Cookie

This is default featured slide 1 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

This is default featured slide 2 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

This is default featured slide 3 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

This is default featured slide 4 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

This is default featured slide 5 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

‏إظهار الرسائل ذات التسميات SADC. إظهار كافة الرسائل
‏إظهار الرسائل ذات التسميات SADC. إظهار كافة الرسائل

الثلاثاء، 4 يونيو 2024

Insurgentes do EI percorrem Cabo Delgado enquanto a SADC se retira, projectos de gás ficam parados

 


Cabo Delgado, uma província do norte que se espera que se torne o centro de uma indústria de gás natural após várias descobertas promissoras, tem assistido a uma série de ataques às forças de segurança e aos civis.

Os jihadistas parecem estar a vaguear por Macomia, em Cabo Delgado, embora pareçam não estar a salvo das tropas ruandesas. A área encontra-se num período de janela enquanto a força da SADC se retira e as tropas ruandesas de substituição ainda estão a ser destacadas.

A insurgência está enraizada na pobreza, relatou um especialista em direitos humanos, o que está agora a atrasar o desenvolvimento lucrativo dos seus enormes depósitos de gás. Os insurgentes do Estado Islâmico (EI) em Moçambique parecem estar a tirar partido de um período de janela enquanto a Missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique (SAMIM) se retira e antes de uma força ruandesa ser totalmente destacada.

Mas eles não estavam fazendo tudo do seu jeito, mostram evidências não verificadas de um grupo de insurgentes mortos. Há cerca de uma semana, terroristas do EI atacaram um posto das Forças de Defesa do Ruanda (RDF) na aldeia de Mbau, na zona de Mocímboa da Praia, uma semana depois de alegarem ter invadido a SAMIM em Macomia, Cabo Delgado.

O director do Centro para a Democracia e Direitos Humanos em Moçambique, Professor Adriano Nuvunga, partilhou um vídeo de insurgentes a passear livremente com as suas armas no distrito central de Macomia. Há também imagens não verificadas partilhadas que mostram insurgentes com veículos que alegadamente roubaram em Mucojo e imagens aéreas deles a conduzir por Macomia com bens roubados.

Mas também circulam vídeos não verificados que mostram 13 insurgentes supostamente mortos em Mocímboa da Praia numa operação da RDF.

A SAMIM deverá partir em meados de Julho, no que é visto como um fracasso político e diplomático para a SADC. No lugar da SAMIM, a RDF deverá mobilizar mais 2 000 soldados. O porta-voz das Forças de Defesa do Ruanda (RDF), Brigadeiro-General Ronald Rwivanga, disse aos jornalistas que o novo contingente cobriria os distritos de Palma, Mocímboa da Praia e Ancuabe.

Ele alegou que o plano era "poder mover-se com flexibilidade para outras áreas e expulsar rapidamente os remanescentes de terroristas que estão escondidos nas florestas do distrito de Macomia".

A RDF ainda não tinha sido totalmente mobilizada e o vídeo dos supostos combatentes do EI mortos "pode estar relacionado com o combate à recente propaganda negativa contra a RDF", disse Piers Pigou, chefe do programa da África Austral no Instituto de Estudos de Segurança.

Pigou alertou que Macomia é uma das áreas mais complicadas de Cabo Delgado, onde os insurgentes não foram expulsos desde o início do conflito.

'Não podemos fazer isso sozinhos'

Cabo Delgado é o bastião não só de terroristas, mas também de depósitos de gás equivalentes a metade dos encontrados no Qatar, disse Patrick Pouyanné, CEO da TotalEnergies, à Comissão de Inquérito do Senado Francês, numa audiência perante esta, no dia 29 de Abril. A empresa interrompeu o desenvolvimento de uma central de gás natural liquefeito em Cabo Delgado, no valor de 380 mil milhões de rands, devido à situação de segurança.

A ExxonMobil, com a parceira Eni, também está a desenvolver um projecto de GNL na área. A TotalEnergies não poderá regressar ao projecto sem segurança, e não poderá conseguir isso sozinha, disse Pouyanné.

“Estamos numa situação clara: a segurança de Cabo Delgado é da responsabilidade não da TotalEnergies, mas do Estado moçambicano. “Somos uma empresa privada e não uma autoridade pública. Posso garantir a segurança do complexo industrial onde posso operar, mas não da região.

“Não tenho meios de segurança suficientes e esse não é o nosso trabalho. Cabe às autoridades moçambicanas dizer se a segurança foi restaurada”.

Acrescentou que, como accionista de 26% do projecto, a TotalEnergies não tomava decisões independentes e necessitaria do acordo dos seus parceiros tailandeses, japoneses e indianos antes de regressar.

No ano passado, o consórcio contratou o especialista em direitos humanos Jean-Christophe Rufin para avaliar a situação. Ele relatou que as raízes da insurgência islâmica eram a pobreza, que poderia ser aliviada através de projectos de gás retido pela insurgência.

الخميس، 18 أبريل 2024

Nyusi: "O responsável pela defesa de Moçambique somos nós"

 


O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, afirmou que devem ser os moçambicanos os responsáveis pela defesa do país, face à saída da missão militar dos países da África Austral em curso, na província de Cabo Delgado.

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, afirmou que devem ser os moçambicanos os responsáveis pela defesa do país, face à saída da missão militar dos países da África Austral em curso da província de Cabo Delgado.

"O grande responsável pela defesa de Moçambique somos nós, os moçambicanos. Os nossos amigos vão nos ajudar. Eu tenho dito que agora estamos numa fase de capacitação, de construção de resistência, estabilização do país depois da recuperação dos problemas", explicou o chefe de Estado, em declarações aos jornalistas, no fim de uma visita a Washington, sobre a situação em Cabo Delgado, província palco de ataques de terroristas nos últimos seis anos.

O contingente militar do Botsuana começou a retirar-se em 5 de abril de Cabo Delgado, norte de Moçambique, marcando o início da saída da Missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM) que combatia o terrorismo naquela província.

Reforço das tropas do Ruanda?

Questionado sobre esta saída em curso da missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), prevista até julho, e com a possibilidade do reforço do contingente militar do Ruanda que está na província, o Presidente moçambicano não quis avançar detalhes.

"Não vamos expor como é que nós vamos trabalhar lá", disse Nyusi, garantindo apenas que Moçambique está na fase de capacitação das Forças de Defesa e Segurança nacional, ao mesmo tempo que decorre a "assistência humanitária" e a "reconstrução daquelas zonas destruídas".

Face à possibilidade, admitida pelo Ruanda, de reforço do atual contingente de mais de 2.000 homens em Cabo Delgado, a oposição moçambicana tem vindo a criticar essa presença militar no país, alegando que não foi discutida no Parlamento.

"Dizer que isso não foi ao Parlamento, mesmo as mortes que estão ser infligidas não foram discutidas no Parlamento", ironizou, garantindo que a presença destas tropas resultam de acordos militares anteriores e que também a presença da missão da SAMIM não foi ao Parlamento.

A SAMIM está em Cabo Delgado desde meados de 2021 e, em agosto de 2023, a SADC aprovou a sua prorrogação por mais 12 meses, até julho de 2024, prevendo um plano de retirada progressiva.

União Europeia pode recusar novo pedido de Moçambique de 20 milhões de euros para as tropas ruandesas

 


Às escondidas, o Governo apresentou, há algumas semanas, um novo pedido de ajuda de 20 milhões de euros para o exército ruandês, que opera em Cabo Delgado e recentemente acaba de aumentar o seu contingente para assumir as posições deixadas pela Missão Militar dos Países da SADC (SAMIM). A informação é avançada pela agência de inteligência, África Intelligence que adianta que alguns Estados-Membros da União Europeia estão particularmente desconfortáveis com a ideia de aceitar dar dinheiro ao ruanda.

O novo pedido de apoio do executivo de Filipe Nyusi, que mantém relações pessoais estreitas com o regime ditador de Paul Kagamé, insere-se no âmbito da Facilidade Europeia para a Paz (FEP), destinada às tropas ruandesas instaladas na província de Cabo Delgado, que agora contam com um contigente de mais de 2500 homens.

Alguns países membros da UE consideram que o momento deste pedido não é o mais adequado, pois o corre algumas semanas antes da eleição presidencial em Ruanda (15 de julho) e especialmente no meio da guerra no leste da RDC, onde Ruanda é acusado nos relatórios das Nações Unidas de apoiar o M23.

Em outras palavras, alguns estados europeus não querem que o seu dinheiro doado para apoiar o combate à insustgência em Moçambique seja usado pelo Ruanda para financiar outros insurgentes na República Democrática do Congo, pelo que o portal que temos vindo a citar dá como nulas as chances do desembolso. Esta modalidade de ajuda que não é direcionada ao exército moçambicano

“Hoje, com a situação muito volátil no leste da RDC, e apesar das múltiplas tentativas de mediação – Quênia, Angola, Catar -, um novo desembolso em benefício do exército ruandês não é evidente para a UE. Apesar da dificuldade dos debates, e tendo em conta as questões energéticas do LNG de Moçambique que permitiriam a diversificação do abastecimento da Europa, o envelope ainda deve ser aprovado”, lê-se no artigo.

A Bélgica parece ser o Estado-Membro que mais se opõe à ajuda ao exército de Ruanda em Moçambique. O reino também se recusou a aceitar o embaixador nomeado por Kigali, Vincent Karega, acusado de ter sido o embaixador em Pretória na época do assassinato de Patrick Karegeya, ex-chefe dos serviços de inteligência de Ruanda, em 1º de janeiro de 2014 em Joanesburgo. A África do Sul sempre suspeitou que Ruanda estava por trás desse ato.

Ainda segundo o África Intelligence, uma missão, liderada pelo diretor de parcerias para a Paz e Gestão de Crises do Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE), o romeno Cosmin Dobran, viajou para Ruanda em 21 de fevereiro para avaliar a situação.

Refira-se que o custo da operação para Ruanda é considerável e pode exceder 100 milhões de dólares. Em 2023, a UE tinha desembolsado um primeiro cheque de 20 milhões de euros através da FEP, uma vitória para Kigali obtida como resultado de debates acalorados.

⛲ Evidências 

الاثنين، 15 أبريل 2024

Terroristas pedem apoio da população em Quissanga

 


Membros de grupos armados que protagonizam ataques em Cabo Delgado terão convocado, no sábado (13.04), no distrito de Quissanga, um encontro com as populações para pedir apoio das comunidades.

"Chegaram aqui e pediram para todos nós não fugirmos da aldeia, porque não fariam mal a ninguém", disse uma pessoa que participou no encontro, que durou cerca de cinco horas na aldeia de Tapara, a cerca de dez quilómetros da sede do distrito de Quissanga.

Os terroristas afirmaram que não têm interesse em matar mais pessoas e que só iriam atacar aqueles que desobedecem às ordens, afirmou a fonte.

 "Disseram-nos que não mais querem matar os civis, mas os que desobedecerem, aí sim, poderão ser mortos", disse outro residente local.

Apoio contra o Governo

Os insurgentes pediram à comunidade de Tapara para se aliar aos rebeldes e prestar apoio na luta contra as forças governamentais.


"Disseram que a luta deles é contra os militares e outros membros do Estado e nós devemos aliar-nos a eles para combatê-los", afirmou uma outra fonte daquela aldeia. 

Apesar do apelo dos insurgentes para a calma, na aldeia de Tapara, algumas pessoas fugiram e pernoitaram fora das suas casas.

"O meu tio e a sua família dormiram fora, apesar dos apelos (...). Há quem dormiu no mato, o medo é maior, porque já vimos algo assim, onde eles prometem boa convivência e depois fazem outra coisa", relatou uma fonte local.

Frequentemente, têm sido referidos encontros convocados pelos rebeldes com as populações das áreas em que os insurgentes atuam, numa ação descrita como tentativa de conquistar as comunidades.

Insurgência armada

Cabo Delgado enfrenta desde outubro de 2017 uma insurgência armada com ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Depois de vários meses de relativa normalidade nos distritos atingidos pela violência armada, a província registou, há alguns meses, novas movimentações e ataques de grupos rebeldes, que têm limitado a circulação para alguns pontos nas poucas estradas asfaltadas que dão acesso a vários distritos.

A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de 2021, com apoio do Ruanda, com mais de 2 mil militares, e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás natural.

الخميس، 28 مارس 2024

Waty diz que a segurança em Cabo Delgado é garantida pelas tropas amigas

 


O membro da Comissão Política da Frelimo, Teodoro Waty, defende que não é necessário ser militante do partido no poder para saber que a segurança na província de Cabo Delgado é garantida pelas forças da SADC e pelas forças de Kigali. Relativamente a demora histórica no anúncio dos pré – candidatos, Waty instou a Comissão Política para não testar os corações dos camaradas.  

A chegada das tropas estrangeiras, sobretudo as ruandesas, de acordos com os partidos da oposição, Renamo e MDM, colocou em casa a soberania nacional.

No entender do proeminente membro da Frelimo, Teodoro Waty, por sinal membro da Comissão Política, não há dúvidas de que, actualmente, são as forças amigas que garantem a segurança na província de Cabo Delgado.

“Cabo Delgado, durante muito tempo, foi assunto tabu. Poucos deviam mostrar saber que em algumas porções do território não se exercia a soberania do Estado por muitas horas, dias ou mesmo semanas. O tabu continua. Não é necessário ser membro da Frelimo para saber que a segurança de Cabo Delgado é garantida pelas forças da SADC e pelas forças de Kigali. Louvamos a cooperação, mesmo sem saber em que condições ela é feita, em termos de objectivos e prazos. Mas isso deve-se facto de não devermos saber”, disse Waty numa entrevista concedida ao Canal de Moçambique.

Ao contrário do que aconteceu com Armando Guebuza e Filipe, que foram anunciados como candidatos quando faltavam largos meses para a realização das eleições gerais, o próximo candidato da Frelimo terá pouco para percorrer o país. Esta situação levanta questionamento no seio do partido e na sociedade civil.

Perante ao actual cenário, o destemido Teodoro Waty insta a Comissão Política para não testar os corações dos camaradas.

“Apenas pedir a comissão política que não teste os Corações de muitos membros sequiosos de novidades, uns porque são candidatos, que não precisam de mordiscar, outros porque apoiam uns são candidatos, outros porque precisam mudar as agulhas”, atirou.

Nas entrelinhas, o proeminente membro da Frelimo mostrou que não alinha com a teoria de que Filipe Nyusi tem receio que o próximo inquilino da Ponta Vermelha lhe sirva o mesmo cálice que terá servido a Armando Guebuza.

⛲ Evidências 

الثلاثاء، 26 مارس 2024

SAMIM abandona Moçambique por falta de fundos

 


A Missão Militar da Comunidade de desenvolvimento da África Austral em Moçambique (SAMIM), que tem apoiado as forças moçambicanas na luta contra o terrorismo islâmico na província nortenha de Cabo Delgado, vai deixar o país em Julho por falta de fundos, segundo a ministra dos Negócios Estrangeiros, Verónica Macamo.

“A SAMIM está a enfrentar alguns problemas financeiros. Também temos que cuidar das nossas próprias tropas e teríamos dificuldade em pagar a SAMIM. Nossos países não estão a conseguir arrecadar o dinheiro necessário”, disse.

Macamo falava após um encontro em Lusaka entre o Presidente Filipe Nyusi e o seu homólogo zambiano, Hakainde Hichilema, actual presidente do órgão de Cooperação em Política, Defesa e Segurança da SADC.

A SAMIM está implantada em Moçambique desde meados de 2021. Em Agosto de 2023, a sua missão foi prorrogada por mais 12 meses, até Julho de 2024. O plano da SAMIM é a retirada gradual das forças dos oito membros da SADC que a compõem. Macamo disse aos jornalistas que, dadas as suas limitações orçamentais, a SADC optou por priorizar a sua missão na República Democrática do Congo (RDC) acima da SAMIM.

A SADC, disse ela, acredita que a situação é relativamente estável quando comparada com a violência no leste da RDC, onde mais de 120 grupos armados lutam para saquear os recursos naturais do país.

“África tem muitos problemas e actualmente a SADC tem duas missões, na RDC e em Moçambique”, acrescentou Macamo. “E a SADC pensou que, para Moçambique, se outros países continuarem a apoiar-nos com material, incluindo material letal, poderemos efectivamente superar o terrorismo”. 

⛲ Cartamoz 

الاثنين، 25 مارس 2024

SAMIM vai deixar Cabo Delgado devido a limitações financeiras

 


A missão militar da Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral (SAMIM) que apoia Moçambique no combate ao terrorismo em Cabo Delgado vai abandonar o país devido a limitações financeiras.

“A SAMIM está a enfrentar alguns problemas financeiros e nós também temos de tomar conta das nossas tropas e teríamos dificuldades em pagar pela SAMIM. Os países não estão a conseguir colocar o dinheiro necessário”, disse a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo.

Verónica Macamo falava após uma reunião entre o Presidente da República, Filipe Nyusi, e o homólogo zambiano, Hakainde Hichilema, que preside o órgão sobre Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Recorde-se que em Agosto de 2023, a SADC aprovou a prorrogação da missão da SAMIM, que está no país desde meados de 2021, por mais 12 meses, até Julho de 2024, prevendo um plano de retirada progressiva das forças dos oito países da região que a integram.

Segundo a chefe da diplomacia moçambicana, face às limitações orçamentais, a SADC entendeu que a situação em Moçambique é consideravelmente estável comparada à escalada de violência no leste da República Democrática do Congo, onde, há muito, mais de 120 grupos armados lutam por uma parte do ouro e de outros recursos naturais da região, enquanto efetuam assassínios em massa.

“Os problemas em África são muitos e, neste momento, estamos com duas missões: RDCongo e Moçambique. E a SADC entendeu que, para Moçambique, caso outros países continuem a apoiar-nos com material, incluindo o letal, nós podemos ecfetivamente debelar o terrorismo”, disse.

⛲ O pais 

الاثنين، 4 مارس 2024

Chefes do exército da SADC visitam Goma em meio a confrontos entre o exército da RDC e os rebeldes

 


Altos oficiais do exército do bloco regional da África Austral visitaram o leste da República Democrática do Congo no sábado, no meio de combates contínuos entre as tropas governamentais e os rebeldes do M23.

Os chefes do Estado-Maior de Defesa dos países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) realizaram uma reunião de alto nível na cidade de Goma, capital da província de Kivu do Norte, em situação de guerra.

“Tratava-se de avaliar o progresso das operações no terreno e de aperfeiçoar estratégias para as fortalecer”, disse o porta-voz do exército congolês, general Sylvain Ekenge

Acrescentou que a visita dos chefes de gabinete foi “um forte sinal do compromisso e determinação da SADC e do Burundi ao lado da RDC”.

Foi a primeira reunião de coordenação desde o envio de tropas da SADC para Kivu do Norte e ocorreu dois dias depois de veículos blindados da SADC terem sido atingidos durante um ataque M23.

Na sexta-feira, enquanto os generais visitavam a cidade estratégica de Saké, os rebeldes lançaram cinco bombas, matando e ferindo várias pessoas.

“Saudamos a sua presença aqui e pensamos que lhes permitiu compreender a situação, tendo vivido a realidade no terreno em termos de insegurança”, disse Placide Nzilamba, membro da sociedade civil de Goma.

Mas alguns residentes de Goma não tinham a certeza de que a visita pudesse fazer alguma diferença em termos dos combates em curso.

“O futuro do Congo em termos de segurança só pode vir de estratégias internas dadas pelas FARDC (Forças Armadas da República Democrática do Congo) e não pelos países da SADC”, disse Muisa Christian.

O M23, com alegadas ligações ao Ruanda, lançou uma ofensiva em 2021 e desde então capturou grandes áreas da província do Kivu do Norte, forçando as pessoas a fugirem das suas casas.

As organizações humanitárias temem uma nova crise humanitária na região, uma vez que o seu avanço ameaça isolar a cidade de Goma e deixar milhões de pessoas a lutar por alimentos e ajuda médica.

A parte oriental da RDC tem sido assolada pela violência de grupos armados locais e estrangeiros há quase 30 anos.

⛲ África News 

الاثنين، 5 فبراير 2024

Cabo Delgado: SADC mantém missão enquanto decorre avaliação


A missão internacional SAMIM, da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), de apoio militar a Moçambique e contra o terrorismo, continua em Cabo Delgado enquanto decorrem avaliações, garante fonte.

"A missão da SADC em Moçambique (SAMIM) ainda está em vigor em Cabo Delgado, e mais informações só serão fornecidas após as avaliações em curso", disse fonte oficial da organização, em resposta escrita a uma pergunta da agência de notícias Lusa, esta segunda-feira (05.02). 

A cimeira da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) aprovou em agosto a prorrogação da missão em Cabo Delgado, por 12 meses, até julho de 2024, prevendo um plano de retirada progressiva das forças dos oitos países da região que a integram.

A mesma fonte oficial da SADC recordou que o mandato da SAMIM incluiu o apoio a Moçambique "no combate ao terrorismo e aos atos de extremismo violento" em Cabo Delgado, "neutralizando a ameaça terrorista e restaurando a segurança, a fim de criar um ambiente seguro, fortalecer e manter a paz e a segurança, restaurando a lei e a ordem nas áreas afetadas".

 "E apoiar a República de Moçambique, em colaboração com agências humanitárias, a continuar a prestar ajuda humanitária à população afetada por atividades terroristas, incluindo pessoas deslocadas internamente", acrescentou.

Resposta militar

A província de Cabo Delgado enfrenta há seis anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico. A insurgência, que desde dezembro voltou a recrudescer com vários ataques à populações e forças armadas, levou a uma resposta militar desde julho de 2021, com apoio do Ruanda, com mais de 2.000 militares, e da SADC, libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul da região e na vizinha província de Nampula.

A missão SAMIM compreende tropas de oito países contribuintes da SADC, nomeadamente Angola, Botsuana, República Democrática do Congo, Lesoto, Maláui, África do Sul, República Unida da Tanzânia e Zâmbia, "trabalhando em colaboração com as Forças Armadas de Defesa de Moçambique e outras tropas destacadas para Cabo Delgado".

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, pediu em 22 de novembro decisões sobre a capacidade de resposta das Forças Armadas em Cabo Delgado, nomeadamente com reservistas, tendo em conta a prevista retirada das forças estrangeiras que apoiam no terreno contra os grupos terroristas.

"Decisões concretas sobre a capacidade de resposta das Forças Armadas em relação à sua ação no combate ao terrorismo em Cabo Delgado no período após a retirada das forças amigas da SAMIM e do Ruanda", apelou, ao intervir, em Maputo, na abertura do XXIV Conselho Coordenador do Ministério da Defesa Nacional

⛲: DW

الأحد، 4 فبراير 2024

Líderes africanos lamentam morte de Hage Geingob

 


Vários líderes africanos lamentaram, esta tarde, a morte do Presidente da Namíbia, Hage Geingob, que perdeu a vida vítima de doença.

Na mensagem do Presidente Angolano, João Lourenço, Hage Geingob é descrito como um “lutador incansável pela liberdade de África” e alguém que “soube desde muito jovem se dedicou à causa do resgate da dignidade dos povos africanos, da autodeterminação, da independência e da soberania dos países” do continente africano.

“Perdemos uma figura ímpar da história contemporânea do povo namibiano, que deixa um vazio de se preencher”, destaca o Chefe do Estado angolano e presidente em exercício da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC)

Segundo escreve a DW, os líderes da Zâmbia, Zimbabwe, Quénia, Tanzânia, Somália e Burundi destacam a liderança do ex-Presidente da Namíbia.

O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, recordou-o como “um patriota”, que teve um papel importante na libertação da “irmã Namíbia” do “colonialismo e apartheid”.

O director da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, sublinhou a “valentia” de Hage Geingob, que classificou como “um visionário”, e a sua “dedicação para melhorar as vidas e a saúde dos namibianos”. 

الاثنين، 29 يناير 2024

Cólera sobrecarrega saúde em África e só trê países podem combatê-la

 


Os serviços de saúde em três países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) estão sobrecarregados devido ao surto da cólera. Trata-se da África do Sul, do Botswana e da Namíbia, que, coincidentemente, são os únicos países da região considerados à altura de enfrentar a doença.

A SADC, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e os Centros Africanos de Controlo e Prevenção de Doenças estão a procurar formas de garantir que os países possam responder adequadamente à rápida propagação da cólera.

Na Zâmbia, por exemplo, a escolaridade está a ser interrompida; no Zimbabwe, as crianças são as mais atingidas; e no Malawi, os serviços de saúde estão comprometidos por surtos generalizados de cólera, de acordo com a New24, que refere, citando especialistas, que apenas três países da SADC têm capacidade para lidar com a doença cujo surgimento está relacionado com a falta de higiene.

Os especialistas falavam numa reunião virtual extraordinária de ministros da Saúde da SADC. Participaram no evento responsáveis da OMS e África CDC, no último sábado. O objectivo era procurar formas de lidar com a crescente sobrecarga da enfermidade aos serviços de saúde no continente africano.

Em todo o continente, os dados sobre a cólera mostram que 12 países estão “em fase aguda, com casos recorrentes ao longo de dois anos”, disse a directora regional da OMS para África, Matshidiso Moeti, apontando que são urgentemente necessárias mais vacinas e melhores condições sanitárias.

O surto de cólera que coincide com a época chuvosa em vários países de África.

⛲: O país 


الجمعة، 18 أغسطس 2023

SADC preocupada com recorrente atraso nas contribuições financeiras de Estados-membros

 


O presidente em exercício da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) chamou a atenção, em Luanda, para a recorrente preocupação coletiva sobre as contribuições anuais dos Estados-membros, para se executar todas as iniciativas da organização.

O Presidente angolano, João Lourenço, que é o presidente em exercício, até agosto de 2024, da SADC, destacou a necessidade da contribuição financeira “para a organização conseguir levar em diante todas as iniciativas”, visando o crescimento da comunidade.

“Reconhecemos que hoje estamos bem melhor que antes quanto ao cumprimento dos prazos em termos de contribuições, mas estou convencido que ainda não atingimos a excelência que pretendemos”, referiu.

Segundo João Lourenço, existe a necessidade “cada vez mais premente” de continuar a trabalhar ao nível da organização e com as contribuições possíveis dos seus parceiros de cooperação internacional, para se munirem dos meios e ferramentas necessárias à concretização dos compromissos prioritários no Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional.

“Assume uma importância capital a captação de fundos para o apoio ao desenvolvimento social e do capital humano e para o reforço dos sistemas de ensino e formação técnico-profissional, bem como para a criação e modernização de infraestruturas essenciais à integração regional”, realçou. 

Em conferência de imprensa, João Lourenço disse que “a cimeira decorreu bem” e as duas maiores preocupações da SADC são a aposta no capital humano, “na juventude, na mulher, no homem no sentido mais lato”, para assegurar o empenho nos próximos anos com bastante seriedade da industrialização da região e do continente.

“Para isso comprometemo-nos em mobilizar recursos para investir nas infraestruturas, estradas, caminhos-de-ferro, portos, aeroportos, mas sobretudo investir em dois bens essenciais que são condição fundamental para que se possa falar em industrialização, que são a maior oferta de água e de energia”, salientou João Lourenço.

O presidente em exercício da SADC enunciou que como maior legado deste mandato, o terceiro que Angola assume, “é procurar cumprir com as decisões que foram tomadas de forma coletiva” e “tudo fazer para em conjunto com os outros chefes de Estado” cumprir, na medida do possível, as principais decisões tomadas na cimeira de Luanda.

Particularmente no domínio do desenvolvimento económico e social da região e a defesa e segurança regional, “que pode ser considerada estável”, salvo as situações do leste da República Democrática do Congo (RDCongo) e de Cabo Delgado, em Moçambique, apontou.

A liderança política da SADC por Angola deverá ser marcada por dois focos de tensões, designadamente o conflito no leste da vizinha RDCongo e os atos de terrorismo em Cabo Delgado, Moçambique, onde a SADC tem uma força (SAMIM - Missão Militar da África Austral) para combater o fundamentalismo islâmico.

A SADC é um bloco económico formado pelos lusófonos Angola e Moçambique, além da África do Sul, Botsuana, República Democrática do Congo, Comores, Lesoto, Madagáscar, Malaui, Maurícias, Namíbia, Essuatíni, Seicheles, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué.

A 43.ª cimeira de chefes de Estado e de Governo decorreu sob o lema “Capital Humano e Financeiro: Os principais Fatores para a Industrialização Sustentável da Região da SADC”.

⛲ Cartamoz 

 

الأربعاء، 10 مايو 2023

Segundo contingente militar sul-africano chega a Cabo Delgado

África do sul


O batalhão, designado ″Bravo″, já está na área operacional de Cabo Delgado, no âmbito da rotatividade das forças sul-africanas integradas na missão militar da SADC (SAMIM). O grupo foi destacado em substituição do batalhão ″Alpha″, que já terminou a sua missão no Teatro Operacional Norte (TON).

O envio de militares sul-africanos a Moçambique insere-se no âmbito da ″Operação Vikela″, como é designada pelo governo de Pretória. O Batalhão Bravo vai cumprir em Cabo Delgado uma missão de ″cenário cinco″ da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e da União Africana (UA) que envolve operações combinadas com polícia, militares e agentes penitenciários trabalhando ao lado de civis.

O desembarque dos soldados sul-africanos em Pemba levou sucessivamente um período de onze dias (entre os dias 17 e 28 de Abril) com “um único objectivo de trazer de volta a paz e a estabilidade a Moçambique e à região da SADC, particularmente, nos distritos de Macomia, Mueda e Nangade”, onde o contingente anterior operou durante um ano.

Falando durante a recepção do segundo contingente, o Comandante da SAMIM, o general sul-africano Xolani Mankayi, disse que finalmente a espera acabou e “as actividades do dia começam agora, pois o grupo vai entrar numa região onde os seus antecessores fizeram um excelente trabalho”. Mankayi referia-se nestes termos às conquistas na garantia da paz, estabilidade e segurança em Cabo Delgado. Ele exortou ainda os recém-chegados a darem “tudo de si” à missão e advertiu-os contra o abuso de autoridade ao “desrespeitar os direitos humanos internacionais”.

⛲ Cart

amoz 


الأربعاء، 11 يناير 2023

SADC investiga caso de soldados acusados de queimar corpos em Cabo Delgado




Foi aberta, esta terça-feira, uma investigação pela missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) para aferir a veracidade de um alegado envolvimento de soldados na queima de corpos em Cabo Delgado. O vídeo circula nas redes sociais e mostra militares sul-africanos a atirar corpos para uma pilha de chamas.

A missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) em Moçambique emitiu, esta terça-feira, um comunicado no qual informa que foi aberta uma investigação para aferir a veracidade de um vídeo que circula nas redes sociais, mostrando soldados aparentemente queimando corpos de insurgentes perto da aldeia de Nkonga, no distrito de Nangade, na província de Cabo Delgado.

No vídeo de 20 segundos, pode-se ver uma pilha de lixo em chamas com um corpo no topo. Dois soldados não identificados jogam um segundo corpo nas chamas. Um soldado derrama um líquido sobre o corpo enquanto outros, incluindo um com o uniforme sul-africano, filmam a cena nos seus telemóveis.



Os detalhes do incidente não são bem claros, mas a Força de Defesa Nacional Sul-africana disse que acredita ter ocorrido em Novembro do ano passado.

O general sul-africano Andries Mahapa, citado pelo portal sul-africano DefenceWeb, confirma que o exército da África do Sul tomou conhecimento do vídeo, no entanto condenam os actos cometidos e prometem que “os culpados serão levados à justiça”.

Em comunicado, a missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral refere que não consegue confirmar se o incidente ocorreu na sua área de jurisdição, mas promete trazer, prontamente, os resultados assim que o inquérito estiver concluído.

Ainda em Cabo Delgado, esta segunda-feira, a força armada de Botswana anunciou mais um caso de suicídio entre os militares destacados para combater o terrorismo naquela região.

Lembre-se que, em Dezembro do ano passado, um militar das forças tswanas, com patente de Major, tirou a sua própria vida depois de ter baleado mortalmente a sua colega e ter ferido, também com recurso a uma arma de fogo, outra militar. As razões ainda não são conhecidas.


Fonte: O país 

Mais um soldado tswana suicida-se em Cabo Delgado

 


As Forças Armadas do Botswana (BDF, sigla em inglês) continuam a ser assoladas por uma onda de suicídios no contingente destacado para combater o terrorismo na província de Cabo Delgado, no âmbito da intervenção da Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM).

Nesta segunda-feira, as forças armadas tswanas anunciaram mais um caso de suicídio entre os militares destacados para combater o terrorismo na província de Cabo Delgado, ocorrido na manhã do mesmo dia.

“O BDF deseja informar o público sobre o lamentável incidente em que um membro do Contingente BDF, destacado na Província de Cabo Delgado, República de Moçambique, se suicidou esta manhã [de segunda-feira, 09 de Janeiro] por volta das 11:20 horas”, escreve o jornal tswana “Mmegi”, citando um comunicado de imprensa do Quartel-General do Exército daquele país da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral).

Este é o segundo caso de suicídio que as forças armadas tswanas registam na província de Cabo Delgado em 30 dias. Lembre-se que, em Dezembro passado, um militar daquelas forças armadas, com patente de Major, tirou a sua própria vida, depois de ter baleado mortalmente sua colega e ter ferido, também com recurso à arma de fogo, outra militar. Até ao momento são desconhecidas as razões por detrás destes casos.

Refira-se que, desde a chegada da SAMIM, em Agosto de 2021, pelo menos quatro soldados tswanas morreram fora do Teatro Operacional Norte. O primeiro soldado, lembre-se, morreu na cidade de Pemba, vítima de acidente de viação, dias depois de ter desembarcado na capital provincial de Cabo Delgado. 


Fonte: Cartamoz 


السبت، 7 يناير 2023

EDM prevê aumentar exportação de energia

 


A Electricidade de Moçambique (EDM) perspectiva aumentar as exportações de energia eléctrica para os países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), fortalecendo a posição de Moçambique como importante fornecedor da região.

A informação foi dada, recentemente, pelo Presidente do Conselho de Administração da EDM, Marcelino Gildo, citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).

Marcelino Gildo justificou as expectativas com a crise de energia que tende a assolar cada vez mais os países da SADC. O gestor não precisou números, mas disse que, actualmente, as exportações de energia para a região representam 22 por cento das receitas anuais da EDM.

“A região Austral de África está em crise. A África do Sul, Zimbabwe, Zâmbia estão com falta de energia. Recentemente, soubemos que a Tanzânia começa a ter os mesmos problemas. Então, vamos aproveitar (esta situação) para vender ao mercado regional porque temos excedentes de energia”, disse Gildo citado pela AIM.


Refira-se que a alocação, em 2021, de 150 Megawatts (MW) de energia adicionais da Hidroeléctrica de Cahora Bassa para Moçambique viabilizou a contratação de 105 MW firmes, através dos acordos bilaterais com os países membros da Southern Africa Power Pool (SAPP).


Fonte:Folha de Maputo 

الخميس، 14 أبريل 2022

Malawi foi o único país da SADC e da COMESA que votou a favor da suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas

 


Como era de esperar, a diplomacia malawiana, mais uma vez, alinhou com os Estados Unidos da América e outros países ocidentais, no que diz respeito à guerra em curso entre a Rússia e a Ucrânia. Reza a história que, no passado, também foi assim. Malawi, vizinho de Moçambique, alinhou com Portugal e com a África do Sul durante a luta de libertação contra o colonialismo português e contra o apartheid.

A votação foi realizada na passada quinta-feira na Assembleia-Geral da ONU, com a maioria dos países votando a favor da suspensão da Rússia. A Ministra dos Negócios Estrangeiros, Nancy Tembo, confirmou o voto do Malawi a favor da suspensão da Rússia. “Malawi votou sim para remover a Rússia do Conselho dos Direitos Humanos da ONU. Esta é a segunda votação crucial ligada à invasão da Ucrânia pela Rússia em que o Malawi votou. Malawi não apoia a guerra. Acreditamos no contacto e no diálogo”, disse Tembo.

No mês passado, Malawi também votou na ONU contra a invasão russa à Ucrânia.

Analistas políticos dizem que Malawi, actual presidente em exercício da SADC, é um país soberano e tem o seu próprio direito de tomar uma decisão quando se trata de votar a nível da ONU.

Henry Chingaipe do Instituto para Pesquisa Política e Empoderamento Social disse que a posição do Malawi não é uma divergência com os países da SADC ou da COMESA. “Não há decisões pré-acordadas sobre como votar nos fóruns da ONU. Em cada questão, há sempre decisões a favor ou contra as resoluções apresentadas para adopção. Nesse processo, a dinâmica da economia política entra em jogo e molda as decisões dos Estados-membros. No fim, o voto dos estados-membros é determinado pelos interesses do estado-parte e influencia nele. Então, a pergunta é: que influências e considerações estiveram em jogo e moldaram o voto do Malawi?”, disse Chingaipe.

Segundo Chingaipe, uma coisa que pode ter influenciado a votação pode ser a pressão ou a persuasão que os países que prestam ajuda ao Malawi possam ter exercido sobre os diplomatas do Malawi. “Claro, sempre há quatro opções. Sim; Não; Abstenção ou Ausência. Malawi foi claro e afirmativo. Acho que não votamos contra a Rússia. Votamos sim pelos nossos interesses económicos e nós alinhamos com os nossos doadores”, disse Chingaipe.

O analista político Vincent Kondowe disse que a história sempre mostrou que Malawi não se compara a outros países quando se trata de votar nas Nações Unidas. Kondowe disse que, em termos de política externa, cada país da SADC e da COMESA exerce o seu poder soberano.

Na última quinta-feira, a ministra britânica para a África, Vicky Ford, de visita a Lilongwe, elogiou a posição do presidente Lazarus Chakwera sobre a invasão russa, dizendo que qualquer hostilidade contra civis deve ser condenada. Malawi é um dos países mais pobres do mundo e fortemente dependente da ajuda ocidental.

Recorde-se, Moçambique absteve-se da resolução das Nações Unidas para suspender a Rússia do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, o que não agradou alguns países ocidentais.

A África do Sul, também vizinho de Moçambique, absteve-se três vezes desde 2 de Março das resoluções da Assembleia-Geral das Nações Unidas sobre a guerra na Ucrânia, porque Pretória acredita que condenar a agressão da Rússia não faria avançar a causa da paz – e poderia até levar a Rússia a mais “ofensas”, segundo a ministra de Relações Internacionais e Cooperação, Naledi Pandor.

Mas a posição não alinhada da África do Sul sobre a guerra na Ucrânia não significa que tolera a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, insistiu a chefe da diplomacia sul-africana.

Pandor disse: “o discurso agressivo e o uso da Assembleia-Geral para a aprovação de resoluções que adicionam mais à crítica não contribui para a resolução do problema. A África do Sul sempre se opôs às violações da soberania e integridade territorial dos estados-membros e não escolhemos qual estado-membro. Qualquer violação para nós é uma violação da Carta da ONU e seus princípios fundamentais”, disse Pandor.

Acrescentou ainda: “Também denunciámos o desastre humanitário que resultou desta incursão militar e exigimos a abertura urgente de corredores humanitários e a prestação de ajuda à população civil que, como é habitual, suporta o peso do sofrimento quando irrompe o confronto violento. Mantivemos esses pontos de vista sobre os princípios e valores fundamentais da Carta da ONU e sobre o apoio humanitário [também] em relação à Palestina e muitos outros países onde a soberania está ameaçada. “

Pandor reiterou que estava particularmente preocupada com a suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos. “Porque eu acho que quando um país que é parte de tal conflito é colocado à margem de organismos internacionais, o nível e a oportunidade para uma crescente falta de responsabilidade fica muito aberto. Então, estamos muito preocupados que quanto mais marginal você se tornar, piores serão as ofensas.”

Entretanto, Pandor foi pressionado por um jornalista que perguntou se a África do Sul acreditava que, estando a Rússia a violar o direito internacional e os direitos humanos, não faria sentido expressar essa opinião votando a resolução que suspende a Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Mas ela repetiu que a África do Sul questionou se essas resoluções promovem a paz.

Pandor disse aos ministros das Relações Exteriores que a chamaram para instá-la a votar a resolução: "estou preocupada que, se colocarmos a Rússia fora das instituições globais, estamos quase a dar uma licença para dizer 'faça o que quiser', agora desistimos. Não há mais nada'”.

Ela disse que ficar do lado do “sim” não traria a paz, pois qualquer acordo teria que incluir a Rússia e usar “instrumentos da ONU como ferramentas de guerra” não ajudaria a atrair o país para a paz.

Por outro lado, Pandor também insistiu que a África do Sul “resistiu a se envolver na política de confronto e agressão que tem sido defendida pelos países poderosos… adoptamos uma visão independente sobre como votamos. De forma alguma podemos ser orientados por ninguém sobre como devemos votar”.

Isso está de acordo com a abordagem do Movimento de Não Alinhamento (NAM), que foi formado em 1961 por países em desenvolvimento que desejavam ficar fora da Guerra Fria.

Pandor também acusou as nações que estão a tomar medidas contra a Rússia de dois pesos e duas medidas. “Quando Israel lançou operações militares ofensivas contra a Faixa de Gaza, matando centenas, arrasando casas, enterrando civis sob os escombros e devastando a infra-estrutura já em ruínas numa área tão pequena e densamente povoada, o mundo não respondeu da mesma maneira que tem feito na Ucrânia.

“Não podemos ver os palestinos como diferentes dos ucranianos. Mas a maneira como o mundo está a reagir sugere que a vida dos palestinos importa menos do que a vida dos ucranianos. Isso é algo que nos preocupa. E esperamos ver a ONU agindo com o mesmo vigor dos poderosos estados-membros, sobre Israel, Marrocos e outros que infringem a soberania das nações”, acrescentou, referindo-se também à reivindicação do Marrocos sobre o Sahara Ocidental que Pretória reconhece como um estado independente.

Depois da abstenção da África do Sul da resolução contra a Rússia no Conselho dos Direitos Humanos da ONU, em Genebra, o presidente dos EUA Joe Biden ligou para o seu homólogo sul-africano para pedir explicações sobre a posição da África do Sul.

A África do Sul e 18 outros países africanos apoiaram consistentemente, ou são vistos como apoiando a Rússia na sua guerra contra a Ucrânia com base no apoio da ex-União das Repúblicas Socialistas Soviéticas para a independência africana e durante a guerra anti-colonial e contra o apartheid, embora muitas vezes tenha sido em detrimento das suas economias domésticas, das finanças públicas e da estabilidade.


Fonte:Cartamoz

الجمعة، 10 ديسمبر 2021

Força local encontra 12 cadáveres em Macomia

 


Um grupo de milicianos (uma força local) encontrou 12 cadáveres, na passada quarta-feira, no Posto Administrativo de Mucojo, no distrito de Macomia, província de Cabo Delgado. As fontes presumem que os corpos sejam de terroristas e que, provavelmente, terão sido abatidos na última segunda-feira durante um tiroteio havido naquela região entre o grupo e as tropas da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral). Porém, a Missão da SADC em Moçambique ainda não confirmou estas mortes.

Ainda em Macomia, concretamente na aldeia de Litingima, as tropas da SADC capturaram cinco terroristas, na tarde desta quinta-feira. Na operação, um número considerável dos insurgentes conseguiu escapar. 

الأحد، 5 ديسمبر 2021

Frelimo acusa Renamo de estar contra o fim do terrorismo em Cabo Delgado

 

Frelimo

A Renamo está contra o fim dos ataques terroristas na província de Cabo Delgado, no extremo norte de Moçambique. A acusação é da Frelimo, partido que suporta o governo. 

A acusação é do partido no poder e fundamenta-se no facto da principal força política da oposição em Moçambique questionar a entrada de forças estrangeiras, sobretudo do Ruanda e SADC que, juntamente com as tropas moçambicanas, combatem os grupos terroristas em vários distritos da província de Cabo Delgado.

Sérgio Pantie, chefe da bancada parlamentar da Frelimo, falou sobre o assunto em conferência de imprensa na capital moçambicana.

"Temos notado com elevada preocupação uma continua e insidiosa campanha da Renamo ou de alguns dos seus deputados em sentido contrário ao dos moçambicanos em geral na busca da paz", começou por dizer Sérgio Pantie.

O líder da bancada parlamentar teceu ainda duras críticas aos referidos deputados: "É deplorável quando deputados da Assembleia da República, em plena sessão, como vimos do último debate das perguntas ao governo a colocarem em causa a bravura e heroísmo das nossas forças de defesa e segurança e as da SADC e do Ruanda no teatro operacional norte, na província de Cabo Delgado".

الأربعاء، 6 أكتوبر 2021

SADC alarga missão militar no combate ao terrorismo em Cabo Delgado


A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) aprovou ontem, em Pretória, a continuidade da missão militar conjunta da África Austral no combate ao terrorismo na região de Cabo Delgado, em Moçambique.

"A Cimeira aprovou a extensão da SAMIM [Missão da África Austral em Moçambique] para continuar com as ações ofensivas contra terroristas em Moçambique", anunciou o Presidente do Botsuana, Mokgweetsi Masisi, sem precisar detalhes.

O chefe de Estado falava no final de uma Cimeira Extraordinária da Troika do Órgão da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral mais a República de Moçambique, presidida pelo Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, realizada ontem na capital do país, Pretória.

A SAMIM chegou ao terreno em 09 de agosto para "combater atos de terrorismo e extremismo violento na Região Norte da Província de Cabo Delgado" com um mandato inicial até ao fim a 15 de outubro de 2021.

O Presidente Masisi referiu que a extensão da missão militar conjunta da SADC em Cabo Delgado visa "consolidar a estabilidade da segurança, criar um ambiente propício para o reassentamento das populações, e facilitar as operações de assistência humanitária e o desenvolvimento sustentado".

"A Cimeira instou os Estados membros, em articulação com as agências humanitárias, a continuarem a ajuda humanitária às populações afetadas pelos ataques terroristas, incluindo os deslocados internos", adiantou.

Os líderes regionais da África do Sul, Botsuana, Namíbia e Moçambique, que participaram na Cimeira, manifestaram também o seu "apoio incondicional" a Moçambique nos "esforços para alcançar a paz e segurança em alguns dos distritos do centro e norte da província de Cabo Delgado", segundo o líder regional.

O Presidente do Botsuana sublinhou ainda que "o Governo de Moçambique agradeceu o apoio regional [SADC] na luta contra o terrorismo", acrescentando que "a Cimeira elogiou os esforços do Presidente Ramaphosa pela sua liderança".

A Cimeira foi convocada pelo Presidente Cyril Ramaphosa na qualidade de presidente do Órgão da SADC para Cooperação em Política, Defesa e Segurança, segundo o ministério das Relações Internacionais e Cooperação sul-africano.