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الجمعة، 4 أغسطس 2023

Filipe Nyusi deve convocar Eleições Gerais até 15 de Agosto


Com a aprovação, ontem, do Projecto de Revisão Pontual da Constituição da República, estão criadas as condições para a convocação das VII Eleições Gerais e IV das Assembleias Provinciais. Assim, o Chefe de Estado, que viu a bancada parlamentar do seu partido (Frelimo) reduzir o período de convocação do escrutínio de 18 para 14 meses, tem até ao próximo dia 15 de Agosto a data-limite para convocar o escrutínio a ser realizado em Outubro de 2024.

De acordo com a legislação eleitoral, as eleições presidenciais e legislativas e das Assembleias Provinciais realizam-se até à primeira quinzena de Outubro de cada ano eleitoral, em data a definir por Decreto do Presidente da República, sob proposta da CNE (Comissão Nacional de Eleições).

Assim, com as eleições já previstas para a primeira quinzena de Outubro de 2024, o Chefe de Estado, Filipe Jacinto Nyusi, é obrigado a convocar as Eleições Presidenciais, Legislativas e das Assembleias Provinciais até ao próximo dia 15 de Agosto, um acto que está refém da revisão da Constituição da República, que deverá adiar as eleições distritais, agendadas para 2024.

Refira-se que, até ao momento, ainda são desconhecidos, formalmente, os candidatos à Presidência da República, no entanto, já há movimentações, a nível da Frelimo, para suceder Filipe Nyusi que, definitivamente, terá de abandonar o Palácio da Ponta Vermelha, em 2024.

A nível dos partidos da oposição, são quase certas as candidaturas de Lutero Simango (MDM) e Ossufo Momade (Renamo), porém, a candidatura do Presidente da Renamo está ensombrada pela provável candidatura de Henriques Dhlakama, filho do falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama. 

⛲ CARTAMOZ 

Adiamento das eleições distritais carecia de referendo – Oposição



Já está consumada a vontade da Frelimo de adiar as primeiras eleições distritais em 2024. Com recurso à chamada ditadura do voto, através da sua maioria qualificada, a bancada parlamentar do partido no poder chancelou, na noite de ontem, o que vinha ensaiando desde Maio de 2022.

Entretanto, está enganado quem pensa que os 178 deputados mobilizados pela Frelimo para formalizar a iniciativa tenham garantido a tranquilidade que aquela formação política necessitava para “passear” a sua classe

A V Sessão Extraordinária da Assembleia da República estava agendada para arrancar às 08h30min, mas só arrancou às 11:00h (com 02h30min de atraso), devido à falta de consenso entre as chefias das bancadas em torno do Projecto submetido pela Frelimo. Porém, nas Sessões Plenárias, os deputados levaram quase uma hora a discutir questões prévias, todas ligadas ao projecto de revisão da Constituição da República.

O primeiro a pedir a palavra foi o deputado Ezequiel Gussi, da bancada parlamentar da Renamo, que interpelou a Presidente do Parlamento, Esperança Bias, para questionar com que base a dita “casa do povo” ia rever a Constituição da República sem que tenha ocorrido um referendo.

Ezequiel Gussi fundamentou a sua questão com base no artigo 300 da Constituição da República (limites materiais) que, no seu nº 1, alínea j), preconiza que “as leis de revisão constitucional têm de respeitar a autonomia dos órgãos de governação descentralizada provincial, distrital e das autarquias locais”, sendo que, no nº 2 refere que “as alterações das matérias constantes do número 1 são obrigatoriamente sujeitas a referendo”.

“Não tendo sido observada esta prescrição constitucional, ou seja, não tendo havido referendo, onde a casa encontra fundamento jurídico-constitucional para levar a cabo esta revisão”, questionou, sublinhando que, para além de ter havido violação dos limites materiais, também houve violação dos limites temporais.

A resposta não veio da Presidente do Parlamento, mas do Presidente da Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade, António Boene. O jurista disse não ter havido qualquer violação dos limites temporais e nem materiais. Explicou que a actual Constituição entrou em vigor no dia 12 de Junho de 2018, sendo que completava cinco anos (período previsto para se realizar uma nova revisão) a 12 de Junho de 2023.

“Hoje estamos a 03 de Agosto e já passaram mais de cinco anos e pode, muito bem, ser revista a Constituição”, disse António Boene, sublinhando que também não houve violação dos limites materiais, pois, “este Projecto de revisão em nenhum momento ataca autonomia da governação descentralizada distrital. Apenas se vai cingir sobre as transições transitórias da Constituição”.

Não satisfeito com a resposta dada por António Boene, Ezequiel Gussi retorquiu, citando o nº 2 do artigo 299 da Constituição da República, que estabelece: “as propostas de alteração [da Constituição] devem ser depositadas na Assembleia da República até 90 dias antes do início do debate”.

Para o deputado da Renamo, os 90 dias estabelecidos pelo legislador contam a partir da data em que a Constituição completa cinco anos após a última revisão, pelo que, no seu entender, este limite temporal não foi respeitado.

Disse igualmente que a alínea e) do nº 1 do artigo 300 da Constituição da República também foi violada, pois, põe-se em causa o respeito pelo sufrágio universal, directo, secreto, pessoal, igual e periódico na designação dos titulares electivos dos órgãos de soberania das províncias e do poder local.

“Mexer este periódico [artigo 311, que marca as eleições distritais para o ano de 2024], que está subjacente e patente no artigo 300, alínea e), implica violar esta cláusula que vem fixada no artigo 300 da Constituição”, defendeu.

Para António Boene, os 90 dias estabelecidos na Constituição são referentes à data da deposição do Projecto e não à data em que a Constituição completou cinco anos após a última revisão. Disse ainda ser uma prática na Assembleia da República adiar-se escrutínios, citando o caso das Eleições Provinciais, que estavam previstas para 2007 e que foram adiadas para 2009, pelo que não se está a violar os limites materiais previstos para a revisão da lei fundamental.

Sem intervir no debate dos pontos prévios, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), na voz do deputado Elias Impuiri, disse, durante o debate do Projecto, que as eleições distritais deviam ser adiadas por referendo e não por imposição da Frelimo.

“A ausência de um referendo para legitimidade deste acto é um sinal claro e inequívoco de que esta gente que governa o país nunca esteve satisfeita com esta Constituição e, por isso, mesmo, em 2016, rejeitaram a discussão e aprovação do projecto de regime orgânico do referendo, proposto pelo MDM e hoje entendemos quais eram as intenções”, atirou Impuiri.

Refira-se que o Projecto de Revisão Pontual da Constituição da República foi aprovado, em definitivo (na especialidade), por volta das 19h45min, depois de ter passado na generalidade por voltas das 15:00h.

A votação, sublinhe-se, foi ordinária, isto é, com recuso ao voto aberto, contra o voto fechado que era defendido pela oposição. Aliás, a Presidente da Assembleia da República teve de solicitar 15 minutos de intervalo para se inteirar das formalidades legais da votação para revisão da lei fundam

ental.

⛲ Cartamoz 


الثلاثاء، 18 يوليو 2023

Gaza terá 83 mil eleitores “fantasmas” nas eleições autárquicas

 


O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) já tornou público os números oficiais do recenseamento eleitoral, realizado entre 20 de Abril e 03 de Junho. Olhando para os números avançados pelo STAE, as províncias de Gaza e Niassa inscreveram menos eleitores em comparação com os dados revelados aquando da realização das eleições autárquicas de 2018. A província de Gaza teve uma redução de 52.835 eleitores. No entanto, nas eleições autárquicas que serão realizadas em Outubro da corrente terá cerca de 83 mil eleitores fantasmas. Por outro lado, a província de Niassa teve uma queda de 26.284 no que respeita ao número de eleitores.

Os números de Gaza e Niassa resgatam um velho debate sobre a existência de eleitores fantasmas. Em Gaza, província que fintou a previsões do Instituto Nacional de Estatística e inscreveu mais eleitores para as eleições que culminaram com a reeleição de Filipe Nyusi, registou-se uma queda de 52.835 eleitores quando comparado com os dados anunciados em 2018 pelo Secretariado Técnico de Administração Eleitoral o que, de certa forma, representa 10% da população em idade de votar nesses distritos.

Olhando para os dados do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral, o Centro de Integridade Pública, através do seu boletim CIP Eleições 2023-2024, observa que no processo do recenseamento eleitoral realizado no corrente ano a província de Gaza recenseou cerca de 83.000 eleitores fantasmas, sendo que 30 mil se recensearam Manjacaze e mais de 25 mil em Chokwé.

Para além da província de Gaza, de acordo com dados do STAE, a província de Niassa teve uma redução de 26.284 eleitores quando comparados com eleitores inscritos para as eleições autárquicas de 2018.

De acordo com os Resultados do Recenseamento Eleitoral, a Cidade de Lichinga, com menos 27.137, liderou a lista das grandes reduções, sendo que o município de Cuamba segue na segunda posição com menos 8.766.

De referir que o processo do recenseamento eleitoral foi manchado por vários ilícitos que visavam favorecer o partido no poder nos próximos pleitos eleitorais.

⛲ Evidências 

الخميس، 6 يوليو 2023

Frelimo e as autárquicas de Outubro de 2023: Conheça os potenciais vencedores das eleições internas de 15 de Julho

 


A Comissão Política da Frelimo homologou ontem a lista de pré-candidatos às eleições internas de 15 de Julho, as quais vão escolher os cabeças-de-lista para as 65 autarquias locais. As listas não foram divulgadas pela cúpula, como estava previsto. Serão divulgadas pelos comités provinciais.

“Carta” já está na posse das listas e partilha alguns nomes daqueles que poderão ser os potenciais vencedores na noite das facas longas de 15 de Julho.

Em Maputo, o candidato da Frelimo nas eleições autárquicas de Outubro deste ano deverá ser Razaque Manhique, actual Primeiro-Secretário do partido na cidade, um jovem empreendedor que já pontificou como vice-Presidente da Assembleia Municipal. Seu principal adversário nas eleições internas será Edgar Muchanga, um antigo membro da Assembleia Municipal, que se destaca pelo seu cinzentismo.

Na Matola, a par de Calisto Cossa, a Comissão Política homologou o nome do actual Governador da Província de Maputo, o jovem de ar imaculado Júlio Parruque, um nyussista ferrenho.

Ao colocar um Governador a concorrer contra um edil, a mensagem que a Frelimo quer fazer passar é a de que o edil deve sair de cena. E é o que provavelmente acontecerá com Calisto Cossa, depois de dois mandatos controversos, com realizações visíveis, mas também com críticas. 

O Governador de Maputo já tem mostrado, nas suas intervenções, um conhecimento profundo dos problemas da Matola e é provável que ele venha a convencer o eleitorado interno.

Na Beira, a actual Secretária de Estado de Sofala, Stela Zeca, deverá ganhar a contenda interna, para tentar, por sua vez, arrancar o trono do Chiveve ao MDM. Em Quelimane, a Frelimo deverá apostar num “chuabo” de gema, de nome Ney Gani, delegado da Emose e músico dos Garimpeiros. O factor “ser chuabo” e falar a língua dos quelimanenses é tido como fundamental para quem quer derrubar Manuel de Araújo, da Renamo, tendo a Frelimo aprendido a lição nesse quesito.

Em Nampula, para atacar o trono da Renamo, o partidão aposta em Rosário Mualeia, 65 anos de idade, que já foi Governador Provincial e PCA dos CFM. Actuais incumbentes como William Thuzine (Vilankulo), João Ferreira (Chimoio), e Marial Helena Langa (Manjacaze) deverão passear a sua classe.

Em Tete, César de Carvalho poderá renovar, apesar de um passado sombrio de alegada improbidade pública. Em Inhambane, Benedito Guimino vai concorrer, mas sua reputação está na sarjeta, emergindo o nome do empresário Nasmudine Momade, comerciante do bairro peninsular de Mocucune, que deverá enfrentar a oposição do actual Presidente da Assembleia Municipal, Leonardo Bassanhane, natural de Panda.

Em Pemba, o actual edil Florete Simba vai enfrentar adversários de peso, designadamente o empresário Gulamo Aboobakar, mais conhecido por Júlio Seti, que já foi dirigente do Conselho Empresarial de Cabo Delgado, e Satar Gani, que já foi Presidente do Clube Baía de Pemba. “Carta” sabe que Gulamo Aboobakar é o preferido de muitos pembenses por causa da sua formação e voluntarismo.

Em novas municipalidades como Matola-Rio e Marracuene, dois empresários se destacam. Em Marracuene, o incontornável Shafee Sidat, que retirou o distrito do marasmo, e na Matola-Rio o dono do complexo Palhota, Abdul Issufo, deputado na AR e grande financiador das campanhas eleitorais da Frelimo.

O registo principal que fica com estes e outros nomes é o de que a Frelimo pretende impregnar sangue novo, mas mantendo os nomes dos edis com provas dadas. Por outro lado, percebe-se claramente, na maioria das autarquias, uma aposta em empresários locais, ao invés de militantes do “viva”, num interessante casamento entre política e negócios, que vai merecer muito escrutínio.

⛲ Cartamoz 

الاثنين، 3 يوليو 2023

Nyusi e Momade de costas voltadas sobre adiamento das eleições distritais

 


Estão completamente em campos distintos o Chefe de Estado e o Líder da Renano em torno do adiamento das primeiras eleições distritais, previstas para o próximo ano, 2024. Ossufo Momade afirma não ser verdade que a Renamo tenha aceitado o adiamento daquele escrutínio, tal como anunciou Filipe Nyusi, no passado dia 23 de Junho, durante a cerimónia oficial de encerramento do processo de DDR (Desarmamento, Desmobilização e Reintegração dos homens armados da Renamo).

Falando na última quinta-feira, em Maputo, durante a cerimónia de inauguração do Gabinete do Presidente da Renamo, Ossufo Momade disse que a Renamo nunca esteve a favor da violação da Constituição da República, pelo que continua defendendo a realização daquele escrutínio, mesmo que não abranja todos os distritos do país.

“Nossa posição é a não violação da nossa Constituição da República e, no caso de não haver condições, que sejam realizadas de forma gradual nos distritos que ofereçam condições, mas que tenham início em 2024, conforme prevê a Constituição da República”, disse Ossufo Momade, reafirmando uma posição que já defende há pouco mais de duas semanas.

“Houve consenso quanto à necessidade da criação de uma comissão para apresentar os melhores métodos do processo de descentralização no país”, garante Momade, revelando ter nomeado Saimone Macuiane, Américo Ubisse e Latino Ligonha para integrarem a referida Comissão.

As declarações de Momade entram em choque com o discurso do Chefe de Estado e colocam em causa a credibilidade de Filipe Nyusi perante a sociedade moçambicana e o mundo. Nyusi disse, na cerimónia oficial de encerramento do DDR, que o adiamento das eleições distritais de 2024 e consequente revisão pontual da Constituição da República era o denominador comum dos contactos que manteve com partidos políticos e diferentes grupos sociais.

O “desencontro” entre os dois líderes dos principais partidos políticos do país (Filipe Nyusi, da Frelimo, e Ossufo Momade, da Renamo) levanta, mais uma vez, dúvidas sobre a sustentabilidade da paz em Moçambique, num contexto em que os processos eleitorais têm sido os principais motores da violência, que ciclicamente afecta o país após as eleições. Aliás, as próximas eleições autárquicas serão o principal teste da “nova paz” dos moçambicanos.

Lembre-se que o adiamento das eleições distritais é um projecto unilateral da Frelimo, partido no poder, iniciado em Maio de 2022, cristalizado em Dezembro do mesmo ano e sentenciado em Abril último, com a criação de uma Comissão de Reflexão sobre a Viabilidade para Realização das Eleições Distritais (CRED) que, em 15 dias, confirmou a inviabilidade das eleições distritais para 2024. 

⛲ Carta

الأربعاء، 7 يونيو 2023

Províncias dominadas pela Frelimo voltam a ter maior número de eleitores recenseados

 


Os anos passam, mas as estatísticas eleitorais não se alteram. Dados preliminares do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE) sobre o recém-terminado recenseamento eleitoral, com vista às VI Eleições Autárquicas de 11 de Outubro próximo, revelam que as províncias de maior influência do partido Frelimo voltaram a registar maior fluxo de eleitores, tendo superado, mais uma vez, as projecções feitas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Trata-se das províncias de Cabo Delgado e Gaza, que voltaram a superar as projecções do INE, sendo que, desta vez, o “troféu” foi ganho pela martirizada província de Cabo Delgado, em troca com a “adiantada” província de Gaza.

Afectada pelos ataques terroristas desde Outubro de 2017, a província de Cabo Delgado conseguiu inscrever nos cadernos eleitorais mais de 734 mil eleitores, dos 696 mil previstos, o que corresponde a uma realização de 105 por cento.

Já a província de Gaza, famosa por manipular estatísticas eleitorais, recenseou 534 mil eleitores, dos 517 mil projectados pelo INE, o que representa uma execução de 103,3 por cento. A província de Manica recenseou 689 mil eleitores, de um total de 732 mil projectados. Por sua vez, a província do Niassa, com 65 por cento dos potenciais eleitores registados, voltou a registar o pior desempenho.

No total, o STAE diz ter recenseado, de 20 de Abril passado a 03 de Junho corrente, 8.3 milhões de eleitores, dos 9.8 milhões que estavam previstos, o que representa uma realização de 84,91 por cento. Mais de 1.4 milhão de potenciais eleitores não foram abrangidos pelo processo.

Em 2018, as províncias de Gaza e Cabo Delgado é que registaram maior número de eleitores, tendo superado, igualmente, as metas previstas. Gaza conseguiu registar 561.924 eleitores, dos 482.262 previstos, o correspondente a 116,52 por cento dos eleitores, enquanto Cabo Delgado recenseou 510.598, de um total de 502.481 projectados, representando uma realização de 101,69 por cento.

Em sentido contrário, a província do Niassa recenseou, em 2018, 368.372 eleitores, dos 582.192 que estavam previstos, o que correspondeu a uma realização de 63,27 por cento. Naquele ano, os órgãos eleitorais recensearam 88,03 por cento dos potenciais eleitores.

Em debate realizado em Maputo, no passado dia 22 de Maio, Miguel De Brito, Especialista em Questões Eleitorais, justificou os sucessivos números históricos de recenseamento eleitoral em província de domínio da Frelimo com a capacidade de mobilização do partido no poder. De Brito defende que a Frelimo tem conseguido mobilizar os seus membros para se recensearem, sobretudo na província de Gaza.

⛲ Cartamoz

الاثنين، 8 مايو 2023

Frelimo adia eleições distritais sem data certa para sua realização


Já está nas mãos dos deputados da 1ª e 4ª Comissões da Assembleia da República o Projecto de Revisão Pontual da Constituição da República, submetido ao parlamento, no passado dia 03 de Maio (quarta-feira), pela Bancada Parlamentar da Frelimo.

Em concreto, a Frelimo quer rever o número 3 do artigo 311 da Constituição da República, que marca 2024 como o primeiro ano da realização das eleições distritais, introduzidas em 2018, após entendimentos políticos entre a Renamo e o Governo, no quadro da pacificação do país.

No Projecto submetido à Assembleia da República, a Frelimo propõe que, no lugar de marcar as eleições distritais para o ano de 2024, o número 3 do artigo 311 deve ter o seguinte texto: “as primeiras eleições distritais, nos termos previstos na Constituição da República, têm lugar logo que sejam criadas as condições para a sua realização”, um texto sugerido pela Comissão de Reflexão sobre a Viabilidade da Realização das Eleições Distritais (CRED), no seu relatório.

Assim, a Frelimo não só formaliza a intenção manifestada há 1 ano, como também não apresenta data concreta para a realização das eleições distritais. Na sua fundamentação, a Frelimo invoca as constatações e recomendações deixadas pela CRED, referindo que a realização daquele escrutínio agudizaria a sobreposição de competências e duplicação de estruturas.

“Reconhecendo que no actual modelo existe uma duplicação de estruturas e sobreposição de competências dos órgãos descentralizados, as eleições distritais previstas para 2024 apresentam o risco de alastrar os mesmos constrangimentos que ocorrem na governação provincial para os 154 distritos”, defende o partido no poder.

Para a Frelimo, para além de duplicar estruturas e sobrepor competências, as eleições distritais teriam um impacto financeiro significativo. Refere que, em 2020, o Governo realizou um estudo, do qual concluiu que o funcionamento dos órgãos provinciais e distritais custaria 12 mil milhões de Meticais e 79 mil milhões de Meticais, respectivamente.

“Considerando todo este conjunto de factores supracitados constantes no Relatório da CRED, bem como as inquietações apresentadas pela sociedade moçambicana, impõe-se à Assembleia da República decidir, à luz dos mais nobres e legítimos interesses do povo moçambicano, pela não realização das eleições distritais no ano de 2024, mantendo-se, contudo, o compromisso de realizá-las logo que sejam criadas as condições para a sua realização”, sentencia a Frelimo.

⛲ Cartamoz 

الخميس، 4 مايو 2023

Frelimo avança com revisão constitucional para adiar eleições distritais


O escrutínio está previsto para Outubro de 2024

A bancada da Frelimo, maior grupo parlamentar na Assembleia da República de Moçambique, avançou nesta quarta-feira, 4, com a proposta de revisão pontual da Constituição da República, visando acomodar o adiamento das polémicas eleições distritais, inicialmente previstas para o próximo ano.

A proposta foi entregue à Comissão Permanente, a mesa do parlamento moçambicano, que após análise, vai submeter para o debate em plenário.

Ao fazer o anúncio, o porta-voz do grupo parlamentar da maioria, Feliz Silvia, disse que “um grupo de deputados, acima de um terço, suportados maioritariamente por membros da bancada da Frelimo, submeteu a proposta de revisão pontual da Constituição da República, concretamente para a revisão do número 3 do artigo 311 que fixa a realização das eleições distritais para 2024, passando este a ter uma redacção diferente que fixa que as eleições devem ser realizadas quando as condições estiverem efectivamente criadas porque este debate continua”.

A revisão pontual visa, segundo assegura Silva, retirar o ano da realização das eleições, que está previsto no número 3 do artigo 311 da Constituição da República.

Esta iniciativa representa a consumação de um desejo que já há algum tempo vinha sendo ensaiado e que teve agora o reforço de uma comissão criada pelo Governo para avaliar a viabilidade do adiamento, cuja conclusão foi de não haver condições para se avançar com o escrutínio ao nível distrital.

Assembleia da República, Maputo, Moçambique

Há alguns meses, o Presidente da República vem defendendo a ideia do adiamento das eleições distritais alegadamente por falta de condições financeiras.

Essas eleições resultam do acordo de paz de 2019 e foi um compromisso assumido por Filipe Nyusi e o falecido líder da Renamo, na oposição, Ossufo Momade.

Apesar de considerar que a proposta avançada não já era espectável, a Renamo e o MDM, na oposição, sempre se opuseram ao adiamento das eleições distritais.

O país realiza eleições autárquicas em Outubro desde ano e Gerais em 2024.


⛲ Voa

الأربعاء، 3 مايو 2023

Frelimo submete proposta para adiar eleições distritais em 2024

 


A Constituição da República poderá mesmo ser revista para que se adie a realização das eleições distritais em 2024. Sucede que a bancada da Frelimo submeteu, hoje, ao Parlamento o projecto de revisão pontual da Lei Mãe.

Quase uma semana depois de a Comissão de Reflexão sobre a viabilidade das Eleições Distritais ter dito, no seu relatório, que não há condições para este escrutínio em 2024, a bancada maioritária no Parlamento decidiu, hoje, propor que a Constituição da República seja pontualmente revista.

E o caminho está livre para o efeito, até porque os cinco anos necessários para que a Lei Mãe seja revista já terão passado até Junho. Nesse período, o Presidente da República ainda terá alguma margem para convocar as eleições, depois de o mesmo Parlamento, apenas com o voto da bancada da Frelimo, ter reduzido o tempo de antecedência com que se deve marcar o dia da votação.

“Um grupo de deputados, acima de um terço, suportados maioritariamente por membros da bancada da Frelimo, submeteu a proposta de revisão pontual da Constituição da República, concretamente para a revisão do número 3 do artigo 311 que fixa a realização das eleições distritais para 2024, passando este a ter uma redacção diferente que fixa que as eleições devem ser realizadas quando as condições estiverem efectivamente criadas porque este debate continua”, disse Feliz Silva, porta-voz da bancada parlamentar da Frelimo.

A perspectiva da bancada da Frelimo é a de que se realizem as eleições distritais numa outra ocasião, que não seja no próximo ano. A revisão pontual visa, segundo assegura Feliz Silva, só retirar o ano da realização das eleições, que está previsto no número 3 do artigo 311 da Constituição da República.

“A revisão desta lei não só visa beneficiar os partidos políticos, como também toda a população. Quando auscultada pela comissão, a população disse claramente que não reunimos condições em vários aspectos, por isso achamos que vale a pena aprimorar.”

A decisão de realizar as primeiras eleições distritais em 2024 surge de um acordo havido entre Filipe Nyusi e Afonso Dhlakama, no âmbito da descentralização do poder.


⛲O País 

السبت، 29 أبريل 2023

Renamo diz que resultados da CRED não são claros



A Renamo diz que não reconhece os resultados da CRED pelo facto de a comissão em si “inconstitucional”. Segundo o maior partido da oposição, as razões financeiras apontadas no seu relatório não são claras.

A comissão de reflexão sobre a pertinência da realização das eleições distritais em 2024 trouxe os resultados que não aconselham a realização de eleições distritais no país.

Aos ouvidos do partido Renamo, tal não constitui novidade até porque considera inconstitucional à própria CRED. “As eleições distritais são de um imperativo constitucional e se não houver um argumento suficientemente forte, todos os argumentos são inválidos”, disse Venâncio Mondlane.

Falando esta sexta-feira, numa conferência de imprensa, a Renamo disse ser pouco justificável a falta de dinheiro para a realização das eleições distritais, até porque: “Desde 1994 até hoje, não houve nenhuma eleição em Moçambique, seja ela geral ou autárquica, que o Estado tivesse capacidade com o orçamento dos Estado para fazer face. Todas as eleições que tivemos em Moçambique foram suportadas pela comunidade internacional”, disse.


⛲ O Pais

الجمعة، 28 أبريل 2023

Moçambique sem condições para fazer distritais, diz comissão


A Comissão de Reflexão sobre a Pertinência das Eleições Distritais (CRED) em Moçambique concluiu que "ainda não estão criadas as condições" para o pleito. Analista adverte para os perigos da não viabilização da votação.

O relatório apresentado esta sexta-feira (28.04) dá um parecer negativo à realização de eleições distritais em Moçambique, programadas para 2024.

A coordenadora da comissão, Helena Kida, que também é ministra da Justiça e Assuntos Constitucionais e Religiosos, foi o rosto da divulgação do documento e afirmou que "a conclusão a que se chega é que ainda não estão criadas essas condições".

"Esta não é conclusão do Governo, é de uma comissão que foi criada para tratar deste assunto e trazer, com base nas suas percepções, nas auscultações, com base no seu conhecimento, qual é a nossa realidade e como podemos avançar", frisou Kida numa conferência em Maputo.

"Organizar o que está mal"

O analista político Wilker Dias concorda com a posição da comissão no que toca aos termos administrativos.

"Primeiro a nível provincial, em que temos a figura de secretário de Estado e a figura do governador. Até certo ponto, estas figuras acabam entrando em choque, e isto reflete que ainda precisamos organizar o que está mal para depois darmos o passo seguinte", reconhece o analista.

Helena Kida refuta a posição da crítica de que a comissão sofreu influência para recomendar a não viabilização das eleições distritais.

"Então eu não sei se a comissão se sentiu influenciada e trouxe um percepto que já tinha ouvido. A comissão fez mais, não só disse o que pensava, mas fez o que ouviu e fez constar do documento, porque o Governo pretende ter uma base sólida para as medidas que vai tomar", afirmou a ministra da Justiça moçambicana.

A ministra recomenda, por outro lado, a continuação das negociações com os partidos da oposição e os movimentos da sociedade civil que contestam a posição da comissão.

"A própria comissão recomenda que haja negociações, que continuam a haver ao mais alto nível, para que eventualmente, seja qual for a conclusão que se chegar, que tenha sido o posicionamento consertado", ressalta.

O analista Wilker Dias adverte para os perigos que podem advir de um eventual falhanço das negociações entre os partidos, o que poderia "abrir uma ameaça eminente à paz e segurança em Moçambique".

"A RENAMO ainda não entregou todas as armas, há uma base da RENAMO que ainda está a funcionar. E sabemos, com experiências passadas para forçar o Governo a tomar uma decisão, qual foi o posicionamento do partido", recorda o analista moçambicano.

Segundo Wilker Dias, a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) quer eleições distritais para cimentar a sua influência no poder local, o que pode afastar um consenso nacional relativo ao adiamento do sufrágio.

"Eu acredito que o partido RENAMO poderá rejeitar esta ideia da não existência de eleições distritais, porque há muita firmeza por parte dos membros", conclui.


⛲ Dw

الثلاثاء، 25 أبريل 2023

RENAMO acusa FRELIMO de fraude no recenseamento eleitoral


RENAMO acusa a FRELIMO de estar a protagonizar irregularidades no processo de recenseamento para as eleições de 11 de outubro. O partido no poder desvaloriza as acusações e diz que já se habituou aos boatos da oposição.

O mandatário da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) em Nampula, Ossufo Ulane, faz duras acusações contra a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO): diz que o partido no poder está a instruir os seus comités a emitir declarações de residência a cidadãos que são de fora das áreas municipais no âmbito do recenseamento eleitoral.

"As brigadas recebem listas [de eleitores] provenientes dos partidos políticos que são entregues por policiais aos secretários dos bairros, listas estas que são usadas para fazer o recenseamento e que, terminadas as mesmas, com os respetivos documentos, há simulações de avarias de máquinas. O nosso grupo de fiscalização capturou várias declarações dos bairros", disse.

Recenseamento começou no dia 20 de abril

Os postos de recenseamento eleitoral abrem diariamente às 08h00 e encerram às 16h00, desde o arranque do processo, a 20 de abril, em todo o país. Ossufo Ulane diz que estranhamente os brigadistas ao serviço da FRELIMO excedem esses horários.

"Os brigadistas trabalham no horário normal estabelecidos, depois simulam a saída para casa, mas voltam às 18 ou 19 horas aos postos de recenseamento para fazerem outros trabalhos e queremos perceber do que se trata", explicou.

O mandatário da RENAMO denuncia igualmente tentativas de obstrução ao processo de recenseamento, bem como o espancamento de fiscais do seu partido por parte dos agentes da polícia em plena fiscalização.

Esta segunda-feira (24.04), um fiscal eleitoral da RENAMO disse ter sido "brutalmente espancado" por agentes da polícia ao tentar impedir a inscrição irregular de pessoas de fora do raio autárquico num posto de recenseamento em Chimoio, Manica, no centro de Moçambique.

Ossufo Ulane diz que a FRELIMO está desesperada e que quer usar tudo o que está ao seu alcance para resgatar os municípios da RENAMO.

"Isto é um boato que visa denegrir as instituições do Estado que estão a gerir o processo eleitoral. É preciso dizer que a posição da FRELIMO é de que precisamos de todos os moçambicanos para apoiar as instituições do Estado que estão a liderar este processo", apelou.

A Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula, através do seu porta-voz Zacarias Nacute, diz que a sua corporação está a trabalhar no sentido de um processo de recenseamento livre e transparente, e distancia-se de quaisquer acusações.

Sem entrar em detalhes, Nacute referiu que a polícia já abriu dois processos relacionados a ilícitos eleitorais contra membros da RENAMO.

As autoridades eleitorais não quiseram pronunciar-se sobre o caso, mas prometem convocar a imprensa para esclarecimentos em breve.

Nampula conta com oito municípios e espera, neste processo, recensear mais de um milhão de eleitores para as eleições autárquicas de 11 de outubro.


⛲ Dw

الثلاثاء، 18 أبريل 2023

RENAMO não equaciona afastar Momade em ano eleitoral



É desta forma que o chefe-adjunto nacional de mobilização da RENAMO reage às declarações de um grupo de generais que exigiu, no sábado, a renúncia do líder do partido, Ossufo Momade.

Em Moçambique, um grupo de oito generais da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), representados por Timosse Maquinze, antigo líder de guerrilha do braço armado do partido, exigiu a demissão do presidente, Ossufo Momade. Em declarações numa conferência de imprensa, no fim de semana, na cidade da Beira, o grupo acusou Momade de "incapacidade" para liderar o principal partido da oposição.

No entanto, e em entrevista à DW, o chefe-adjunto nacional de mobilização do partido, Domingos Gundana, deixa claro que a liderança de Ossufo Momade não está em risco e que é para continuar até janeiro do próximo ano, altura em que o partido fará um novo congresso.

Para Domingos Gundana, o descontentamento manifestado por Timosse Maquinze está relacionado com os atrasos no pagamento das pensões aos guerrilheiros desmobilizados. "Tudo gira em torno do dinheiro, da fome que os combatentes que já estão em casa estão a passar", diz.

DW África: Como reage a RENAMO às declarações de Timosse Maquinze?

Domingos Gundana (DG): A pessoa que estava a ler a mensagem [Timosse Maquinze] é membro da Comissão Política Nacional da RENAMO, está no centro de decisões da RENAMO, e nunca levantou alguma questão relacionada com aquilo que apareceu a ler perante os colegas.

DW África: E qual é a leitura que faz? É sinal de que, dentro do partido, não existe abertura para que sejam levantadas essas questões?

DG: Todos nós temos espaço dentro do partido. A Comissão Política Nacional é o órgão que decide sobre o dia a dia do partido. Ele está lá para nos representar, é lá onde ele deve colocar as preocupações que existem. Ao não fazer isso e vir por fora falar, revela, de facto, que não é algo dele e que há alguém por trás que queira, neste momento, a caminho das eleições, perturbar o foco da RENAMO para as autárquicas do dia 11 de outubro. Foi surpresa para todos nós, mas reconhecendo que são colegas nossos, o partido vai chamá-los [para conversar]. Ainda esta semana, a Comissão Política Nacional da RENAMO poderá reunir e ele, sendo membro da Comissão Política, terá espaço para explicar o que está por detrás das chamadas reivindicações, entre as quais, se propõe a destituição de um presidente eleito pelo congresso e que termina o seu mandato a 20 de janeiro do próximo ano.

Ossufo Momade, líder do maior partido da oposição em Moçambique (esq.), e o Presidente da República, Filipe NyusiOssufo Momade, líder do maior partido da oposição em Moçambique (esq.), e o Presidente da República, Filipe Nyusi

Críticas à liderança de Ossufo Momade surgem quando falta apenas encerrar uma base da antiga guerrilha da RENAMO, no âmbito do processo de DDR. Na foto: Ossufo Momade, líder do maior partido da oposição (esq.), e o Presidente Filipe NyusiFoto: Roberto Paquete/DW

DW África: Maquinze fala mesmo em tirar Ossufo Momade "à força" se permanecer...

DG: Não há nenhuma possibilidade dentro da RENAMO de retirarmos o presidente Ossufo à força, porque estaríamos a ir contra os estatutos. [Eles] têm que se conformar com os estatutos do partido. Não existe a força para tirar um presidente de um partido. Isso seria o quê? Antigos militares a fazer um golpe político para afastar um presidente eleito.

DW África: Mas a RENAMO cogita, por exemplo, antecipar o congresso para eleger um novo líder? Visto que não é a primeira vez que surgem críticas à liderança de Momade?

DG: Não, não há essa possibilidade. Estamos num ano eleitoral. Neste momento, os nossos esforços estão concentrados nas mais de 60 autarquias do país. As eleições gerais são em 2024 e, em janeiro de 2024, o partido realizará o seu congresso. Por isso, não temos espaço para criar convulsões de retirar a liderança num ano eleitoral. Não há esta previsão, nem estamos a pensar nisto.

A [questão] das pensões e dos projetos prometidos aos ex-guerrilheiros faz com que eles pensem que o líder é fraco e não está a trabalhar o suficiente. Este é que é o cerne da questão, tudo gira em torno do dinheiro, da fome que os combatentes que já estão em casa estão a passar. Mas quem deve pagar as pensões é o Governo, não é a RENAMO, nem o líder da RENAMO. [Os ex-guerrilheiros] acham que, afastando o presidente, o que vier vai conseguir tratar a questão das suas pensões, mas esse processo já está bem avançado e há instrumentos legais em Moçambique que dão o direito destas pessoas às pensões.


⛲ Dw

الثلاثاء، 11 أبريل 2023

Lançada Campanha de educação cívica eleitoral

 


 A Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique lançou uma campanha nacional de educação cívica eleitoral, que visa “conscientizar” os cidadãos sobre a importância da sua participação nos processos eleitorais.

“A Comissão Nacional de Eleições apela à população em geral a uma participação colaborativa neste processo […] acatando as mensagens a si dirigidas e, por conseguinte, participar no recenseamento eleitoral e na votação, que é o objeto final deste processo”, disse Carlos Matsinhe, presidente da CNE.

 O responsável falava no distrito de Marracuene, na província de Maputo, durante o lançamento da campanha.

Segundo Carlos Matsinhe, os agentes de educação cívica irão de “porta em porta, aos mercados, escolas, paragens e em todos aglomerados” para levar mensagens sobre as “responsabilidades e tarefas do cidadão nos processos eleitorais”.

A campanha deverá ainda garantir a participação ativa dos cidadãos no recenseamento eleitoral como “fator-chave para a fase de votação de forma consciente e patriótica”.

O recenseamento para as eleições autárquicas vai decorrer de 20 de abril a 03 de junho e a votação está marcada para 11 de outubro, nos 65 municípios do país, incluindo 12 novos, que vão ter o escrutínio pela primeira vez.

O escrutínio deste ano está orçado em mais de 14,8 mil milhões de meticais (204,7 milhões de euros), referiu.

Moçambique entra este ano num novo ciclo eleitoral, com eleições autárquicas em outubro e gerais em 2024.


⛲ Cartamoz 

الخميس، 6 أبريل 2023

Nyusi já tem Comissão de Reflexão para Eleições Distritais



Demorou, mas chegou! É o que se pode dizer em relação à constituição, finalmente, da Comissão de Reflexão sobre a Pertinência das Eleições Distritais de 2014, anunciada pelo Chefe de Estado, em Dezembro de 2022.

Ontem, no fim de mais uma Sessão Ordinária do Conselho de Ministros (que iniciou na terça-feira), Filimão Suazi, porta-voz do Governo, anunciou a aprovação de uma resolução que cria a Comissão de Reflexão sobre a Pertinência das Eleições Distritais em 2024, baptizada por CRED.

Segundo Suazi, a CRED “é um órgão técnico de consulta e assessoria ao Governo sobre a pertinência da realização das eleições distritais de 2024”, integrando “quadros de reconhecida competência e experiência de governação local e finanças públicas, sensibilidades políticas, da sociedade civil e académicas com domínio na matéria sobre a administração pública, descentralização, direito constitucional e administrativo”.

Lembre-se que a constituição de um “grupo consultivo” para as eleições distritais foi feito em Dezembro último pelo Presidente da República, durante a apresentação do Informe Anual sobre o Estado Geral da Nação, na Assembleia da República. Na altura, Filipe Nyusi anunciou que o grupo seria criado no princípio deste ano, com objectivo único de “melhor preparar” o escrutínio distrital, previsto para o ano de 2024, de acordo com o no número 3 do artigo 311, da Constituição da República.

No entanto, foram precisos quatro meses para que o Executivo formalizasse a sua promessa. Aliás, foi preciso realizar-se a II Sessão Ordinária do Comité Central da Frelimo e rever-se o período de convocação das eleições gerais e das assembleias provinciais, de 18 para 14 meses, para que o Governo anunciasse a criação da referida Comissão.

Na conferência de imprensa concedida aos jornalistas ao meio dia de ontem, o também vice-Ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos não deu mais detalhes sobre a composição da CRED e muito menos sobre o período em que deverá estar em exercício.

Sabe-se, porém, que “este grupo de trabalho terá como missão fazer uma reflexão profunda e fundamentada sobre a pertinência ou não das eleições distritais para 2024”, tal como fundamentou, na altura, o Chefe de Estado, garantindo que “o resultado dessa reflexão será submetido à Assembleia da República para decisão final”.

Entretanto, refira-se que o projecto de adiamento das primeiras eleições distritais de 2024 é uma iniciativa unilateral de Filipe Nyusi e seu partido (Frelimo), iniciada em Maio de 2022. O projecto, que não encontra consenso no seio do partido no poder, está a ser contestado por parte dos partidos políticos da oposição, que entendem ser um desrespeito à Constituição da República.

Aliás, esta semana, o Presidente da Renamo, Ossufo Momade, prometeu reagir à medida do autoritarismo da Frelimo, alegando que negar a realização das eleições distritais em 2024 é desrespeitar a memória de Afonso Dhlakama, falecido líder da “perdiz” com quem Filipe Nyusi acordou a introdução daquele escrutínio no país, no quadro da consolidação do processo de descentralização.


⛲ Cartamoz 

الأربعاء، 5 أبريل 2023

Frelimo quer acomodar um “terceiro mandato para o senhor Filipe Nyusi”, diz Ossufo Momade




Quando falta pouco mais de um semestre para o início de 2024, ano constitucionalmente estabelecido para as primeiras eleições distritais em Moçambique, o governo e a oposição já estão em troca de farpas, fazendo subir o tom da tensão política que tem caracterizado os períodos eleitorais no país.

Em causa está a suspeita de adiamento do processo, que, segundo políticos e analistas, ganhou mais sinais, na passada quarta-feira, com aprovação no parlamento, de uma revisão legal que reduz o tempo para a fixação pelo Presidente da República, das eleições.

O líder da RENAMO, Ossufo Momade disse, nesta segunda-feira, em conferência de imprensa, que a aprovação da emenda, em sessão que contou apenas com deputados da FRELIMO, é o golpe que faltava para confirmar o que já temos.

"A aprovação que a FRELIMO fez na semana passada é um sinal claro de que querem adiar as eleições distritais, alterar a constituição e acomodar o terceiro mandato para o senhor Filipe Nyusi," disse o líder da RENAMO.



Parlamentares da Renamo protestam contra proposta de adiamento das eleições distritais

Para o segundo maior partido da oposição nacional tudo o que está a ser tramado é um golpe à democracia e aos entendimentos que resultaram no acordo de paz definitiva.

Fantasia política

"O que a FRELIMO está a fazer não é para prejudicar a RENAMO, é um atentado à Constituição e aos valores democráticos que tanto custaram aos moçambicanos para conquistar" disse Momade apelando a uma mobilização geral para travar o que classificou de descida para a ditadura.

A FRELIMO entende que as manifestações que a oposição vem fazendo não passam de interpretações de quem anda a ver fantasmas onde não existem.

"Tudo o que está a ser feito é pura e simplesmente para alargar o debate, de modo a que todos os segmentos da sociedade possam ter oportunidade para contribuir no debate sobre a viabilidade ou não das eleições distritais" justificou António Niquice, deputado do grupo parlamentar da FRELIMO.

Refira-se que antes da aprovação da emenda da semana passada, que reduziu de 18 para 14 meses o período mínimo para a fixação da data das eleições, Filipe Nyusi tinha até Junho próximo para marcar às eleições distritais

Com a redução agora estabelecida, a decisão deve ser tomada até Outubro.


⛲,VOA

الاثنين، 3 أبريل 2023

Não realizar eleições "é desrespeitar memória de Dhlakama"



Líder da RENAMO sente-se traído pelo Presidente Nyusi por causa de eventual adiamento das eleições distritais. Ossufo Momade lembra que escrutínio foi combinado após acordo com Dhlakama para cessar ataques no centro.

O maior partido da oposição moçambicana chamou esta segunda-feira (03.04) a imprensa para acusar a FRELIMO e o seu presidente, Filipe Nyusi, de "má-fé" por causa da não realização das eleições distritais.

O chefe de Estado moçambicano tem insistido que é preciso mais tempo para refletir e debater se é viável eleger os administradores dos 154 distritos já no próximo ano.

A realização das eleições distritais surgiu de um acordo com o antigo líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, para pôr fim aos ataques no centro do país, que a FRELIMO, agora, considera inoportuna, disse Ossufo Momade.

"Ao ignorar este facto, que foi cimentado com a morte do nosso herói [Afonso Dhlakama], o senhor Filipe Nyusi revela ser um indivíduo de duas caras, típico de quem age sempre de má-fé", disse o líder do maior partido da oposição em Moçambique.

"Negar a realização das eleições distritais é não respeitar a memória do presidente Afonso Dhlakama, com quem o senhor Filipe Nyusi teve entendimentos aceitando a realização das primeiras eleições distritais como instrumento de consolidação do processo de descentralização.", sublinhou Momade, em Maputo.

Ossufo Momade: Ossufo Momade: 

Ossufo Momade: "O senhor Filipe Nyusi revela ser um indivíduo de duas caras"Foto: Luciano da Conceição/DW

"Constituição é muito clara"

O jurista Custódio Duma defende a realização das eleições distritais em respeito à Constituição da República: "A Constituição é muito clara. Nós partimos do artigo 267 que define os objetivos da descentralização que foi bem colocado. Eu não tenho nenhum problema em relação a isso."

O líder da RENAMO acusa ainda o Governo liderado por Filipe Nyusi de estar a levar a cabo golpe contra o estado democrático.

"Por razão hoje cada moçambicano, sem exceção, é convocado a lutar contra a tirania deste regime não de forma isolada. Urge unirmos esforços para que a ditadura e a tirania sejam eliminadas do nosso solo-pátrio", sublinhou.

RENAMO lembra que alterações legislativas que definiram 2024 como a data das primeiras eleições distritais resultaram de entendimentos entre Filipe Nyusi (esq.) e Afonso Dhlakama, que morreu em 2018RENAMO lembra que alterações legislativas que definiram 2024 como a data das primeiras eleições distritais resultaram de entendimentos entre Filipe Nyusi (esq.) e Afonso Dhlakama, que morreu em 2018

RENAMO lembra que alterações legislativas que definiram 2024 como a data das primeiras eleições distritais resultaram de entendimentos entre Filipe Nyusi (esq.) e Afonso Dhlakama, que morreu em 2018

Momade chamou a atenção dos perigos que o país corre por causa do posicionamento da FRELIMO no Parlamento que, como disse, não prejudica apenas a RENAMO, mas todo o país.

"Quando o regime oprime qualquer cidadão e vê golpe de Estado em tudo, quando não aceita o exercício dos direitos fundamentais e viola grosseiramente a Constituição da República, pretende pôr debaixo dos seus pés toda a população moçambicana", declarou.

O jurista Custódio Duma identifica um problema para não realização das eleições distritais em Moçambique: "A questão do Estado manter para si ou manter nos órgãos de descentralização sua representação para o exercício de funções exclusivas de soberania. Esse é um problema muito sério de interpretação jurídica e de entendimento do exercício do poder."

A decisão da não realização das eleições distritais foi tomada em maio do ano passado na reunião do Comité Central da FRELIMO.


⛲ DW

الجمعة، 31 مارس 2023

Frelimo vai alterar a constituição entre Junho e Agosto para eliminar eleições distritais: Golpe final no acordo de 2018 com Dhlakama


Está decidido. A partir de Junho, a Frelimo irá alterar a Constituição. Na quarta-feira, o parlamento aprovou a alteração à Lei Eleitoral, que reduz o prazo para anunciar a data das eleições gerais de 2024 de 18 para 14 meses antes das eleições. Isso tirou todas as dúvidas, e confirmou o que o já havia anunciado pelo CIP: não haverá eleições distritais em 2024.

Até ao início da sessão plenária desta quarta-feira da Assembleia da República, a proposta da Frelimo era reduzir em três meses o prazo para anunciar a data das eleições gerais. Mas no mesmo dia, após o parecer da Quarta Comissão para a segunda leitura da lei da Frelimo, foi acrescentado mais um mês. A 4ª Comissão remeteu o documento ao secretariado às 13h37 para apreciação e aprovação em segunda leitura.

A Frelimo defende que a decisão vai ao encontro das preocupações de vários segmentos da sociedade moçambicana – nomeadamente políticos, organizações religiosas, académicos, jornalistas, organizações da sociedade civil e outras forças, quanto à oportunidade, vantagens e desvantagens da realização de eleições nos distritos. 

Estes segmentos, segundo a Frelimo, defendem que o Estado segue sempre, de forma segura, o princípio do gradualismo. Ou seja, a alteração da Lei 8/2013 vai permitir uma consulta mais ampla de diversas opiniões sobre “a oportunidade e pertinência” da realização, ou não, de eleições distritais no próximo ano.

A alteração permitirá à Frelimo ganhar tempo até ser legalmente possível alterar a Constituição sem necessitar do apoio da oposição. A Constituição só pode ser alterada no prazo de cinco anos após a entrada em vigor da alteração anterior com o voto de ¾ do parlamento, o que exigiria o apoio da oposição porque a última alteração foi de 12 de junho de 2018 (artigo 301.º da Constituição da República). Depois de 12 de junho deste ano, só a Frelimo pode alterar a Constituição, por maioria de 2/3 dos deputados, sem precisar do apoio da oposição.

Assim, com a redução do prazo de fixação da data das eleições presidenciais e parlamentares, das assembleias provinciais e dos governadores provinciais, a Frelimo ganha quatro meses para propor, debater e aprovar a alteração à Constituição da República, que permitirá ao Presidente da República fixar, sem pressões, a data das eleições gerais do próximo ano sem eleições distritais.


⛲ Cartamoz 



الجمعة، 3 مارس 2023

A Frelimo já decidiu: nada de eleições distritais em 2024

 


O grupo parlamentar da Frelimo considera que a realização das eleições distritais em 2024 seria inoportuna, segundo o diário “Noticias”, citando o chefe do grupo da Frelimo, Sérgio Pantie. O próximo passo será submeter ao parlamento uma proposta de alteração específica à Constituição da República.

As eleições distritais inserem-se num acordo entre o falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama, e o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, visando pôr cobro ao recrudescimento dos confrontos no centro do país. Neste momento, a constituição foi alterada para acomodar a demanda por essas eleições. Afonso Dhlakama morreu, os guerrilheiros da Renamo foram desmobilizados e o governo abandonou o acordo.

A Frelimo sugere que em 2024 apenas se realizem as eleições presidenciais, parlamentares e provinciais. Para a Frelimo, todo o processo de descentralização deve ser gradual, seguro e viável, devendo trazer uma mais-valia ao funcionamento das instituições. Neste contexto, segundo o argumento do chefe do grupo Frelimo, as eleições distritais não vão consolidar as instituições democráticas. Além disso, implicarão elevados custos para as finanças públicas, uma vez que será necessário constituir novos órgãos: o novo administrador distrital, o representante do Estado e a assembleia distrital.

Um outro argumento da Frelimo é que a realização destas eleições complicaria a gestão e causaria uma tremenda confusão entre os cidadãos, porque colocariam em causa o papel do governador provincial. Cada distrito teria um administrador, que não prestaria contas ao governador provincial.

O ensaio para anunciar que não haverá eleições distritais em 2024 já havia começado no dia anterior. Por exemplo, o diário “Notícias”, de 27 de Fevereiro, publicou uma notícia em que alguns analistas, um deles ligado ao partido Frelimo, desaconselhavam a realização das eleições distritais no próximo ano. Pedro Nguiliche apresentou o mesmo argumento do grupo parlamentar da Frelimo. Para ele, não é estratégico nem oportuno ir às eleições distritais antes de consolidar, aprofundar e melhorar o desenho do governo provincial, concretizado nas eleições passadas.

Perante este cenário, a Frelimo vai propor uma alteração específica à Constituição da República. Para aprovar uma emenda constitucional, a Frelimo não precisa de votos da oposição, pois tem 73% dos deputados no parlamento, muito mais do que os dois terços exigidos pela Constituição. Esta posição revela as razões pelas quais o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, não está a constituir a comissão que prometeu em Dezembro para discutir a viabilidade destas eleições.

Aliás, a decisão de não avançar com as eleições distritais foi tomada em Maio do ano passado, durante uma reunião do Comité Central da Frelimo. Na altura, Filipe Nyusi, falando na qualidade de presidente do partido, alertou para a necessidade de o país reflectir sobre a viabilidade das eleições distritais, sob o argumento de que Moçambique pode não estar preparado para acolher este evento.


⛲ CARTAMOZ 

الاثنين، 9 يناير 2023

Eleições distritais: "FRELIMO quer tempo para fraude"

 


Para o CDD, a reflexão sobre a viabilidade das eleições distritais, levantadas pelo Presidente Filipe Nyusi, é uma "estratégia" para travar o processo eleitoral. A ONG diz que há espaço para eleições em Moçambique.

A organização não-governamental (ONG) Centro para Democracia e Desenvolvimento (CDD) defendeu que há espaço para a realização das eleições distritais em Moçambique, após dúvidas levantadas pelo chefe de Estado, Filipe Nyusi, sobre a sua viabilidade.

"A Frelimo [partido no poder] deve conformar-se com a Constituição da República e permitir a realização das eleições distritais em 2024, respeitando o direito à participação dos cidadãos neste processo democrático", indica-se numa nota distribuída pelo CDD.

As dúvidas sobre a viabilidade das eleições distritais foram levantadas pelo próprio Presidente em meados deste ano, num momento em que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) alertava para limitações orçamentais para o próximo ciclo eleitoral em Moçambique.Em dezembro, o chefe de Estado moçambicano, durante a sua informação anual na Assembleia da República, anunciou a criação de um grupo consultivo para avaliar a viabilidade das eleições distritais, uma posição que foi contestada pelos partidos de oposição.


Eleições: AMUSI fala de "fraude eleitoral"

Estratégia para travar o processo

Para o CDD, a reflexão sobre a viabilidade das eleições distritais é uma "estratégia" para travar o processo, na medida em que a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) teme uma eventual derrota.

"Pensamos que há um grande objetivo por detrás deste movimento: a Frelimo quer ganhar tempo para preparar a máquina da fraude para assegurar que a oposição não consiga eleger administradores", acrescenta a nota do CDD.

A Lusa tentou, sem sucesso, obter um posicionamento da Frelimo.

A introdução de eleições distritais a partir de 2024 é parte do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional assinado em agosto de 2019 entre o Governo da Frelimo e a Renamo, que mantém um "braço armado" que está em processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR). 

Adiamento das eleições

Um eventual adiamento das eleições distritais previstas para 2024 exigiria uma revisão constitucional, que só é possível com aprovação da maioria de dois terços do parlamento e que também só pode ser feita cinco anos depois da entrada em vigor da anterior lei de revisão, o que ocorreu em 2018.

O parlamento moçambicano é dominado pela Frelimo, com uma maioria qualificada de 184 dos 250 assentos que compõem a Assembleia da República, seguida da Renamo, com 60, e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), com seis lugares.    

Moçambique começa em 2023 um novo ciclo eleitoral, com a realização das eleições autárquicas, seguidas de gerais em 2024 (presidenciais, legislativas, provinciais e possivelmente as distritais).


Fonte:Dw