença.

A estratégia global para combater a meningite até 2030 foi lançada por uma coligação de parceiros envolvidos na prevenção e controlo da doença durante um evento virtual, organizado pela OMS, em Genebra.

O plano é prevenir infeções e melhorar os cuidados e o diagnóstico das pessoas infetadas.

"Quando acontece, a meningite pode ser fatal e debilitante, ataca rapidamente, tem sérias consequências na saúde, económicas e sociais, e causa surtos devastadores", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

"Está na hora de atacar a meningite globalmente de uma vez por todas, expandindo urgentemente o acesso às ferramentas existentes como as vacinas, desenvolvendo novas investigações e inovação para prevenir, detetar e tratar as várias causas da doença, e melhorando a reabilitação dos afetados", acrescentou.

A meningite é uma inflamação perigosa das membranas que rodeiam o cérebro e a medula espinal, predominantemente causada por infeção por bactéria e vírus.

A meningite que é causada por infeção bacteriana tende a ser a mais grave, causando cerca de 250.000 mortes por ano e pode dar origem a epidemias que se espalham rapidamente. Mata um em cada 10 infetados, na maioria crianças e jovens e deixa um em cada cinco doentes com mazelas de longo prazo, como convulsões, perda de audição e visão, danos neurológicos e dificuldades cognitivas.

Nos últimos 10 anos, houve epidemias de meningite em todas as regiões do mundo, embora mais frequentemente numa zona que abrange 26 países da África subsaariana.

"Estas epidemias são imprevisíveis, podem afetar severamente os sistemas de saúde e criar pobreza, com efeitos catastróficos nas famílias e comunidades", sublinhou a OMS na informação hoje divulgada.

"Mais de 500 milhões de africanos estão em risco de surtos sazonais de meningite, mas a doença tem estado fora do radar há muito tempo", afirmou Matshidiso Moeti, diretor regional da OMS para África, citado no documento emitido pela organização.

Várias vacinas protegem contra a meningite. No entanto, nem todas as comunidades têm acesso a estas vacinas e muitos países estão ainda a introduzi-las nos seus programas nacionais.

São também necessários esforços para reforçar o diagnóstico precoce, tratamento e reabilitação para todos os que precisam após contraírem a doença, segundo a OMS.

الجمعة، 24 سبتمبر 2021

OMS inclui mais dois medicamentos para tratamento da Covid-19

 


A Organização Mundial de Saúde (OMS) acrescentou hoje dois medicamentos à lista de fármacos admitidos para tratamento da covid-19 e pediu à farmacêutica que os produz para baixar os preços e levantar as patentes.

O casirivimab e o imdevimab, fabricado pela norte-americana Regeneron, são incluídos nas recomendações da OMS para tratamento de casos ligeiros de covid-19 em doentes que estejam em maior risco de hospitalização e, condicionalmente, no tratamento de casos graves da doença se se tratar de pessoas sem anticorpos.

"Dado o custo elevado e a escassez desta terapia combinada, a OMS apela à Regeneron para baixar os preços e distribuí-la equitativamente, especialmente em países de rendimentos baixos e médios e transferir a tecnologia que permita o fabrico de versões biologicamente semelhantes para que todos os pacientes que precisem deste tratamento tenham acesso a ele", afirma a organização em comunicado.

A OMS já lançou entre as empresas farmacêuticas um apelo para que candidatem versões dos medicamentos para pré-qualificação, o que permitiria aumentar o nível de produção.

Salienta ainda que o tratamento com os dois medicamentos não deve ser dado a pacientes que tenham anticorpos contra a covid-19 para "não exacerbar a desigualdade e a disponibilidade limitada do tratamento".

A OMS pede ainda aos médicos que apliquem "testes rigorosos" aos pacientes para perceberem quais é que terão mais a ganhar com este tratamento, os que ainda não tenham desenvolvido anticorpos naturais contra a covid-19.

A covid-19 provocou pelo menos 4.715.909 mortes em todo o mundo, entre mais de 230 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.938 pessoas e foram contabilizados 1.064.876 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

الأربعاء، 18 أغسطس 2021

Novo caso suspeito de Ébola foi detectado pela OMS na Costa do Marfim

 


Doença tinha sido detetada no passado sábado em Abidjan, numa jovem guineense de 18 anos.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou na terça-feira que, para além do caso confirmado de infeção por Ébola na Costa do Marfim no sábado, foi identificado mais um caso suspeito e outros nove casos de contacto.

“Temos um caso confirmado, uma jovem mulher, e há também outro caso suspeito”, disse a porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, durante uma conferência de imprensa em Genebra, na qual anunciou que “existem atualmente nove casos de contacto identificados”.

O caso da febre hemorrágica de Ébola foi detetado no sábado em Abidjan, numa jovem guineense de 18 anos, que chegou à Costa do Marfim a 11 de agosto proveniente da cidade guineense de Labe, no norte do país, depois de viajar mais de 1.500 quilómetros por estrada.

الخميس، 22 يوليو 2021

China rejeita plano da OMS para a segunda fase da investigação da origem do vírus

  


Zeng Yixin disse que ficou chocado com a proposta e que os termos eram "impossíveis" de aceitar

A China rejeitou o próximo estágio de um plano da Organização Mundial da Saúde (OMS) para investigar as origens da pandemia do coronavírus.

A OMS quer auditar laboratórios na área em que o vírus foi identificado pela primeira vez.

Mas Zeng Yixin, vice-ministro da Saúde, disse que isso mostra "desrespeito ao bom senso e arrogância para com a ciência".

Especialistas da OMS disseram que é muito improvável que o vírus tenha escapado de um laboratório chinês, mas a teoria perdurou.

Os investigadores puderam visitar Wuhan - a cidade onde o vírus foi detectado pela primeira vez em dezembro de 2019 - em janeiro deste ano.

Mas, no início deste mês, o chefe da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, delineou os termos da próxima fase do inquérito. Isso incluiu olhar para certas instituições de pesquisa científica.

Ele agora pediu à China que seja mais cooperativa nos estágios iniciais do surto.

 com os investigadores e forneça dados brutos dos pacientes que não foram compartilhados durante a primeira investigação.

Falando em uma coletiva de imprensa na quinta-feira, Zeng disse que estava extremamente surpreso com a proposta da OMS porque ela se concentrava em supostas violações dos protocolos de laboratório da China.

Ele disse que é "impossível" para a China aceitar os termos, acrescentando que o país apresentou suas próprias recomendações de rastreamento de origens.

"Esperamos que a OMS analise seriamente as considerações e sugestões feitas por especialistas chineses e realmente trate o rastreamento da origem do vírus Covid-19 como uma questão científica e se livre da interferência política", disse Zeng, segundo a Reuters.

Yuan Zhiming, diretor do Laboratório Nacional de Biossegurança do Instituto de Virologia de Wuhan, também apareceu na entrevista coletiva. Ele disse que o vírus era de origem natural e não manteve nenhum vazamento de vírus ou infecções na equipe desde sua inauguração em 2018.

Mais de quatro milhões de pessoas morreram em todo o mundo desde o início da pandemia e a OMS tem enfrentado uma pressão internacional crescente para investigar mais a fundo as origens do vírus.


الأربعاء، 21 يوليو 2021

OMS prevê que 100 mil pessoas vão morrer em todo o mundo até ao final dos Jogos Olímpicos

 


O Director-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, discursou esta madrugada perante o Comité Olímpico para, entre outros temas, lembrar que a pandemia não acabou, que é um teste e que o mundo está a falhar.

De acordo com Tedros Adhanom, entre o presente momento e o final dos Jogos Olímpicos, competição que vai decorrer entre 23 de Julho e 8 de Agosto, morrerão em todo o mundo 100.000 pessoas, escreve o Observador.

“Mais de quatro milhões de pessoas morreram e mais continuam a morrer. Só este ano, o número de mortes é mais do que o dobro do total do ano passado”, disse, citado pela Sky News.

“No tempo que levo a fazer estas observações, mais de 100 pessoas perderam suas vidas para a COVID-19. E quando a chama olímpica for extinta a 8 de Agosto, mais de 100.000 pessoas morrerão”, alertou o Director-geral da OMS.


الجمعة، 16 يوليو 2021

OMS avisa que poderão surgir mais variantes e mais perigosas

 


O Comité de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS) avisou ontem sobre a forte probabilidade do surgimento de novas variantes do Coronavírus, possivelmente mais perigosas.

Num comunicado citado pelo Notícias ao Minuto, as autoridades mundiais da saúde dizem que “a pandemia está longe do fim” e que “há uma forte probabilidade de surgimento e propagação de novas variantes preocupantes, possivelmente mais perigosas e ainda mais difíceis de controlar”.

Ainda no referido comunicado, a OMS confessa que a humanidade e o novo Coronavírus estão em um “jogo de perseguição”. “As tendências recentes são preocupantes, 18 meses após a declaração de uma emergência sanitária pública internacional, continuamos a perseguir o vírus e o vírus continua a perseguir-nos”, lamentou a organização.

Até agora, a OMS reportou quatro variantes consideradas preocupantes – Alpha, Beta, Gamma e Delta.

A variante Delta, identificada na Índia, está a espalhar-se muito rapidamente pelo mundo, provocando um ressurgimento da pandemia. Muito mais contagiosa do que as outras variantes, mostra-se um pouco mais resistente às vacinas, mesmo que essas protejam as pessoas imunizadas.

Segundo o Notícias ao Minuto, a pandemia da COVID-19 provocou pelo menos 4.061.908 mortes em todo o mundo, entre mais de 188,3 milhões de casos de infecção pelo novo Coronavírus.


الخميس، 25 مارس 2021

Governo reconhece dificuldades para travar tuberculose em Moçambique

 


Em Moçambique, ainda é difícil travar a doença que mata 11 mil pessoas anualmente, de acordo com as autoridades da Saúde. Estas dizem que ainda persiste o fraco acesso ao tratamento, mas mantêm-se a esperança de erradicar a doença em2030.

A Tuberculose é uma das doenças que mais matam em Moçambique, que ocupa a nona posição na lista de países de alta carga da enfermidade.

A média é de 11 mil mortes anuais, sendo que afecta 361 indivíduos a cada 100 mil habitantes no país, o que significa que mais de 110 mil moçambicanos têm a doença actualmente, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde (MISAU).

O quadro é dramático e as autoridades reconhecem. “É um desafio principalmente para os pacientes, mas também para nós como sector da Saúde”, assumiu Ivan Manhiça, director do Programa Nacional do Controlo da Tuberculose em Moçambique.

O desafio começa a ter uma resposta mais robusta. Neste momento, todos os distritos do país têm condições para diagnosticar e tratar a Tuberculose, mas persiste o problema do acesso à medicação. “Ainda que todos os distritos estejam preparados, temos o problema do acesso. Em muitos locais, os pacientes vivem muito longe das unidades sanitárias”, esclareceu Manhiça.

Apesar de a percentagem ter reduzido para quatro por cento, o abandono ao tratamento é outro desafio para os programas de combate ao problema que é considerado de saúde pública no país.

Segundo Ivan Manhiça, a quantidade de medicamentos e o tempo de medicação são os principais motivos da persistente desistência, mesmo com trabalhos de sensibilização levados a cabo pelas autoridades da saúde e Organizações não-governamentais que trabalham em parceria com o Governo no combate a este mal.

COM AS PERMANENTES DIFICULDADES, É POSSÍVEL ERRADICAR A DOENÇA ATÉ 2030?

A resposta do Governo é “sim”. Apesar do alto índice de mortalidade, das dificuldades na disponibilização de tratamento para todos, deficiências dos recursos humanos e alto custo dos programas de prevenção e combate, o primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, diz que Moçambique tem condições para cumprir com a meta global.

“É assim que o Governo tem vindo a adoptar estratégias contra a Tuberculose, cuja implementação está a concorrer para o registo de progressos significativos nos esforços de controlar a doença. A título ilustrativo, temos vindo a melhorar consideravelmente o tratamento de pacientes notificados com Tuberculose, bem como disponibilização do tratamento antirretroviral (TARV) para aqueles casos de pacientes infectados por esta doença associada ao HIV/SIDA”, explicou o dirigente.

Mesmo num contexto marcado pela COVID-19, que restringe movimentações, complicando os planos de luta contra doenças como a Tuberculose, que conta com um modelo de toma assistida de medicamentos, do Rosário diz que é preciso não baixar a guarda.

“É imperioso que o sector da Saúde avalie o impacto da pandemia da COVID-19 sobre as acções em curso para o controlo da tuberculose e mantenha os níveis de rastreio, diagnóstico e tratamento de pessoas com tuberculose no nosso país”, apelou.

A mesma atenção o dirigente quer que seja tomada com relação às demais doenças.

MISAU AVANÇA COM NOVAS FORMAS DE TRATAMENTO

Para combater o número de desistências no tratamento da doença e aumentar o seu nível de eficácia, o Ministério da Saúde usou a cerimónia de celebração do Dia Mundial de Combate à Tuberculose para lançar a Directriz Nacional para Tratamento da Tuberculose Latente (a que não causa sintomas).

A directriz é definida por uma nova dinâmica no tratamento preventivo, através da introdução de medicação combinada denominada 3HP (conjuga doses elevadas de isoniazida (H) e de rifapentina (P)), para evitar que casos simples e não contagiosos se agravem e engrossem o número de infectados.

“As suas vantagens são inúmeras. Facilidade da toma, menor quantidade de medicamentos e um período mais curto para a toma dos medicamentos. Estes factores combinados poderão resultar em menor desistência ao tratamento e maior eficácia no combate à doença”, esclareceu Armindo Tiago, Ministro da Saúde.

“Para implementar essa terapia preventiva para a tuberculose, tendo em conta o nosso país, vamos fazer uma introdução gradual que dependerá da disponibilidade deste medicamento no nosso país. Em segundo lugar, vamos analisar o peso desta doença no país. Em terceiro, vamos priorizar os grupos mais vulneráveis”, explicou Armindo Tiago.

O público-alvo da nova medicação são as vítimas do HIV/SIDA e as crianças menores de 15 anos.

A nova directriz é repleta de vantagens, mas vai encarecer o combate à Tuberculose em Moçambique. Actualmente, o país gasta mais de 30 milhões de dólares anualmente só para o diagnóstico e a compra de medicamentos para o tratamento da doença.

O risco de adquirir a Tuberculose é maior em pessoas com idade muito jovem ou muito avançada (idosos). Apesar de o risco ser semelhante nos homens e nas mulheres, os homens possuem uma maior incidência devido aos fatores de risco serem mais predominantes no sexo masculino. Nomeadamente: a infecção pelo HIV, alcoolismo, tabagismo, toxicodependência.

Em Moçambique, Maputo, Gaza e Inhambane são as zonas mais afectadas pela doença.

“É tempo de agir. A Tuberculose tem cura!” é o lema das acções de combate à doença este ano.

Ivan Manhiça, Diretor do Programa Nacional do Controlo da Tuberculose em Moçambique.

In o país

الخميس، 14 يناير 2021

Equipa da OMS visita Wuhan para investigar origens da pandemia de Covid-19


 

Chegada de peritos coincide com novas acusações dos EUA à China.

Peritos da OMS vão procurar respostas para a origem da pandemia

Uma equipa da OMS chega esta quinta-feira à China para investigar as origens da pandemia. A visita acontece numa altura em que os EUA se preparam para acusar formalmente o regime de Pequim de ter deixado escapar o vírus de um laboratório em Wuhan.

A equipa da OMS vai centrar o seu trabalho nessa cidade, onde no final de 2019 foram detetados os primeiros casos do novo coronavírus em humanos. A missão durará um mês, incluindo 15 dias de quarentena. Os 10 peritos da OMS dizem não esperar restrições ao seu trabalho mas alertam que o objetivo não é encontrar provas para culpar a China, como os EUA desejariam. "Há poucos dados sobre a origem da epidemia", salientou o alemão Fabiano Leendertz, explicando que, embora se saiba que o vírus mais semelhante ao Sars-CoV-2 foi detetado em morcegos, desconhece-se ainda como foi transmitido aos seres humanos.


Chineses defendem eficácia da sua vacina
A chinesa Sinovac defendeu esta quarta-feira a sua vacina contra a Covid depois de os ensaios clínicos no Brasil terem demonstrado uma eficácia de apenas 50,4%. "Os resultados dos testes da fase três provam que a CoronaVac é segura e eficaz", afirmou o diretor da farmacêutica, sem comentar diretamente os resultados, que levaram já a Malásia e Singapura a pedir mais dados sobre a vacina.

PORMENORES
Itália alarga emergência
O governo italiano vai prolongar até abril o estado de emergência, a fim de travar o aumento de infeções, que já superaram os dois milhões de casos e já vitimaram quase 80 mil pessoas. 

Autarca morre de Covid
Maguito Vilela, presidente da Câmara de Goiânia, Brasil, eleito em novembro quando estava já em coma devido à Covid-19, morreu ontem. Tinha 71 anos. 

Vacina da Johnson
A norte-americana Johnson & Johnson deverá pedir em fevereiro o licenciamento da sua vacina contra a Covid na União Europeia. A vacina é produzida pela Janssen, subsidiária da Johnson na Europa, e está ainda em avaliação. 

EUA vão exigir teste
A partir do próximo dia 26, a entrada nos EUA só será permitida a passageiros que apresentem um teste à Covid-19 negativo. O teste só será aceite se tiver sido realizado nos três dias anteriores à partida para os EUA.