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‏إظهار الرسائل ذات التسميات Ataques terrorista. إظهار كافة الرسائل
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الاثنين، 4 مارس 2024

Ataques terroristas ditam encerramento de 40 escolas em Chiúre

 


Há pelo menos 40 escolas encerradas no distrito de Chiúre, em Cabo Delgado, devido aos últimos ataques terroristas. Em toda a província há 157 escolas fechadas. Os dados são avançados pelo director provincial de Educação.

Chiúre é um dos últimos distritos que foram atacados pelos malfeitores, o que causou o deslocamento de 67 mil pessoas para Eráti, na província de Nampula. Mas além deste distrito, há outros que têm escolas fechadas, tal como avançou Ivaldo Quincardete, director provincial da Educação, em entrevista à Rádio Moçambique.  

“Neste preciso momento, estão a funcionar 821 escolas. Quer dizer que temos o registo de 157 escolas que neste momento estão fechadas. O distrito com maior enfoque, por enquanto, é Chiúre e nós acreditamos que muito brevemente essas escolas vão retomar ou grande parte delas poderá retomar. A seguir, temos Macomia com 35 escolas que estão fechadas. Esses são os nossos distritos, Mocímboa da Praia ainda tem 19 encerradas, 40 escolas ainda estão a funcionar, destas 59 (existentes em Mocímboa da Praia). Então, os três distritos têm números elevados, os outros têm cinco, duas, nove, Nangade, por aí”, explicou Ivaldo Quincardete.

De acordo com Quincardete, há neste momento, centenas de crianças abrigadas em Nampula, que necessitam de apoio para regressarem à escola.

“Estamos a interagir com os colegas da província de Nampula. Então, temos o controlo de quantos alunos realmente estão em Chiúre. Nós instamos o sector da Educação para ir, in loco, perceber a situação das nossas crianças e fazer o levantamento. Houve um encontro dos nossos parceiros e estão abertos para apoiar as crianças, principalmente na componente de material escolar, porque nós sabemos que elas saíram desprevenidas, e, onde quer que estejam, precisam de cadernos, lápis para poderem estudar.”

Contactado pela STV, Ivaldo Quincardete disse que está em curso um levantamento da situação real na província e prometeu partilhar informações mais actualizadas, nos próximos dias.

الخميس، 6 يوليو 2023

Emboscada dos terroristas mata dez militares e fere outros no distrito de Macomia

 

Pelo menos dez (10) soldados das forças governamentais morreram em emboscada reivindicada pelos terroristas, numa região próxima à localidade Ilala, posto administrativo de Quiterajo, distrito de Macomia, em Cabo Delgado.

Os terroristas avançam igualmente que a operação resultou num número não especificado de feridos, para além da captura de diverso armamento. As armas estavam nas mãos dos soldados mortos e dos que escaparam da emboscada.

A informação vem contida em nota publicada pela Amaq, agência de informação pró-terrorismo que circula nas redes sociais, desde último domingo (2 de Julho), em que os terroristas reivindicam autoria de uma emboscada às Forças de Defesa e Segurança.

A publicação anexa fotografias de supostos militares mortos e documentos de identificação, como bilhetes de identidade e cartões de eleitor das vítimas mortais e dos elementos que escaparam.

No entanto, não há ainda informações sobre as circunstâncias em que os militares moçambicanos caíram na emboscada terrorista.

As autoridades moçambicanas ainda não reagiram ao ataque, mas na recente visita de trabalho do ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume, a Mocímboa da Praia e Palma, vincou a ideia de que mais trabalho deverá ser feito, apesar da melhoria da segurança.

As Forças de Defesa e Segurança moçambicanas e seus aliados da SADC e do Ruanda são alvos prioritários dos terroristas que operam na província de Cabo Delgado.

Refira-se que "Carta" avançou na semana passada que as FDS ordenaram a evacuação da população que retornou a algumas aldeias de Mucojo e Quiterajo, para dar espaço a uma ofensiva contra posições de terroristas nas matas daquelas regiões do distrito de Macomia.

⛲ CARTAMOZ 

الثلاثاء، 20 يونيو 2023

Suposta carta de terroristas sobre novo ataque a Mocímboa da Praia preocupa famílias regressadas


Uma carta supostamente deixada pelos terroristas, na semana passada, em algumas mesquitas do bairro Milamba, arredores da vila de Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado, está a criar uma grande agitação social, não obstante a presença das FDS moçambicanas e ruandesas. Muitas famílias regressadas estão com medo e temem o surgimento de novos ataques.

A suposta carta, escrita em língua árabe, anuncia o retorno de ataques nos próximos dias, aos bairros da Mocímboa da Praia, a serem protagonizados pelos terroristas, também conhecidos por "Babus" ou "Mababu" (plural) em língua Kimuani. Em português, o termo pode significar os "senhores", embora o verdadeiro significado de "babu", seja "avô" ou "mababu" os "avós.

O termo "babu" ou "mababu" é usado pela população local para designar os terroristas como forma de contornar a palavra "alshabab ou mashababi", para não chamar atenção aos agentes do Estado sobretudo forasteiros, nomeadamente, as unidades do exército e dos serviços secretos que, entre 2019/2020, chegaram à vila de Mocímboa da Praia.

Outras fontes consultadas pela "Carta" afirmam que a informação sobre a suposta carta dos terroristas circulou durante a semana passada, mas os denunciantes não mostraram a mesma, limitando-se a dizer que alguém removeu das paredes.

As fontes, algumas delas residentes no bairro Milamba, apontam que a carta dos "Mababus" teria sido colada em duas mesquitas, uma maioritariamente frequentada por pessoas da aldeia Ulo, vulgarmente conhecida por mesquita de "wa Ulo" actualmente dirigida pelo sheik Daba e outra na zona residencial de Pamporo orientada pelo sheik Rachide.

De acordo com as mesmas fontes, as cartas deixadas pelos terroristas diziam: "por mais que vivam e comam, havemos de regressar, não esqueçam que a jihad (guerra santa) não vai parar em Mocímboa da Praia".

Refira-se que em Março findo as Forças de Defesa e Segurança Ruandesas que controlam o cordão de segurança no distrito de Mocímboa da Praia garantiram que a vila não será mais retomada pelos terroristas. 

⛲ Cartamoz

الأربعاء، 5 أبريل 2023

Corpos queimados em Moçambique: Silêncio da SAMIM criticado


O Centro para a Democracia e Desenvolvimento critica a "demora" do inquérito ao caso de um vídeo que mostra supostos soldados sul-africanos a queimar cadáveres de insurgentes na província mocambiçana de Cabo Delgado.

"A demora na conclusão da investigação já começa a levantar preocupações sobre a seriedade com que a SAMIM [Missão Militar da África Austral em Moçambique] está a tratar do assunto", refere a organização não-governamental (ONG) moçambicana, em nota distribuída à comunicação social.

Em entrevista à DW África, o diretor do Centro para a Democracia e Desenvolvimento (CDD), Adriano Nuvunga, mostra-se preocupado com o silêncio da SAMIM, assim como dos governos sul-africano e moçambicano sobre o caso.

DE África: Antes de mais, talvez seja necessário explicar o que é que se vê concretamente no vídeo em questão?

AN: São soldados com bandeira sul-africana, aparentemente numa missão da SAMIM em Cabo Delgado, num ato que, segundo a nossa investigação, aconteceu em finais de novembro do ano passado, e onde soldados com bandeira sul-africana atiram corpos contra uma fogueira enormíssima. Isto é preocupante, sobretudo porque há um consenso quanto às causas domésticas para este conflito e isto, a nosso ver, pode exacerbar os fatores internos.

DW África: O que está a dizer aplica-se, mesmo tratando-se de terroristas?

AN: Até podem ser corpos de extremistas violentos, mas podem ser jovens recrutados localmente contra a sua vontade. E isto pode, naturalmente, provocar esta exacerbação de radicalização junto dos outros jovens e ir contra os propósitos da missão da SADC [Comunidade de Desenvolvimento da África Austral] em Moçambique e da presença das tropas sul-africanas em particular.

DW África: Na vossa opinião, exige-se uma investigação independente?

AN: Desde essa altura vimos chamando a atenção para a urgente necessidade de um esclarecimento através de uma investigação independente. E dissemos na altura que não deviam ser as tropas sul-africanas a fazerem investigação de si próprias. Estranhamos e condenamos o silêncio do Estado moçambicano perante tamanha barbaridade e violação grave de direitos humanos, algo que até hoje, incompreensivelmente e condenavelmente se mantém o silêncio das autoridades moçambicanas.

DW África: O que é que a SAMIM tem vindo a alegar? Algum tipo de esclarecimento até agora?

AN: A SAMIM vem dizendo que está a investigar, mas ainda não saiu nenhum dado preliminar que indica que essa investigação esteja a acontecer. E condenamos agora esta demora, esta despreocupação em esclarecer algo que pode estar a denunciar algo maior da forma como as autoridades militares se estão a comportar em Cabo Delgado, num quadro onde o controlo, a fiscalização sobre a ação militar parece não estar a acontecer, dando lugar à impunidade da ação militar que claramente vai exacerbar, como já dissemos, eventuais focos de radicalização dos jovens.


⛲ Dw

الخميس، 30 مارس 2023

Alemanha vai doar 27,5 milhões para deslocados no norte do país


O Governo da Alemanha anunciou ontem (29) em Maputo uma ajuda financeira de 27,5 milhões de euros para os deslocados de guerra nas províncias de Cabo Delgado e Nampula. A ajuda foi anunciada pelo embaixador alemão em Maputo, Lothar Freischlader.

Freischlader avançou que o dinheiro será usado nos serviços de saúde, água e educação e em programas mais orientados para crianças, adolescentes e mulheres grávidas, que foram obrigados a fugir das suas terras, devido à violência armada em Cabo Delgado.

"Os ataques terroristas no norte do país já deslocaram quase 950 mil pessoas, sendo que mulheres, crianças e adolescentes apresentam-se como um dos grupos mais vulneráveis e que são afectados de forma desproporcional", enfatizou o diplomata. 

Jovens e mulheres de outros países e que estão refugiados em Moçambique também serão abrangidos pelos programas financiados com a verba, explicou Lothar Freischlader.

As iniciativas cobertas pelo apoio, prosseguiu, serão implementadas em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). O representante adjunto do Unicef em Moçambique, Yannick Brand, realçou que as intervenções que serão feitas através do financiamento anunciado pela Alemanha vão ter um grande impacto na vida dos beneficiários.

"A deslocação forçada traz grandes desafios, tanto para os deslocados como para as comunidades que abrem as suas casas aos recém-chegados. Quando as pessoas são forçadas a fugir, perdem frequentemente o acesso a serviços essenciais, como cuidados de saúde, apoio nutricional, educação, água, saneamento e higiene e protecção infantil", destacou Brand.

A província de Cabo Delgado enfrenta há cinco anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de 2021 com apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projectos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques no sul da região e na vizinha província de Nampula.

O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o ACNUR, e cerca de 4.000 mortes, segundo o projecto de registo de conflitos ACLED.


⛲ Cartamoz 

الجمعة، 24 مارس 2023

Terroristas tentam estabelecer nova base na zona de Namarussia no distrito de Macomia



As incursões terroristas em Cabo Delgado parecem estar ainda longe do fim devido à persistente movimentação daquele grupo, nos últimos dias, em áreas do distrito de Mocímboa da Praia e Macomia, onde, além da violência, usaram uma estratégia pacífica (de mansinhos) para ganhar confiança da população.

Contudo, a Organização Não Governamental, ACLED, que monitora o conflito armado no norte do país, advertiu no seu último relatório, divulgado na terça-feira (21), que na zona de Namarussia, localizada entre a floresta Kathupa, a oeste da aldeia Cogolo, em Mucojo, e leste do posto administrativo de Quiterajo, os terroristas pretendem instalar uma nova base.

De acordo com a ACLED, recentemente, um número de aproximadamente 100 terroristas atravessou a estrada N380, para tentar estabelecer uma nova base em torno das florestas de Namarussia, também conhecida por Quinharussia.

Refira-se que, nas últimas semanas, os terroristas movimentaram-se a norte do distrito de Macomia e sul de Mocímboa da Praia, regiões não muito distantes do rio Messalo, que igualmente compreende a zona de Namarussia.

Segundo a ACLED, os terroristas que estiveram recentemente na localidade Pangane eram cerca de 30 homens, enquanto em Ulo o número era de 14 militantes do grupo terrorista. 


⛲ Cartamoz 



الخميس، 16 مارس 2023

Terroristas aparecem em paz na aldeia Pangane e pedem às pessoas que sigam o Alcorão



Famílias na sua maioria de pescadores, que regressaram sem autorização das autoridades à aldeia Pangane, posto administrativo de Mucojo, no distrito de Macomia, foram obrigadas a participar numa reunião, convocada por um grupo de terroristas que escalou aquela região, ao princípio da noite da última segunda-feira (13).

Segundo fontes, sem usar a violência, que é a sua marca, o grupo de terroristas disse à população que não tinha intenção de fazer mal a ninguém, mas falou sobre a necessidade de seguir as ordens de Deus (Allah) emanadas do Alcorão.

De acordo com as nossas fontes, os terroristas disseram às pessoas que devem rezar, jejuar e aumentar a prática de boas acções, sobretudo durante o mês do Ramadão, consagrado para jejum dos muçulmanos.

De seguida, o grupo pediu para comprar alguns produtos alimentares, incluindo pescado, porém, queimou cigarros que estavam à venda e ofereceu dinheiro a algumas pessoas, sobretudo os idosos. Ao queimar os cigarros, os terroristas alegaram que não era permitido na "sharia".

A fraca movimentação dos terroristas na região costeira do distrito de Macomia, devido às frequentes acções da força local, das FDS e da missão militar da SADC, com destaque para a tropa sul-africana, motivou o regresso de algumas famílias acolhidas em Mucojo, na sua maioria pescadores.

Nos últimos dias, a vila de Macomia recebe muita quantidade de peixe proveniente de Mucojo e de Pangane. 


⛲ Carta

الثلاثاء، 14 فبراير 2023

Mina de ouro encerrada devido a ataques em Cabo Delgado

 


Foi encerrada uma mina de ouro da Nairoto Resources Limitada, na província de Cabo Delgado, após um ataque atribuído a terroristas nas proximidades. Como consequência, os trabalhadores da empresa foram evacuados para zonas consideradas seguras.

Através de um comunicado de imprensa, a Gemfields, empresa mineira detentora de 75% da Nairoto Resources Limitada, informa que pouco antes da meia-noite do último domingo, ocorreu o ataque, na aldeia de Nairoto, província de Cabo Delgado.

Pelo facto de a aldeia de Nairoto encontrar-se a 15 quilómetros da mina da Nairoto Resources Limitada e a 83 quilómetros da mina da mina da Montepuez Ruby Mining, detida em 75% pela mesma empresa, os trabalhadores da empresa foram evacuados.

“Como consequência, a Nairoto Resources Limitada iniciou o processo de evacuação de funcionários operacionais e empreiteiros e as operações no local estão suspensas. Mas, não há impacto sobre as operações na Montepuez Ruby Mining”, refere o comunicado.

Suspeita-se que os ataques tenham sido protagonizados pelos terroristas que, desde Setembro de 2017, assombram a província de Cabo Delgado, na região Norte do país. Para já, a Gemfields diz estar a manter contactos regulares com as autoridades governamentais.

Ataque terrorista contra base das FDS resulta em cinco mortos em Montepuez



Um grupo de cerca de 80 homens armados atacou, por volta das 23:00 horas do último domingo até à madrugada desta segunda-feira, o quartel das Forças de Defesa e Segurança, na sede do posto administrativo de Nairoto, distrito de Montepuez, sul de Cabo Delgado. Acredita-se que sejam os terroristas que no dia 4 de Fevereiro atacaram a região de Namoro. 

Fonte do Secretariado do posto administrativo de Nairoto confirmou à "Carta" que inicialmente os terroristas atacaram a posição conjunta das FDS, tendo causado cinco (5) baixas e, posteriormente, começaram a roubar armas, fardas, munições e produtos alimentares e ocuparam a área durante cerca de 5 horas. 

Durante esse período, a maior parte da população saiu em fuga para a sede do distrito de Montepuez, embora os terroristas não tivessem como alvo os civis. 

De acordo com a nossa fonte, além de matar (soldados) e roubar bens, os terroristas queimaram quatro viaturas, sendo uma da polícia de guarda-fronteira e outra que acabava de abastecer alimentos ao quartel, para além de uma máquina niveladora que estava em serviço ao longo da estrada Montepuez-Mueda. 

Este é o segundo ataque, no distrito de Montepuez, em cerca de uma semana, mas este último é considerado de grande envergadura, a avaliar pelo nível dos danos causados e pela ousadia de atacar uma força conjunta da Migração, FADM e outras. 

Refira-se que a posição atacada pelos terroristas está a cerca de 30 quilómetros de uma mina de exploração de ouro pela empresa Nairoto Resources Limitada, operada pelas empresas Mwiriti e Montepuez Ruby Mining.


Cartamoz 



الاثنين، 6 فبراير 2023

Terrorismo em Cabo Delgado: 51 pessoas morreram em menos de 10 dias

 


Os ataques terroristas em Cabo Delgado continuam a semear dor e luto, tendo em conta que, em menos de 10 dias (de 25 de Janeiro a 03 de Fevereiro), 51 pessoas perderam a vida entre civis, membros das forças governamentais e terroristas. Os dados mostram que, no dia 1 de Fevereiro, sete (07) pessoas morreram carbonizadas por volta das 12:00 horas, numa emboscada terrorista, ao longo da estrada N380, na zona de Nangololo, posto administrativo de Muaguide, distrito de Meluco.

Durante esta incursão, pelo menos nove (09) pessoas ficaram feridas, das quais, seis (06) em estado grave, encontrando-se em tratamento nos hospitais provincial de Pemba e central de Nampula.

Antes deste ataque, os terroristas atacaram, no passado dia 31 de Janeiro, a aldeia Iba, onde mataram 15 pessoas, na sua maioria elementos da Força Local, também conhecidos por "Namparamas". Numa reportagem fotográfica, divulgada pelos canais de propaganda dos terroristas, o grupo reivindicava a morte por decapitação de treze (13) elementos da Força Local.

Entretanto, fontes da "Carta" confirmam que pelo menos seis terroristas terão sido abatidos pelos “Namparamas” durante uma troca de tiros nas proximidades da aldeia Iba.

Segundo o mais recente relatório do Cabo Ligado, produzido pela ACLED, no dia 25 de Janeiro findo, um grupo terrorista escalou a aldeia Calugo, do lado norte da vila de Mocímboa da Praia, sem causar violência, mas no dia 26 foi perseguido pelas Forças de Segurança do Ruanda e, numa troca de tiros, na região de Luxeti, 13 terroristas foram mortos e dois militares ruandeses ficaram feridos. O documento indica que as confrontações entre as duas partes se prolongaram até dia 29 de Janeiro, com o registo de mortes na zona de Marere.

Fontes disseram à "Carta" que as forças do Ruanda que controlam o cordão de segurança no distrito de Mocímboa da Praia estabeleceram uma nova base na aldeia Luxeti.


Fonte: Cartamoz 

الأربعاء، 25 يناير 2023

Confrontos fazem cinco mortos e três feridos em Cabo Delgado



Pelo menos cinco insurgentes morreram durante confrontos ocorridos, esta terça-feira (24.01), na aldeia de Nacala, a 50 quilómetros de Mueda. Outras três pessoas ficaram feridas.

Milícias em Cabo Delgado, norte de Moçambique, anunciaram, esta quarta-feira (25.01), ter morto cinco insurgentes durante confrontos ocorridos na terça-feira na aldeia de Nacala, situada entre Nanhala e Chude, a 50 quilómetros da sede de distrito de Mueda. 

"Disparámos porque eles começaram a queimar casas", referiu um dos membros da chamada "força local", acrescentando que, entre os feridos, estão dois elementos da "força local" e um civil. 

Outra fonte da "força local" referiu que as trocas de tiro continuaram até às 05:00 (UTC - Tempo Universal Coordenado) desta quarta-feira e que a situação já estava controlada por parte da milícia.

Os confrontos fizeram com que muitas pessoas fugissem desde terça-feira em direção a Mueda, relatou uma mulher de 43 anos, mãe de cinco filhos, e que decidiu procurar segurança na sede de distrito. 

Insurgência armada

A província de Cabo Delgado enfrenta há cinco anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico. 

A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de 2021 com apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul da região e na vizinha província de Nampula.  

O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLE.


Fonte:Dw

الثلاثاء، 24 يناير 2023

Terrorismo: Filipe Nyusi diz que nenhuma província está “imune” a grupos armados



Filipe Nyusi alertou ontem que nenhuma província do país “está imune” à ação de “terroristas”, apontando a prevenção e combate aos grupos armados como prioridade.

“As ações do terrorismo podem ocorrer em qualquer parte do território nacional, nenhuma província pode se sentir imune”, declarou Nyusi.

O chefe de Estado moçambicano falava durante a tomada de posse do novo vice-ministro da Saúde, Ilesh Jani, e de cinco novos secretários de Estado.

Filipe Nyusi avançou que mesmo as províncias que escapam aos ataques de grupos armados podem ser palco de recrutamento de membros ou fontes de financiamento.

Nesse sentido, a prioridade dos governantes locais deve ser a prevenção e combate ao terrorismo, uma vez que a violência atenta contra a vida das populações e constitui um grande obstáculo ao desenvolvimento, prosseguiu.

Filipe Nyusi apelou aos dirigentes hoje investidos nas novas funções que impulsionem a execução dos programas de combate à pobreza e desenvolvimento do país.

A província moçambicana de Cabo Delgado enfrenta há cinco anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de 2021 com apoio do Ruanda e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul da região e na vizinha província de Nampula.

O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.


Fonte: Cartamoz 

الاثنين، 16 يناير 2023

Ancuabe junta-se à área sob responsabilidade das forças do Ruanda em Cabo Delgado

 


O porta-voz da Força de Defesa do Ruanda, Brigadeiro-General Ronald Rwivanga, confirmou na passada quinta-feira que Ancuabe, no sul de Cabo Delgado, é um novo sector sob responsabilidade das forças ruandeses, tal como Palma e Mocímboa da Praia, no nordeste da província, onde o contingente militar e policial está sediado desde o início da missão em Cabo Delgado em Julho de 2021.

Em Abril do ano passado, Ronald Rwivanga disse que os ruandeses “não têm intenção de assumir mais sectores” em Cabo Delgado, mas desde lá até cá, a situação de segurança na província mudou drasticamente. 

Inicialmente, nenhuma força internacional havia sido designada para o distrito de Ancuabe porque antes de Junho de 2022 nunca havia sido atacada, mas em Agosto era o distrito com maior número de mortes em Cabo Delgado, com os insurgentes lançando uma ofensiva nas regiões a sul da província.

Entretanto, desde Outubro que não se registam ataques em Ancuabe, mas as forças de segurança estão agora a posicionar-se para a reabertura desta frente. Uma fonte militar sugere que cerca de 1.000 soldados ruandeses poderão ser destacados para Ancuabe e igual número de soldados das FADM.

Estima-se que 2.500 militares e polícias ruandeses estão no terreno em Cabo Delgado representando um aumento de 1.000 no contingente inicial destacado em 2021.

A responsabilidade pela assistência às FADM nas operações de contra-insurgência em cada um dos distritos de Cabo Delgado é repartida entre os ruandeses e os vários contingentes que integram a Missão Militar da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral em Moçambique (SAMIM). A Força de Defesa do Ruanda já realizou anteriormente operações conjuntas para além dos sectores formais sob sua responsabilidade, nomeadamente no distrito de Macomia, mas apenas para fornecer apoio temporário.

O porta-voz da Força de Defesa do Ruanda, Brigadeiro-General Ronald Rwivanga, confirmou na passada quinta-feira que Ancuabe, no sul de Cabo Delgado, é um novo sector sob responsabilidade das forças ruandeses, tal como Palma e Mocímboa da Praia, no nordeste da província, onde o contingente militar e policial está sediado desde o início da missão em Cabo Delgado em Julho de 2021.

Em Abril do ano passado, Ronald Rwivanga disse que os ruandeses “não têm intenção de assumir mais sectores” em Cabo Delgado, mas desde lá até cá, a situação de segurança na província mudou drasticamente. 

Inicialmente, nenhuma força internacional havia sido designada para o distrito de Ancuabe porque antes de Junho de 2022 nunca havia sido atacada, mas em Agosto era o distrito com maior número de mortes em Cabo Delgado, com os insurgentes lançando uma ofensiva nas regiões a sul da província.

Entretanto, desde Outubro que não se registam ataques em Ancuabe, mas as forças de segurança estão agora a posicionar-se para a reabertura desta frente. Uma fonte militar sugere que cerca de 1.000 soldados ruandeses poderão ser destacados para Ancuabe e igual número de soldados das FADM.

Estima-se que 2.500 militares e polícias ruandeses estão no terreno em Cabo Delgado representando um aumento de 1.000 no contingente inicial destacado em 2021.

A responsabilidade pela assistência às FADM nas operações de contra-insurgência em cada um dos distritos de Cabo Delgado é repartida entre os ruandeses e os vários contingentes que integram a Missão Militar da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral em Moçambique (SAMIM). A Força de Defesa do Ruanda já realizou anteriormente operações conjuntas para além dos sectores formais sob sua responsabilidade, nomeadamente no distrito de Macomia, mas apenas para fornecer apoio temporário.

Lembre-se que o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), Almirante Joaquim Mangrasse, visitou no passado dia 23 de Dezembro de 2022 o contingente das forças ruandesas em Ancuabe.


Fonte: Cartamoz 




الثلاثاء، 10 يناير 2023

Vídeo de soldados a queimar cadáveres "embaraça" Moçambique

 


Nas redes sociais, circulam imagens de soldados não identificados, supostamente a queimar corpos de insurgentes na província de Cabo Delgado. "É embaraçoso" para a imagem de Moçambique na ONU, diz investigador.

https://youtube.com/shorts/YkU8Y6pClFw?feature=share

As Forças Armadas da África do Sul emitiram esta terça-feira (10.01) um comunicado informando que foi aberta uma investigação pela Missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) em Moçambique (SAMIM) para aferir a veracidade dos vídeos que circulam nos últimos dias nas redes sociais mostrando soldados aparentemente queimando corpos de insurgentes perto da aldeia de Nkonga, no distrito de Nangade, na província de Cabo Delgado, em Moçambique.

Segundo o comunicado da Força Nacional de Defesa da África do Sul (SANDF, na sigla em inglês), citado pelo jornal sul-africano Daily Maverick, o vídeo "mostra as SANDF e outros membros de forças de defesa desconhecidas envolvidos em atividades contra a lei do conflito armado".

O general sul-africano Andries Mahapa, citado pelo portal sul-africano DefenceWeb, confirma que o Exército da África do Sul "tomou conhecimento de um vídeo a circular nas redes sociais mostrando membros de uma força de defesa ainda não identificada a atirar cadáveres para uma pilha de entulho a arder, bem como membros das SANDF de pé, a observá-los".

O incidente terá tido lugar em novembro, acrescenta o portal. As Forças Armadas sul-africanas, na voz de Mahapa, condenam os atos cometidos no vídeo e prometem que "os culpados serão levados à justiça". No entanto, o general sublinha que as tropas da missão da SADC em Moçambique são da responsabilidade da SAMIM.

Em comunicado, a força regional refere que "não consegue confirmar se o incidente ocorreu na sua área de jurisdição", mas promete informar "prontamente" o público em geral "assim que o inquérito estiver concluído".

Em entrevista à DW, João Feijó, investigador do Observatório do Meio Rural, considera que, a confirmar-se, o incidente pode prejudicar a imagem de Moçambique e do Presidente Filipe Nyusi, que se apresentou internacionalmente como "arauto da paz" depois do país assumir um assento como membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).

DW África: Caso se comprove a veracidade dos vídeos em questão, em que contexto pode ter acontecido este incidente?

João Feijó (JF): Acho que esta situação nos permite tirar algumas ilações. A primeira que gostava de salientar é que os militares dão este destino aos cadáveres de uma forma um pouco leviana e demasiado naturalizada. Através do vídeo é possível ver que pelo menos três militares estão a filmar. Isto traduz uma certa naturalização deste fenómeno, que revela a desumanização que já se tornou banal no terreno. 

DW África: O que é que isto pode representar para a credibilidade da SAMIM na luta contra o terrorismo em Cabo Delgado?

JF: Naturalmente que a credibilidade da SAMIM sai beliscada, porque isto revela alguma indisciplina por parte dos militares, que trazem telemóveis e fazem filmagens no terreno. Isto é algo que foi conhecido porque foi filmado. Resta saber a quantidade de atos deste género que acontecem e que não são filmados — por parte de todos os agentes no terreno, não só da SAMIM. As tropas moçambicanas também já fizeram os seus massacres, que também estão documentados e apareceram nos média. A única diferença é que houve uma negação por parte das autoridades moçambicanas, que disseram que estes vídeos são fake news.

Uma outra ilação que podemos tirar é que a reação de comunicação por parte do Exército da SAMIM, sobretudo o sul-africano, foi muito mais assertiva. Reconheceram o ato, referiram que não se identificam com o mesmo.

Agora, o Exército sul-africano atirou a responsabilidade para a SAMIM, que estava a comandar as operações, a SAMIM demarca-se desta situação e diz que vai investigar, mas não nega abertamente como fez o Governo moçambicano.

DW África: Quais serão as repercussões a nível internacional, nomeadamente da Organização das Nações Unidas, caso se venha a comprovar a veracidade dos vídeos?

JF: Moçambique, desde 1 de janeiro, faz parte do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Levantou como bandeira as questões da paz, do combate ao terrorismo, da partilha de experiências.

Perante as Nações Unidas, esta situação é embaraçosa para Moçambique, indiretamente. Apesar de não ter sido cometido por tropas moçambicanas, foi um ato realizado em território moçambicano, portanto, é embaraçoso. Perante os grandes doadores que estão a fazer uma guerra por correspondência — a União Europeia tem ali interesses energéticos, nomeadamente através da Total, da Eni e da Galp — este incidente é embaraçoso. Quem ganha mais com isto é o Ruanda, porque até hoje não surgiram notícias deste tipo de comportamentos protagonizados pelas tropas ruandesas.


Fonte:DW

الأربعاء، 6 أكتوبر 2021

SADC alarga missão militar no combate ao terrorismo em Cabo Delgado


A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) aprovou ontem, em Pretória, a continuidade da missão militar conjunta da África Austral no combate ao terrorismo na região de Cabo Delgado, em Moçambique.

"A Cimeira aprovou a extensão da SAMIM [Missão da África Austral em Moçambique] para continuar com as ações ofensivas contra terroristas em Moçambique", anunciou o Presidente do Botsuana, Mokgweetsi Masisi, sem precisar detalhes.

O chefe de Estado falava no final de uma Cimeira Extraordinária da Troika do Órgão da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral mais a República de Moçambique, presidida pelo Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, realizada ontem na capital do país, Pretória.

A SAMIM chegou ao terreno em 09 de agosto para "combater atos de terrorismo e extremismo violento na Região Norte da Província de Cabo Delgado" com um mandato inicial até ao fim a 15 de outubro de 2021.

O Presidente Masisi referiu que a extensão da missão militar conjunta da SADC em Cabo Delgado visa "consolidar a estabilidade da segurança, criar um ambiente propício para o reassentamento das populações, e facilitar as operações de assistência humanitária e o desenvolvimento sustentado".

"A Cimeira instou os Estados membros, em articulação com as agências humanitárias, a continuarem a ajuda humanitária às populações afetadas pelos ataques terroristas, incluindo os deslocados internos", adiantou.

Os líderes regionais da África do Sul, Botsuana, Namíbia e Moçambique, que participaram na Cimeira, manifestaram também o seu "apoio incondicional" a Moçambique nos "esforços para alcançar a paz e segurança em alguns dos distritos do centro e norte da província de Cabo Delgado", segundo o líder regional.

O Presidente do Botsuana sublinhou ainda que "o Governo de Moçambique agradeceu o apoio regional [SADC] na luta contra o terrorismo", acrescentando que "a Cimeira elogiou os esforços do Presidente Ramaphosa pela sua liderança".

A Cimeira foi convocada pelo Presidente Cyril Ramaphosa na qualidade de presidente do Órgão da SADC para Cooperação em Política, Defesa e Segurança, segundo o ministério das Relações Internacionais e Cooperação sul-africano.

الجمعة، 4 يونيو 2021

Ataques em Cabo Delgado: Maputo defende “revisão” do modelo de defesa na cooperação com a Tanzânia

 



O secretário permanente do Ministério da Defesa de Moçambique defendeu ontem, num encontro com quadros da Tanzânia, a "revisão" dos modelos adoptados no domínio da defesa face a novas ameaças, com destaque para o terrorismo.

A situação política e militar internacional convida todos os intervenientes em questões de defesa e segurança a reverem conceitos e a reequacionarem os modelos até agora seguidos", declarou Casimiro Mueio, durante a terceira sessão da comissão conjunta permanente de Defesa e Segurança entre Moçambique e Tanzânia em Dar-Es-Salaam, segundo uma transcrição da sua intervenção ontem distribuída pelo Ministério da Defesa moçambicano.


Cabo Delgado, uma das duas províncias moçambicanas que fazem fronteira com a Tanzânia, está sob ataque desde outubro de 2017 e a violência está a provocar uma crise humanitária com mais de 2.800 mortes, segundo o projecto de registo de conflitos ACLED, e 714.000 deslocados, de acordo com o Governo moçambicano.


Em novembro do último ano, Moçambique e Tanzânia assinaram um acordo para troca de informações sobre as incursões de grupos armados naquela região e a parceria entre os dois países é apontada por vários investigadores como fundamental para travar os rebeldes.


Na sessão de ontem, Casimiro Mueio reiterou a necessidade de uma actuação conjunta para responder às ameaças que a região está a sofrer nos últimos anos.


"Torna-se cada vez mais evidente que os chamados conflitos clássicos tendem a ser substituídos por conflitos de baixa intensidade caracterizados por acções de guerra assimétrica, em que se destaca o terrorismo", declarou Casimiro Mueio, frisando que há "necessidade de criar as sinergias para conjuntamente" enfrentar os desafios regionais.


O número de deslocados aumentou com o ataque contra a vila de Palma em 24 de março, uma incursão que provocou dezenas de mortos e feridos, sem balanço oficial anunciado.


As autoridades moçambicanas anunciaram controlar a vila, mas aquele ataque levou a petrolífera Total a abandonar por tempo indeterminado o recinto do empreendimento que tinha início de produção previsto para 2024 e no qual estão ancoradas muitas das expectativas de crescimento económico na próxima década

الثلاثاء، 4 مايو 2021

Ataques em Cabo Delgado minam defesa dos direitos humanos

 



Os ataques terroristas, que afectam a província de Cabo Delgado, colocam Moçambique numa posição crítica em relação ao respeito pelos direitos humanos, segundo avançou, hoje, a Ministra da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Helena Kida.


A ministra da pasta da Justiça falava à margem da apresentação à Organização das Nações Unidas do III ciclo do relatório da situação dos Direitos Humanos do país, tendo afirmado que a questão dos direitos humanos já teve dias melhores, mas o terrorismo em Cabo Delgado vem retroceder os avanços antes registados.


“Esta situação de Cabo Delgado vai, de certa forma, comprometer aquilo que é o nosso desiderato de garantir o exercício destes direitos humanos e isto impõe ao Governo e impõe ao Estado um esforço maior para, nesta situação, invulgar e garantir que estes direitos humanos e humanitários sejam cumpridos”, disse.


Segundo Kida, Moçambique quer melhorar a situação e, por isso, aceitou, voluntariamente, prestar informação à ONU e sujeitar-se a esta que é a terceira avaliação feita pelos estados-membros da organização.


A fonte explicou que, durante a conferência virtual e após a apresentação do relatório, cada estado-membro canaliza as suas recomendações para melhorar a situação dos direitos humanos e, em função da condição, estas podem ser acolhidas, imediatamente, ou deverão passar por uma auscultação, como aconteceu no II ciclo ocorrido em 2016, que resultou em 210 recomendações, das quais 180 foram acatadas.


“Acreditamos que estamos num bom caminho, nesta avaliação, viemos trazer o que resultou das recomendações que tivemos no segundo ciclo, notamos alguma evolução desde a última avaliação, mas, como disse, a situação em Cabo Delgado é um dos pontos que compromete a nossa evolução”, disse a diplomata.


Nesta sessão, a recomendação unânime dos estados-membros foi a implementação à risca da legislação, segundo explicou Luís Bitone, presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos.


Conforme deu a entender a fonte, “temos avançado no campo legislativo, para além de termos leis, temos uma boa legislação, mas ainda não conseguimos implementar, por isso o progresso anda lento, o que se torna mais grave ainda é isso que os estados-membros pedem para que o país tome em conta para evoluir nesse aspecto”.


Bitone disse que as recomendações dos estados-membros destacam a implementação das leis em especial “neste caso em que temos a situação de Cabo Delgado que despoletou uma situação muito grave em termos de observância dos direitos humanos, no que diz respeito ao direito humanitário aos deslocados”.


A COVID-19 foi um outro elemento arrolado como entrave para o cumprimento da legislação e automaticamente para o desrespeito aos direitos humanos e a discussão vai orientar e aconselhar o governo sobre as prioridades a ter.


Para concluir, o presidente da Comissão dos Direitos Humanos referiu que a situação de Cabo Delgado se torna mais crítica e grave, por causa do número crescente de deslocados e o apoio insuficiente que têm.


Uma visão igualmente defendida pelo vice-presidente da primeira Comissão da Assembleia da República, Osório Soto, que entende que a violação dos direitos humanos para as vítimas dos ataques de Cabo Delgado não é apenas para quem “é atingido pelas balas”.


Para Soto, o facto de estas pessoas perderem o direito de viver em paz, de se verem obrigados a viver como refugiados, de serem torturados constituem as mais graves violações dos direitos humanos, não apenas na zona norte do país, como também na zona centro, com os ataques da Junta Militar da Renamo.


“São essas as conjunturas que regridem os avanços que já registámos, mas podemos compreender que o país tem o interesse de melhorar a promoção e defesa dos direitos humanos e, por isso, devemos acatar as recomendações para melhorar a situação”.


Apesar dos esforços do governo, a fonte alerta que é preciso que todos ajudem no alcance à defesa dos direitos humanos.


Para além da insegurança no país, que contribui grandemente para a regressão no cumprimento dos direitos humanos, há outros aspectos que minam esses objectivos, segundo arrola Chele Soura, director executivo do Mecanismo de Revisão Periódica Universal.


“Para além dos ataques terroristas, podemos citar todo um conjunto de elementos: a situação das cadeias superlotadas, com condições que não são humanas, temos a situação das desigualdades e as disparidades que são muito grandes e são expressas a problemática da iliteracia da rapariga e das gravidezes prematuras”.


Sousa fala ainda da questão da justiça por conta dos atrasos processuais, o que coloca em causa o direito de acesso à justiça. A problemática da alimentação adequada, que o país regista, constitui, também, “uma violação gravíssima dos direitos humanos”, bem como o excesso de zelo das forças de defesa e segurança.