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الأحد، 7 يوليو 2024

SAMIM entrega armas capturadas aos terroristas em Cabo delgado

 


Diverso material bélico capturado nas mãos de terroristas durante diversas operações das Forcas que integravam a Missão da SADC em Moçambique, SAMIM, foi entregue esta quinta-feira as autoridade militares moçambicanas.

O acto estava inserido na cerimónia de encerramento da missão da SADC em Moçambique, que estava a ajudar o país no combate ao terrorismo desde dois mil e vinte e um, à luz do pacto entre os país da zona Austral de África, na componente de cooperação na área de Defesa e Segurança.

Na ocasião o comandante das forças da SAMIM, o major general Patrick Njabulo Dube, destacou a complexidade das operações que resultaram na apreensão do armamento e diverso material usado para a radicalização dos cidadãos incautos, no país.

“Gostaríamos de reiterar que esse material não foi capturado num simples olhar, foi fruto de muito sacrifico. Isto custou sangue dos africanos. E queremos acreditar que o sangue derramamento vai regar as plantas da paz em África”, disse.

O major general Patrick Njabulo Dube enalteceu o apoio das autoridades moçambicanas que contribuiu em larga medida, para o alcance dos resultados satisfatórios nas diferentes operações militares nas matas de Cabo Delgado.

Do material ora entregue, destaque vai para oito RPG-7 e PKM, uma metralhadora, um morteiro, setenta AK-47, sete pistolas e uma AKS/SAR, G3 RIFLE capturadas dos terroristas em diversas operações combativas nas matas de Cabo Delgado. O material inclui também foguetes, munições e cartuchos, bem como livros sagrados do islão.

⛲ Rádio Moçambique 

الجمعة، 7 يونيو 2024

Tanzânia permanece em Moçambique para proteger-se contra o Terrorismo, à medida que a SAMIM se retira

 


A Tanzânia está a desenvolver o seu próprio plano para manter um contingente em Cabo Delgado para evitar a propagação do extremismo, numa altura em que a Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique (SAMIM) já iniciou a sua retirada.

De acordo com a publicação África Defense Forum (ADF), a Tanzânia já começou há tempo a desenvolver uma estratégia para se proteger do ressurgimento do terrorismo para além da sua fronteira sul.

A Força Popular de Defesa da Tanzânia (TPDF) faz parte da SAMIM, que termina a sua missão no próximo mês, e opera com 300 homens no distrito de Nangade, em Cabo Delgado, que fica no interior dos pontos quentes costeiros da região de Palma e Mocímboa da Praia.

Nangade faz fronteira com a Tanzânia através do Rio Rovuma. Aqui, a pobreza e o ressentimento público devido à falta de oportunidades económicas criam um ambiente no qual os extremistas podem recrutar.

Nos últimos dois anos, Nangade foi ponto focal da SAMIM, que pôs fim em grande parte aos ataques transfronteiriços na Tanzânia. No entanto, o recrutamento extremista está em curso, informou no início deste ano o general Jacob John Mkunda, chefe das forças de defesa da Tanzânia.

“As redes terroristas têm recrutado os nossos jovens com idades entre os 15 e os 35 anos, transportando-os para se juntarem a grupos terroristas em países como Moçambique, a República Democrática do Congo (RDC) e Somália”, disse Mkunda aos comandantes da defesa em Janeiro.

A SAMIM, juntamente com as tropas do Ruanda e os militares moçambicanos, conseguiu no ano passado eliminar cerca de 90% dos terroristas al-Sunna Wal Jammah (ASWJ) ligados ao grupo Estado Islâmico. As forças reduziram o grupo de vários milhares espalhados pelo nordeste de Cabo Delgado para algumas centenas escondidos na Floresta de Catupa.

Também conhecido como Estado Islâmico de Moçambique, os terroristas da ASWJ começaram a fazer sentir a sua presença novamente nos últimos meses, encorajados pela retirada das tropas da SAMIM, a ser concluída em Julho. O Botswana e o Lesoto já retiraram as suas forças. Angola e Namíbia preparam-se para partir.

Recentemente, os terroristas invadiram áreas que estavam sob responsabilidade da SAMIM. Em Março, 300 terroristas ocuparam Quissanga, capital de distrito na costa sul de Mocímboa da Praia. Durante a ocupação, decapitaram três membros das forças de segurança na vizinha Ilha de Quirimba. Em Maio, 100 terroristas atacaram a vila de Macomia, forçando as tropas moçambicanas a recuar e obrigando os residentes a fugir. Os terroristas saquearam lojas e armazéns de alimentos antes de se retirarem, segundo o site Cabo Ligado, que rastreia o terrorismo.

Em resposta à mudança do cenário, a África do Sul, que destacou a maior parte das tropas da SAMIM, comprometeu-se a permanecer em Moçambique até ao fim do ano. No entanto, as forças sul-africanas estão subfinanciadas e enfrentam escassez de equipamento crucial, como helicópteros. O Ruanda, que impediu uma incursão terrorista na província de Nampula, planeia aumentar o seu número de tropas para compensar a saída da SAMIM.

Por seu lado, a Tanzânia pretende permanecer no terreno em Cabo Delgado como forma de se proteger contra novos recrutamentos transfronteiriços. As autoridades tanzanianas temem que os recrutas do Estado Islâmico Moçambique possam regressar para lançar ataques terroristas contra a Tanzânia. Como resultado, a TDPF iniciou uma campanha de desradicalização nas comunidades fronteiriças da Tanzânia para combater o potencial recrutamento terrorista.

A missão da TDPF em Nangade representa uma estratégia concebida para confrontar os terroristas antes que estes possam atravessar o rio e causar o caos na Tanzânia. “É importante notar que a fronteira com Moçambique tem sido historicamente difícil de defender, e a Tanzânia teve muitas vezes de posicionar os seus contingentes prontos para o combate nas proximidades”, escreveu recentemente o analista Dastan Kweka para o The Chanzo.

⛲ Cartamoz 

الاثنين، 29 أبريل 2024

África do Sul mantém suas forças em Cabo Delgado para garantir hegemonia

 


O pesquisador João Feijó e o analista de política Paulo Uache dizem que a extensão da missão dos soldados sul-africanos em Cabo Delgado se deve à intenção de garantir a paz para melhor ambiente de negócios entre os dois países, entretanto, vislumbra-se também um cenário de luta pela hegemonia no continente.

A retirada da missão da SAMIM que combate o terrorismo em Cabo Delgado desde 2021 é vista como indícios do enfraquecimento da batalha contra os insurgentes que o país trava há quase sete anos. Ora, acerca da extensão da missão dos soldados sul-africanos para até 31 de Dezembro próximo, o investigador João Feijó entende que poderá ser crucial, sob o ponto de vista de não permitir o retorno dos terroristas às zonas já libertadas. Contudo, o analista não descarta a possibilidade de haver outros interesses.

“África do Sul tem um grande interesse em Moçambique, necessita dos recursos naturais, portos e mão de obra para o desenvolvimentos dos seus projectos. Então, é normal que queira controlar politicamente o que se passa no país e garantir a sua presença, sobretudo porque esta presença é mais sentida na região Sul e vai diminuindo na medida em que entramos para o Norte”, afirma Feijó.

Para o analista, a permanência de Ruanda e da África do Sul pode ter motivações políticas.

João Feijó entende que “há aqui um espaço de competição pela influência e hegemonia. Sem dúvidas, estamos nesta situação: duas grandes potências que disputam entre si, não só a zona de influência política, mas também a zona de controlo de segurança e, depois, a obtenção de contratos periféricos ao gás”.

Por sua vez, o analista de política externa, Paulo Uache, olha para a decisão do Governo sul-africano como uma forma de se impor ao nível do continente e diminuir forças ao Ruanda, que tem vindo a ganhar espaço no teatro operacional norte.

Para que o seu estatuto não fique beliscando, Uache entende que “África do Sul sente a necessidade de permanecer. Ademais, a razão mais forte é que a permanência do Ruanda, sendo um país da África Central minúsculo no teatro operacional norte enquanto as forças da SAMIM se movimentam, pode significar tomada de poder e controlo da região”, acredita.

O analista da política externa alerta para as consequências financeiras que podem advir da permanência dos mais de 1500 soldados sul-africanos, uma vez que a extensão acontece fora da plataforma da SADC. O certo é que serão necessários mais de 980 milhões de rands, o correspondente a mais de 3,5 mil milhões de Meticais.

O ministro da Defesa Nacional disse, na passada quinta-feira, que o Governo desconhece a nobre intenção da África do Sul, uma vez que ainda não recebeu informação oficial, um aspecto que leva à divergência de opiniões entre analistas.

Se para João Feijó a falta de conhecimento da informação por parte do Governo significa desleixo e falta de vontade, para Paulo Uache, a resposta de Cristovão Chume à imprensa pode ter sido uma forma de esquivar e deixar que seja o próprio Presidente da República a dar a informação, na qualidade do comandante-chefe das Forças de Defesa e Segurança.

الخميس، 18 أبريل 2024

União Europeia pode recusar novo pedido de Moçambique de 20 milhões de euros para as tropas ruandesas

 


Às escondidas, o Governo apresentou, há algumas semanas, um novo pedido de ajuda de 20 milhões de euros para o exército ruandês, que opera em Cabo Delgado e recentemente acaba de aumentar o seu contingente para assumir as posições deixadas pela Missão Militar dos Países da SADC (SAMIM). A informação é avançada pela agência de inteligência, África Intelligence que adianta que alguns Estados-Membros da União Europeia estão particularmente desconfortáveis com a ideia de aceitar dar dinheiro ao ruanda.

O novo pedido de apoio do executivo de Filipe Nyusi, que mantém relações pessoais estreitas com o regime ditador de Paul Kagamé, insere-se no âmbito da Facilidade Europeia para a Paz (FEP), destinada às tropas ruandesas instaladas na província de Cabo Delgado, que agora contam com um contigente de mais de 2500 homens.

Alguns países membros da UE consideram que o momento deste pedido não é o mais adequado, pois o corre algumas semanas antes da eleição presidencial em Ruanda (15 de julho) e especialmente no meio da guerra no leste da RDC, onde Ruanda é acusado nos relatórios das Nações Unidas de apoiar o M23.

Em outras palavras, alguns estados europeus não querem que o seu dinheiro doado para apoiar o combate à insustgência em Moçambique seja usado pelo Ruanda para financiar outros insurgentes na República Democrática do Congo, pelo que o portal que temos vindo a citar dá como nulas as chances do desembolso. Esta modalidade de ajuda que não é direcionada ao exército moçambicano

“Hoje, com a situação muito volátil no leste da RDC, e apesar das múltiplas tentativas de mediação – Quênia, Angola, Catar -, um novo desembolso em benefício do exército ruandês não é evidente para a UE. Apesar da dificuldade dos debates, e tendo em conta as questões energéticas do LNG de Moçambique que permitiriam a diversificação do abastecimento da Europa, o envelope ainda deve ser aprovado”, lê-se no artigo.

A Bélgica parece ser o Estado-Membro que mais se opõe à ajuda ao exército de Ruanda em Moçambique. O reino também se recusou a aceitar o embaixador nomeado por Kigali, Vincent Karega, acusado de ter sido o embaixador em Pretória na época do assassinato de Patrick Karegeya, ex-chefe dos serviços de inteligência de Ruanda, em 1º de janeiro de 2014 em Joanesburgo. A África do Sul sempre suspeitou que Ruanda estava por trás desse ato.

Ainda segundo o África Intelligence, uma missão, liderada pelo diretor de parcerias para a Paz e Gestão de Crises do Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE), o romeno Cosmin Dobran, viajou para Ruanda em 21 de fevereiro para avaliar a situação.

Refira-se que o custo da operação para Ruanda é considerável e pode exceder 100 milhões de dólares. Em 2023, a UE tinha desembolsado um primeiro cheque de 20 milhões de euros através da FEP, uma vitória para Kigali obtida como resultado de debates acalorados.

⛲ Evidências 

Maleiane diz que o aumento da força ruandesa não está ligada a saída da SAMIM

 


O Primeiro-ministro, Adriano Maleiane diz que a permanência e incremento da força ruandesa em Cabo Delgado não está vinculada à saída da Missão Militar da SADC, mas sim, se fundamenta com base nas boas relações existentes entre os dois países.

No segundo e último dia da sessão de perguntas ao Governo, a bancada da Renamo insistiu em saber do futuro da província de Cabo Delgado, com a saída das tropas do bloco regional da SADC. E, Ruanda se predispõe a assistir Moçambique no preenchimento de zonas já recuperadas pelas tropas da amigas, situação que para o Primeiro-ministro, Adriano Maleiane se enquadra nos acordos de cooperação entre os dois países.

“O importante é que nós temos um acordo bilateral com Ruanda, e há necessidade deles reforçarem, e eles vão fazer isso, não pela saída dos outros, mas sim, porque, precisamos da ajuda dos nossos irmãos ruandeses.”, avançou o Chefe do Governo à saída do Parlamento.

Relativamente à quantidade de tropas a ser destacada para o teatro operacional norte, Maleiane entende que vai depender da realidade no terreno.

“Essa tática militar é em função das necessidades no terreno e se eles trouxerem mais gente, para nós será melhor”, afirmou Maleiane.

Quanto ao pedido de cerca de vinte milhões de euros, formulado pelo Governo moçambicano à União Europeia, para a assistência financeira para o reforço da logística militar em Cabo Delgado, o governante diz não ter informações sobre o montante que o executivo terá solicitado, porém, julga ser relevante.

“Nós temos vindo a trabalhar com a União Europeia em várias áreas, incluindo a formação das nossas forças e não seria estranho o pedido. Até porque, é uma assistência justa. Agora, quanto ao valor solicitado, não posso precisar”, disse o Chefe do Governo.

Importa referir que o Governo afirma que a missão militar das forças da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral sai da Cabo Delgado depois de ter alcançado o objectivo pelo qual foi criado, ao reassumir o controlo das zonas que estavam nas mãos dos terroristas.

الثلاثاء، 16 أبريل 2024

Tropas da África do Sul na SAMIM já se retiraram de Moçambique

 


A contribuição da África do Sul para a Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) em Moçambique (SAMIM) terminou ontem, 15 de Abril, de acordo com uma autorização presidencial que declara o fim da intervenção sul-africana

Antes da retirada, o Oficial de Operações de Informação Pública da SAMIM, Capitão Tshepiso Mantjane, deu conta de um desfile de despedida dos militares sul-africanos no passado dia 7 de Abril. A África do Sul foi um dos oito países da SADC que forneceu equipamento e tropas à missão na província de Cabo Delgado.

O primeiro contingente a retirar-se foi o Botswana, com os seis restantes – Angola, República Democrática do Congo (RDC), Lesotho, Malawi, Tanzânia e Zâmbia – previstos para sair do Teatro Operacional Norte (TON) até Julho. Em território nacional, apenas fica o contingente da Força de Defesa do Ruanda (RDF), para ajudar as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) nos esforços contínuos para conter os ataques terroristas do ASWJ (Ansar al-Sunna Wa Jamma) também conhecido como ISIS-M.

O destacamento da Força de Defesa Nacional da África do Sul (SANDF na sigla em inglês) em apoio à missão do bloco regional recebeu o cognome de Operação Vikela. Durante os três anos de implantação, estiveram em serviço até 1.495 funcionários, a maioria de unidades da Formação de Infantaria do Exército, apoiados por pessoal de engenharia e logística, bem como pela Força Aérea (SAAF) e pelo Serviço Militar de Saúde SA (SAMHS).

Antes de embarcar num avião com destino à África do Sul na semana passada, o Chefe Interino da SAMIM, Shikongo Shikongo, despediu-se dos soldados sul-africanos “no fim de uma distinta missão”, onde a dedicação, profissionalismo e coragem foram demonstrados em apoio às forças de segurança moçambicanas.

À medida que os restantes países contribuintes de tropas da SADC (TCC) entram em modo de saída, o contingente ruandês está a aumentar o policiamento comunitário e a cooperação civil/militar em Cabo Delgado. Isto segue-se a relatos de que o Ruanda vai enviar mais tropas para o TON no âmbito do seu compromisso com o governo moçambicano

O Chefe da Cooperação Internacional da RDF, Brigadeiro General Patrick Karuretwa, disse que o Ruanda aumentaria o número dos seus soldados e os tornaria “mais móveis para que possam cobrir áreas maiores”. Os ruandeses vão, disse, treinar soldados moçambicanos “para ocuparem os locais onde a SAMIM estava posicionada”.

A única indicação até à data para o encerramento da missão militar do bloco regional em Moçambique veio da ministra dos Negócios Estrangeiros, Verónica Macamo, que disse no fim de Março que a SAMIM partiria em Julho por falta de fundos.

Falando após um encontro entre o Presidente Filipe Nyusi e o seu homólogo zambiano, Hakainde Hichilema, actual presidente do órgão de Cooperação em Política, Defesa e Segurança da SADC, Verónica Macamo disse que o bloco regional “enfrenta alguns problemas financeiros”.

“Também temos que cuidar das nossas próprias tropas e teríamos dificuldades em pagar pela SAMIM”, disse ela aos meios de comunicação locais na capital da Zâmbia, Lusaka.

⛲ Cartamoz 

الأحد، 31 مارس 2024

Retirada da SAMIM vai "enfraquecer" combate ao terrorismo

 


O Centro para a Democracia e Direitos Humanos (CDD) considerou hoje que a saída da Missão Militar da África Austral (SAMIM) da província de Cabo Delgado, norte do país, vai "enfraquecer" o combate ao "terrorismo".

"É um erro estratégico do Governo de Moçambique, dos países da SADC [Comunidade de Desenvolvimento da África Austral] e dos parceiros de cooperação que deixaram de financiar a missão, o que vai dar mais campo de ação aos terroristas e enfraquecer a capacidade de luta contra o terrorismo e extremismo violento", refere um comunicado da organização não governamental moçambicana.

No passado dia 23, a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Moçambique, Verónica Macamo, disse que a SAMIM, que apoia Moçambique no combate a grupos rebeldes em Cabo Delgado, vai abandonar o país, devido a limitações financeiras.

"A SAMIM está a enfrentar alguns problemas financeiros e nós [Moçambique] também temos de tomar conta das nossas tropas e teríamos dificuldades em pagar pela SAMIM. Os países não estão a conseguir colocar o dinheiro necessário (…)", declarou Verónica Macamo ao canal público Televisão de Moçambique (TVM), sem avançar datas específicas.

Reagindo ao anúncio, o CDD defendeu hoje (31.03) que a decisão da saída dos militares da SADC acontece "num contexto de recrudescimento dos ataques e do surgimento de novas lideranças terroristas".

Aquela ONG indica que a SADC já tinha comunicado em 17 de agosto de 2023, em Luanda, que os seus militares vão deixar Moçambique, a partir de 16 de junho próximo, mas nessa altura, "a situação estava controlada, principalmente depois da morte em combate de Ibn Omar, o líder nacional do grupo" armado que atua em Cabo Delgado.

"Agora, para além da narrativa de que a situação está controlada, evoca-se a falta de fundos e a necessidade de se dar mais atenção à guerra na República Democrática do Congo, onde há um contingente regional", diz o CDD.

No dia 26, o porta-voz do Governo moçambicano, Filimão Suaze, disse que a condição atual da guerra contra rebeldes na província de Cabo Delgado justifica a saída da SAMIM.

"A situação em que nós nos encontramos agora é muito diferente daquela em que nós estávamos quando esta força veio a Moçambique. A situação atual já justifica que se acione a sua retirada", declarou Suaze.

"Estas missões sempre têm um prazo, para o início e para o seu término (…). Esperamos que todos os pressupostos sejam observados para, até ao final de julho, esta força tenha regressado, nada obstando que, entendendo haver necessidade de seu regresso a Moçambique, assim o seja", acrescentou

A província de Cabo Delgado enfrenta há seis anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

A insurgência, que desde dezembro de 2023 voltou a recrudescer com vários ataques às populações e forças armadas, levou a uma resposta militar desde julho de 2021, com apoio primeiro do Ruanda, com mais de 2.000 militares, e da SADC, libertando distritos junto aos projetos de gás.

⛲ Dw

الخميس، 28 مارس 2024

Waty diz que a segurança em Cabo Delgado é garantida pelas tropas amigas

 


O membro da Comissão Política da Frelimo, Teodoro Waty, defende que não é necessário ser militante do partido no poder para saber que a segurança na província de Cabo Delgado é garantida pelas forças da SADC e pelas forças de Kigali. Relativamente a demora histórica no anúncio dos pré – candidatos, Waty instou a Comissão Política para não testar os corações dos camaradas.  

A chegada das tropas estrangeiras, sobretudo as ruandesas, de acordos com os partidos da oposição, Renamo e MDM, colocou em casa a soberania nacional.

No entender do proeminente membro da Frelimo, Teodoro Waty, por sinal membro da Comissão Política, não há dúvidas de que, actualmente, são as forças amigas que garantem a segurança na província de Cabo Delgado.

“Cabo Delgado, durante muito tempo, foi assunto tabu. Poucos deviam mostrar saber que em algumas porções do território não se exercia a soberania do Estado por muitas horas, dias ou mesmo semanas. O tabu continua. Não é necessário ser membro da Frelimo para saber que a segurança de Cabo Delgado é garantida pelas forças da SADC e pelas forças de Kigali. Louvamos a cooperação, mesmo sem saber em que condições ela é feita, em termos de objectivos e prazos. Mas isso deve-se facto de não devermos saber”, disse Waty numa entrevista concedida ao Canal de Moçambique.

Ao contrário do que aconteceu com Armando Guebuza e Filipe, que foram anunciados como candidatos quando faltavam largos meses para a realização das eleições gerais, o próximo candidato da Frelimo terá pouco para percorrer o país. Esta situação levanta questionamento no seio do partido e na sociedade civil.

Perante ao actual cenário, o destemido Teodoro Waty insta a Comissão Política para não testar os corações dos camaradas.

“Apenas pedir a comissão política que não teste os Corações de muitos membros sequiosos de novidades, uns porque são candidatos, que não precisam de mordiscar, outros porque apoiam uns são candidatos, outros porque precisam mudar as agulhas”, atirou.

Nas entrelinhas, o proeminente membro da Frelimo mostrou que não alinha com a teoria de que Filipe Nyusi tem receio que o próximo inquilino da Ponta Vermelha lhe sirva o mesmo cálice que terá servido a Armando Guebuza.

⛲ Evidências 

الثلاثاء، 26 مارس 2024

Nyusi diz que retirada da SAMIM não significa fim do combate ao terrorismo em Cabo Delgado

 


A partir de 15 de Julho as FDS serão exclusivamente apoiados pelas tropas ruandesas no TON

Agora é oficial! A missão militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM) que apoia Moçambique no combate ao terrorismo em Cabo Delgado vai abandonar o Teatro Operacional Norte (TON) devido a limitações financeiras. De acordo com o Presidente da República, Filipe Nyusi, a retirada da SAMIM não significa o fim do combate ao terrorismo, em Cabo Delgado, tendo ainda destacado que destacado o interesse manifestado por alguns países em estabelecer a cooperação bilateral para combater o terrorismo. Por seu turno, a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação revelou que a SADC entendeu que a situação em Moçambique é consideravelmente estável comparada à escalada de violência no leste da República Democrática do Congo

aA Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) realizou, na última semana, a Cimeira extraordinária da troika do órgão de cooperação nas áreas de política, defesa e segurança, na qual decidiu a retirada definitiva das tropas da SAMIM em Julho do corrente ano.

O Presidente da República, Filipe Nyusi, advertiu que a retirada da Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral não significa o fim do combate ao terrorismo na província de Cabo Delgado, tendo na ocasião destacado o interesse manifestado por alguns países em estabelecer a cooperação bilateral para combater o fenômeno.

“ Tudo indica que até por aí quinze de Julho poderá constar como uma data em que se retiram e enquanto isso, como país, nós vamos continuar a intensificar as nossas forças, os países também se ofereceram para bilateralmente trabalhar connosco”, disse.

Nyusi para depois salientar que a SADC, como bloco regional, comprometeu-se a apoiar o país em caso de necessidade.

Por seu turno a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Veronica Macamo, revelou que os problemas financeiros estão por detrás da decisão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral.

“A SAMIM está a enfrentar alguns problemas financeiros e nós também temos de tomar conta das nossas tropas e teríamos dificuldades em pagar pela SAMIM. Os países não estão a conseguir colocar o dinheiro necessário”, disse Verónica Macamo.

Em virtude das limitações financeiros, segundo explicou a chefe da diplomacia moçambicana, a SADC entendeu que a situação no Teatro Operacional Norte está estável em comparação com o que se vive na República Democrática de Congo, país que tem mais de 120 grupos armados a lutarem pelo monopólio da exploração dos recursos naturais.

 “Os problemas em África são muitos e, neste momento, estamos com duas missões: República Democrática de Congo e Moçambique. E a SADC entendeu que, para Moçambique, caso outros países continuem a apoiar-nos com material, incluindo o letal, nós podemos ecfetivamente debelar o terrorismo”, disse.

Refira-se que, na sessão extraordinária da Troika, realizada em Lusaka, Zâmbia, o Secretário Executivo da SADC, Elias Magosi, referiu que a situação de Cabo Delgado é relativamente calma se comparada às actuais necessidades do Congo, daí que defendeu que a prioridade neste momento é urgente apoiar a Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral na República Democrática de Congo.

“Gostaria de informar, Excelências, que embora tenhamos registado progressos no combate ao terrorismo e aos actos de extremismo violento na Província de Cabo Delgado através dos esforços do SAMIM, a situação de segurança no leste da RDC continua a ser preocupante. O ressurgimento de grupos armados, incluindo o M23, causou uma miséria indescritível à população do leste da RDC, com mais de 3 milhões de pessoas deslocadas, na sua maioria mulheres, raparigas e crianças. Durante a minha visita ao leste da RDC, constatei a necessidade urgente de apoiar a SAMIDRC para que a missão cumpra o seu mandato de restabelecer a paz e a segurança na região, proteger os civis e assegurar corredores para facilitar o apoio humanitário”, lê-se no discurso Elias Magosi.

⛲ Evidências

SAMIM abandona Moçambique por falta de fundos

 


A Missão Militar da Comunidade de desenvolvimento da África Austral em Moçambique (SAMIM), que tem apoiado as forças moçambicanas na luta contra o terrorismo islâmico na província nortenha de Cabo Delgado, vai deixar o país em Julho por falta de fundos, segundo a ministra dos Negócios Estrangeiros, Verónica Macamo.

“A SAMIM está a enfrentar alguns problemas financeiros. Também temos que cuidar das nossas próprias tropas e teríamos dificuldade em pagar a SAMIM. Nossos países não estão a conseguir arrecadar o dinheiro necessário”, disse.

Macamo falava após um encontro em Lusaka entre o Presidente Filipe Nyusi e o seu homólogo zambiano, Hakainde Hichilema, actual presidente do órgão de Cooperação em Política, Defesa e Segurança da SADC.

A SAMIM está implantada em Moçambique desde meados de 2021. Em Agosto de 2023, a sua missão foi prorrogada por mais 12 meses, até Julho de 2024. O plano da SAMIM é a retirada gradual das forças dos oito membros da SADC que a compõem. Macamo disse aos jornalistas que, dadas as suas limitações orçamentais, a SADC optou por priorizar a sua missão na República Democrática do Congo (RDC) acima da SAMIM.

A SADC, disse ela, acredita que a situação é relativamente estável quando comparada com a violência no leste da RDC, onde mais de 120 grupos armados lutam para saquear os recursos naturais do país.

“África tem muitos problemas e actualmente a SADC tem duas missões, na RDC e em Moçambique”, acrescentou Macamo. “E a SADC pensou que, para Moçambique, se outros países continuarem a apoiar-nos com material, incluindo material letal, poderemos efectivamente superar o terrorismo”. 

⛲ Cartamoz 

الاثنين، 25 مارس 2024

SAMIM vai deixar Cabo Delgado devido a limitações financeiras

 


A missão militar da Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral (SAMIM) que apoia Moçambique no combate ao terrorismo em Cabo Delgado vai abandonar o país devido a limitações financeiras.

“A SAMIM está a enfrentar alguns problemas financeiros e nós também temos de tomar conta das nossas tropas e teríamos dificuldades em pagar pela SAMIM. Os países não estão a conseguir colocar o dinheiro necessário”, disse a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo.

Verónica Macamo falava após uma reunião entre o Presidente da República, Filipe Nyusi, e o homólogo zambiano, Hakainde Hichilema, que preside o órgão sobre Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Recorde-se que em Agosto de 2023, a SADC aprovou a prorrogação da missão da SAMIM, que está no país desde meados de 2021, por mais 12 meses, até Julho de 2024, prevendo um plano de retirada progressiva das forças dos oito países da região que a integram.

Segundo a chefe da diplomacia moçambicana, face às limitações orçamentais, a SADC entendeu que a situação em Moçambique é consideravelmente estável comparada à escalada de violência no leste da República Democrática do Congo, onde, há muito, mais de 120 grupos armados lutam por uma parte do ouro e de outros recursos naturais da região, enquanto efetuam assassínios em massa.

“Os problemas em África são muitos e, neste momento, estamos com duas missões: RDCongo e Moçambique. E a SADC entendeu que, para Moçambique, caso outros países continuem a apoiar-nos com material, incluindo o letal, nós podemos ecfetivamente debelar o terrorismo”, disse.

⛲ O pais 

الأربعاء، 10 مايو 2023

Segundo contingente militar sul-africano chega a Cabo Delgado

África do sul


O batalhão, designado ″Bravo″, já está na área operacional de Cabo Delgado, no âmbito da rotatividade das forças sul-africanas integradas na missão militar da SADC (SAMIM). O grupo foi destacado em substituição do batalhão ″Alpha″, que já terminou a sua missão no Teatro Operacional Norte (TON).

O envio de militares sul-africanos a Moçambique insere-se no âmbito da ″Operação Vikela″, como é designada pelo governo de Pretória. O Batalhão Bravo vai cumprir em Cabo Delgado uma missão de ″cenário cinco″ da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e da União Africana (UA) que envolve operações combinadas com polícia, militares e agentes penitenciários trabalhando ao lado de civis.

O desembarque dos soldados sul-africanos em Pemba levou sucessivamente um período de onze dias (entre os dias 17 e 28 de Abril) com “um único objectivo de trazer de volta a paz e a estabilidade a Moçambique e à região da SADC, particularmente, nos distritos de Macomia, Mueda e Nangade”, onde o contingente anterior operou durante um ano.

Falando durante a recepção do segundo contingente, o Comandante da SAMIM, o general sul-africano Xolani Mankayi, disse que finalmente a espera acabou e “as actividades do dia começam agora, pois o grupo vai entrar numa região onde os seus antecessores fizeram um excelente trabalho”. Mankayi referia-se nestes termos às conquistas na garantia da paz, estabilidade e segurança em Cabo Delgado. Ele exortou ainda os recém-chegados a darem “tudo de si” à missão e advertiu-os contra o abuso de autoridade ao “desrespeitar os direitos humanos internacionais”.

⛲ Cart

amoz 


الثلاثاء، 18 أبريل 2023

SAMIM confirma resistência do grupo armado em Cabo Delgado



O grupo armado continua activo na província de Cabo Delgado. O facto foi confirmado pelo chefe da Missão Militar da Comunidade dos Países da África Austral, que estão a ajudar Moçambique no combate ao terrorismo, durante um seminário sobre a violência baseada no género, especialmente contra mulheres vítimas do conflito armado.

A Missão Militar da Comunidade dos Países do África Austral, que está a ajudar Moçambique no combate ao terrorismo, conseguiu repor a ordem e a segurança em Cabo Delgado, mas continua a registar focos de resistência do grupo armado, segundo fez saber Mpho Molomo, Chefe da SAMIM: “Em termos de segurança pública, as pessoas das zonas urbanas já retomaram as suas vidas com normalidade, mas ainda há muito trabalho por se fazer, porque ainda não conseguimos erradicar, totalmente, o Al Suna Al Jamah”.

Apesar da resistência do grupo armado, a SAMIM considera a situação de segurança na província de Cabo Delgado estável, especialmente nos principais centros urbanos. “Também estamos interessados em assegurar que a população de Cabo Delgado viva livremente, recupere a dignidade e produza alimentos para os seus filhos”, disse Mpho Molomo, chefe da SAMIM, tendo acrescentado que, “como missão, vemos que fizemos sucessos importantes nas etapas percorridas, mas o problema não está [totalmente] resolvido, e a nossa missão termina em Julho deste ano”.

A missão militar da comunidade dos países da África Austral começou em Julho de 2021 e deverá terminar em Julho deste ano.


⛲ O País 

الأربعاء، 5 أبريل 2023

Corpos queimados em Moçambique: Silêncio da SAMIM criticado


O Centro para a Democracia e Desenvolvimento critica a "demora" do inquérito ao caso de um vídeo que mostra supostos soldados sul-africanos a queimar cadáveres de insurgentes na província mocambiçana de Cabo Delgado.

"A demora na conclusão da investigação já começa a levantar preocupações sobre a seriedade com que a SAMIM [Missão Militar da África Austral em Moçambique] está a tratar do assunto", refere a organização não-governamental (ONG) moçambicana, em nota distribuída à comunicação social.

Em entrevista à DW África, o diretor do Centro para a Democracia e Desenvolvimento (CDD), Adriano Nuvunga, mostra-se preocupado com o silêncio da SAMIM, assim como dos governos sul-africano e moçambicano sobre o caso.

DE África: Antes de mais, talvez seja necessário explicar o que é que se vê concretamente no vídeo em questão?

AN: São soldados com bandeira sul-africana, aparentemente numa missão da SAMIM em Cabo Delgado, num ato que, segundo a nossa investigação, aconteceu em finais de novembro do ano passado, e onde soldados com bandeira sul-africana atiram corpos contra uma fogueira enormíssima. Isto é preocupante, sobretudo porque há um consenso quanto às causas domésticas para este conflito e isto, a nosso ver, pode exacerbar os fatores internos.

DW África: O que está a dizer aplica-se, mesmo tratando-se de terroristas?

AN: Até podem ser corpos de extremistas violentos, mas podem ser jovens recrutados localmente contra a sua vontade. E isto pode, naturalmente, provocar esta exacerbação de radicalização junto dos outros jovens e ir contra os propósitos da missão da SADC [Comunidade de Desenvolvimento da África Austral] em Moçambique e da presença das tropas sul-africanas em particular.

DW África: Na vossa opinião, exige-se uma investigação independente?

AN: Desde essa altura vimos chamando a atenção para a urgente necessidade de um esclarecimento através de uma investigação independente. E dissemos na altura que não deviam ser as tropas sul-africanas a fazerem investigação de si próprias. Estranhamos e condenamos o silêncio do Estado moçambicano perante tamanha barbaridade e violação grave de direitos humanos, algo que até hoje, incompreensivelmente e condenavelmente se mantém o silêncio das autoridades moçambicanas.

DW África: O que é que a SAMIM tem vindo a alegar? Algum tipo de esclarecimento até agora?

AN: A SAMIM vem dizendo que está a investigar, mas ainda não saiu nenhum dado preliminar que indica que essa investigação esteja a acontecer. E condenamos agora esta demora, esta despreocupação em esclarecer algo que pode estar a denunciar algo maior da forma como as autoridades militares se estão a comportar em Cabo Delgado, num quadro onde o controlo, a fiscalização sobre a ação militar parece não estar a acontecer, dando lugar à impunidade da ação militar que claramente vai exacerbar, como já dissemos, eventuais focos de radicalização dos jovens.


⛲ Dw

الأربعاء، 11 يناير 2023

Acto desprezível: reage a Força de Defesa da África do Sul sobre alegado envolvimento do seu soldado na queima de corpos em Moçambique

 


Um vídeo breve que circula nas redes sociais, aparentemente mostrando soldados sul-africanos a atirar corpos para uma pilha de lixo em chamas em Moçambique, mereceu um comentário negativo das Forças Armadas de Defesa da África do Sul (SANDF), avançando que uma investigação está em curso para se apurar mais detalhes sobre o incidente.

No vídeo, um soldado com uma bandeira sul-africana e com uniforme é visto assistindo ao incidente.

A SANDF disse que o incidente está a ser investigado pelo comandante da força militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique (SAMIM), em que soldados foram vistos a atirar corpos numa pilha de lixo em chamas, enquanto pelo menos um soldado sul-africano é visto a observar.

O Comandante da SAMIM, Xolani Mankayi, não confirmou se o incidente ocorreu dentro da sua área de responsabilidade, mas criou uma Comissão de Inquérito para investigar minuciosamente as circunstâncias em que tal incidente ocorreu.

  “Os membros do público em geral serão imediatamente informados sobre as conclusões da comissão de inquérito assim que forem concluídas”, disse o comandante da SAMIM.

Num comunicado divulgado esta terça-feira, a Força Nacional de Defesa da África do Sul (SANDF) diz que tomou conhecimento de um vídeo sendo partilhado nas redes sociais e plataformas de mensagens retratando o incidente.

Moçambique está em conflito com extremistas que travam uma guerra em Cabo Delgado desde 2017.

No vídeo de 20 segundos, pode-se ver uma pilha de lixo em chamas, com um único corpo no topo. Do lado esquerdo, dois soldados não identificados jogam um segundo corpo na pilha, enquanto um soldado com uma bandeira sul-africana na manga, que se acredita ser um membro das forças especiais, pode ser visto cruzando da esquerda para a direita. 

O link abaixo para ver o vídeo 

https://youtube.com/shorts/YkU8Y6pClFw?feature=share

O soldado com a bandeira sul-africana é visto segurando a sua arma de assalto com a mão esquerda, enquanto aparentemente faz um vídeo do incidente com um celular na mão direita.

Quando o vídeo termina, outro soldado não identificado é visto gravando o incidente num celular, enquanto mais lixo é atirado na pilha em chamas.

O porta-voz da SANDF, Brigadeiro-General Andries Mokoena Mahapa, disse que se acredita que o incidente tenha acontecido em Novembro do ano passado em Moçambique, onde a África do Sul destacou tropas no âmbito da SAMIM.

Mahapa explicou que a SANDF não estava investigando o incidente, já que os soldados sul-africanos envolvidos não estavam sob seu comando. 

"Uma vez que as forças estão destacadas, elas fazem parte de uma força combinada sob o comando e controlo da SAMIM. A África do Sul apenas apoia logisticamente a sua missão."

Ele acrescentou que a SANDF não tolera os actos cometidos no vídeo e disse que aqueles que foram considerados culpados de tais actos seriam levados à justiça.

De acordo com o Direito Internacional Humanitário, os corpos devem ser eliminados de forma respeitosa e as suas sepulturas respeitadas e devidamente conservadas. Esta regra é aplicável tanto em conflitos armados internacionais como não internacionais.

O próprio Manual da Lei de Conflitos Armados da África do Sul (LOAC) afirma que “os mortos devem ser protegidos e cuidados” e “maus-tratos a cadáveres” é uma violação da lei de conflitos armados e um crime de guerra.

Os países da SADC que contribuem com tropas e equipamento para o SAMIM são Angola, Botswana, República Democrática do Congo (RDC), Lesotho, Malawi, Namíbia, África do Sul, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe. Todos trabalham em colaboração com as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e um forte contingente de mais de dois mil soldados ruandeses e pessoal de apoio.


Fonte:Cartamoz