Cookie

This is default featured slide 1 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

This is default featured slide 2 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

This is default featured slide 3 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

This is default featured slide 4 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

This is default featured slide 5 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.

‏إظهار الرسائل ذات التسميات Malawi. إظهار كافة الرسائل
‏إظهار الرسائل ذات التسميات Malawi. إظهار كافة الرسائل

الثلاثاء، 27 أغسطس 2024

Malawi: Fundo Global aprova mais de USD 525 milhões para combate ao HIV/SIDA, tuberculose e malária



Fundo Global aprova uma doação de mais de 525 milhões de dólares ao Governo do Malawi, para o combate ao HIV/SIDA, tuberculose e malária.

O valor, a ser investido num período de três anos, visa construir sistemas de saúde resilientes e sustentáveis no Malawi.

419 milhões de dólares da subvenção destinam-se ao combate à tuberculose e ao HIV/SIDA, e os restantes cerca de 84 milhões de dólares para a malária.

O fundo será gerido pelo Ministério da Saúde como principal beneficiário do sector público, esperando-se que o financiamento apoie intervenções biomédicas.

A aprovação da subvenção segue-se a um pedido de financiamento apresentado pelo Malawi através do Comité de Coordenação do Fundo Global do Malawi, responsável pela supervisão dos recursos alocados.

O apoio do Fundo Global ao Malawi é crucial na luta contra o HIV, tuberculose e malária, pois contribuirá para o reforço dos sistemas de saúde do país e salvar vidas.

Por outro lado, a Visão Mundial no Malawi lançou um projecto de 44 milhões de dólares, numa campanha denominada “BASTA”, que visa erradicar a fome e a desnutrição entre as crianças no país.

O director nacional da Visão Mundial no Malawi, Francis Dube, destacou a campanha como um passo significativo para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas e a visão Malawi 2063.

Dube observou que, apesar da capacidade do Malawi de produzir alimentos suficientes, muitas famílias ainda lutam para fornecer alimentos adequados aos seus filhos.

O projecto de três anos é centrado no fortalecimento dos sistemas alimentares locais, na defesa de políticas que priorizem a nutrição de crianças e capacitação das comunidades para construir resiliência contra a fome.

A ministra do Género, Jean Sendeza, reiterou o compromisso do Governo em garantir que todas as crianças recebam alimentação adequada.

A campanha BASTA será implementada em todos os 28 distritos do Malawi.

⛲ O país 

الجمعة، 8 مارس 2024

Malawi regista aumento de níveis de pobreza



Malawi registou em 2023, um aumento dos níveis de pobreza para 71,7%.

Os dados constam do último relatório de monitoria económica do Malawi, produzido pelo Banco Mundial.

De acordo com o documento, a situação é agravada pelo facto de, a maioria das famílias pobres do Malawi, estarem a sobreviver na base de trabalhos precários, cujo rendimento diário não ultrapassa 3 mil kwachas, cerca de 105 meticais.

O Banco Mundial manifestou cepticismo quanto ao impacto que o aumento do salário mínimo anunciado recentemente pelo governo, de 50.000 kwachas/mês para 90.000 kwachas, cerca de 3500 meticais, possa gerar na vida dos beneficiários.

O relatório de monitoria económica do Malawi, sucede a um outro relatório também do Banco Mundial, denominado o Memorando Económico do Malawi, lançado em Dezembro do ano passado, o qual mostra que, apesar de o país abrigar apenas 0,24 por cento da população mundial, Malawi possui 2 por cento da população extremamente pobre do mundo.

Contudo, o Banco Mundial afirma que embora o Malawi tenha registado progressos no desenvolvimento humano, tais como a esperança de vida, o acesso à educação e à saúde ao longo dos anos, as acções de redução da pobreza estão ainda muito aquém do desejado.

O relatório observa igualmente que o crescimento económico lento está na origem das elevadas taxas de pobreza persistente.

O secretário do tesouro do Malawi Betchani Tchereni, afirmou que o tesouro está alocar financiamento para produção, substituição de importações e intervenção em áreas sociais de alto impacto.

“Por exemplo, o nosso orçamento para o ano financeiro 2024-25 centra-se em novas áreas, incluindo o estabelecimento da Empresa Mineira incorporada na Malawi Development Corporation Holdings Limited, mega-fazendas, colheitas de inverno, escolas secundárias de alta classe e desenvolvimento de infra-estruturas entre outros”, disse Tchereni.

No seu discurso sobre o Estado Geral da Nação, o presidente Lazarus Chakwera reconheceu que o Malawi é uma nação mergulhada em dificuldades e isso exige seriedade na gestão da coisa pública.



Fonte:RM

الثلاثاء، 13 يونيو 2023

Estará o Malawi na campanha de lavagem da imagem de Nyusi?

 


Parece que o Malawi, país com fortes ligações com Moçambique, entrou na onda de branquear a imagem do Presidente da República, Filipe Nyusi. Recentemente, aquela nação presidida por Lazarus Chakwera, através da revista The Product Magazine, reconheceu o Chefe de Estado pela sua capacidade resiliente de manter a performance da economia moçambicana apesar das ameaças terroristas na província de Cabo Delgado.

Txto: Redacção

Volvidos dois dias depois do Juiz do Tribunal de Londres, Robin Knowles, alertar que o Presidente da República, Filie Nyusi, deve preparar-se para o julgamento sobre o caso das “dívidas ocultas” em Outubro em Londres, apesar deste invocar imunidade, a revista The Product Magazine do Malawi decidiu reconhecer o “campeão de gestão de riscos de desastres naturais em África” por manter a economia moçambicana na rota do crescimento.

Para além de Nyusi, foram ainda reconhecidos os presidentes do Malawi Lazarus Chakwera e da Zâmbia Hakainde Hichilema, sendo que os três Chefes de Estado são manchete da capa da The Product Magazine.

Citado pela Rádio Moçambicana, Elias Zimba, Alto Comissariado de Moçambique no Malawi, referiu que este reconhecimento reflecte o compromisso de Filipe Nyusi em manter a economia do país estável é notório na diáspora.

Ainda no jantar de gala que serviu igualmente para premiar as personalidades e empresas que se destacaram na promoção de negócios de origem local, três empresas moçambicanas, nomeadamente, Cervejas de Moçambique, Frozy e Fizz foram distinguidos pela sua capacidade de inovação tecnológica, visão e práticas sustentáveis de negócios.

⛲ Evidências 

الخميس، 6 أبريل 2023

Surto de cólera sob controlo na província de Tete


As autoridades asseguram que a cólera na província moçambicana de Tete, no centro do país, está neste momento controlada. Só há três casos ativos e a taxa de contágios tem descido bastante. Mas prevenção deve continuar.

Os atuais três casos ativos de cólera foram detetados nos distritos de Mutarara e Angónia. A redução da taxa de incidência acontece depois de um pico da doença registado em finais de fevereiro, quando a província chegou a atingir a fasquia de 200 novos casos por semana.

O médico chefe provincial, Xerifo Gentifo, destaca a formação de equipas multi-setoriais e as campanhas de prevenção como duas medidas chave no combate à cólera. Outro fator importante foram as parcerias com países vizinhos.

Temos na província pontos que têm tido reuniões trans-fronteiriças, com mais frequência, o distrito de Moatize, Angónia e Tsangano, isso com o Malawi, e esta coordenação já acontece", destaca.

Ao todo, a província registou um total acumulado de 2834 casos e 16 óbitos atribuídos à cólera. A cidade de Tete, a capital da província, foi a que mais casos registou, com 652 diagnósticos, enquanto o distrito de Angónia tem o maior registo de mortes, totalizando cinco.

Consequências do ciclone Freddy

Com a passagem da segunda vaga do ciclone tropical Freddy, os distritos de Dôa e Mutarara foram o mais afetados nesta província, obrigando à abertura de vários centros de acomodação, o que, segundo o chefe do departamento de saúde pública do serviço provincial de saúde em Tete, Helder Dombole, poderia ter propiciado a existência de mais casos.

"Conseguimos nos pré-posicionar em todos esses distritos em termos de recursos humanos, medicamentos e outros recursos médicos, por isso é que a situação nestes dois distritos felizmente continua muito bem controlada"

Na cidade de Tete, o ponto mais afetado de todos distritos, o conselho municipal mobilizou uma campanha que visou distribuir purificadores de água nos bairros com mais casos para fazer face ao surto, explica o edil César de Carvalho.

"Também envolve a sensibilização por parte do conselho municipal através dos seus funcionários, voluntários, mas também através da estrutura dos bairros que nos acompanham", salienta.

Continuar a prevenção

E como não se chegou ainda completamente ao fim do surto, o governador da província de Tete, Domingos Viola, apela à continuidade da prevenção contra a circulação do vibrião.

"Tendo em conta que estamos numa altura em que a cólera continua a assolar a nossa província, apesar da sua estabilidade, pedimos que continuem com a observância de medidas de prevenção desta doença", pede o govermante.

Só a partir da próxima semana arranca a campanha de vacinação contra esta doença neste ponto do centro de Moçambique


⛲ Dw

السبت، 1 أبريل 2023

Refugiados do Malawi acolhidos no Niassa

 


Mais de 900 famílias malawianas, vítimas do ciclone Freddy estão refugiadas no Niassa e recebem apoio do Governo moçambicano.

Várias pessoas oriundas do Malawi estão refugiadas na localidade de Chissaua, no distrito de Mecanhelas, no Niassa. As famílias vítimas do ciclone Freddy estão a receber apoio do Governo moçambicano num centro de acolhimento.

Segundo o porta-voz da 23ª sessão do Conselho dos Serviços de Representação do Estado, no Niassa, José Manuel, a província acolheu cerca de 937 famílias com cerca de 2.459 pessoas provenientes do Malawi. Para o efeito, foram criadas todas condições de apoio humanitário necessário.

O Secretário Permanente do Distrito de Mecanhelas, Leonardo Cefo, diz que o governo distrital está a acompanhar estas famílias, dando-lhes a assistência necessária, apoiando-os com alimentação, como arroz, feijão, óleo açúcar e sal.

"Também distribuiu-se kits para o tratamento da água. Neste momento, espera-se mais apoios para estas famílias. A situação está um pouco normalizada com este apoio que o governo de Moçambique deu porque estes concidadãos, que ainda não receberam apoio do seu país", revelou o governante.


Moçambique

Efeitos da destruição

Os governos de Moçambique e do Malawi estão a trabalhar juntos para minimizar os efeitos da destruição causada pelo ciclone Freddy na África Austral, no início de março. A tempestade abalou o centro de Moçambique, avançando depois para o Malawi, onde provocou deslizamentos de terra.


Segundo o Conselho dos Serviços do Estado no Niassa, as intempéries afetaram cerca de 16 mil pessoas ao nível da província do Niassa, com incidência para os distritos de Cuamba, Lago, Mandimba e Mecanhelas.

Neste momento, o governo está a mobilizar recursos com vista a assegurar que as vítimas das enxurradas não regressem aos locais considerados de risco.

"Dos afetados na época chuvosa ouve registo de cerca de 47 óbitos, a destacar: 15 óbitos por afogamento, 10 óbitos por desabamento de casas, 2 óbitos por incêndio e 20 óbitos devido a cólera. Neste mesmo período ouve um registo de cerca de 4.266 casas destruídas e cerca de 3.135 casas inundadas", revelou José Manuel.

No Niassa, o ciclone Freddy afetou cerca de 122 salas de aulas, seis unidades sanitárias, cerca de 1.300 km de estradas, 27 postes de transporte de energia elétrica, cerca de 954.2 hectares de produção agrícola, entre outros estragos.


⛲ Dw

الثلاثاء، 14 مارس 2023

Ciclone Freddy faz dezenas de mortos no Malawi e Moçambique

 



Dados preliminares do Governo moçambicano indicam que pelo menos oito pessoas morreram na província da Zambézia com a passagem do ciclone Freddy, no fim de semana. No Malawi, há a confirmação de mais de 60 óbitos.

Os governos de Moçambique e do Malawi ainda estão a contabilizar a destruição deixada pelo regresso do ciclone Freddy à África Austral, durante o fim de semana. A tempestade abalou o centro de Moçambique no sábado, avançando depois para o Malawi, onde provocou deslizamentos de terra.

Em Moçambique, indicam os dados preliminares avançados pelo Ministério da Saúde, esta segunda-feira (13.03), a passagem do ciclone fez, na província da Zambézia, pelo menos oito mortos.

Do número total de óbitos, sete ocorreram na cidade de Quelimane, a capital provincial, e um no distrito de Mocuba, disse à comunicação social na província da Zambézia o ministro da Saúde.

Segundo Armindo Tiago, "a situação é crítica na província".

"Há uma considerável destruição de infraestruturas" e falhas na energia e telecomunicações em algumas regiões.

Em entrevista à Reuters, Guy Taylor, da UNICEF Moçambique, afirma que as agências humanitárias de Quelimane não têm capacidade para lidar com uma catástrofe desta dimensão.

Na sua conta da rede social Twitter, Taylor escreve que, "vista do ar, a destruição deixada pelo ciclone é ainda mais chocante, com graves danos em casas, escolas e infraestruturas. É necessário um apoio urgente", diz.

O ciclone Freddy já perdeu força e é agora uma tempestade tropical, mas ainda assim deverá provocar chuva intensa até quarta-feira no centro de Moçambique.

O Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD) abriu centros de acolhimento e tem lançado alertas nos últimos dias para a população sair de casas precárias e zonas ribeirinhas ou que habitualmente são sujeitas a inundações.

66 mortos no Malawi

No Malawi, a organização Médicos Sem Fronteiras e a Cruz Vermelha avançaram, esta segunda-feira, que o número de mortos subiu para os 66.

Mais de 60 corpos foram encontrados na cidade de Blantyre. Em entrevista à Reuters, por telefone, a diretora nacional da organização Médicos Sem Fronteiras, Marion Pechayre, deu conta que estão ainda a ser tratados no hospital desta cidade mais de 200 feridos.

Os ferimentos, acrescenta, foram causados pela queda de árvores, deslizamentos de terras e inundações repentinas.

O porta-voz da polícia, Peter Kalaya, diz que as operações de salvamento ainda estão em curso. As equipas de resgate continuam a tentar encontrar pessoas em Chilobwe e Ndirande, duas das cidades mais afetadas, e onde ainda chove esta segunda-feira.

O Governo do Malawi ordenou o encerramento das escolas em dez distritos do sul até à próxima quarta-feira. Também a companhia aérea Malawi Airlines cancelou todos os voos para Blantyre, após um avião ter sido obrigado a regressar à capital Lilongwe devido às condições meteorológicas.

O Freddy é um dos ciclones mais duradouros e que realizou uma trajetória mais longa nas últimas décadas, percorrendo mais de 10.000 quilómetros desde que se formou no norte da Austrália, em 4 de fevereiro, e cruzou o oceano Índico até ao sul do continente africano. 

O ciclone atingiu pela primeira vez a costa leste de Madagáscar em 21 de fevereiro e, depois de atingir Moçambique, regressou à ilha a 5 de março, onde quase 300.000 pessoas foram afetadas e 17 morreram, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas.


⛲ Dw

الأحد، 8 يناير 2023

Cólera mata oito pessoas em Niassa e coloca Zambézia e Tete em alerta

 


As três províncias moçambicanas que fazem fronteira com o Malawi estão em alerta máximo. Situação preocupante regista-se em Niassa, onde houve registo de mais de 500 casos e morte de oito pessoas. Há, ainda, suspeita de haver cólera nos distritos de Mecanhelas e Sanga, na mesma província.

Seis anos depois, a província de Niassa volta a reportar casos de cólera. Os primeiros pacientes foram diagnosticados no distrito de Lago, que faz fronteira com o Malawi, país que já registou mais de 18 mil casos da doença nos últimos meses. Dos 379 casos registados em Lago, houve seis óbitos e um paciente continua internado.

“Já em Lichinga, desde a primeira semana de Dezembro até hoje, registamos um total de 220 casos; infelizmente, dois desses pacientes perderam a vida devido a complicações causadas pela doença. Actualmente, o que nos preocupa é o facto de termos outros focos nos distritos de Sanga (vizinho do distrito de Lago e de Lichinga), mas também o distrito de Mecanhelas na região Sul da província. Esses distritos já reportam casos de diarreia. Fizemos colheita de amostras que foram enviadas para o Instituto Nacional de Saúde, de onde virá o resultado se temos ou não cólera nesses locais”, revelou Ramos Mboane, director provincial de Saúde.

As autoridades de saúde suspeitam que os casos sejam importados do Malawi. “Temos a reportar ligação epidemiológica com o surto do Malawi para a situação do distrito do Lago, porque o surto aconteceu a menos de 10 km da linha de fronteira com aquele país vizinho. Para este caso, podemos afirmar, com alguma certeza, que há ligação epidemiológica com o surto do Malawi. A nível de Lichinga, porque houve movimentação de pessoas do distrito de Lago para Lichinga e vice-versa, fica difícil fazermos essa ligação epidemiológica com o Malawi”, justificou Mboane.

Em alerta também estão as autoridades de saúde de Tete, outra província que faz fronteira com o Malawi. “Não temos nenhum caso confirmado, e se houver alguma eventualidade, estamos prontos para intervir. Temos equipas provinciais e distritais a trabalhar no assunto”, avançou Hélder Dombole, chefe de Saúde Pública de Tete.

Já a província da Zambézia regista alguns casos de diarreia, mas ainda não há registo de surto da doença. “Estamos a fazer o bloqueio, isto é, equipas de vigilância estão a trabalhar nos distritos que fazem fronteira com o Malawi. Nesses locais, temos apostado em fazer desinfecções das mãos com água e sabão para impedir que a doença entre na nossa província”, destacou Aníbal Fernando, representante da Direcção Provincial de Saúde da Zambézia.

As autoridades alertam para a observância das medidas de prevenção, principalmente por ainda se estar na época chuvosa.


Fonte: O país 

الخميس، 14 أبريل 2022

Malawi foi o único país da SADC e da COMESA que votou a favor da suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas

 


Como era de esperar, a diplomacia malawiana, mais uma vez, alinhou com os Estados Unidos da América e outros países ocidentais, no que diz respeito à guerra em curso entre a Rússia e a Ucrânia. Reza a história que, no passado, também foi assim. Malawi, vizinho de Moçambique, alinhou com Portugal e com a África do Sul durante a luta de libertação contra o colonialismo português e contra o apartheid.

A votação foi realizada na passada quinta-feira na Assembleia-Geral da ONU, com a maioria dos países votando a favor da suspensão da Rússia. A Ministra dos Negócios Estrangeiros, Nancy Tembo, confirmou o voto do Malawi a favor da suspensão da Rússia. “Malawi votou sim para remover a Rússia do Conselho dos Direitos Humanos da ONU. Esta é a segunda votação crucial ligada à invasão da Ucrânia pela Rússia em que o Malawi votou. Malawi não apoia a guerra. Acreditamos no contacto e no diálogo”, disse Tembo.

No mês passado, Malawi também votou na ONU contra a invasão russa à Ucrânia.

Analistas políticos dizem que Malawi, actual presidente em exercício da SADC, é um país soberano e tem o seu próprio direito de tomar uma decisão quando se trata de votar a nível da ONU.

Henry Chingaipe do Instituto para Pesquisa Política e Empoderamento Social disse que a posição do Malawi não é uma divergência com os países da SADC ou da COMESA. “Não há decisões pré-acordadas sobre como votar nos fóruns da ONU. Em cada questão, há sempre decisões a favor ou contra as resoluções apresentadas para adopção. Nesse processo, a dinâmica da economia política entra em jogo e molda as decisões dos Estados-membros. No fim, o voto dos estados-membros é determinado pelos interesses do estado-parte e influencia nele. Então, a pergunta é: que influências e considerações estiveram em jogo e moldaram o voto do Malawi?”, disse Chingaipe.

Segundo Chingaipe, uma coisa que pode ter influenciado a votação pode ser a pressão ou a persuasão que os países que prestam ajuda ao Malawi possam ter exercido sobre os diplomatas do Malawi. “Claro, sempre há quatro opções. Sim; Não; Abstenção ou Ausência. Malawi foi claro e afirmativo. Acho que não votamos contra a Rússia. Votamos sim pelos nossos interesses económicos e nós alinhamos com os nossos doadores”, disse Chingaipe.

O analista político Vincent Kondowe disse que a história sempre mostrou que Malawi não se compara a outros países quando se trata de votar nas Nações Unidas. Kondowe disse que, em termos de política externa, cada país da SADC e da COMESA exerce o seu poder soberano.

Na última quinta-feira, a ministra britânica para a África, Vicky Ford, de visita a Lilongwe, elogiou a posição do presidente Lazarus Chakwera sobre a invasão russa, dizendo que qualquer hostilidade contra civis deve ser condenada. Malawi é um dos países mais pobres do mundo e fortemente dependente da ajuda ocidental.

Recorde-se, Moçambique absteve-se da resolução das Nações Unidas para suspender a Rússia do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, o que não agradou alguns países ocidentais.

A África do Sul, também vizinho de Moçambique, absteve-se três vezes desde 2 de Março das resoluções da Assembleia-Geral das Nações Unidas sobre a guerra na Ucrânia, porque Pretória acredita que condenar a agressão da Rússia não faria avançar a causa da paz – e poderia até levar a Rússia a mais “ofensas”, segundo a ministra de Relações Internacionais e Cooperação, Naledi Pandor.

Mas a posição não alinhada da África do Sul sobre a guerra na Ucrânia não significa que tolera a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, insistiu a chefe da diplomacia sul-africana.

Pandor disse: “o discurso agressivo e o uso da Assembleia-Geral para a aprovação de resoluções que adicionam mais à crítica não contribui para a resolução do problema. A África do Sul sempre se opôs às violações da soberania e integridade territorial dos estados-membros e não escolhemos qual estado-membro. Qualquer violação para nós é uma violação da Carta da ONU e seus princípios fundamentais”, disse Pandor.

Acrescentou ainda: “Também denunciámos o desastre humanitário que resultou desta incursão militar e exigimos a abertura urgente de corredores humanitários e a prestação de ajuda à população civil que, como é habitual, suporta o peso do sofrimento quando irrompe o confronto violento. Mantivemos esses pontos de vista sobre os princípios e valores fundamentais da Carta da ONU e sobre o apoio humanitário [também] em relação à Palestina e muitos outros países onde a soberania está ameaçada. “

Pandor reiterou que estava particularmente preocupada com a suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos. “Porque eu acho que quando um país que é parte de tal conflito é colocado à margem de organismos internacionais, o nível e a oportunidade para uma crescente falta de responsabilidade fica muito aberto. Então, estamos muito preocupados que quanto mais marginal você se tornar, piores serão as ofensas.”

Entretanto, Pandor foi pressionado por um jornalista que perguntou se a África do Sul acreditava que, estando a Rússia a violar o direito internacional e os direitos humanos, não faria sentido expressar essa opinião votando a resolução que suspende a Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Mas ela repetiu que a África do Sul questionou se essas resoluções promovem a paz.

Pandor disse aos ministros das Relações Exteriores que a chamaram para instá-la a votar a resolução: "estou preocupada que, se colocarmos a Rússia fora das instituições globais, estamos quase a dar uma licença para dizer 'faça o que quiser', agora desistimos. Não há mais nada'”.

Ela disse que ficar do lado do “sim” não traria a paz, pois qualquer acordo teria que incluir a Rússia e usar “instrumentos da ONU como ferramentas de guerra” não ajudaria a atrair o país para a paz.

Por outro lado, Pandor também insistiu que a África do Sul “resistiu a se envolver na política de confronto e agressão que tem sido defendida pelos países poderosos… adoptamos uma visão independente sobre como votamos. De forma alguma podemos ser orientados por ninguém sobre como devemos votar”.

Isso está de acordo com a abordagem do Movimento de Não Alinhamento (NAM), que foi formado em 1961 por países em desenvolvimento que desejavam ficar fora da Guerra Fria.

Pandor também acusou as nações que estão a tomar medidas contra a Rússia de dois pesos e duas medidas. “Quando Israel lançou operações militares ofensivas contra a Faixa de Gaza, matando centenas, arrasando casas, enterrando civis sob os escombros e devastando a infra-estrutura já em ruínas numa área tão pequena e densamente povoada, o mundo não respondeu da mesma maneira que tem feito na Ucrânia.

“Não podemos ver os palestinos como diferentes dos ucranianos. Mas a maneira como o mundo está a reagir sugere que a vida dos palestinos importa menos do que a vida dos ucranianos. Isso é algo que nos preocupa. E esperamos ver a ONU agindo com o mesmo vigor dos poderosos estados-membros, sobre Israel, Marrocos e outros que infringem a soberania das nações”, acrescentou, referindo-se também à reivindicação do Marrocos sobre o Sahara Ocidental que Pretória reconhece como um estado independente.

Depois da abstenção da África do Sul da resolução contra a Rússia no Conselho dos Direitos Humanos da ONU, em Genebra, o presidente dos EUA Joe Biden ligou para o seu homólogo sul-africano para pedir explicações sobre a posição da África do Sul.

A África do Sul e 18 outros países africanos apoiaram consistentemente, ou são vistos como apoiando a Rússia na sua guerra contra a Ucrânia com base no apoio da ex-União das Repúblicas Socialistas Soviéticas para a independência africana e durante a guerra anti-colonial e contra o apartheid, embora muitas vezes tenha sido em detrimento das suas economias domésticas, das finanças públicas e da estabilidade.


Fonte:Cartamoz

الأربعاء، 24 نوفمبر 2021

Moçambique e Malawi assinam acordos sobre comércio e recursos minerais


Protocolos de cooperação rubricados Ontem em Malawi abriram uma nova página em novas áreas de cooperação entre os dois países. Filipe Nyusi diz que os novos projectos em implementação, com destaque para área da energia, são uma forma de apoiar o Malawi e trazer ganhos para Moçambique.

Moçambique e Malawi vão cooperar nas áreas de comércio e recursos minerais e pretendem instalar uma fronteira de paragem única entre os dois países. As pretensões foram formalizadas hoje pelas mãos da ministra moçambicana dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, e do ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional da República do Malawi, Eisenhower Mkaka.

Após a assinatura dos protocolos de cooperação, seguiu-se a uma sessão de conversações entre as delegações dos dois países vizinhos, lideradas pelos respectivos Chefes de Estado, Filipe Nyusi e Lazarus Chakwera. Os dois Presidentes deverão partilhar amanhã  mais detalhes sobre o conteúdo dos acordos rubricados durante numa declaração conjunta à imprensa, na capital Lilongwe, acto que vai marcar o fim da visita de Estado de três dias ao Malawi.

MOÇAMBIQUE DISPOSTO A CONSTRUIR LINHA FÉRREA EM MALAWI

No banquete oferecido à delegação moçambicana pelo anfitrião Malawi, o Presidente da República fez o ponto de situação sobre dois projectos importantes que os dois países acordaram implementar. O primeiro tem a ver com a construção de uma linha férrea que ligue Moçambique e Malawi e que facilite o escoamento de mercadoria dos portos nacionais para este país e para outras nações do interland.

Lembre-se que, à semelhança de outros países da região, o Malawi não tem acesso ao mar, portanto depende de Moçambique para fazer importações e exportações. Durante anos, o país tentou convencer Moçambique a aceitar a navegação do Rio Chiri, que separa as províncias de Tete e Zambézia. Mas, a pretensão nunca se converteu em resultados. Uma linha férrea é o novo caminho do país.

“Como resultado da vossa primeira deslocação a Moçambique, senhor Presidente (Chakwera), no dia 06 de Outubro de 2020, no distrito de Songo, província de Tete, acordamos sobre a reconstrução da linha férrea de Sena-Vila Nova, na fronteira de Nsange”, introduziu o Estadista moçambicano para a seguir anunciar que “do lado de Moçambique, a linha já está na sua fase final e apreciamos o facto de o Presidente Chakwera ter colocado, no programa, a visita conjunta a estes dois empreendimentos, que já estão na fronteira e, da parte moçambicana, já estão prontas para prosseguir à construção até onde os malawianos quiserem”, disse o Chefe de Estado, assegurando que acredita que esse sonho se pode concretizar no presente mandato de Lazarus Chakwera.

Outro projecto importante para os dois países é a interconexão de electricidade entre Moçambique e Malawi. “Orgulha-nos, igualmente, anunciar que as obras dessa linha de energia arrancam em Março do próximo ano. O povo malawiano, em 2023, poderá ver melhorada a sua situação de energia neste país, porque este projecto terá a sua conclusão”, adiantou.

Confiança é a palavra de ordem nesta nova era da cooperação Moçambique-Malawi, dois países que já viveram em desconfianças durante a guerra dos 16 anos. Uma vizinhança também beliscada por questões económicas, concretamente a intenção gorada de Malawi de ter acesso ao mar através do Rio Chiri.

“Eu não posso desconfiar do Malawi e Malawi não pode desconfiar de Moçambique ou Tanzânia, nem Botswana. Se trabalharmos em confiança, vamos avançar” terminou.

A visita de Filipe Nyusi a Malawi termina Hoje


Fonte: O país

الأربعاء، 17 نوفمبر 2021

Assembleia da República autoriza visita de Estado de Nyusi a Malawi

 


Reunida esta terça-feira na sede do Parlamento, na sua XXVIII Sessão Extraordinária, a Comissão Permanente da Assembleia da República (CPAR), autorizou o pedido do Presidente da República, Filipe Nyusi, para efectuar uma visita de Estado à República do Malawi, de 22 a 24 de Novembro de 2021, a convite do seu homólogo malawiano, Lazarus McCarthy Chakwera.

Ainda no encontro desta terça-feira, que foi alargado aos Presidentes e Relatores das Comissões Especializadas do Parlamento, bem como às chefias dos Gabinetes Parlamentares, a CPAR apreciou a Proposta de Programa de Trabalhos de 22 de Novembro a 17 de Dezembro de 2021 da presente Sessão Ordinária da Assembleia da República.

A apreciação definitiva desta Proposta de Programa de Trabalhos será feita, próxima semana, pela CPAR, depois da mesma passar pelo mesmo processo nas Bancadas Parlamentares da FRELIMO, da RENAMO e do MDM.

الخميس، 29 يوليو 2021

Ruanda aperta o cerco aos críticos do regime na África Austral


 

O governo de Kigali assinou com o Malawi um acordo de extradição que permitirá aos dois países entregar suspeitos de crimes para serem julgados nos respectivos países. Sem mencionar, especificamente, a extradição de críticos de Paul Kagame, o acordo é visto pelos activistas dos direitos humanos como mais uma frente do governo de Kigali com vista a silenciar os seus opositores que procuram asilo na África Austral. Os activistas dos direitos humanos no Malawi também consideram o acordo, uma ameaça ao estado de direito democrático.

O acordo foi assinado em Lilongwe, na última segunda-feira, pelos comandantes da Polícia do Malawi e do Ruanda, George Kainja e Dan Munyuza, respectivamente, e estabelece que nenhuma pessoa pode cometer um crime no Ruanda e encontrar refúgio no Malawi e vice-versa. Prevê, igualmente, a busca de fugitivos, o treino conjunto, operações, rastreamento e o combate contra criminosos, terrorismo e crimes cibernéticos.

Sobre os ruandeses que procuram refúgio ou asilo no Malawi, Dan Munyuza disse que Ruanda é um país pacífico e seguro. “Quem quiser voltar para casa é bem-vindo e quem quiser ficar no Malawi e fazer negócios é livre para o fazer”, acrescentou o chefe da polícia ruandesa.

Já o comandante-geral da polícia do Malawi, George Kainja, disse que o acordo é oportuno, uma vez que os dois países têm ameaças de crime semelhantes. “Vimos a melhor forma de combater o terrorismo e partilhar informações de inteligência para deter o extremismo, como é caso de Moçambique”, disse e acrescentou: “o Governo e a Polícia do Malawi, em particular, irão assegurar todos os esforços para que a insurgência seja derrotada”.

Refira-se que a Polícia Nacional de Ruanda já havia oferecido vagas na sua academia para a Polícia do Malawi.

O que dizem organizações dos direitos humanos sobre o acordo?

O Centro para a Democracia e Iniciativas de Desenvolvimento Económico (CDEDI na sigla em inglês) disse que ficou chocado com a oferta da Polícia do Ruanda para treinar polícias do Malawi, considerando os relatos de violações de direitos humanos perpetradas pela polícia ruandesa. O anúncio foi feito pelo director executivo do CDEDI, Sylvester Namiwa.

Namiwa acrescentou que, dado o histórico de direitos humanos no Ruanda, o CDEDI acha que a República do Ruanda não é nenhum modelo para os países que se estão esforçando para abraçar a democracia genuína, como o Malawi, e muito menos para explorar habilidades, especialmente para uma instituição importante como a polícia que é a chave para promover os princípios democráticos.

O activista dos direitos humanos alertou o governo malawiano para desistir de receber ofertas que podem acabar comprometendo o histórico de direitos humanos e a democracia no país, duramente conquistada. “Não é segredo para ninguém que há relatos massivos de violações dos direitos humanos no Ruanda através do uso excessivo da força por parte das agências da aplicação da lei, detenções ilegais e arbitrárias, restrições à Internet pelo Estado, falta de liberdade de expressão, activistas de direitos humanos e líderes de partidos políticos da oposição silenciados por meio de prisões arbitrárias e prisão com base em acusações forjadas. Obviamente, a polícia do Ruanda está no centro das atenções neste quadro sombrio”, disse Namiwa.

De acordo com o director do CDEDI, maior parte dos refugiados ruandeses e requerentes a asilo no Malawi são vítimas de perseguição política e violações dos direitos humanos básicos, sendo que a República do Ruanda também está à procura de alguns dos seus cidadãos que buscaram asilo político em vários países na África Austral, incluindo Malawi

No entanto, Namiwa elogiou Kainja por ter garantido que todos os refugiados e requerentes a asilo no país são livres de retornar aos seus países de origem ou continuar a viver no Malawi pelo tempo que desejarem


الجمعة، 16 يوليو 2021

SADC rejeita tropas do Malawi na luta contra a insurgência em Cabo Delgado

 


A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e Moçambique rejeitaram as tropas do Malawi (Malawi Defence Force) para ajudar na luta contra os insurgentes na província nortenha de Cabo Delgado. Esta é a primeira vez na história do país que soldados do Malawi são rejeitados em missões internacionais.

O porta-voz das Forças de Defesa do Malawi, Major Calvin Mleremba, disse que Malawi não fará parte da força da SADC, que em princípio deveria começar a desdobrar-se a partir desta quinta-feira para Moçambique. Mleremba disse que a decisão foi tomada porque o Malawi não foi incluído para fazer parte do envio de tropas.

Refira-se que o Malawi tem um batalhão integrado na brigada de Intervenção da SADC na República Democrática do Congo, da qual também fazem parte a Tanzânia e África do Sul. A brigada opera sob égide da MONUSCO, a missão das Nações Unidas para a manutenção da paz na República Democrática do Congo.

Os soldados do Malawi também já estiveram em Moçambique como capacetes azuis integrados na ONUMOZ, depois da assinatura do Acordo Geral de Paz em Roma em 1992.

Lembre-se, no entanto, que no final de uma cimeira de um dia em Maputo no mês passado, que também contou com a presença do líder do Malawi, Lazarus Chakwera, a Secretária-Executiva da SADC, Stergomena Tax, disse que todos os países concordaram em enviar tropas a Moçambique para ajudar a combater a escalada da violência no norte do país. A força da SADC faz parte de um pacto de defesa regional que permite a intervenção militar para evitar a propagação do conflito.

…e Zimbabwe não tem dinheiro para equipar e financiar os seus militares

Enquanto isso, o governo do Presidente Emmerson Mnangagwa está a lutar para mobilizar recursos suficientes para contribuir para a Força da SADC destacada para iniciar operações militares para reprimir a insurgência em Moçambique.

Fontes militares e oficiais seniores disseram que, actualmente, Zimbabwe só pode contribuir com soldados e armas clássicas. Espera-se que o Zimbabwe forneça tropas para a força regional de cerca de 3.000 homens.

Mas com o país no meio de uma crise económica, agora agravada pela Covid-19, fontes do Tesouro disseram que não havia dinheiro para financiar uma operação tão cara, pois, esvaziaria os já esgotados cofres.

O jornal NewZimbabwe apurou que as reservas foram também expressas nos círculos militares, sobre a escassez de armamento adequado e necessário para combater a guerra assimétrica. Entende-se por guerra assimétrica aquela em que um exército estatal convencional luta contra um actor não estatal interno ou externo, geralmente terroristas e/ou insurgentes.

Ao abrigo do acordo da SADC, os estados membros devem financiar e equipar os seus próprios soldados.

Fontes disseram que houve várias reuniões nas últimas três semanas, envolvendo todas as partes interessadas, onde foi repetidamente enfatizado que não havia dinheiro para o exercício. “Há basicamente três coisas aqui. Em primeiro lugar, o Ministério das Finanças diz que de momento não há dinheiro para financiar a operação. Os soldados ou oficiais vão precisar de ajudas de custo que só podem ser pagas pelo governo e, como aprendemos na RDC, este é um empreendimento muito caro”, disse a fonte.

“Em segundo lugar, as reservas vieram dos militares de que não tem as ferramentas necessárias para combater numa guerra assimétrica como esta. Lembre-se de que os terroristas são diferentes de um exército convencional que luta abertamente. Eles brincam de esconde-esconde. Eles estão na sua maioria integrados nas comunidades e lançam ataques coordenados e esporádicos antes de recuar rapidamente. É necessário investirmos em tecnologias modernas para combater com sucesso os insurgentes, como drones e veículos aéreos não tripulados. Precisamos explorar o ciberespaço, mas de momento não temos essa capacidade”, acrescentou a fonte.

Uma fonte militar revelou que, no ano passado, membros das forças especiais altamente qualificados foram enviados a Moçambique para fazer trabalho de reconhecimento. O seu relatório sugeria que a melhor forma de vencer esta guerra era usar estas tecnologias para identificar e eliminar terroristas. 


الأحد، 11 يوليو 2021

Moçambique derrota Malawi e espreita meias-finais do Torneio COSAFA


A selecção nacional de futebol, Mambas, derrotou a sua congénere do Malawi por duas bolas sem concorrência, em jogo a contar para a terceira jornada do Torneio COSAFA que decorre em Port Elizabeth, na África do Sul. Com a vitória, Moçambique pulou para a segunda posição da tabela classificativa com quatro pontos, atrás da Namíbia, que vai realizar o último jogo da primeira fase com os Mambas.

Com a vitória os pupilos de Horácio Gonçalves (que está na prova com a selecção olímpica, ou seja com maioria dos jogadores com idades abaixo de 23 anos), saíram da última posição da tabela classificativa e agora espreitam a possibilidade de se qualificarem para as meias-finais da competição. Em três jogos, os Mambas contam com uma vitória, um empate e uma derrota e são acossados pelo Senegal que está na terceira posição da prova com três pontos, fruto da vitória na partida diante os Mambas, e menos um jogo.

No jogo com o Malawi, o equilíbrio foi a nota dominante, com as duas equipas a recolherem ao intervalo com o nulo a prevalecer, fruto de um jogo ofensivo mal conseguido de parte a parte.

Na segunda parte, a turma moçambicana beneficia de uma grande penalidade mal assinalada, como é possível rever pelas imagens televisivas, porém o árbitro do encontro na fração de segundo que teve para decidir (não há vídeo árbitro nesta competição) assinalou para a marca dos 11 metros, ou seja grande penalidade contra o Malawi.

Victor Tesoura Júnior, que entrou a titular nesta partida, foi chamado a cobrar a grande penalidade e fê-lo com competência, marcando o seu golo de estreia com as cores dos Mambas e assinalando o primeiro tento para a selecção moçambicana nesta competição, isto quando estavam jogados 55 minutos.

Com a magra vantagem, Moçambique assentou no seu jogo e conseguiu suster as investidas do Malawi que à todo custo procurava o golo de empate que não apareceu até que aos 68 minutos os Mambas alargaram a sua vantagem com Bonera aparecer a finalizar e a atirar a bola para o fundo das redes contrárias.

E foi assim que os Mambas conseguiram derrotar o Malawi, algo que já não acontecia desde 2009. Refira-se que estas duas selecções deverão voltar a cruzar caminho ainda este ano em jogo da segunda jornada de qualificação para o Campeonato do Mundo Qatar 2022.

Danilo, jogador do Costa do Sol, foi considerado a melhor unidade em campo, ou seja leva para casa o título de Homem do Jogo, o segundo moçambicano que leva este troféu depois de Shaquile, do Ferroviário de Maputo, ter sido distinguido no jogo inaugural contra o Zimbabwe.

Moçambique volta a jogar para o Torneio COSAFA no próximo dia 14 frente à Namíbia, sendo que é necessário que chegue a uma vitória para transitar para a segunda etapa da prova regional que vai decorrer até ao dia 18 de Julho. 


السبت، 29 مايو 2021

Lançada primeira pedra para construção da linha férrea Tete-Malawi

 



O Presidente da República, Filipe Nyusi, lançou, hoje, a primeira para a reconstrução da linha férrea que liga Dona Ana, província de Tete à vizinha República do Malawi. Trata-se de uma infra-estrutura paralisada desde Setembro de 1986, devido ao conflito armado.


Segundo o Presidente da Republica, a linha férrea vai dinamizar o desenvolvimento do sector económico e social de Moçambique e da região da SADC.


“Com esta ligação ferroviária, materializa-se o desejo de Moçambique e Malawi de melhorar a logística de importações e exportações entre os dois países e com o resto da região”, explicou Filipe Nyusi.


“Esperamos assim responder as preocupações das populações e dos agentes económicos, através da redução dos custos de transporte de pessoas e bens e da promoção do desenvolvimento ao longo do corredor e da região do Interland”, acrescentou.


O projecto prevê a criação de mais de 150 novos postos de emprego para cidadãos nacionais, bem como a construção de uma escola de formação técnico profissional.