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الجمعة، 3 مايو 2024

Nyusi diz que terrorismo não pode justificar interrupção de investimento na Bacia do Rovuma

 


O Presidente da República defende que o terrorismo em Cabo Delgado não deve ser justificativa para a retracção dos investimentos nas áreas um e quatro da Bacia do Rovuma. Filipe Nyusi apelou às empresas exploradoras para que acelerem os processos de extracção.

Durante dois dias (02 e 03), a partir desta quinta-feira, líderes e especialistas do sector de energia e mineração, a nível nacional e internacional, estarão reunidos em Maputo para discutir estratégias de exploração mineira e migração energética, na décima conferência e exposição de energia e mineração.

O Presidente da República foi quem dirigiu a cerimónia de abertura do evento. Durante a sua intervenção, Filipe Nyusi afirmou que não faz sentido usar o terrorismo como desculpa para travar a exploração de recursos no Norte do país.

“Relativamente aos concessionários da área um, perante a gradual estabilidade, na península de Afungi, apelamos para que acelerem o desenvolvimento dos projectos em terra, enquanto a área quatro em terra se acelere os processos conducentes à decisão final dos investimentos, com os devidos ajustamentos ao planos de desenvolvimento, que foi aprovado em 2018, com contratos de vendas já firmados. O Problema de decisão finaceira não pode ser agora, associado à situação de terrorismo. Esse projecto já tinha sido aprovado, é antigo, o que significa que havia clareza da sua execução, então não pode encalhar por esta razão, procurem outras.”

Nyusi apela ainda à aceleração dos processos de exploração dos recursos, de modo a não frustrar as expectativas das populações, bem como dos investidores.

No seu entender, a transição energética que acontece em ciclos prolongados de implantação de empreendimentos de petróleo e gás pode culminar em problemas, porque, segundo disse, “a expectativa dos países é enorme quando se descobre diferentes tipos de recursos, e as pessoas ficam a pensar que parte dos seus problemas podem ser resolvidos. Mas a demora cria pensamentos de que os recursos estão sendo explorados ou estamos em condições de resolver quaisquer problemas, mas não o fazemos, por qualquer razão”.

O chefe de Estado ressalva o esforço feito no combate ao terrorismo e garantia do retorno a tranquilidade, que colocou o pais numa situação melhor ou igual a dos países onde os projectos ocorrem e rematou: “o argumento da instabilidade muitas vezes não cola. A demora provoca impaciência, que podemos dar a nossa contribuição, se calhar, acelerando estes projectos”.

Sobre o terrorismo, o comadante-chefe das Forças e Defesa e Seguranca comentou a saída das forças da SADC do teatro operacional norte, nomeadamente o Lesotho, que ja saiu, Botswana em processo de retirada, como a África do Sul. Mas mantêm-se a Tanzânia, como parceiro bilateral e as tropas do Ruanda, e isso deve servir para demonstrar os esforços do país em criar condições para a exploração de recursos. Por isso, apela para maior comprometimento das multinacionais.

E os apelos não são em vão. É que, de acordo com o chefe de Estado, nos últimos quatro anos, a indústria extractiva contribuiu para os cofres do Estado em cerca de 760 mil milhões de Meticais (12,3 mil milhões de dólares norte-americanos), com destaque para a exploração do carvão mineral, gás natural, areias pesadas, rubis, safiras e esmeraldas.

com o chefe de Estado, nos últimos quatro anos, a indústria extractiva contribuiu para os cofres do Estado em cerca de 760 mil milhões de Meticais (12,3 mil milhões de dólares norte-americanos), com destaque para a exploração do carvão mineral, gás natural, areias pesadas, rubis, safiras e esmeraldas.

É com base nestes dados que o país espera o crescimento económico assinalável (crescimento em 5,5, em 2024), estimulado, também, pelo crescimento do sector extractivo, estimado em 15,5 por cento.

“No que concerne à energia eléctrica, o valor acumulado das exportações esteve em torno de 2,2 mil milhões americanos. No que diz respeito à extracção do gás natural, a produção deveu-se ao desempenho de dois campos, nomeadamente na Bacia de Rovuma, área quatro no mar, destaca-se o cumulativo da exportação de 3,35 milhões de toneladas de gás natural liquefeito, e 1,7 milhões de barris de condensado. Na bacia de Moçambique, nos campos de pande e Temane, em terra, 2,6 mil milhões de gigajoules enquanto o condensado atingiu 8,4 milhões de baris.”

Com estes dados, Filipe Nyusi não tem dúvida de que o sector da indústria extractiva, energia e gás tem proporcionado uma base sólida para a dinamização da economia, com contributo significativo no Produto Interno Bruto, PIB, sendo um elemento de estímulo ao crescimento social e económico almejado.

Já o ministro dos recursos minerais e energia, Carlos Zacarias avançou que, durante os 10 anos da conferência, tem crescido o interesse de investidores de todo o mundo na exploração dos recursos minerais e energéticos no país, por isso apelou aos participantes para que façam debates francos durante os dois dias de trabalho.

Este evento tem como lema “Parcerias para a Prosperidade: Desbloquear os Recursos de Moçambique para Avançar com o Crescimento Económico Nacional e Regional” e espera-se que, ao fim do segundo dia haja maior divulgação dos planos e visão do sector, para aceder às oportunidades específicas da indústria e de projectos no sector dos recursos naturais e para firmar parcerias entre empresas e acordos de investimento com os principais decisores.

⛲: O país 



السبت، 2 مارس 2024

Pr Nyusi promete "medidas mais contundentes" em Cabo Delgado

 


O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, promete "medidas mais contundentes" para a nova vaga de ataques em direção ao sul de Cabo Delgado. ACNUR "profundamente preocupado" com escalada da crise humanitária na província.

"Estamos a trabalhar em medidas mais contundentes que vão ser tomadas para ultrapassarmos esta situação", declarou esta sexta-feira (01.03) Filipe Nyusi, durante um encontro com estudantes moçambicanos na Argélia, no âmbito de uma visita ao país.

Em causa está uma nova vaga de ataques, incursões justificadas pelo executivo moçambicano como resultado da “movimentação de pequenos grupos de terroristas” que saíram dos seus quartéis (…) em direção ao sul de Cabo Delgado, após um período de relativa estabilidade.

“A situação tinha abrandado bastante e as populações já estavam a voltar às vilas que tinham sido ocupadas anteriormente pelos terroristas e que foram recuperadas. Mas agora, nessas últimas semanas, há uma tendência de grupos pequenos atacarem algumas aldeias com uma tendência de descer para os distritos de sul”, frisou Filipe Nyusi.

Os populares em fuga são sobretudo moradores de Mazeze, Chiúre-Velho, Mahipa, Alaca, Nacoja B e Nacussa, maioritariamente pontos do interior de Chiure, onde milhares de pessoas estão a abandonar as aldeias percorrendo quilómetros ao longo da estrada Nacional (N1).

Deslocados de Cabo DelgadoDeslocados de Cabo Delgado

Escalada da crise humanitária

O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) está "profundamente preocupado" com a escalada da crise humanitária em Cabo Delgado, indicaram fontes oficiais.

No seu 'briefing' diário à imprensa, em Nova Iorque, Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, indicou que desde a última eclosão de violência e ataques a civis no início de fevereiro, mais de 70.000 pessoas foram deslocadas à força em toda a região.

Citando dados do ACNUR, o porta-voz sublinhou que aproximadamente 90% das pessoas deslocadas são mulheres - muitas delas grávidas - , pessoas com deficiências e idosos.

Mais de metade das pessoas recentemente deslocadas são crianças, frisou Dujarric.

"O ACNUR e outros parceiros estão a fornecer artigos de ajuda essenciais e estão a ser planeadas e discutidas intervenções adicionais com as autoridades locais. Mas, como podem imaginar, a falta de financiamento está a prejudicar a nossa capacidade de resposta", observou o porta-voz de António Guterres.

⛲ Dw

الاثنين، 19 فبراير 2024

Presidente de Moçambique associa apelo da França sobre viagens a Cabo Delgado a "agenda"

 


Filipe Nyusi diz que seria expectável que as autoridades francesas decidissem apoiar e trabalhar com Maputo para combater a ameaça terrorista.

O Presidente de Moçambique demonstrou este domingo desconforto com o apelo da França aos seus cidadãos para não viajarem para Cabo Delgado, norte do país, devido à "ameaça terrorista", falando mesmo numa agenda.

"Cada país tem uma agenda e a agenda é alinhada e integrada. Deve haver um motivo qualquer por que foi feito um comunicado", disse Filipe Nyusi, à margem da cimeira da União Africana, que está a decorrer em Adis Abeba.

O chefe de Estado moçambicano disse que seria expectável que as autoridades francesas, dada a sua amizade com Moçambique, decidissem apoiar e trabalhar com Maputo para combater a ameaça terrorista.

A Embaixada de França em Moçambique está a apelar aos cidadãos franceses para não viajarem para as cidades de Mocímboa da Praia, Pemba e Palma, em Cabo Delgado (norte), devido à "ameaça terrorista".

"Devido à presença de uma ameaça terrorista e de rapto nas cidades de Mocímboa da Praia, Pemba e Palma, é fortemente recomendado não viajar para estas cidades, bem como viajar nas estradas que ligam estas localidades", lê-se numa mensagem aos viajantes publicada na quarta-feira pela Embaixada de França em Maputo.

Na mesma reação, Filipe Nyusi afirma que a declaração surge num momento em que o país africano está "a trabalhar arduamente para provar ao mundo que Moçambique está empenhado com os seus parceiros na luta contra o terrorismo".

A multinacional francesa TotalEnergies tem planeada a construção de uma central nas proximidades de Palma, para produção e exportação de gás natural, avaliada em 20 mil milhões de dólares (cerca de 18,6 mil milhões de euros), mas a obra está suspensa desde 2021 devido aos ataques terroristas.

"A situação não está como estava", afirmou ainda o chefe de Estado, garantindo que esta nova onda de ataques resulta da ação de poucas pessoas.

"O país não vai parar, o mundo não pode parar", retorquiu.

Nas últimas semanas têm sido relatados casos de ataques de grupos insurgentes em várias aldeias e estradas de Cabo Delgado, inclusive com abordagens a viaturas, rapto de motoristas e exigência de dinheiro para a população circular em algumas vias.

O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou na quarta-feira a autoria de um ataque terrorista em Macomia, em Cabo Delgado, e a morte de pelo menos 20 pessoas, um dos mais violentos em vários meses.

Através de canais de propaganda, o grupo terrorista documentou, com imagens, o ataque a uma posição das forças armadas moçambicanas, levando material bélico, e reivindicou ainda outro ataque em Chiúre.

O administrador distrital de Macomia, Tomás Badae, confirmou na segunda-feira que os grupos de insurgentes que atuam em Cabo Delgado atacaram uma posição das Forças de Defesa e Segurança (FDS) no distrito, entre a noite de sexta-feira e a madrugada de sábado passado.

Aconteceu no posto administrativo de Mucojo, a 45 quilómetros da sede distrital de Macomia: "Tomaram, sim, a posição e assaltaram-na, mas não temos mais informação se ainda estão lá ou já abandonaram".

Na terça-feira foi confirmado o ataque, também reivindicado pelo EI, no distrito de Chiúre, com a destruição de várias infraestruturas e igrejas. O alvo foi a sede do posto administrativo de Mazeze, no interior do distrito de Chiúre, onde os rebeldes atearam fogo ao hospital, à secretaria do posto administrativo e à residência da chefe do posto administrativo, avançou o administrador distrital de Chiúre.

"As infraestruturas estão basicamente destruídas", disse Oliveira Amimo, acrescentando que os rebeldes destruíram a capela pertencente à Igreja Católica.

A província de Cabo Delgado enfrenta há seis anos alguns ataques reivindicados pelo EI, o que levou a uma resposta militar desde julho de 2021, com apoio do Ruanda e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos do gás.

Depois de um período da relativa estabilidade, novos ataques e movimentações foram registados em Cabo Delgado, nas últimas semanas, embora localmente as autoridades suspeitem que a movimentação esteja ligada a perseguição imposta pelas Forças de Defesa e Segurança nos distritos de Macomia, Quissanga e Muidumbe, entre os mais afetados.

⛲ Cm

الخميس، 8 فبراير 2024

Nyusi só aceitou notificação do Tribunal para assistir à coroação do rei


A Privinvest sugeriu hoje que o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, só aceitou ser notificado sobre o caso das "dívidas ocultas" na justiça britânica para poder assistir à coroação do Rei Carlos III em Londres.

"Um dos efeitos positivos da coroação [do rei de Inglaterra] foi o facto de, pouco antes da coroação, ter surgido subitamente uma vaga na agenda do Presidente [moçambicano], que aceitou ser notificado, e depois veio a Londres para a coroação", afirmou esta quarta-feira (07.02) o advogado do grupo naval, Duncan Matthews. 

O advogado falava no primeiro dia de audições no Tribunal de Recurso de Inglaterra e País de Gales, em Londres, sobre a imunidade do chefe de Estado no caso das dívidas de Moçambique, que foi julgado e aguarda sentença do Tribunal Comercial. 

A Privinvest alega que notificou Nyusi em 19 de outubro de 2021, mas que o Presidente só respondeu a 5 de maio de 2023, véspera da cerimónia da coroação do monarca britânico. 

"Não há provas de que ele não tenha recebido a notificação dos documentos", vincou Matthews, referindo que "seria muito estranho se não o tivesse feito, porque ele é o Presidente da República que tem acompanhado este caso nos últimos anos".

Nyusi como corresponsável na alegada corrupção

Nyusi foi constituído "quarta parte" no processo no Tribunal Comercial, iniciado pela Procuradoria-Geral da República de Moçambique para contestar as dívidas relativas à compra de barcos de segurança marítima, barcos de pesca de atum e outro equipamento. 

O país considera que as garantias financeiras dadas pelo então ministro das Finanças, Manuel Chang, foram obtidas através da corrupção de altos funcionários do Estado por parte da Privinvest, à qual reclama 2,9 mil milhões de euros para cobrir custos e outros compromissos financeiros decorrentes das dívidas assumidas.

O grupo naval nega as acusações, mas, ao mesmo tempo, tentou associar Nyusi ao processo, como corresponsável ou parte na alegada corrupção, alegando que ele deveria contribuir para a indemnização, se Moçambique ganhar o processo. 

Nas suas alegações, a Privinvest revelou que pagou 19,3 milhões de euros à FRELIMO, o partido no poder, em 2014, com o objetivo de financiar a campanha de Nyusi para a presidência.

Antes de ser eleito para o primeiro mandato, em 2015, Nyusi foi ministro da Defesa (2008-2014), período durante o qual os contratos públicos com a Privinvest foram negociados.

Notificação não seguiu trâmites

O Presidente moçambicano invocou imunidade diplomática para recusar o envolvimento no processo no Tribunal Comercial de Londres, estatuto que inicialmente foi aceite pelo Tribunal Superior [High Court], mas cuja decisão a Privinvest decidiu recorrer. 

O advogado de Nyusi argumentou hoje que a notificação efetuada em 2021 não é válida, porque os documentos foram deixados na portaria do Palácio da Ponta Vermelha, a residência oficial, e não seguiram os trâmites de passar por um tribunal moçambicano, o que só aconteceu em 14 de abril de 2023. 

Rodney Dixon vincou que, de qualquer forma, o direito internacional garante imunidade enquanto um chefe de Estado estiver em funções. "Este é um estatuto de imunidade pessoal absoluta, que não tem exceções, que subsiste enquanto ele estiver em funções", enfatizou.

Adecisão sobre este recurso só será conhecida posteriormente, numa data ainda por definir. O Tribunal Comercial de Londres também ainda não proferiu a sentença sobre o julgamento de três meses, que concluiu em dezembro último, sobre o caso das "dívidas ocultas" de Moçambique.

⛲ Cartamoz 

الأربعاء، 7 فبراير 2024

Nyusi só aceitou notificação para assistir à coroação do rei

 


A Privinvest sugeriu hoje que o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, só aceitou ser notificado sobre o caso das "dívidas ocultas" na justiça britânica para poder assistir à coroação do Rei Carlos III em Londres.

"Um dos efeitos positivos da coroação [do rei de Inglaterra] foi o facto de, pouco antes da coroação, ter surgido subitamente uma vaga na agenda do Presidente [moçambicano], que aceitou ser notificado, e depois veio a Londres para a coroação", afirmou esta quarta-feira (07.02) o advogado do grupo naval, Duncan Matthews. 

O advogado falava no primeiro dia de audições no Tribunal de Recurso de Inglaterra e País de Gales, em Londres, sobre a imunidade do chefe de Estado no caso das dívidas de Moçambique, que foi julgado e aguarda sentença do Tribunal Comercial. 

A Privinvest alega que notificou Nyusi em 19 de outubro de 2021, mas que o Presidente só respondeu a 5 de maio de 2023, véspera da cerimónia da coroação do monarca britânico. 

"Não há provas de que ele não tenha recebido a notificação dos documentos", vincou Matthews, referindo que "seria muito estranho se não o tivesse feito, porque ele é o Presidente da República que tem acompanhado este caso nos últimos três meses". 

Nyusi como corresponsável na alegada corrupção

Nyusi foi constituído "quarta parte" no processo no Tribunal Comercial, iniciado pela Procuradoria-Geral da República de Moçambique para contestar as dívidas relativas à compra de barcos de segurança marítima, barcos de pesca de atum e outro equipamento. 

O país considera que as garantias financeiras dadas pelo então ministro das Finanças, Manuel Chang, foram obtidas através da corrupção de altos funcionários do Estado por parte da Privinvest, à qual reclama 2,9 mil milhões de euros para cobrir custos e outros compromissos financeiros decorrentes das dívidas assumidas.

O grupo naval nega as acusações, mas, ao mesmo tempo, tentou associar Nyusi ao processo, como corresponsável ou parte na alegada corrupção, alegando que ele deveria contribuir para a indemnização, se Moçambique ganhar o processo. 

Nas suas alegações, a Privinvest revelou que pagou 19,3 milhões de euros à FRELIMO, o partido no poder, em 2014, com o objetivo de financiar a campanha de Nyusi para a presidência.

Antes de ser eleito para o primeiro mandato, em 2015, Nyusi foi ministro da Defesa (2008-2014), período durante o qual os contratos públicos com a Privinvest foram negociados. 

Notificação não seguiu trâmites

O Presidente moçambicano invocou imunidade diplomática para recusar o envolvimento no processo no Tribunal Comercial de Londres, estatuto que inicialmente foi aceite pelo Tribunal Superior [High Court], mas cuja decisão a Privinvest decidiu recorrer. 

O advogado de Nyusi argumentou hoje que a notificação efetuada em 2021 não é válida, porque os documentos foram deixados na portaria do Palácio da Ponta Vermelha, a residência oficial, e não seguiram os trâmites de passar por um tribunal moçambicano, o que só aconteceu em 14 de abril de 2023. 

Rodney Dixon vincou que, de qualquer forma, o direito internacional garante imunidade enquanto um chefe de Estado estiver em funções. "Este é um estatuto de imunidade pessoal absoluta, que não tem exceções, que subsiste enquanto ele estiver em funções", enfatizou.

A decisão sobre este recurso só será conhecida posteriormente, numa data ainda por definir. O Tribunal Comercial de Londres também ainda não proferiu a sentença sobre o julgamento de três meses, que concluiu em dezembro último, sobre o caso das "dívidas ocultas" de Moçambique.

الجمعة، 19 يناير 2024

Nyusi enaltece qualidades do falecido juiz conselheiro José Cardoso

 


O Presidente da República afirma que o juiz conselheiro José Cardoso morreu enquanto o país ainda contava com a sua contribuição. Filipe Nyusi considera, no entanto, que o falecido cumpriu a sua missão. Família, amigos, colegas e público, em geral, despediram-se de Cardoso esta sexta-feira, no salão nobre do Conselho Municipal de Maputo.

O juiz conselheiro José Luís Cardoso perdeu a vida no dia 15 de Janeiro em curso, vítima de acidente de viação. O velório teve lugar no salão nobre do Conselho Municipal de Maputo.

Durante o funeral oficial, o Presidente da República enalteceu as qualidades do malogrado, que aos 17 anos de idade ingressou nas Forças de Defesa e Segurança, para depois se juntar ao Sistema de Administração da Justiça.

“Em 2003, através de despacho presidencial, foi nomeado juiz conselheiro e, à mercê da elevada competência revelada no exercício das suas funções, o Dr. José Luís Cardoso foi, em 2012, por despacho presidencial, nomeado presidente da secção do contencioso administrativo e, em 2020, foi eleito membro do Conselho Superior da Magistratura Judicial Administrativa, funções que exerceu até à data da sua fatídica morte. O país ainda contava com a sua nobre contribuição, porque a capacidade e a competência estavam presentes em si. Siga com o sentido de missão cumprida. Sua alma descanse em paz.”

O chefe de Estado apela aos juízes mais novos e à sociedade, como um todo, para se inspirarem no legado deixado por José Cardoso.

“Neste momento de dor, despedimo-nos do seu corpo, mas a extraordinária memória e o legado exemplar, que peço aos colegas e todos os mais novos que sigam, foram aqui bem detalhados. Sua vida e obra permanecerão sempre no seio dos seus colegas do Tribunal Administrativo, no Conselho Superior da Magistratura Judicial Administrativa, da família do Sistema da Administração da Justiça e de todos os moçambicanos.”

Já a presidente do Tribunal Administrativo, Lúcia do Amaral, destacou a contribuição do colega e lamentou a não conclusão de seus projectos.

“Sabemos que é um paradoxo em vida, e com sabor amargo, com consequências imprevisíveis, algumas das quais têm a ver com o facto de, lamentavelmente, muitos dos projectos planificados juntos, nomeadamente, no plano corporativo do tribunal, já não poder ter a participação do nosso venerando juiz conselheiro Cardoso. Não teremos como pô-los em marcha como ele próprio os concebeu.”

Dor, luto e consternação foi o ambiente que caracterizou a despedida ao juiz conselheiro do Tribunal Administrativo, José Luís Maria Pereira Cardoso. A família, inconsolável, deixou ficar as memórias vividas com o seu ente querido, que garantiu que jamais se apagaram. Através de uma mensagem, a esposa do malogrado garantiu que nem a morte os separou.

“Hoje eu sei que nem mesmo essa morte é capaz de separar o nosso amor, comparsa de todas as horas, meu companheiro de vida. O luto dói, mas estou em paz, porque a nossa história de amor foi a melhor e maior experiência por mim vivida. Hoje, o paraíso abre as portas para receber um homem incrível, um marido maravilhoso e um companheiro fantástico.”

Já os filhos, através de uma mensagem lida por Merina Cardoso, elogiaram os anos vividos na companhia pai.

“Pai, qualquer um dos teus filhos que a este mundo trouxeste ou conquistaste nesta terra, primos, cunhados, dirão sem hesitar que foste um herói em nossas vidas desde que nelas entraste. Ao longo do nosso crescimento, testemunhámos o teu exemplo de homem íntegro, de princípios magníficos, generoso, amoroso e bem humorado.”

Os colegas da Faculdade de Direito da Universidade Eduardo Mondlane e os da Magistratura Judicial Administrativa também teceram largos elogios ao percurso do juiz conselheiro.

Os restos mortais do juiz conselheiro foram cremados no cemitério de Lhanguene, em Maputo.

O juiz deixa viúva e cinco filhos.

⛲: O país 



الجمعة، 12 يناير 2024

Nyusi na Cimeira Global de Gujurat

 


O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, convidou empresários da Índia e de todo o mundo a aproveitarem o potencial económico que Moçambique tem, investindo em vários sectores que o país oferece aos investidores globais. Nyusi lançou o seu convite, quarta-feira, na abertura da 10ª edição da Cimeira Global de Gujarat, evento em que participou a convite do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.

“A fim de reforçar a cooperação internacional, através da criação de parcerias produtivas, que conduzam a uma rápida aceleração do crescimento económico global e à melhoria das condições de vida das nossas populações, convido mulheres, empresários da Índia e de todas as outras partes do mundo aqui presentes investir em Moçambique numa base ganha-ganha”, disse Nyusi.

Segundo Nyusi, a legislação sobre investimento em Moçambique oferece um pacote de incentivos aos investidores que queiram produzir bens e serviços que criem oportunidades de emprego para os jovens moçambicanos e contribuam para a agregação de valor, a industrialização e a modernização da economia. Disse que Moçambique é um país com um grande potencial económico inexplorado. Possui abundantes terras aráveis e rios, ideais para a agricultura mecanizada, pecuária e pesca.

“Tem enormes reservas para o desenvolvimento da indústria mineira e de transformação, bem como grandes reservas de areias pesadas e outros minerais de elevado valor comercial como pedras preciosas, cobre, ferro e grafite”, disse, acrescentando que “o país também tem um enorme potencial para a produção de energia hidrelétrica, eólica e solar.”

Salientou que as parcerias internacionais devem sempre centrar-se no desenvolvimento harmonioso e na criação de riqueza para o bem-estar das pessoas. Garantiu que o governo moçambicano está a fazer tudo o que pode para garantir uma parceria económica em que todas as partes beneficiem e contribuam juntas para um mundo próspero para as gerações presentes e futuras.

Disse que o governo moçambicano e a comunidade empresarial nacional também esperam aprender novas experiências de resiliência económica e desenvolvimento na cimeira de Gujarat. Na verdade, disse Nyusi, a Índia e o estado de Gujarat, em particular, oferecem a muitos países em desenvolvimento a oportunidade de partilhar a experiência de resiliência e de superação de obstáculos ao desenvolvimento.

“Esta cimeira bienal, estabelecida há mais de 20 anos, é o ponto de partida para a auto-suficiência de uma região”, afirmou. “A Cimeira de Gujarat também tem a particularidade de incentivar os países e estados a fazerem uma apresentação sobre as oportunidades de negócios e de investimento que oferecem”. Explicou que o interesse em aprender com a experiência de Gujarat é ainda maior porque Moçambique acredita numa estratégia de desenvolvimento baseada na auto-suficiência, baseada na produção interna ou transformação dos recursos disponíveis no país para autoconsumo e exportação.

“O facto do país ser banhado pelo Oceano Índico faz do Canal de Moçambique uma rota comercial estratégica para muitos países, incluindo os do interior da África Austral, cujo acesso ao mar se faz através do nosso país. Portanto, investir em Moçambique é também aproveitar as oportunidades económicas que a região da África Austral oferece com um mercado de mais de 250 milhões de consumidores”, afirmou.

A cimeira de Gujarat conta com a presença de vários chefes de estado e de governo de todo o mundo. O evento é promovido pelo governo indiano e tem como objectivo criar parcerias e cooperação entre os vários actores mundiais com vista ao desenvolvimento socioeconómico, contactos empresariais e estratégias para o crescimento inclusivo dos estados.

الاثنين، 28 أغسطس 2023

Arsénia Massingue já não é ministra do Interior

 


O Presidente da República, Filipe Nyusi,  acaba de exonerar a ministra do Interior, Arsénia Mangue. De acordo com um comunicado da Presidência da República, Pascoal Ronda passa a ocupar o cargo em substituição de  Arsénia Massingue.

Arsénia Massingue assumiu as pastas do Ministério do Interior em Novembro de 2011, sendo a primeira mulher no país  a liderar aquele ministério.

Massingue, que substituiu o então Ministro Amade Miquidade, teve como principais desafios questões ligadas aos raptos a empresários, sendo que, até hoje, pouco ou nada se sabe sobre os mandantes desses crimes. Além dos raptos, a ministra foi desafiada a arranjar soluções para outras formas de crime organizado, associado ao terrorismo em Cabo Delgado.


Fonte: O país

السبت، 26 أغسطس 2023

Filipe Nyusi exige retirada de restrições económicas que afectam a economia cubana

 


Moçambique condena o bloqueio económico, comercial e financeiro imposto a Cuba pelos Estados Unidos da América, desde 1960, depois da revolução cubana que afectou milhares de comerciantes norte-americanos. Filipe Nyusi, que falava, na última sexta-feira, apelou a união das nações.

Quarenta e seis anos depois, um Chefe de Estado cubano volta a pisar o solo moçambicano. Depois de Fidel Castro, em 1977, Miguel Díaz-Canel efectua uma visita de Estado a Moçambique e foi recebido, na manhã da última sexta-feira, com honras militares, na Presidência da República, por Filipe Nyusi.

Durante o encontro entre os dois estadistas, foi abordada a crise financeira que a Cuba atravessa, devido ao bloqueio comercial imposto pelos Estados Unidosda América, desde 1960, depois da revolução cubana, que culminou com a expulsão daquele país de milhares de norte-americanos.

Filipe Nyusi condenou as restrições. Reiteramos a posição de Moçambique de, mais uma vez, exigir que sejam removidas as restrições. O mundo precisa de coexistir; os povos precisam de estar juntos para poder desenvolver e existem questões importantes e urgentes que precisam de resolução e isso só pode acontecer havendo harmonia,compreensão e tolerância, apelou o Presidente de Moçambique. Nyusi manifestou, ainda, o interesse em reforçar a cooperação na formação de médicos especialistas.

Há interesses de Moçambique, correspondidos pela República de Cuba, no sentido de aumentarmos o caudal de formação de profissionais de saúde, no caso os técnicos especialistas. O país tem estado a formar muitos médicos, mutos profissionais de saúde em diferentes áreas, mas precisamos de especialização e Cuba é uma referência mundial em termos de formação de pessoal de saúde de alta qualidade, de empenho e trabalho enorme, acrescentou.

A Cuba, que já conta com mais 350 profissionais que apoiam o Sistema Nacional de Saúde, garante continuidade da cooperação no domínio da saúde, mas também de educação e tecnologia.

Aqui, constatámos que a clínica de tratamento da diabetes já está pronta para que entre em funcionamento e amanhã (sábado) faremos a inauguração. Este centro contará com o trabalho árduo dos nossos profissionais de saúde e acredito que vai contribuir para a melhoria da qualidade de vida do povo, contra uma doença que prevalece e tende a aumentar na zona austral de África, disse Miguel Díaz-Canel, Presidente da Cuba.

O Estadista cubano cuja visita a Moçambique terminou este sábado, agradeceu ao seu homólogo pelo apoio no combate ao bloqueio financeiro, que já causou protestos populares contra o Governo cubano.

السبت، 22 يوليو 2023

Nyusi destaca realização de primeiras eleições sem partidos armados nyusi por frelimo moz

 



O presidente da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, destacou ontem a realização das primeiras eleições no país sem que haja partidos armados, referindo que a agremiação quer vencer em todas as autarquias.

“Estas eleições terão ainda a particularidade de serem as primeiras em que todos os partidos irão se apresentar ao eleitorado sem armas”, destacou Filipe Nyusi, líder da Frelimo e também Presidente da República de Moçambique.

O chefe de Estado disse ainda que se está a trabalhar para canalizar pensões aos desmobilizados da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo, oposição).

Nyusi falava na noite de hoje, em Nampula, durante a apresentação pública dos cabeças-de-lista do partido que vão concorrer às eleições autárquicas de 11 de outubro.

Na ocasião, o presidente da Frelimo disse que o partido vai concorrer às eleições “com o objetivo de vencer em todas as 65 autarquias”.

Cerca de dez milhões de moçambicanos vão eleger autarcas dos 65 municípios do país e respetivos membros das assembleias.

Em 15 de junho foi encerrada a última base da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), no distrito de Gorongosa, na província central de Sofala, centro do país, marcando o fim do processo de desarmamento e desmobilização dos guerrilheiros do partido.

No âmbito do Desarmamento, Desmobilização e Reintegração, 5.221 guerrilheiros da Renamo voltaram para casa. Segue-se a fase de reintegração, que inclui o início do pagamento de pensões aos desmobilizados.

الاثنين، 8 مايو 2023

Nyusi solidariza-se com Ruanda pelas mortes devido a chuvas torrenciais



O Presidente da República endereçou uma mensagem de condolências ao seu homologo do Ruanda, Paul Kagame, pela morte de mais de 120 pessoas, devido às chuvas torrenciais que afectaram vários distritos da província Ocidental do Ruanda.

Além das mortes, a intempérie destruiu várias habitações e muitas outras infraestruturas.

Na sua mensagem, Filipe Nyusi refere que “neste momento de dor e tristeza, gostaria de transmitir em nome do povo, do Governo da República de Moçambique e no meu próprio, as nossas mais sentidas condolências ao Povo, Governo da República do Ruanda e, sobretudo, às famílias enlutadas por esta calamidade, desejando rápidas melhoras aos feridos e recuperação às vítimas

الأحد، 12 فبراير 2023

Nyusi chama Chissano, Hermenegildo Gamito e Castigo Langa de hipócritas


PR lançou uma reflexão, mas não está disposto a ouvir opiniões contrárias

Filipe Nyusi lançou, em Dezembro último, na casa do povo, uma reflexão e debate sobre a sustentabilidade ou não das eleições distritais a partir de 2024, no entanto parece que não está disposto a ouvir opiniões contrárias. Ao posicionamento do antigo estadista, Joaquim Chissano; do antigo presidente do Conselho Constitucional, Hermenegildo Gamito e do antigo ministro de Energia, Castigo Langa, que declararam não ver nenhum impedimento para a realização das eleições provinciais, respondeu de forma vil e sem contemplações. Chamou de “ridículo” defender a realização de eleições distritais a partir de 2024.

Reginaldo Tchambule

O Presidente da República, Filipe Nyusi, continua implacável na defesa do seu projecto pessoal que visa, a todo o custo, forçar uma revisão da Constituição da República para adiar as eleições distritais em 2024. Trata-se de uma reflexão que tem estado a defender desde 2021 e que já é vista nalguns corredores como uma estratégia que visa acomodar algumas alterações no texto constitucional que lhe possam conferir um terceiro mandato.


Depois de Joaquim Chissano, Hermenegildo Gamito e Castigo Langa, destintos membros do partido no poder, terem defendido não haver espaço para se rasgar um compromisso assumido e que está plasmado na Constituição da República, o Presidente da República mostrou-se irritado com a confrontação.

No dia em que empossou os novos secretários de Estado de algumas províncias, Filipe Nyusi não teve palavras a medir e rotulou de “ridículo” o posicionamento de quem se mostra contrário ao adiamento das eleições distritais.

“Lançámos um debate que corre em torno da nossa continuidade para os distritos, não dissemos que devia parar, dissemos que é preciso reflectir, apesar de que alguns nem querem reflectir, sobretudo por serem as mesmas pessoas que ontem nem aceitavam que as províncias fossem descentralizadas. É ridículo”, disse Nyusi, numa clara resposta a camaradas seniores do partido que colocam em causa a reflexão por ele lançada, oficialmente, a 20 de Dezembro, depois de meses de insistência intransigente no assunto.

Para Filipe Nyusi é uma espécie de hipocrisia os camaradas do partido criticarem o debate por si levantado, quando sempre se mostraram contra o processo de descentralização, que só foi possível no seu mandato.

Recorde-se que Joaquim Chissano, antigo Chefe de Estado, em entrevista ao Grupo Soico, disse não ver nenhum problema na realização das eleições distritais a partir de 2024. Aliás, disse claramente que não há motivos claros que impeçam que Moçambique possa avançar com este passo.

“São viáveis. Eu não vi nenhum impedimento para que as eleições tenham lugar daqui a mais um ano. Os órgãos e as estruturas devem ser respeitados. Já começaram a ser preparadas um pouco antes. O que eu desejo é sucesso àquelas instituições que foram designadas para a organização das eleições. Que o povo participe nelas conforme as condições que forem criadas. Não é cada um pensar nas suas próprias condições. Vamos fazer o jogo naquele campo, as balizas são iguais de um lado e de outro. Não é para perderem o jogo e depois dizerem que uma baliza era maior que a outra”.

Suspeita-se que pode estarem causa interesse do terceiro mandato

Seguindo no mesmo diapasão, Hermenegildo Gamito, antigo presidente do Conselho Constitucional, reagindo a proposta de Filipe Nyusi, que anunciou a criação de uma Comissão para uma auscultação pública sobre as eleições distritais de 2024, diz que não deve haver espaço para debater sobre uma questão que deve ser executada em cumprimento da Constituição da República.

Aliás, enfatiza que é incontornável e sentencia: “Está na Constituição. Façam-se as eleições como reza a Constituição”.

Já para Castigo Langa, antigo ministro e militante da Frelimo, as eleições distritais são um imperativo da Constituição da República, que deve ser seguida escrupulosamente. Castigo Langa foi quem em Setembro último, confrontou directamente Filipe Nyusi sobre a ideia de terceiro mandato e há receio que este debate vise essencialmente criar uma brecha para a revisão da Constituição e acomodar um terceiro mandato, através de uma eleição directa.

A ideia de revisão da Constituição vem sendo ensaiada desde 2021. O primeiro tiro deste debate foi dado por Celso Correia, em sede da quarta sessão do Comité Central da Frelimo realizada em Maio de 2021, quando defendeu pela primeira vez a inviabilidade daquela eleição.

Curiosamente, foi também na mesma sessão que foi levantada pela primeira vez a questão do terceiro mandato, quando Felizarda Paulino, membro do Conselho de Estado e antiga deputada da Frelimo, gelou a sala ao propor que Filipe Nyusi seja confiado mais mandatos até 2030.

Nyusi está irredutível e Assembleia da República agendou debate sobre o assunto

Ainda não foi indicada a composição da Comissão que vai se encarregar da reflexão em torno da viabilidade das eleições distritais em 2024, no entanto, a Assembleia da República já agendou o debate do tema na presente sessão.

O assunto consta como a 25.º matéria agendada da sétima sessão ordinária da Assembleia da República, a arrancar no dia 22 até final de Maio. Caso a matéria seja realmente debatida, haverá meio caminho andado para por ditadura da maioria a Frelimo declarar inviável o processo.

A posição do Presidente Nyusi, cujos interesses são questionáveis, tem estado sob forte contestação da oposição e da sociedade civil, mas ao que tudo indica, a decisão caberá tão somente aos deputados da Frelimo, com maioria qualificada.


Fonte: Evidências 

الاثنين، 16 يناير 2023

Nyusi realiza segunda visita aos Emirados Árabes Unidos em menos de três meses

 




O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, efectua, desde ontem, uma visita de trabalho aos Emirados Árabes Unidos, a convite do seu homólogo Sheikh Mohammed Bin Zayed Al Nahyan. A visita termina na próxima quarta-feira, 18 de Janeiro de 2023.

De acordo com o comunicado de imprensa emitido pelo Gabinete de Imprensa da Presidência da República, nos Emirados Árabes Unidos, Filipe Nyusi vai participar na cerimónia de abertura da Semana de Sustentabilidade, que terá lugar em Abu Dhabi, capital daquele país do Golfo Pérsico.

“A Semana de Sustentabilidade é um evento internacional de negócios, organizado pelos Emirados Árabes Unidos, através de uma entidade vocacionada ao desenvolvimento de energias limpas, no contexto da agenda internacional sobre a emissão zero de carbono e contenção de mudanças climáticas”, explica a nota.

A Presidência da República refere ainda que a visita visa “aprofundar e consolidar as relações de amizade, solidariedade e cooperação entre os dois povos e governos nos domínios acordados durante a visita realizada naquele país, em Outubro do ano passado”.

Esta é a segunda visita de Filipe Nyusi aos Emirados Árabes Unidos em menos de três meses. A última visita teve lugar em Outubro de 2022, tendo sido caracterizada como “bastante produtiva” pelo Chefe de Estado moçambicano.

As duas visitas, sublinhe-se, ocorrem num momento em que Filipe Nyusi continua no silêncio em torno da notificação feita pelo Tribunal Superior de Londres acerca do processo aberto pelo Grupo Privinvest, empresa sediada em Abu Dhabi.

O Grupo Privinvest, liderado pelo franco-libanês Iskandar Safa, processou Nyusi por considerá-lo elemento fundamental na “criação e subsequente sabotagem” das três empresas que contraíram as “dívidas ocultas”, entre 2013 e 2014, que levaram o país à sarjeta.

Fontes da “Carta” entendidas na matéria avançam a possibilidade de Filipe Nyusi estar a usar estas visitas para negociar, secretamente, com os executivos da Privinvest uma solução extra-judicial, de modo a evitar uma possível humilhação nos tribunais britânicos. 


Fonte: Cartamoz 

الجمعة، 11 مارس 2022

Hawks e Interpol estão investigando supostos financiadores do ISIS-Moçambique

 


“Estamos conversando, não apenas com os americanos, mas também com outros órgãos internacionais como a Interpol. É o suficiente que tenho a dizer isso”, disse ontem Bheki Cele, o Ministro do Interior da África do Sul. Cele falava à margem da Comissão Bilateral África do Sul-Moçambique, quinta-feira, antes do encontro de hoje entre os presidentes Filipe Nyusi e Cyril Ramaphosa.

Crimes transfronteiriços como roubo de carros, sequestros e contrabando de drogas estavam na agenda, assim como comércio, cooperação económica e esforços para conter a insurgência na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.

Cele disse que a polícia se saiu bem em desvendar os sindicatos de sequestradores, desde que uma equipe especial foi nomeada em outubro para investigar o sequestro dos irmãos Moti. Ele disse que a polícia está a caminho de encontrar os sequestradores do empresário de 69 anos, de Parow. que desapareceu esta semana.

 

O rapto é uma das formas que os alegados financiadores da insurgência em Cabo Delgado têm vindo a utilizar para angariar dinheiro, e Cele confirmou que o terrorismo é uma actividade ilegal para onde o dinheiro vai

A ministra das Relações Internacionais, Naledi Pandor, disse na abertura do encontro com a sua homóloga moçambicana, Verónica Macamo Dhlovo, realizado em Pretória, que “insegurança, extremismo violento e actos de terror” estão entre as batalhas da região. “Estamos gratos que os países da SADC continuam activos contra a insurgência em Cabo Delgado”, disse ela.

Pandor destacou que foi a primeira reunião desse tipo entre os dois países desde 2017, mas as reuniões foram um pouco mais frequentes em nível de chefes de estado. Ramaphosa fez uma visita de trabalho a Nyusi na primeira semana de fevereiro.

O Departamento de Tesouro dos EUA, num anúncio surpresa em 1º de março, disse que decretou sanções contra Farhad Hoomer, Siraj Miller e Abdella Hussein Abadigga (um etíope) por “desempenharem um papel cada vez mais central na facilitação da transferência de fundos do topo da hierarquia do Estado Islâmico para filiais em toda a África” ou servindo como líderes de células do Isis na África do Sul.

Peter Charles Mbaga, um cidadão da Tanzânia, foi acusado pelos americanos de ter ajudado a transferir fundos e equipamentos da África do Sul para o Isis-Moçambique e procurou obter armas a partir de Moçambique.

Numa declaração conjunta dois dias após a do Tesouro dos EUA, o ministro das Finanças, Enoch Godongwana, e o ministro da Justiça, Ronald Lamola, disseram que “as autoridades sul-africanas relevantes estão investigando este assunto” e estavam em contato com seus colegas americanos. Eles disseram: “Continuamos comprometidos em combater o terrorismo em todas as suas formas e manifestações e não permitiremos que nosso território seja usado para financiar o terrorismo em outros países”.

O alto-comissário da África do Sul em Moçambique, Siphiwe Nyanda, recém-chegado de uma visita ao norte de Moçambique com outros embaixadores da SADC, disse que as forças de intervenção foram destacadas em diferentes partes “e todas estão a realizar operações”.

A Força de Defesa de Ruanda foi destacada algumas semanas antes das forças da SADC e dispersou os insurgentes de Palma, que agora estão concentrados em proteger o local. Nyanda disse que a parte difícil de combater as forças dispersas foi deixada para a SADC, mas acrescentou que as tropas ali “estão indo muito bem”. A presença das tropas ruandesas causou atritos com alguns países da SADC e há relatos de que os desdobramentos não são bem coordenados a nível político.

Também é provável que o conflito na Ucrânia tenha sido discutido, uma vez que Pretória e Maputo cooperam em assuntos diplomáticos e estratégicos. Ambos os países abstiveram-se durante uma votação na Assembleia Geral das Nações Unidas, na semana passada, sobre uma resolução condenando a agressão da Rússia na Ucrânia


Fonte:Carta

الأربعاء، 15 سبتمبر 2021

Governo aumenta salário de Nyusi em mais de 100% e passa de 400 mil para 800 mil meticais

 


Primeiro-ministro, procuradora-Geral, presidente da AR vão ter aumento de 75 porcento

Ao sector produtivo o aumento só foi de 1,5% e 10%

ND é o primeiro partido a reagir e considera criminosa a atitude do Conselho de Ministro

Uma semana após ter aprovado novos salários mínimos, que variam entre 1,5% e 10%, com destaque de apenas 100 meticais para o sector do turismo, o mesmo Conselho de Ministros reunido a 31 de Agosto último, aprovou uma proposta de aumento salarial de 100 porcento para os dirigentes superiores do Estado, com destaque para o Presidente da República, Primeiro Ministro, Procuradora Geral da República, Ministros, Governadores, Administradores, entre outros. Assim, o Presidente da República, Filipe Nyusi, auto proclamado empregado do povo, que actualmente recebe um salário base de 205 mil meticais, passará a receber 400 mil meticais de salário base, mais 400 mil de subsídio de representação, levando para a mesa da sua família um total de 800 mil meticais cada mês. A proposta será submetida à aprovação da Assembleia da República.

Os moçambicanos ainda estão a tentar digerir amargamente o irrisório aumento salarial aprovado pelo Conselho de Ministros para a classe produtivo e anunciado pela ministra do Trabalho e Segurança Social, Margarida Talapa, a 24 de Agosto último. O que muitos não sabem é que o mesmo Conselho de Ministros aprovou, em surdina, um aumento salarial para os dirigentes superiores do Estado que ultrapassa largamente os 100%.

A proposta salarial mantida no segredo dos deuses pelo Conselho de Ministros, no entanto, interceptada pelo Evidências apurou que Filipe Nyusi, Presidente do país que aos pobres só aumentou 1,5% e 10%, tomando como pretexto a actual conjuntura económica e social, vai ter um aumento de 100% do seu actual vencimento.

Na segunda escala estão o primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário; a presidente da Assembleia da República, Esperança Bias; a procuradora Geral da República, Beatriz Buchili; a presidente do Conselho Constitucional, Lúcia Ribeiro; o presidente do Tribunal Supremo, Adelino Muchanga e a presidente do Tribunal Administrativo, Lúcia Maximiano, que actualmente, sem incluir outras regalias, recebem 178.228 meticais de salário base, passarão a auferir, segundo a proposta 300 mil meticais de salário base cada e mais 150 mil de subsídio de representação, totalizando 450 mil meticais por mês, representando um aumento de 75 porcento.

Abaixo deste escalão estão os ministros, reitores, vice-presidente da Assembleia da República, director-geral do SISE, chefe da Casa Militar que actualmente recebem 137 mil e propõem um aumento de 60 porcento, passando a auferir 180 mil de salário base, mais 90 mil de subsídio de representação, totalizando um bolo final de 270 mil, contra os actuais 182 mil meticais.

Já os vice-ministros, o chefe do Estado Maior General, o director geral adjunto do SISE e o comandante-geral da PRM, que de 109 mil meticais de salário base, passarão a receber 150 mil de salário base e mais 60 mil de subsídio de representação, totalizando 210 mil meticais. Por seu turno, os governadores provinciais e os secretários de Estado na província passam a receber 120 mil de salário base, contra os actuais 95 mil, mais 48 mil de representação, perfazendo 168 mil meticais.

Outros agraciados pelos aumentos são os secretários de Estado sectoriais e os chefes de Estado Maior General da FADM e PRM que terão um aumento de 35 porcento passando de 126 mil para 147 mil meticais. Enquanto isso, os administradores distritais e chefes de posto terão um aumento de 20% (de 65 para 84 mil meticais) e 10% (de 32 mil para 42 mil meticais), respectivamente. Consulte a tabela AQUI.

Nova Democracia considera atitude de desumana e criminosa

Em comunicado enviado à nossa redacção, o partido Nova Democracia, o primeiro a reagir, considera que a nova tabela salarial a favor do Presidente da República, primeiro-ministro, presidente da Assembleia da República, procuradora-Geral da República, e outros membros do Governo e órgãos de soberania à escala nacional, como sendo abusiva, excessiva, insensível, desumana, criminosa e completamente à margem da realidade nacional.

Aquele partido, insta ao Parlamento Moçambicano a reprovar por unanimidade a proposta governamental de tabela salarial única no que concerne aos dirigentes do Estado, aprovando apenas para os profissionais de saúde, extensionistas agrários, oficiais de justiça, professores e docentes, policiais, militares e outros sectores produtivos.

“É escandaloso que, depois da polémica discussão das regalias parlamentares, o Executivo de forma corajosa aprove subsídios de representação correspondente a 100% do vencimento de base para o Presidente da República e 50% para os dirigentes superiores do Estado, incluindo subsídio de reintegração e demais suplementos, fazendo, tal reprodução de Sodoma e Gomorra, ouvido de mercador ao que levou a juventude à rua num passado recente”, denuncia a Nova Democracia.

Segundo o partido liderado por Salomão Muchanga, “confunde-nos sobremaneira que, no dia 26 de Agosto de 2021, a Ministra do Trabalho e Segurança Social tenha justificado o ajuste salarial humilhatório entre 100 à 600 MZN para a classe produtiva, alegando que são ‘os possíveis, tomando-se em conta a atual conjuntura económica e social do nosso país’, e fazendo menção aos impactos negativos do Covid-19, dos ataques armados no centro e norte do país e das calamidades naturais. E agora Sra. Ministra, o país saiu da crise ou a crise é só para o povo?”, indagou.

Prosseguindo questiona se não seria altura para os governantes renunciarem as regalias excessivas com vista a subsidiar as vítimas da guerra e das políticas públicas excludentes como um exemplo de contenção da despesa pública.

“É o empregado a fazer prosperar a pobreza colectiva dos moçambicanos! Um balúrdio de MZN 800.000,00 para o empregado e uma miséria estimada em MZN 4.000,00 para o patrão, mesmo que distante dos MZN 15.000,00 que custa a cesta básica nacional. Lembramos aqui que a nossa pobreza inicia quando desvalorizamos àquelas pessoas cujas funções na sociedade são de crucial importância. É a aberração habitual de um governo que há muito superou a depreciação máxima”, lê-se na nota.

الخميس، 26 أغسطس 2021

presidente Nyusi fala amanhã à Nação

 


O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, fala amanhã, às 16 horas, à Nação, no âmbito da Situação de Calamidade Pública. De acordo com a nota da Presidência da República, na sua comunicação, o Chefe de Estado abordará a situação actual da COVID-19 no país.

الجمعة، 13 أغسطس 2021

PR fala esta tarde à Nação no contexto da Situação de Calamidade Pública


O Presidente da República, Filipe Nyusi, profere, esta sexta-feira, pelas 15 horas, uma comunicação à Nação no contexto da Situação de Calamidade Pública.

A informação é avançada pela Presidência da República, em comunicado enviado à nossa redacção.

A comunicação do Chefe do Estado acontece 28 dias depois da entrada em vigor do actual Decreto.

Há, actualmente, 1.671 óbitos e 18.960 casos activos do novo Coronavírus em Moçambique.

Na última comunicação, a 15 de Julho, o Presidente da República, entre várias medidas, suspendeu as aulas presenciais em oito centros urbanos no país e fixou o recolher obrigatório entre 21h e 04 horas.

Os centros comerciais, à luz deste novo decreto, passaram a funcionar das nove às 16 horas de segunda-feira a sábado e das nove às 13 horas aos domingos, feriados e dias de tolerância de ponto.

Os bottle stores, independentemente da sua localização, passaram a adoptar o horário das nove às 13 horas, permanecendo encerrados aos domingos, feriados e dias de tolerância de ponto

الخميس، 5 أغسطس 2021

Dívidas ocultas: Antônio do Rosário quer Nyusi e outras figuras importantes no tribunal

 


António Carlos do Rosário, considerado como sendo  uma das peças-chave na contratação das dívidas ocultas quando oficial dos serviços secretos SISE, arrolou o Presidente Nyusi como um dos testemunhas para o julgamento que inicia no dia 23 deste mês.

No expediente divulgado esta quarta-feira pelo Canal de Mocambique e que já deu entrada no Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, Rosário faz um autêntico arrastão da elite política numa lista de 35 testemunhas.

Para além de Nyusi, o destaque vai para o primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário; Chefe da Bancada da Frelimo, Sérgio Pantie;Porta-voz da Frelimo, Caifadine Manasse; Ministra da Justiça, Helena Kida; Ministro da Agricultura, Celso Correia; Ministro da Indústria e Comércio, Carlos Mesquita; Presidente do Município de Maputo, Êneas Comiche; Directora do Gabinete do Combate à Corrupção, Ana Gemo; Secretário do Comitê Central da Frelimo em Nampula, Luciano de Castro entre outras figurantes importantes.


الاثنين، 2 أغسطس 2021

Província de Tete conta com novos serviços do INSS

 

O Presidente da República, Flipe Nyusi, inaugurou hoje a nova delegação do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), no Província de Tete conta com novos serviços do INSS no distrito de Angonia na província de Tete. Na ocasião, Nyusi disse que a infraestrutura beneficiará mais 10 mil trabalhadores.

“Os serviços que de agora em diante passam a ser fornecidos por esta delegação vão permitir que as actuais 259 empresas, com 10.469 trabalhadores, incluindo 324 empreendedores que exercem o trabalho por conta própria, e 98 pensionistas dos distritos de Angónia, Macanda e Tsangano se beneficiem de um atendimento de qualidade e sem terem que se deslocar à província ou à delegação provincial na cidade de Tete”, esclareceu Nyusi citado pelo Jornal OPaís.

Segundo avançou o Presidente da República, o objectivo do estabelecimento daquela delegação do INSS, é de ver os serviços de segurança social mais perto da população com maior comodidade e “assegurar a subsistência material dos trabalhadores e seus familiares em situações de incapacidade permanente ou temporária para o trabalho ou outras privações por factores tais como, velhice, morte, deficiência, doenças, maternidade e pobreza”.

Ainda na sua intervenção, o Chefe de Estado revelou que, ainda neste ano, vai fazer a entrega de mais uma delegação no distrito de Búzi, na província de Sofala.

Filipe Nyusi, anunciou também que “neste quinquénio, o objectivo é de construir, em todo o país, 29 delegações distritais, cinco delegações provinciais, 74 postos de atendimento, dos quais 16 projectamos iniciar a sua construção ainda neste ano”.

O Estadista moçambicano frisou, ainda, na sua locução que as actuais 11 delegações provinciais, 69 serviços distritais, dos quais 23 delegações distritais e 46 representações distritais do INSS existentes no país atendem a 2.041 414 beneficiários.

Para o governador de Tete, Domingos Viola, a instalação da delegação do INSS naquela parcela do país poderá contribuir na melhoria das condições de trabalho e provisão de serviços aos utentes.


الاثنين، 26 يوليو 2021

PR Nyusi diz que mandato das forças estrangeiras é solidário


O Presidente da República, Filipe Nyusi, disse ontem que Moçambique vai liderar as forças internacionais que estão no país para fazer face a grupos terroristas em Cabo Delgado, considerando que o mandato destas forças é solidário e visa salvar vidas.

"Todos estes apoios serão implementados sob solicitação, comando e direção dos moçambicanos, que estão em frente dos destinos do país, pois ninguém conhece a nossa casa melhor do que nós", declarou o chefe de Estado moçambicano, numa comunicação à nação sobre a violência armada terrorista em Cabo Delgado a partir da Presidência da República, em Maputo.

Segundo Filipe Nyusi citado pelo Notícias ao minuto, afirma que a atuação das forças no terreno vai obedecer uma estrutura de comando que garanta que não haja confrontos, atritos ou desarticulação, cabendo a Moçambique liderar estas estratégias.

"Está absolutamente claro que os moçambicanos é que estarão na vanguarda, por conhecerem melhor o terreno, contexto e serem os mais interessados", frisou Filipe Nyusi, acrescentando que o mandato das forças estrangeiras em Moçambique é "solidário e visa salvar vidas".

"Não existe nenhuma razão para se recear a presença e intervenção estrangeira", declarou o chefe do Estado, esclarecendo ainda que as solicitações de apoio feitas pelo executivo de Maputo basearam-se em mecanismos e princípios de cooperação internacional, bem como acordos bilaterais.

No terreno, Moçambique vai contar com militares do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), mas há outros parceiros que começam a apoiar na capacitação das forças moçambicanas, com destaque para a União Europeia e os Estados Unidos.

"Não devemos temer este apoio, devíamos sim ter medo de estar sozinhos, enfrentando os terroristas", declarou o Presidente, frisando que a luta contra o extremismo violento não pode ser vencida de forma individual.

"Fomos e seremos donos deste caminho, que percorremos com países que enfrentam o mesmo inimigo", concluiu.

O mandato de uma "força conjunta em estado de alerta" da SADC para apoiar Moçambique no combate contra o terrorismo em Cabo Delgado foi aprovado em 23 de junho, numa cimeira extraordinária da organização em Maputo que debateu a violência armada naquela província do Norte do país.

Segundo o Ministério da Defesa, além de África do Sul e Botsuana, países como Tanzânia e Angola também já confirmaram que vão enviar as suas forças, mas Moçambique também espera por outros soldados de países-membros daquela organização regional.

Não é publicamente conhecido o número de militares que a organização vai enviar a Moçambique, mas peritos da SADC que estiveram em Cabo Delgado já tinham avançado em abril que a missão deve ser composta por cerca de três mil soldados.

Em Cabo Delgado, já se encontra um contingente de mil militares e polícias do Ruanda para a luta contra os grupos armados, no quadro de um acordo bilateral entre o Governo moçambicano e as autoridades de Kigali.

Grupos armados aterrorizam a província de Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo Estado Islâmico.